- Essa ou... essa? – eu disse segurando duas camisetas. Uma cinza e uma vermelha.
- Tanto faz Lucas.
- Tanto faz não. O Igor vai estar na festa, preciso causar uma boa impressão. E eu ouvi falar que mais gente da empresa vai.
- Lucas, ele nem sabe quem é você.
- Justamente. Preciso chamar atenção.
- Eu não tô gostando desse papo.
- Contatos Bernardo. Você tá se formando em Administração e não sabe disso? É sempre bom ter contato com uma pessoa influente como ele na empresa em que a gente trabalha.
- Estagia...
- Quem sabe um dia a gente não trabalhe? Não podemos desanimar. Além do mais ele parece ser legal, tô mentindo?
- Ele é simpático. Sabe tratar todo mundo.
- Então! Ele tem a mesma idade que eu! Alguém da minha idade já tem a importância que ele tem, ou seja, não é impossível!
Bernardo me olhava sem entender o que eu dizia.
- Vermelha. Vai com a vermelha.
- Tá. Agora vamo, senão atrasamos.
Saímos pra empresa e chegamos como sempre às 8h em ponto. Era sexta-feira, todo mundo só falava nessa boate na universidade. Todo mundo iria.
- Bom dia! – Igor entrou na recepção acompanhado pelo cara que eu achava ser o namorado dele.
Igor sempre impecável na roupa para trabalhar. O cara vinha atrás dele também arrumado porém com uma mochila nas costas. Igor passou por nós acenando e rindo indo pra sala dele. Eu olhei pro Bernardo e ri.
- Que foi?
- É o cara do outdoor!
- Lucas, vai pra tua sala por favor. – ele levantou e foi pra sala dele emburrado.
Eu fui pro RH e 20 minutos depois ninguém menos que o dono daquele império abriu a porta nos dando bom dia. Era a primeira vez que eu o estava vendo depois da seleção dos estagiários.
- Bom dia senhores. – Antônio Azevedo falou.
- Bom dia. – A sala soou em um coro perfeito.
- Eu já estou saindo. Chego amanhã à tarde. Segurem as pontas por aqui, ok? Se precisarem de auxílio rápido chamem o Igor.
- Pode deixar chefinho. – respondeu um dos contadores.
Ele saiu e atrás dele ia o cara que sempre acompanha o Igor. Ainda com a mochila nas costas ele foi conversando algo baixinho com o seu Antônio. Uma conversa logo se formou na minha sala entre dois funcionários que eu não lembro o nome.
- Para onde eles vão dessa vez?
- Imperatriz, Maranhão. Parece que tem um comprador novo lá.
- Vão só fechar negócio?
- Sim. Ele gosta de ir com o filho pra não viajar só.
Não escutei mais o resto da conversa porque uma palavra zoou na minha cabeça.
FILHO?? Aquele cara era filho do dono da empresa e ele – talvez – namorava o Igor? Vai ser sortudo assim no inferno! Como pode?
O dia foi passando e eu encontrei o Igor na cantina tomando água como sempre. Acho que ele faz jus aquela regra de beber 4 litros d‘água por dia.
- Olá! – eu disse.
- Oi, tudo bom?
- Tudo sim. Seu Antônio viajou com o filho dele, né... O senhor... você tá só na presidência?
- Não. Tem mais gente lá. Eu sou só do setor jurídico da presidência.
Ele fala “Eu sou só” como se fosse pouca coisa.
- Eu conheço aquele menino. Ele foi garoto propagando de um bloco.
Igor engoliu a água rápido e derramou o resto na pia. Impressão minha ou ele ficou nervoso?
- É, pois é. Era ele.
- Como é o nome dele?
- Kaio.
- Ah... – eu ia preparar outra frase mas não deu.
Ele guardou o copo e saiu seco como eu nunca vi. Mas gente... eu falei algo errado. Só disse que vi o cara num cartaz um dia. Essa eu não entendi. Não o vi mais aquele resto de dia.
Natan me ligou quase na hora de sair.
- E aí? Tô ligando pra avisar que não vai ter aula hoje a tarde. Os professores estão viajando pra um congresso sei lá...
- Ah! Valeu. Melhor pra eu tirar um cochilo e recuperar o sono de ter que agora acordar cedo todo dia.
Ele riu.
- Você vem mesmo amanhã?
- Já disse que vou! Coisa chata...
- Calma. Só quero ter certeza. Que horas eu passo em tua casa?
- Não. Eu vou de táxi com o Bernardo.
- Pra quê ir de táxi com o meu carro aqui? Eu levo esse encosto teu aí também.
- Não. É melhor não. A gente se encontra lá.
- Quem você vai encontrar aonde? – Bernardo vinha atrás de mim sem eu saber.
- Lucas pra quê tudo isso? É caminho, eu passo na tua casa.
- Não! A gente se encontra lá no restaurante na mesa de sempre. Leva tuas anotações e tudo mais. Eu levo o notebook. Pede pra Júlia levar o modem 3G.
- Hã? – Natan falou do outro lado da linha.
