— Fe, me espera, cara — disse Anderson me puxando pelo braço. Parei por uns instantes e me virei para ele. Seu rosto estava amedrontado. Puxei meu braço de suas mãos e fiquei esperando para ver o que ele falaria. — Por favor, eu sei que sou sem noção de ir beijando um cara que não conheço direito, mas quando eu olhei para ele, sei lá, foi como se já nos conhecêssemos, como se fossemos velhos amigos. Eu gostei muito do Igor, por favor, não diga que me viu beijando ele para a mãe e o pai. Eles vão começar a infernizar minha vida e me afastar dele, por favor, por favor — o semblante de Anderson agora estava mais para choro do que desesperado. Ouvi-lo dizer aquilo me deixou confuso. Ele era o cara insensível e nunca o tinha visto falar sobre seus sentimentos dessa forma.
— É só isso? — perguntei em uma voz seca.
— É — ele disse lentamente, sua cabeça caiu e seu rosto ficou tão triste que quis abraça-lo, mas quando dei um passo à frente, Igor saiu do quarto e a cena do beijo me veio à cabeça. Afastei-me de And e fui para fora.
Mas mesmo longe eu ainda ficava pensando nos dois lá dentro. Se abraçados e eu beijando o outro. Meu coração batia mais forte pensando que os braços que eram, só meus, agora estavam em outro corpo. — And — disse levantando a cabeça em direção ao seu quarto. Comecei a piscar rapidamente, segurando os lábios entre os dentes, mas não adiantou. As lágrimas começaram a cair, uma atrás da outra.
Nesse momento eu entendi meus sentimentos pelo meu gêmeo, eu o amava além do amor de irmãos. O amava como Igor ou qualquer outro cara iria ama-lo. Ele tinha que ser só meu, ser meu namorado e me abraçar. Porém, agora que saiba que o amava, também soube que ele não me olhava assim. Pode ter no máximo sentindo desejos por mim como disse antes, mas não amava.
Meus olhos choraram cada vez mais, e meu peito já soluçava. Quando uma pessoa apareceu por trás de mim. — Tudo bem, querido? — perguntou o dono da mão que caiu sobre meu ombro. Era uma mão pequena e delicada. De uma mulher pelas unhas grandes.
— Não muito — disse me virando e limpando meu rosto. Quando fiquei de frente para ela, vi que era a mão de Igor, a mulher baixinha de cabelos vermelhos.
— Você é um rapaz tão bonito para estar chorando. Acho que aconteceu algo de muito ruim — ela supôs, tirando um lenço do bolso e entregou a mim.
— Obrigado — disse pegando o lenço e limpando meu rosto. — A senhora não faz ideia — disse finalmente depois de algum tempo.
— Qual seu nome, filho? — ela me perguntou abrindo um sorriso simpático.
— Fernando — respondi sentindo que meu peito estava mais aliviado e não tinha mais possibilidade de chorar.
— Sabe Fernando, quando meu Igor fica triste, eu sempre o levo para ir a algum lugar, comer algo. Se afastar dos problemas pode nos ajudar a pensar melhor sobre eles. Por falar nisso, eu estou de saída para ir ao centro — quando fui pegar meu carro ouvi seu choro, se quiser pode ir comigo.
— Obrigado, mas minha cabeça não está muito bem — disse devolvendo o lenço para ela.
— Tudo bem — com essas palavras, e um sorriso de orelha a orelha, ela se afastou e andou até o outro lado da cerca viva. Que não tinha mais de meio metro de altura e uns 30 centímetros de espessura. Do outro lado, a mãe de Igor entrou em seu carro e saiu. Notei que ela mandou um beijo em direção a porta, quando meus olhos foram até a porta, vi o homem baixo mandando outro beijo para ela. Eles sim eram uma família feliz. E a minha? Nem saber onde estavam eu sabia.
O sol foi se pondo e eu fiquei sentado na varanda, sem fazer nada. Por dentro contava os segundos para que Igor saísse pela porta, mas ele não o fez. A noite começou a cair e só então vi o carro dos meus pais chegar.
Meu pai pulou do banco do motorista e bateu a porta, caminhou rapidamente para dentro de casa com a pasta na mão. Minha mãe, foi até o porta-malas e o abriu, tirando dele algumas sacolas de compra. Não pediu minha ajuda e não fiz questão de ir até lá. Apenas fiquei olhando ela fazendo varias viagens para dentro de casa, sempre em silêncio.
— Onde está seu irmão? — perguntou ela quando trouxe a última das sacolas.
— No quarto com o filho dos novos vizinhos — eu respondi temendo que aquelas criaturas não tivessem ouvido o som do carro e achando que era eu quem fazia barulho dentro de casa.
— Vizinhos? Filhos? — mamãe lançou um olhar nada amigável sobre a cerca viva. Olhei também para o lado, e vi o cara baixo pegando algumas coisas do seu jardim. Ela fez um barulho com a boca e entrou.
