Amor VoraZ - parte 3

Um conto erótico de Zombie Guy
Categoria: Homossexual
Contém 1386 palavras
Data: 22/09/2014 07:04:13

Ei pessoal mais uma vez muito obrigado pelos comentários. Prometo que da próxima vez agradeço a cada um, é que ando meio ocupado ultimamente. Bem, vamos ao conto:

Ele tinha olhos azuis, um cabelo bagunçado meio comprido até o pescoço e por incrível que possa parecer, tinha a pele clara, mesmo nesse clima em que o sol nunca para de brilhar. Não era musculoso, na verdade, seu tipo físico estava mais para o magro e não devia passar dos 18 anos. Ele me observava com curiosidade, provavelmente porque devia fazer anos que ninguém novo dava as caras ali, como eu disse, depois de alguns meses não havia restado muita gente viva no mundo.

- Pensei que vocês dois tivessem sido atacados, já faz duas semanas que saíram. Disse um homem, que parecia ser quem mandava no lugar, para Barbie e Jonas.

- Acho que eles devem estar saindo das cidades, chefe. Tinham muitos deles nas estradas. Respondeu Jonas.

- É verdade, desde que nós limpamos a estrada, nunca tínhamos visto tantas manadas. Na verdade, se não fosse pelo Fernando, não teríamos conseguido passar pela última. Contou Barbie.

Nesse momento, desvio o olhar do garoto. Ele já havia parado de nos encarar, mas eu não conseguia deixar de admira-lo, era como se ele houvesse me hipnotizado.

- Ah, então esse é o nome do sujeito. De onde você é? Perguntou o homem.

- Sou de São Paulo. Respondi.

- Sério, também era de lá. Nossa você deve ter andado um bocado para chegar aqui. Disse Barbie, num tom que misturava surpresa e alegria por ter encontrado um conterrâneo.

Esse fato me surpreendeu, não espera encontrar alguém da minha cidade outra vez.

- Você deve ser um sobrevivente e tanto meu caro, de São Paulo até aqui é um longo caminho. Como você fez essa viagem tão longa? Perguntou o chefe meio desconfiado.

- No começo foi com um grupo que tentava fugir da cidade, depois de carro. Quando não deu mais para seguir de carro, eu consegui uma moto. Depois da moto foi um cavalo e finalmente a pé – Esse era um resumo bem simplório de tudo, mas não queria entrar em detalhes a respeito disso com um bando de estranhos.

O chefe continuou com suas perguntas a mim, a Jonas e Barbie, tentando entender como estava o movimento dos zumbis na região, pois aparentemente o lugar estava recebendo muitas visitas indesejadas.

Depois disso, Barbie e Jonas se despediram, dizendo que tinham outros assuntos para tratar com o chefe e dessa forma, resolvi explorar o lugar. Não era muito grande, tinha bastante entulho por todos os lados e os moradores em sua grande maioria eram compostos de homens. Acho que vi no máximo dez mulheres, e tirando a mulher do chefe, que veio ao nosso encontro logo após chegarmos, e outras duas, o restante delas parecia sobreviver de trocas de favores sexuais, já que quase não usavam roupas e sempre que viam alguém passando, tentavam convencer o sujeito a entrar em seus “aposentos”.

Quando já estava chegando ao final do acampamento, vejo novamente o garoto que despertou meu interesse em uma espécie de bar. Não era exatamente um bar no sentido tradicional da palavra, porque se tratava apenas de uma tenda feita de palhas de coqueiro, com mesas de plástico e bancos feitos com troncos de madeira. Alguns dos moradores estavam reunidos ali, bebendo sabe-se lá o que e ele estava conversando com dois homens numa mesa, quando um deles jogou o líquido do copo em seu rosto.

- Sai daqui seu boiola, ninguém tá a fim de comer seu cú hoje não. Disse o homem em meio a risadas.

Seus olhos ficaram bastante vermelhos, ele estava a ponto de chorar.

- Por favor, já faz dois dias que não tenho nada para comer. Eu faço o que vocês quiserem. Ele disse praticamente implorando.

- Eu já falei para você sair daqui moleque. Falou o homem já irritado.

- Por favor...

Ele não conseguiu terminar a frase porque o homem deu um soco violento em seu estomago, que o fez arfar e cair de joelhos no chão.

- Isso é pra você aprender a obedecer, seu boiola. Agora some daqui. Falou o homem visivelmente alterado.