- Isso. Exato. Tá bom. Até lá. Marcado. Tchau.
- Lucas? – ainda escutei Natan falar, mas desliguei.
- Quem era? – Bernardo falou.
- Os meninos marcando trabalho pra semana que vem.
Pegamos nossos capacetes e saímos da empresa naquela sexta-feira com 39° ao meio dia. A tarde eu fiz o que disse, só que Bernardo me acompanhou. Dormimos a tarde quase toda... A noite ele foi pra aula dele já que os professores dele não haviam faltado. Sábado chegou.
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- Kaio, pelo amor de Deus, são sete horas da noite. Eu já tava preocupado!
- Igor, calma... É que a gente parou num restaurante de lá pra cá e demoramos. Meu celular tá travando de tanta ligação perdida tua. O do meu pai tá abarrotado com ligações da minha mãe.
- Vocês deveriam ter chegado ás três da tarde. Nem avisam nem nada... Matando os outros de preocupação sem necessidade. Eu pensei tanta coisa...
- Ôh paizinho lindo... Preocupa não. Me deixa só tomar um banho e tirar as coisas do carro do meu pai que eu já vou pra tua casa pra gente começar nossa pré-balada.
- Vem. Tô esperando.
- Beijo.
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- Rony! Cadê o Redbull cara? Eu preciso ficar acordado. – Natan perguntou abrindo a geladeira.
- Calma que ainda são sete. A gente só vai sair às onze. Tá no congelador pra gelar mais rápido.
- Você ligou pra Júlia?
- Liguei. Ela disse que às 11 vai estar pronta. Você ligou pro Lucas?
- Liguei ontem. Ele disse que ia, mas encontrava a gente lá.
- Cabe todo mundo no carro.
- Eu sei, mas ele quer ir de táxi com o crepúsculo então é melhor não dizer nada. Só de ele sair de casa com a gente eu já vou estar satisfeito.
- Sair de casa com o crepúsculo foi ótimo! – Rony riu.
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- Bernardo, depois. Quando a gente chegar da festa! – eu tentava me soltar dos braços dele e fui virado de costas. Ele colou o peito nas minhas costas cheirando meu pescoço e roçando a ereção em minha bunda. Eu estava de cueca, ele com um shorte de jogar bola.
- Você quer ir mesmo? A gente podia ficar em casa e tirar o atraso.
- Não... é sério. Vamos.
Ele baixou a cueca sem me soltar e começou a baixar a minha. Senti o pau dele duro na minha bunda. Eu agarrei as mãos dele.
- Bernardo não! – eu falei sério sem paciência.
- E tu banha de cueca por acaso? Eu tô baixando tua cueca porque quero é banhar, seu doido! Deixa de ser tarado! Só pensa naquilo, toda hora me agarrando por aí... Deus me livre. – ele disse rindo irônico.
Mal tirei a cueca e ele me agarrou no box. Ligou o chuveiro rápido e ficamos naquela brincadeira nada pervertida de se agarrar no banho. Na sala o som tocava “Wonderwall” do Oasis. A pegação aumentou e esquecemos de sabonete, shampoo ou qualquer outra coisa... 30 minutos depois...
- Mais um pouco Lucas! Só mais um pouco!
Eu chupava Bernardo no banho. Chupava e o masturbava pra tentar acelerar o gozo. Só que como eu já contei, o Bernardo goza pouco. Eu não sei a que se deve, só sei que isso faz com que a ejaculação demore mais ainda pra vir. Daí se deve parte do desempenho sexual dele.
Chupava suas bolas enquanto masturbava seu pau. Ele respirava forte com uma mão no peito e outra na minha cabeça. Voltei a chupar e ele empurrava minha cabeça pra me fazer engolir tudo. Não cabia na minha boca, óbvio, mas eu tentava. Eu sei que isso dá prazer pro cara. Ele começou a arfar mais e segurou minha cabeça enquanto gozava.
Era a primeira vez que ele gozava na minha boca. Não gostei daquilo. Eu tirei minha boca rápido e cuspi, enquanto virei o rosto senti um jato no meu ombro. Levantei, liguei o chuveiro, aparei água na boca e cuspi. Ele continuou encostado na parede cansado.
- Credo, é tão ruim assim? – ele veio me abraçar com o pau meio mole.
- Prefiro não parar pra pensar em sabor. – disse pegando o sabonete com ele se esfregando na lateral do meu corpo cheirando meu ombro. Logo já estava atrás de mim roçando o pau em minha bunda.
Eu me virei antes de dar a deixa. Ele me abraçou e eu fiquei ensaboando suas costas e bunda.
- Isso sim é uma bunda! – eu dei um tapa na bunda dele. Não preciso narrar como são os membros inferiores de um cara que joga bola... Pernas e bunda grandes e durinhas!
Ele pôs shampoo na mão e começou a massagear meu cabelo enquanto eu passava sabonete no peito dele.
- Isso não é um banho. – ele falou rindo.
Ele riu e acho que daí pra frente tomamos nosso banho mais normal. A não ser uma mão boba aqui ou alí, uma roçada sem perceber...
