Enfim chegou o dia. Dia primeiro de julho, sexta feira, um frio de 18 graus, por incrível que pareça. Minha cerimônia de colação de grau foi há uma semana e hoje está marcada a festa de formatura da minha turma da faculdade, e todos os meus amigos estarão presentes. Minha preparação para a festa começa cedo. Já de banho tomado eu tento escolher minha roupa, com a ajuda da minha amiga, Anna. Enquanto eu me torturo, sem saber o que vestir, Anna não para de tagarelar um só momento sobre como seu namorado, Stefan, se atrasava e a deixava irritada em festas importantes, até que uma hora ela repara meu desespero e decide realmente me ajudar.
- Você sabe que ele vai estar lá, né?
Ela disse, e eu já sabia sobre quem ela estava falando. Sou apaixonada por um cara, que trabalha comigo, na minha faculdade, seu nome é Ali. Na verdade, vai algo além de paixão. Nós dois temos um caso escondido ha um ano e alguns meses. Ele é como um príncipe (apesar de Anna discordar totalmente), canta pra mim, me acalenta, dá carinho, atenção, tem uma pegada maravilhosa, além de ter os mais lindos olhos azuis que eu já tive o prazer de olhar. Ele seria o homem perfeito pra minha vida, se ele já não tivesse uma namorada. Não posso reclamar, o conheci já comprometido, nos tornamos amigos, sem nenhuma intenção inicial, mas o clima foi rolando, ele mostrou interesse em mim (até hoje não entendo exatamente o motivo), e relutei bastante até ele me roubar um beijo numa manhã de serviço, e uma semana depois me levar no motel, para uma tarde de sexo delicioso e apaixonante. Desde então, mantemos esse relacionamento escondido, se é que podemos chamar assim.
- Anna, esquece! Ele não vai aparecer. Não vai ser um baile como naqueles filmes americanos. Vai ser quase um pagofunk organizado pelos garotos da comissão, a Patricia não gosta desse tipo de festa, nem ele. E sabe que sem ela, ele não vai.
- Mas não se pode descartar a possibilidade, uma vez que ele tem o convite. Então vou te ajudar a escolher uma roupa pra você.
Revirei meus olhos entediadamente, porque já tinha perdido as esperanças de encontrar algo que me caísse bem. Como sou uma pessoa bem caseira, bem básica, a maioria das roupas que tenho é para trabalhar, ir ao shopping ou para festas GLS que frequento com meus amigos gays, na verdade, eu me visto como um menino a maioria das vezes. Para uma balada pós formatura, nada no meu armário estava bom. Anna fuça, e caça qualquer peça feminina o suficiente, e eu, sentada na mesa do meu computador tirando as cutículas para adiantar o processo. Do nada, Anna solta um grito.
- RÁ! ACHEI UMA COISA AQUI!
Dou um pulo na minha cadeira de susto, e quase arranco um friboi do dedo.
- Cara pelo amor, não grita de novo enquanto eu estiver com um alicate de unha amolado em mãos, você quer me ver deficiente, mulher!?
- Ah cala a boca e veste isso!
Ela encontrou uma roupa que uma prima minha largou no meu armário, uma vez que ela tinha ido pra uma balada na zona sul e ficou bebada demais para ir para casa, e acabou no meu apartamento. Um short estilo Hot Pants, cintura alta, preto, colado e curto, e uma camisa de botões azul... azul-olhos-de-Ali. Eu olhei pra cara dela como quem dizia que seria impossível eu aparecer vestindo aquilo na frente de todo mundo da faculdade, mas ela além de insistir, acabou exagerando na escolha.
- Não me olha assim, é com isso que você vai vestida. Também vai usar aquele scarpin preto que você comprou para a colação, e aquela lingerie azul de renda.
- Vou procurar outras opções, depois que eu terminar de me arrumar.
Anna sorriu, e foi tomar seu banho enquanto eu ajeito meus cabelos, castanhos, longos e estranhamente cacheados, só porque eu lavei e os deixei secar naturalmente. Fiz chapinha apenas na franja e em algumas mechas na parte de cima, para diminuir o volume e deixá-los ondulados nas pontas. Pintei as unhas de vermelho, e fiz minha maquiagem corriqueira, delinado preto, blush fraco e boca nude. Anna, mais uma vez, interferiu, com aquele jeito mandão dela.