Levantei-me o mais rápido que consegui e corri até o quarto, passando por minha mãe que andava lentamente. Abri a porta esperando encontrar duas pessoas jogando videogame como gente normal. E não foi isso que meus olhos se depararam, lá estavam os dois agarrados de novo. — Vocês ficaram o dia todo assim? — fiz uma careta de nojo. — A mãe está vindo aí — disse caminhando para minha cama.
Enquanto me sentava, vi que dois loucos arrumando a roupa, cabelo, limpando a boca. Estavam perfeitamente sentados um do lado do outro, e jogando, quando a porta se abriu e o rosto de mamãe apareceu. Seus cabelos lisos caíram sobre o rosto, os olhos castanhos claros (como o meu e do And) olharam atentamente todo o local. Seu maxilar duro, ficou um pouco rígido, depois ela saiu.
— Valeu — disse Igor olhando para mim. Dei de ombros, logo depois os encolhi. Anderson estava mesmo afim desse cara? — Acho melhor eu ir para casa e Anderson, pode ficar com o jogo.
Os olhos do meu irmão brilharam, depois ele se levantou em um pulo e abraçou Igor. Ambos trocaram rápidos beijos e saíram.
Fiquei pensando o que And poderia ter visto em Igor. Ele não era do tipo de cara que frequentava a academia. Tinha um corpo normal, nem gordo nem magro. Seu cabelo de fogo era ondulado. Seus olhos verdes eram o que ele tinha de mais bonito, seu queixo formava um quadrado e sua pele — que mais fazia jus ao tipo de pessoa que eu pensei que ele era: viciado em jogos que não sabia o que era sol. Tinha uma pele pálida demais.
Minutos depois Anderson retornou. Caminhou diretamente a minha cama e se sentou atrás de mim, depois me abraçou. — Desculpe se te fiz alguma coisa — disse ele me segurando com força. — Eu te conheço e sem você dizer nada, eu sei que está com raiva de mim — sua voz era a mesma de sempre, mas em meus ouvidos elas soaram mais doce do que nunca.
— Eu não estou com raiva de você — disse finalmente, depois do silêncio que se formou no quarto.
— E por que me olha como se estivesse? — perguntou And mordendo meu ombro de leve.
— É aquele cara. Você não é assim, de sair beijando qualquer um. Sei lá cara, eu não gostei disso.
— Está com ciúmes?
— Talvez sim talvez não.
— Acho que sim.
— Se estiver, o que vai fazer?
— Não posso fazer nada — disse ele. — Mas me responde uma coisa. Quando me viu abraçado com o Igor, sentiu tesão?
— Que pergunta idiota é essa, Anderson? — minha voz agora soou grave e seca.
— Eu quero saber se tu é mesmo gay. Calma. E se sentiu tesão vendo dois homens se beijando, então você é gay.
— Não, não senti tesão — respondi.
— O que sentiu? — ele já estava me fazendo muitas perguntas.
— Acho que ciúmes mesmo.
— De mim ou dele? — fiz um som com a boca, mostrando que essa era uma pergunta óbvia demais. — Acho que sentiu de mim — disse And entendendo tudo.
— Você gosta de mim? — eu perguntei me virando para And. Nossos rostos ficaram separados por alguns centímetros. Ele colocou a mão em meu rosto. Meu corpo se arrepiou e meu peito martelava com força.
— Claro que gosto — respondeu And. Um sorriso apareceu em seu rosto, como se aquela fosse uma pergunta que ele a muito esperou.
— Digo: gosta ou olha para mim como olha para o Igor? — refiz a pergunta sentindo meu mundo ficar menor, esperando que ele não se levantasse e ficasse com ódio de mim o resto de nossas vidas.
— Fefe, eu amo você mais do que amarei qualquer cara — respondeu And olhando dentro dos meus olhos. Não sabia no que estava me dando, mas algo me atraiu para ele como se fosse dois ímãs. O corpo de Anderson também estava se aproximando de mim, agora os centímetros que nos separavam não existiam mais. — Sempre que durmo abraçado com você, eu acordo e vou para o banheiro me masturbar, porque você me da... prazer. Eu sinto tesão e amor por você Fefe.
— Eu sinto o mesmo — disse sentindo meu coração pulsar nas têmporas.
— Sabe que isso é errado né? Temos o mesmo sangue — disse And. Seu hálito batia no meu rosto e sua respiração quente estava me fazendo arrepiar.
— Sei, mas acho que não ligo — isso foi tudo que And precisou ouvir para finalmente fazer o que eu e ele esperamos desde sempre.