Terminamos nosso “banho” e fomos comer algo antes de sair. Ainda eram pouco mais de oito da noite. Eu estava preparando uns sanduiches e ele me abraçava por trás com o queixo no meu ombro. Dentro de casa o Bernardo é o tempo todo com brincadeiras de abraçar e um chamego que só vendo. Manhoso... Parece até um gato. Fomos comer. Depois nos arrumamos e decidimos sair. Moramos perto de um ponto de ônibus que sempre tem táxi por perto por conta de um barzinho que tem alí. Pegamos um táxi e rumamos pra balada.
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- Tá bom assim? Eu sou tão simples... – eu falei no espelho. Usava uma camiseta gola V simples branca com um jeans e tênis. Bem básico.
- Tá bom meu amor. – Kaio me deu um cheiro no pescoço. – E eu tô bem? – Ele usava as mesmas peças, mas de cores diferentes. Kaio tinha um diferencial, o corpo. Ele é mais forte que eu. Eu sou mais... magro e comum, digamos.
- Você sempre tá.
- Vamos? Já são onze horas, o show da banda de abertura já deve ter começado. Os Djs estão programados pra meia noite. – ele disse olhando o relógio que ele adora. Eu dei pra ele no nosso aniversário de um mês de namoro. Vou dar outro, porque ele só tem esse então ele só usa esse e não tira por nada.
- Então vamo. Me deixa só passar perfume...
- Perfume não Igor! Eu não vou poder nem chegar perto de ti... Não gosto de perfume forte.
- Não é forte. É o que você me deu.
Ele saiu pra sala impaciente. Kaio tem uma intolerância terrível a perfumes. Ele não gosta. Nem usa. Ele espirra logo que sente. São contadas as fragrâncias que ele suporta. Uma frescura que eu nem paro pra tentar entender.
- Pronto? – ele perguntou.
- Sim. – eu dei um selinho nele pra amenizar. Fiquei esperando ele dizer ago. – Cheira aqui! – ofereci o pescoço.
- Não tá forte. O cheiro tá bom assim. – ele me deu mais um beijo e saímos pro casa de shows.
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- Tá com a cópia da chave? – Natan perguntou pra Rony.
- Tô sim. Já liguei pra Júlia. Ela tá esperando na calçada. Ligou pro Lucas?
- Liguei, ele já foi. Então vamo logo.
Os meninos trancaram o apartamento e desceram a rua com o carro em direção à casa de Júlia. A pegaram e foram para a casa de shows.
A noite reservava surpresas.
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E aí gente, tudo bom com vocês?
Luciano Albuquerque: Oi! Tô lendo seu conto. Tô gostando. Vou comentar assim que chegar no mais recente. Tô no capítulo 4. rs
Drica (Drikita): Ele faltava pouco pular na minha frente nos corredores da empresa querendo chamar atenção. Enquanto ele não aconseguiu se aproximar de mim ele não parou. Os próximos capítulos eu conto como a nossa amizade de fato começou.
Petricky: O Igor sou eu! Não causo problema não rapaz! hahaha
Irish: Kaio é ciumento sim, mas entre nós dois eu sou mais. Mas ele tem seus pitacos de ciúme doidinho... rs Ele não gosta muito quando as pessoas me conhecem hoje e ja querem muita intimidade e se aproximar demais. Daí ele corta. Mas no caso dos meninos é porque eles se gostam então ele meio que relaxou por conta do namoro deles. Mas ele é ciumento sim.
Lost Boy: Não demora sair, porque esse conto já tá perto do fim. Logo eu posto.
marcelo8486: Não! Troca de casais não. Jamais. Essa história é do Lucas e Bernardo. Só deles. Mas como eu e Kaio estávamos no meio quando tudo aconteceu eu decidi falar sobre a gente mesmo.
Higor Melo: Não. Eles são amigos. Ele sabe que eu acho o Bernardo lindo, mas só porque ele é mesmo e pronto. Não sente ciúme. Mas já sentiu. A gente sai os 4 de vez em quando, participamos de um torneio de volei umas semanas atrás... Eu ainda vou contar umas coisas sobre a gente (os 2 casais) até o fim do conto.
juniormoreno: Menino tu não me complica não pelo amor de Deus! kkk Eu não me apaixonei pelo Bernardo. ELe só é um gato e não minto em dizer. Mas eu tenho meu namorado não menos lindo também!
Adoro os comentários de vocês, sério. kkkkk
Abraço para alvorada, Drica Telles(ametista), Junynho Play, love31, For Fun, Wyllia Paes, Fernando_Mocelim, juniormoreno, DavidH.
Acabei de responder todos os emails. Desculpem a demora, hoje eu tirei o dia de folga de quase tudo na minha vida! É que um amigo que não via há muito tempo passou aqui em casa hoje, daí a gente saiu e eu esqueci completamente de celular e tudo mais... Foi mal. Mas estão todos respondidinhos. Abraço pessoal, até mais.
Qualquer coisa já sabem: kazevedocdc@gmail.com