- Jas, você usa essa maquiagem 2 da tarde pra trabalhar, toma vergonha nessa cara e passa aquele batom vermelho maravilhoso!
Ok confesso, sou apaixonada por batom vermelho, mas uso pra sair com as minhas gay, porque eles costumam chamar mais atenção do que eu, então posso abusar um pouco da maquiagem e ninguém dá a mínima. Na faculdade, ninguém me viu tão arrumada. Passei uma sombra cinza por cima do delineado, escurecendo mais um pouco a maquiagem e passei o batom vermelho. Me olhei no espelho e pensei que continuariam sem dar a mínima. Até porque, o que mais tem naquela faculdade é garota lutando pra chamar atenção, então decidi desencanar. Soltei os cabelos, vesti a lingerie azul, o sutiã e a calcinha fio dental de renda, incrivelmente confortável para uma lingerie sensual. Abotoei a camisa azul transparente e vesti o short por cima. Subi no salto e me olhei no espelho... nada mal.
- Jasmine, amiga... estou orgulhosa de mim!
- De você porque, engraçada?
- Porque eu te montei, oras. Se não fosse por mim, estaria chorando procurando o que vestir ainda. Me lembra que temos que ir no shopping comprar roupas novas para você. E de menina!
Eu olhei pra ela com um olhar tão sarcástico que nem ela se aguentou e caiu na risada. Ela é tão menino quanto eu, ou pior, uma vez que ela diz que é macho e coça seu saco imaginário toda vez que tem oportunidade. Anna estava realmente linda, estava usando uma blusa tomara-que-caia preta, num tecido parecido com couro, uma saia colada pink, um salto alto preto com a sola rosa, e uma jaqueta branca por cima. Ela fica bem usando tomara que caia, tem um decote invejável, seios de tamanho perfeito, e rala na academia todos os dias para, pelo menos, não passar do peso, por conta do seu amor por coxinha de galinha. Não querendo me gabar, mas somos duas das garotas mais legais e bonitas daquela faculdade. Pelo menos, foi o que o Ali me disse. A campainha toca bem quando estavamos tirando uma foto, fazendo nossa selfie modinha pré balada. Era Stefan, o namorado nada pontual da Anna. Ele é alto, até demais, e ruivo, e estava olhando Anna de cima até os pés.
- Vem cá... eu deixei você usar essa roupa?
- Vem cá... eu te perguntei alguma coisa?
Decidi interromper antes que começassem a se matar ali mesmo, porque é isso que quase acontece quando um diálogo desses ocorre.
- Tá na hora de irmos né, bonitos? Não dá tempo de trocas de roupa, vamos embora!
Chegamos na festa e encontramos todo mundo, menos Ali e sua namorada, como eu já esperava, e estava tocando essas músicas da moda suburbana carioca, como eu já esperava. Aquela sequencia interminável de pagode/sertanejo/axé de micareta/funk. Me pergunto se no fim da noite tocaria um pop ou música eletronica pra eu poder dançar algo que eu realmente goste de dançar. Falei com todo mundo e ficamos na mesma mesa. Em que estava meu amigo John, alto, moreno, bonito, mas uma incógnita para o meu gaydar. As garotas dizem que ele cai de amores por mim. Os garotos dizem que ele daria tudo para ser minha melhor amiga e pedir minha roupa emprestada. Não acho nenhuma das opções válida, ele apenas é cavalheiro, e isso raramente se encontra hoje em dia. Ele me ofereceu uma bebida, eu aceitei, para experimentar. Acabou que eu gostei e peguei mais um copo durante a nossa conversa. Anna já estava em sua terceira tequila, ria a toa e não conseguia parar de se mexer (porque aquilo que ela fazia não era dançar, nem de longe) e Stefan, que é fuzileiro, teria que ficar de serviço, essa madrugada.
- Jasmine, cuida dela por favor, não a deixe exagerar, e John, não deixa nenhum babaca desses chegar nela.