A mão do meu gêmeo me abraçou pelas costas e trouxe meu corpo para perto dele, senti um nó se formar na minha garganta. Mas o nó se desde fez quando os lábios dele, meu irmão, tocaram os meus. Foi uma sensação prazerosa, mais prazerosa do que um dia em pensei que fosse. Seus lábios eram suaves e quentes, sua língua cumprida e fina entrou na minha boca, lentamente. Fechei meus olhos e segurei na mão de And, ele respondeu ao toque me segurando também. De repente senti a língua de Anderson dentro da minha boca, dançando para todos os lados, de tempos em tempos puxava minha língua para a sua boca. Até que levei minha língua para sua boca por vontade própria, senti os dentes roçando-a e a diferença de temperatura, Anderson era mais quente. Minha língua ficou do lado da sua, senti que estávamos ligados nas mãos, e nos lábios. Aquilo foi o momento mais prazeroso de minha vida.
And abaixou sua mão pelas minhas costas, seu toque era uma mistura de ousadia e prazer, foi descendo até onde ninguém nunca tinha tocado, minha bunda. Ele se deitou na cama, me levando com ele, é claro. Quando ele já estava deitado sua mão começou a fazer carinho na minha bunda por cima do short.
— Meu irmãozinho gostoso — disse ele no meu ouvido. Depois o mordeu com um pouco de força, senti meu pênis pulsar sobre o pênis dele. Sua mão estava cada vez mais gostosa na minha bunda. Coloquei os lábios no pescoço de And, sentindo seu gosto. Era diferente de tudo que já tinha provado, era muito mais gostoso. Meus dentes entraram com um pouco de força na pele. Sua resposta foi um gemido e um tapa na minha bunda.
— Sempre soube que você queria brincar com minha bunda — eu disse sorrindo para ele. Não foi um sorriso comum, foi um sorriso safado, que um namorado manda para outro. Meu primeiro sorriso safado.
A mão de And entrou no meu short, senti seus dedos alisando minha cueca boxer branca, ele começou a empurrar meu short para baixo, me deixando apenas de cueca, me levantei para que ele tirasse tudo. Depois fiz o mesmo, puxando seu short para baixo, vi que ele não estava de cueca. Por isso o volume embaixo estava tão gostoso. O pênis de And era como eu sempre pensei que fosse: 19 cm, branco com a cabeça rosinha, sem nenhum cabelo, apenas pentelhos que precisavam ser aparados, o saco era liso e médio. Por desventura o meu pênis era exatamente igual ao dele.
Senti minha cueca sento arrastada por sobre minha pele. Minha bunda foi ficando exposta e aos desejos de Anderson. Levantei-me para que ele a tirasse, quando me abaixei outra vez senti que meu pênis estava tocando diretamente o de And. Nossas cabeças estavam se roçando. O prazer era indescritível, meu pênis tocava desde as bolas até nossas cabeças. Que se cobriam e se descobriam, conforme eu me esfregava em cima do corpo de And.
— Nossos pais — ele me lembrou, quando fiz menção de que iria me abaixar e chupa-lo.
— Droga! — disse voltando minha cabeça para cima. —Então o que vamos fazer?
— Não podemos ir ao banheiro. Não tomamos banhos juntos a mais de anos, e se encontrasse a gente ali dentro, iam saber o que estávamos fazendo. Ainda mais você que não sabe mentir. E também não podemos ficar muito tempo pelados um em cima do outro. Melhor deixar para de madrugada, quando estiver todo mundo dormindo, mas ainda é perigoso. Temos que tomar todo cuidado do mundo.
— Está certo — disse me levantando para vestir minha roupa. —, mas podemos ficar abraçados e isso já é mais do que o suficiente para mim — falei depois que já estávamos com nossas roupas.
— E nos beijar — disse And me puxando para sua cama. Ficamos perto da janela. A lua brilhava lá fora. Sentei-me atrás dele, sentindo seu pênis duro roçar minha bunda. Ele virou meu rosto lentamente para ele e tocou meus lábios com os deles. E assim ficamos nos beijando.
Até nosso pai nos chamar na porta. Estava na hora do jantar.
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** se quiser ler os outros capítulos da história, entre no link a seguir: http://www.wattpad.com/myworks/minhas-rela%C3%A7%C3%B5es-com-meu-g%C3%AAmeo
Olá pessoas, tudo bem com vocês?
Fico feliz de ver que o começo dessa história está agradando aqueles que fazem a gentileza de comentar. Por isso faço-lhes uma lista para mostrar que leio seus comentários e fico muito feliz. Thank you.
♥ ღ *♡* Catariina ✮ ♥, CrisAC (eu não tenho tempo para fazer dois cap por dia. Essa semana estou dividindo: escrever e estudar para as provas da faculdade e receio que quando a semana de provas chegar, eu não vou pode escrever), Igor C., Vi(c)tor, Lost boy, Fã de Fairy tail, Drago*-*, Matt_18, Bagaça (que história é essa de pai? '-'), geomateus.
Beijos seus fafados.