Eu fiquei paralisado diante daquilo, pensei que esse lugar fosse um pouco mais civilizado, mas era tão selvagem quanto qualquer dos outros grupos em que já passei. O garoto saiu do bar mal conseguindo andar e ninguém apareceu para oferecer ajuda.

Mesmo sabendo que isso poderia me causar problemas resolvi ajuda-lo. Esperei ele sair da visão do pessoal do bar e fui ao seu encontro.

- Ei cara, você mora onde? Quer ajuda para chegar até lá? Perguntei.

Ele me olhou de um jeito estranho, parecia não acreditar que alguém estava lhe oferendo assistência.

- Não precisa, eu consigo chegar sozinho. Ele respondeu.

Pensei em deixar isso pra lá e continuar meu caminho, mas não conseguiria deixa-lo a própria sorte depois do que vi.

- Eu insisto, não vai me custar nada. Eu disse

Ele pensou um pouco e resolveu deixar que eu o ajudasse. Andamos até chegar onde ele vivia. O negócio era uma espécie de barraca feita com lona e pedaços de madeira, quem fez aquilo com certeza não tinha muita experiência em montar acampamentos.

- Obrigado por ter me trazido até aqui, não precisava. Ele respondeu com um meio sorriso.

- Não foi nada

- Você é o cara novo, né?! Como você se chama? – Ele perguntou.

- Fernando, e você?

- Felipe.

Ficamos sem dizer nada por algum tempo. Confesso que não queria deixar o garoto daquele jeito. Provavelmente aquele soco ainda está doendo e pelo que pude abster de sua conversa, parecia que ele estava à alguns dias sem comer.

- Ei Felipe, a Barbie e o Jonas dividiram um pouco das coisas que eles encontraram comigo, por tê-los ajudado na estrada, você gostaria de um pouco de carne seca?

Quando eu fiz a pergunta, ele me olhou de um jeito triste, como se houvesse se lembrado de algo que gostaria de esquecer.

- Claro, o que você quer que eu faça? Ele respondeu num sussurro, que mal dava para compreender.

- Nada. É que ouvi você falando que estava sem comer e resolvi dividir contigo.

- Cara, ninguém faz nada de graça. Pode dizer o que você quer, eu já estou familiarizado com esse tipo de coisa. Ele disse amargo.

- Bom, eu não sou ninguém. Se você não quer minha ajuda, beleza. Eu falei, um pouco arrogante demais, afinal, acabara de ser ofendido pelo moleque.

- Eu não disse que não gostaria da sua ajuda, só quero saber quanto ela vai custar.

Nesse momento, eu parei para refletir e percebi que esse garoto já deve ter preenchido a cota de sofrimento de uma vida. Não que quem sobreviveu ao apocalipse não tenha sofrido, mas olhando em volta, é fácil perceber que mais de noventa por cento do pessoal daqui já estava na casa dos trinta quando o mundo acabou, mas ele não devia ter mais que doze, devido a sua juventude aparente. Além disso, seus pais não parecem ter sobrevivido, então ele estava sozinho num mundo em que sobreviver era a regra, não importa como.

- Já que você insiste em pagar, vamos fazer assim: esta anoitecendo e como eu não vi nenhuma placa do Hilton por ai, eu poderia dormir na sua barraca e em troca te dou os mantimentos como pagamento. Pode ser? Eu propus, na tentativa de não parecer que eu queria transar com ele. Mesmo que ele seja gostoso pra caralho.

- É, pode ser. Ele respondeu depois de pensar um pouco.

Como já estava escurecendo, resolvemos comer. O garoto realmente estava com fome, comeu quase dois quilos de carne seca e batatas, eu teria de analisar como conseguiria mais, aqui não parece ser um bom terreno de caça. E já que não é mais possível assistir a novela das nove, não havia muito o que se fazer depois que o sol se punha, então, entramos em sua barraca para dormir.

Já estava escuro lá fora, mas como não estava acostumado a dormir em um local “seguro”, meus ouvidos ficavam me enganando com o barulho das pessoas ao longe dificultando o meu descanso.

Em dado momento, sinto que as mãos de Felipe estão percorrendo meu corpo. No início penso ser um reflexo de seu sono, mas quando ele põe a mão no meu pau é que noto suas verdadeiras intenções.

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Comentários

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Hiii! Muito bom, esperando a continuação.

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pensei a que havia nos abandonado rsrs muito bom seu conto meu lindo. espero anciosamente pelo proximo

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