Assentimos com a cabeça e nos despedimos dele. Anna pareceu não gostar muito de o stefan ter ido embora da festa, e decidiu virar mais um shot pra desabafar. Eu estava super entediada àquela altura, onde já tinham tocado todo o repertório do barra music de sexta feira umas 3 vezes, e retornaram ao pagode. Ouvia coisas do tipo “se tô contigo só penso no lar, se tô com ela só penso em você...” e revirava os olhos. Até que um dj iluminado ouviu minhas preces e colocou músicas pop. Eu e Anna fomos para a pista de dança, e com o efeito das bebidas eu me soltei mais do que imaginava, mas nada para fazer vexame. Dançamos um pouco, mas voltamos na mesa para beber um gole de água. Eis que eu olho pra frente e vejo ele. Ali apareceu do nada na festa, de mãos dadas com a Patricia, e eu gelei, e engoli em seco. Meu coração disparou, e eu virei para trás, na esperança de que ele não me visse. Ele estava do jeito que eu gosto de vê-lo vestido, mas estava um pouco mais arrumadinho. Calça jeans, all star, camiseta do Red Hot Chilli Peppers e uma jaqueta de couro. Anna o viu também, e percebeu pela minha cara que eu estava nervosa, eufórica e muito tensa, mas mesmo meio bêbada, decidiu ficar ao meu lado. Na verdade, ela estava de frente pra mim, e para o Ali, e discretamente ela narrava para mim o que via.
- Jas, acho que eles não estão muito felizes. Acho inclusive que eles estão discutindo. Disfarça e continua virada pra trás, eles estão vindo em nossa direção...
Anna foi abaixando a cabeça devagar, como quem quisesse disfarçar muito mal uma cena estranha. Eles passaram do nosso lado, e conseguimos ouvir mal uma parte da conversa entre os dois.
- Tá satisfeita? Já te trouxe na festa, o que mais você quer agora?
- Deixa de ser estúpido, é melhor do que ficar em casa jogando supermário.
Anna e eu não conseguimos conter a risada, e ela me puxou para a direção oposta, indo para a pista de dança.
- Jas, esse é seu momento, eu tenho um plano.
- Tá maluca Anna, que plano? Sabe muito bem que eu não quero destruir o namoro de ninguém, eles pelo visto não estão tão bem aqui.
- Presta atenção, só dança, ok? Você sabe fazer isso.
Anna foi em direção a mesa, pegou uma caneta emprestado com alguém, e um guardanapo no bar. E danou a escrever. Eu fiquei olhando ao longe, e depois desviei minha atenção pra ele, que até então não me viu ainda. Patricia estava com um vestido florido e soltinho, um cardigã rosa, e seus cabelos castanho claros caindo pelas costas. Ela é realmente muito bonita, até com cara de brava e apontando o dedo para o Ali. Talvez por esse motivo, além de muitos outros que prefiro não saber, ele não consiga se afastar dela. Anna entrega o papel ao dj e volta em minha direção, com um copo cheio de caipvodka e um enorme sorriso no rosto, como uma criança aprontando alguma merda.
- Confie em mim, bebe isso e aja naturalmente.
Sua cara era assustadoramente sarcástica como de costume quando planejava algo engraçado, e o copo era bem grande. Dei uma golada e tava delicioso! Bebi mais um gole bem grande, e senti como se eu estivesse pisando em almofadas, acho que é o alcool fazendo efeito. Eu nunca estive assim antes, pelo menos não na frente do pessoal da faculdade. E dançava ao som de uma batida eletronica de um dj provavelmente conhecido em Ibiza, mas totalmente anônimo na minha playlist. Ali e Patricia continuam discutindo, e me pergunto por que bulhufas eles vieram pra cá. Eis que em um dado momento eu ouço a voz da minha diva Demi Lovato, tocando minha música de balada gls favorita, neon lights. E Anna começa a rir, aí entendo enfim a merda que ela fez. Ela sabe que quando ouço certas músicas, elas tem certos efeitos sobre mim. No caso de neon lights e outras muitas, é fechar os olhos, deixar a batida entrar pelos meus ouvidos e dançar compulsivamente. É inevitável. Por conta da bebida, eu me movo sensualmente no ritmo da música, passo minha mão pelos cabelos e abro um sorriso, e ela se empolga, e vem dançar junto comigo. Depois do refrão, eu olho pra frente, ao mesmo tempo que Ali, que falava alguma coisa pra Patricia, e aí ele me vê, e para de falar. Nossos olhares se encontram, mesmo longes um do outro, e sinto uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo. Meu coração dispara mais uma vez, e eu respiro fundo, olhando em seus olhos. Anna pede pra eu continuar dançando e eu obedeço, mas não consigo tirar meus olhos dele. Acaba neon lights, começa What's my name, da Rihanna. PUTA MERDA! Essa música mexe comigo, porque além de me dar vontade de dançar, a letra da música narra vários momentos nossos, e ele sabe disso. Nesse momento decido ligar o foda-se pra todo mundo, era como se fosse apenas eu e ele ali. Eu rebolo, sorrio e mordo meu lábio, sensualizando pra ele descaradamente. Ele na verdade não gosta quando eu bebo, mas assiste a cena. Cruza os braços e me observa dos pés a cabeça, tentando não sorrir, em vão. Por um momento, ele esqueceu que a namorada dele estava do lado, e ela não gostou nada de ver isso. Ela decidiu ir embora, saiu com pressa e muito chateada, mas eu nem reparei. Eu só tinha olhos para o meu príncipe, me vendo dançar. Ele nunca tinha me visto dançar antes, muito menos daquele jeito. Ele não podia dar sinais do nosso caso, então ficou apenas olhando de longe. Para provocar ainda mais, cheguei atrás da Anna, peguei-a pela cintura e rebolamos juntas, grudadas uma na outra, descendo até dobrar os joelhos e depois subindo, mexendo nos cabelos e sorrindo divertidas. Ela virou de frente, encaixou uma coxa entre as minhas pernas e rebolamos mais uma vez juntas. E ele nos olhava compenetrado, tentando prender o sorriso, mas com os olhos cheios de tesão. A situação piorou quando o dj trocou o pop pelo funk, e colocou Anitta pra tocar. E nada mais apropriado no momento do que uma música que começa dizendo “segura, se prepara, vou provocar. Se controla e repara eu rebolar”. Eu e Anna olhamos para Ali e soltamos uma gargalhada, ele não se conteve e riu também. Estavamos irreconhecíveis na pista de dança, pareciamos aquelas mesmas garotas que vão todo fim de semana pra balada. Ele, que não gosta muito desse tipo de coisa, saiu repentinamente de onde estava. Quando me dou conta ele não estava mais perto das mesas. No mesmo momento sinto meu celular vibrar. Vejo uma mensagem dele no meu whatsapp: “quero as duas, daqui a 10 minutos, aqui no banheiro feminino do terraço. Sem desculpas, AS DUAS.” Ele, apesar de ser apaixonado por mim, o que sei que é, porque ele me demonstra isso, tem uma certa fantasia sexual, ter duas mulheres na cama com ele. E essas duas mulheres somos eu e Anna. Ele nunca me escondeu isso, e apesar do medo, e de gostar de homens, acho que faria isso por ele. Anna tambem sabe desse interesse, mas reluta mais do que eu, por causa do Stefan, e porque ela também é hetero. Eu mostrei a mensagem para Anna, e ela não fez uma cara feliz.
- Vai você, eu não vou não. Vou ficar aqui, curtindo a música e bebendo mais um copo.
- Amiga, por favor! Eu não quero ir lá sozinha. Tem muita gente conhecida, seria dar bandeira demais. Se fossemos juntas, seria menos pior.
Nesse momento, Jonh chega para falar com a gente.
- Ali passou por mim e disse que estaria no andar de cima. Pediu pra eu avisar a vocês. E a propósito, vocês estavam uma delicia dançando.
Eu fiquei muito vermelha, parecia que todo o sangue do meu corpo tinha concentrado nas maçãs do meu rosto.
- Bom, tá na minha hora, ainda preciso encontrar uma pessoa depois daqui... Cuidem-se, e precisando de alguma coisa, podem me ligar que eu venho buscar vocês.
Ele deu um beijo na testa de cada uma e foi embora. Depois de muito insistir, eu e Anna subimos as escadas do salão e batemos na porta do banheiro do terraço. Ali abriu a porta e nós entramos, relutantes e tímidas.
- Meninas... podem me explicar o que foi aquela cena?
Mais uma vez, meu sangue concentrou no meu rosto, e eu comecei a ficar com muita vergonha. Anna respondeu.
- Ora, eram duas amigas dançando numa festa. Parecia o que?
- Se eu fosse um pouco mais convencido, eu acharia que vocês estavam fazendo de sacanagem, só pra me provocar e me deixar excitado.
Anna riu, e eu sentei na tampa do vaso, querendo correr dali.
- Na verdade, a intenção é que só ELA te deixasse excitado. Foi ela que colou em mim, eu só entrei na onda!
Anna apontou pra mim, e eu arregalei meus olhos, repreendendo-a
- Anna, foi você quem teve a idéia, e me deu o copo de caipvodka, não joga a culpa pra cima de mim, eu não tenho nada a ver com isso.
- Não quero saber de quem é a culpa. As duas estavam me provocando. AS DUAS vão terminar o que começaram. Aqui no terraço tem uns sofás, uns puffs pra gente sentar, mas tem muita gente conhecida aqui. Vocês vão me encontrar na porta da faculdade, eu pego vocês lá, entendido?
- Eu não vou a lugar nenhum. Você e Jas se quiserem podem ir, mas eu vou ficar aqui.
- Anna, você vai me largar sozinha com ele mesmo?
- Como se você odiasse né? Para de coisa.
- Amiga... por favor, vamos comigo...
- Bom, tô indo, encontro vocês duas daqui a 10 minutos. Vão vocês na frente, e nada de furar comigo. Vocês me devem uma.
Ali me dá um beijo, quente, excitado, gostoso. E tenta beijar Anna, que por instinto vira o rosto. Ele aproveita a deixa e beija seu pescoço, e isso faz ela ficar arrepiada.
- Tá me negando agora, mas vai gostar...
Ele sussurra no ouvido dela, me deixando até um pouco enciumada, mas me olha, pisca pra mim, e abre a porta pra gente.
Chegamos na porta da faculdade e em menos de dois minutos ele aparece no seu carro. A rua está escura e deserta, ele estaciona e nós entramos. Eu no banco da frente, e Anna atrás.
- Vou levar vocês pra um lugar muito legal.
- Vai ter mais tequila?
Anna perguntou e olhou para Ali com uma cara bem safada.
- Se você realizar minha fantasia hoje eu arrumo quantos litros você quiser.
- Se você arrumar a tequila eu penso no seu caso.
- Injusto... mas eu arrumo. Vocês sabem que eu faço qualquer coisa pra ter vocês duas em cima de mim numa cama.
Eu corei. Eu estava visivelmente alterada. Bêbada, confusa, assustada e por incrível que pareça muito excitada. Em algum lugar lá no fundo de mim, eu estava morrendo de vontade de cometer uma loucura aquela noite.
Chegamos no motel, e antes de pedir a chave do quarto, Ali pergunta para a recepcionista se é vendida a garrafa de tequila no menu do motel, e ela diz que sim, e com mais 10 reais extras, poderia se comprar um combo com a garrafa + sal e alguns limões. Ali estava em extase, e Anna abaixou a cabeça sem acreditar. Como ele consegue tudo o que quer? Ela chega pra frente e sussurra no meu ouvido.
- Não vamos deixar ele fazer o que ele quer. Se é para cometermos uma loucura hoje, que seja do nosso jeito.
- E o que você pretende fazer, amiga?
- Tô fazendo de improviso, mas já tenho algumas ideias.
Ela nesse momento, me mostrou um lenço que estava no carro dele, parecia uma espécie de cachecol, que ela escondeu dentro de sua jaqueta.
Subimos para o quarto, e na mesma hora, Ali se deitou na cama e chamou nós duas para deitarmos do lado dele. Assim fizemos, ele beijou primeiro a Anna, pegando-a pelos cabelos com uma das mãos, e a outra mão procurava por mim. Depois ele inverteu a situação, e veio me beijar.
- Nossa, vocês duas me deixam louco demais. Quero muito fuder vocês duas hoje, e agora não dá pra vocês escaparem. Vocês são minhas por 8 longas horas.
Eu olhei pra Anna, como se pedisse permissão para abrir o jogo, e mostrar que estávamos tramando algo.
- Anjo, eu sei que você tá doido pra fazer o que quiser com a gente, mas hoje somos NÓS que vamos aprontar com você. Agora pega o telefone e pede o combo de tequila.
Nós duas, ao mesmo tempo, beijamos seu pescoço, e tiramos sua jaqueta. Olhamos nos olhos dele e sorrimos, como duas molecas aprontando alguma coisa, e dava pra ver que ele estava morrendo de tesão, o volume marcando em sua calça era visível. Ele pediu a tequila, tirou a camisa e se deitou, encostado na cabeceira da cama, e nós duas ajoelhamos na cama, na frente dele, e começamos a nos despir. Eu tirei a jaqueta da Anna enquanto ela desabotoava minha camisa. Em seguida, abri o ziper lateral do seu tomara-que caia, tirando sua blusa. A campainha tocou, em menos de 5 minutos. Ele atendeu e voltou para o quarto com a garrafa em uma das mãos, e uma bandeja com limões já picados e um saleiro, que ele coloca na mesinha de cabeceira da cama, e senta de volta onde estava. Nesse momento, Anna pega o lenço na jaqueta, senta no colo dele, beija ele com bastante vontade, e depois olha pra ele e diz:
- Amiga, vem me ajudar a amarrá-lo.
Eu vou na direção dos dois, ela sai do colo dele e eu sento. Também o beijo, com tanta vontade quanto ela, enquanto amarro suas mãos. Saimos do colo dele e voltamos para a posição em que estávamos, uma de frente pra outra, na frente dele. Olhei para ela e sorri, e disse:
- Que os jogos comecem...
-
Eu peguei Anna pela nuca e a beijei. De inicio, foi um selinho, suave. Ela mordeu meu lábio inferior e puxou devagar, depois colocou sua língua na minha boca. Trocamos um beijo bem intenso, e por incrível que pareça, não nos sentimos constrangidas depois do beijo, foi bem gostoso na verdade. Ali assiste a cena ofegante, que dava para ouvir sua respiração e seus palavrões sussurrados, como quem quisesse estar participando do beijo. Ela me olha, sorri e com os olhos, “aponta” para a tequila, e eu meio que entendi o que ela quis dizer. Nos beijamos de novo, e enquanto isso ela desabotoava meu short e tirava e depois de ficar apenas com a fio dental azul (que Ali já tinha visto e elogiado antes), eu tirei a saia da Anna, e vi que ela estava com um minishortinho de renda pink, da cor da saia e do seu sutiã sem alça. Ficamos apenas de lingerie e olhamos para Ali, que estava mordendo os lábios, com o tesão a mil, mas nada podia fazer por si naquele momento, com as mãos amarradas, ele estava agoniado.
- Quando vocês desamarrarem minhas mãos, eu vou acabar com vocês.
- Só uma pergunta... Você não bebe né?
- Não, não bebo. Por que?
- Porque hoje você vai implorar pra ficar bêbado.
Anna diz, em tom de brincadeira, enquanto eu levanto e pego a tequila, os limões e o sal. Quando volto pra cama, eu tiro seu sutiã, e ela o meu, e jogamos eles na direção de Ali, que não pode pegá-los, com as mãos amarradas. Ela deita na cama de barriga pra cima, jogo uma pitada de sal em sua barriga, um pouco abaixo dos seus seios, e jogo um pouco de tequila no seu umbigo. Fico de quatro na cama, por cima dela, dou uma leve lambida para limpar o sal, depois vou descendo e “bebo” com a língua toda a tequila de seu umbigo, e coloco o limão na boca. Ela geme, e sorri, e Ali fica simplesmente doido com a cena...
- Caraaaalho, me solta, eu quero comer vocês duas!
Ignorando o comentário dele, nossa diversão estava aumentando cada vez mais, ela fez a mesma coisa comigo, só que de costas. Eu fiquei de bruços, um pouco empinada, e ela derramou a tequila nas minhas costas, com cuidado pra não deixar cair, e o sal na minha bunda. Ela limpa o sal em uma das minhas nádegas e dá um tapinha do outro lado, e depois bebe a tequila, lambendo minhas costas e me arrepiando. Depois, coloca o limão na boca. Estavamos rindo muito da cena, principalmente pela situação em que meu principe se encontrava. Naquele momento, ele não tinha mais nada de principe. Estava como tarado, desesperado e doido pra participar da brincadeira. Perguntamos se ele queria experimentar, e ele disse que sim. Sem soltar suas mãos, fizemos por nossa conta: colocamos uma pitada de sal nos meus peitos, ele lambeu, deixando meu mamilo duro e arrepiado. Depois, ele bebeu um gole de tequila, entre os seios da Anna. Nesse momento ele gemeu afobado, e aí colocamos um limão em sua boca, e ele chupou. Ele fez uma cara feia de inicio, mas curtiu a experiencia. Deitamos ele novamente na cama, fomos em sua direção, tiramos sua roupa toda, e seu pau já estava latejando de tão duro, e sua cueca estava molhada de tanto tesão. Colocamos uma pitada de sal em cada perna dele, muito próximo ao seu pau. Lambemos ao mesmo tempo, fazendo com que ele soltasse um gemido alto, e uma risada bem safada. Bebi um gole de tequila e dei um beijo na Anna, fazendo com que ela bebesse um pouco também e depois coloquei um limão em sua boca, e ela fez o mesmo comigo. E enfim, soltamos as mãos de Ali, que imediatamente deu um tapa na minha bunda, e um na bunda da Anna.
- Vocês duas estão demais, quem vai ser a primeira a chupar meu pau?
- Deixo isso pra Jas, prefiro ela.
Nós dois arregalamos um olho pra ela, em surpresa, e ele abriu um sorriso.
- Quero as duas fazendo o que eu quiser, já brincaram o suficiente por hoje.
- Hahaha, você não viu nada ainda. Se continuar reclamando, vai ficar só olhando a noite toda.
Ele faz uma cara ilegível. Não se sabe se assustado, ou feliz por estar acontecendo sua maior fantasia ali.
- Ok, vocês venceram. Contanto que alguém me faça gozar bem gostoso, vocês podem inventar o que quiserem!
Ali, antes que impedissemos, tira nossas calcinhas. Me beija, apertando meus peitos e depois beija Anna, fazendo o mesmo com ela, elogiando o volume deles. Realmente, são incrivelmente deliciosos. Ele se senta e eu fico de quatro pra ele. Começo devagar a chupar seu pau, passando minha língua pela cabeça e depois descendo com a minha boca, quente pelos shots de tequila. Enquanto o chupo, Anna aproveita a minha posição para passar sua mão pela minha buceta, que está inchada e molhada de tesão. Ela passa a mão por ela, e esfrega seu dedo no meu clitóris, e depois enfia um dedo dentro dela, e dá para Ali sentir meu gosto. Ele me pega pelos cabelos e movimenta minha cabeça contra seu pau, olha pra Anna e pede pra ela me chupar. Ela nunca tinha feito isso na vida, mas estava adorando a experiencia. Ela aproxima sua língua do meu clitoris e me arrepia toda. Vai lambendo minha buceta devagar, como se fosse uma gatinha, e isso vai deixando uma sensação gostosa em cada cantinho do meu corpo, fazendo com que eu me empolgasse mais nas chupadas em Ali. Ele gemia alto, xingava, exalando prazer pela voz. Ele nos interrompe para um pedido.
- Deixa eu chupar essa buceta também Jas, vem cá. Anna, por favor, chupa meu pau, vamos inverter isso um pouco.
- Vamos inverter, mas ela me chupa agora, enquanto eu caio de boca no seu pau.
E assim fizemos. Ela agora estava de quatro, lambendo toda a extensão do pau dele, enquanto eu, ainda relutante, lambia seu clitóris. O gosto é um pouco estranho, mas não é de todo ruim, e o gosto do limão e da tequila meio que amenizava o sabor. Suguei um pouco o grelinho da Anna e acabei me empolgando, causando um efeito dominó: dei uma lambida intensa até quase chegar no seu cuzinho, fazendo ela gemer abafado com o pau do Ali na boca, fazendo ele se contorcer de prazer. Ele saiu debaixo da Anna e me pegou pela cintura, me beijando loucamente, puxando meu cabelo de leve. Parou de me beijar, colocou uma camisinha e me olhou nos olhos.
- Senta no meu pau, minha gostosa.
Eu obedeci, e enquanto eu sentava, Anna brincava comigo, passando a mão pelos meus peitos e beijando minhas costas e meu pescoço. Eu gritava de prazer, com ele dentro de mim e as mãos da Anna me acariciando, quando percebi, minha buceta se contraia e eu gozava muito gostoso em cima do pau dele. Ele quase não consegue se segurar, mas a tempo ele me tira de cima dele, me colocando de bruços. Ele entra em mim de novo, e começa a estocar com força enquanto Anna faz o mesmo, beija suas costas e seu pescoço, e ai ele solta um urro de prazer e goza. Cai deitado pro lado, feliz, enquanto desfaleço em cima da cama, ao seu lado. Ele tira a camisinha, vai em direção a Anna, enquanto me refaço, e a beija, com mais força, deita ela de barriga pra cima.
- Agora vou fazer o que sempre tive vontade de fazer contigo...
E ai ele cai de boca em seus seios, alternando os dois, freneticamente. Depois ele desce, lambendo sua barriga, até chegar na sua buceta. Ele levanta as pernas dela, deixando-a toda aberta, e lambe seu grelo em movimentos circulares. Isso faz com que rapidamente ele se recuperasse e ficasse de pau duro mais uma vez. Ela geme, e eu vou em sua direção, beijando sua boca de cabeça pra baixo, estilo homem-aranha. Ela se contorce e por fim acaba gozando também. Sem dar tempo pra ela se recuperar, Ali coloca outra camisinha em seu pau, e de frente mesmo, enfia seu pau todo dentro dela, fazendo um vai e vem, a principio devagar, mas depois aumentando a intensidade. Depois de mais algumas estocadas ele goza mais uma vez, gemendo bem alto e caindo por cima dela.
- Garotas... isso foi incrível. Preciso descansar um pouco, mas eu quero mais!
- Vamos pra banheira então. Acho que cabe nós tres.
- Se não couber, uma de vocês senta no meu colo.
Nós rimos, e fomos para a banheira, que tinha um kit com sais e sabonete líquido. Enchemos a banheira e fizemos espuma. E enquanto Ali se recuperava, nós duas brincávamos, ainda meio bêbadas.
- Somos Britanna, e ele é nosso Puck.
- Mas que porra é essa?
- Não se mete, coisa nossa! Eu sou a Santana, vem cá minha Brit.
Ali olha pra nossa cara, tentando fingir que entendeu, enquanto eu ia em direção a ela, e nos beijavamos de novo. Ela, já sem vergonha nenhuma, por baixo da água, colocava a mão na minha buceta e me acariciava mais uma vez, e eu fazia o mesmo. Enfiei dois dedos e ela gemeu, e depois começou a beijar meu pescoço, me fazendo gemer também. Ela esfregava meu grelo em movimentos bem rápidos, e voltamos a nos pegar na frente dele, que vendo toda aquela cena, ficou excitado mais uma vez, e tocava uma, enquanto observava nós duas nos divertindo. Eu parei e me sentei na beira da banheira, e Ali decidiu me chupar. Lambia toda a minha buceta, enquanto Anna acariciava seu pau, tocando uma punheta bem gostosa pra ele. Depois trocamos de lugar e ele começou a chupá-la, da mesma forma que fez comigo anteriormente, e eu com uma das mãos tocava seu pau, e com a outra me tocava, assim não aguentei e gozei novamente. Ela também gozou em sua boca, e ele já maluco, colocou nós duas sentadas uma do lado da outra, e alternava. Um momento eu o chupava um pouco, depois ela. Até ele finalmente gozar pela terceira vez na noite.
Exaustos, fomos dormir. Ele no meio, eu em seu ombro esquerdo e Anna em seu ombro direito. Ele estava maravilhado, se sentindo como um rei. E assim caimos em sono.
No dia seguinte, Anna acorda, ainda meio sonolenta, e quando dá de cara com Ali e comigo, solta um grito, nos acordando e nos assustando.
- MEU DEUS, ONDE A GENTE TÁ? PORQUE VOCÊ TÁ PELADO? E VOCÊ TAMBÉM?
- Amiga, você não lembra o que houve ontem?
Ali começa a rir, apesar de acordar no susto.
- Sério mesmo que você não lembra o que vocês duas fizeram ontem?
Anna se desespera, e nós contamos pra ela. Ela morre de vergonha, depois de vestir suas roupas, apressada.
- Não acredito que fizemos tudo isso! Não acredito que eu gostei de tudo isso! Ai que dor de cabeça infernaaaal, eu nunca mais vou beber na minha vida. QUE ISSO NUNCA MAIS SE REPITA, ESTÃO OUVINDO?
- Amiga, mas a ideia foi sua...
- NÃO IMPORTA! Quero ir pra casa. Tô com vergonha...
Nós rimos muito, e depois Ali nos deixou em casa. Sua maior fantasia foi realizada exatamente como ele queria, e eu curti coisas que não imaginava curtir. Agora é voltar pra realidade, e tê-lo só pra mim... ou QUASE só pra mim.