Acordei, no dia seguinte, com uma sólida ereção matinal. Na realidade, considerando-se que eu havia dormindo com o pinto duríssimo, questionei-me se a ereção, ao acordar, era igual às outras que eu sempre havia tido todas as manhãs, ou se ela era fruto do mesmo excitamento que havia tido na noite anterior. De todo o modo, independente da razão, meu pênis estava dolorido e, retirando a cabeça de Rodrigo de cima de meu peito, levantei-me em direção ao banheiro. Quando voltei à sala, já “mole”, Rodrigo já estava de pé. Era a primeira que o via acordado tão cedo, visto que, durante meu período de trabalho, eu era sempre o primeiro a sair de casa. Rodrigo continuamente ressonava enquanto eu abria a porta de casa e lhe dava um último adeus antes de ir para o escritório de advocacia.
-Teve uma boa noite de sono, filhão? - perguntei ao garoto que, naquele instante, se espreguiçava e bocejava. “Tive, sim, paizão”, Rodrigo me respondeu, dando ênfase ao “paizão”. Rimos juntos. Enquanto Rodrigo ia ao banheiro se lavar, enfiei uma camisa velha, shorts e chinelo de dedo e fui à padaria comprar pães para o café da manhã. Quando voltei, com uma sacola fumegante, Rodrigo já estava sentado na mesa, lendo o jornal e tomando uma xícara de café. Olhando de relance, percebi que Rodrigo havia posto um shorts meu, mas ele permanecia sem camisa. Lavei minhas mãos, trouxe a margarina pra mesa, sentei-me e, sem dizer nada, contemplei-o durante uns minutos.
- O que foi, pai? - Rodrigo me encarou, exibindo certa curiosidade pungente. “Nada, filhote. É que, olha só: até um ano atrás eu jurava que você era meu bebezinho e hoje você tá aí, um homem feito, de barba e tudo. E esse peito, todo peludo! Tá igual ao pai, aqui, ó”, falei brincando e toquei em seu peitoral másculo, repentinamente. Rodrigo ficou totalmente ruborizado, na hora, e, vendo isso, retirei minha mão de seu peito, como quem põe a mão no fogo e percebe rapidamente que havia feito besteira.
-Pai, eu ainda estou assustado, tá? - Olhei para Rodrigo sentindo-me o pior dos pais. Algo latejava em mim e me impelia a tocar, cheirar meu filho, em meus pensamentos. E o pior: Rodrigo sabia que eu era gay e
eu tinha acabado de saber que ele também! Estávamos beirando a linha do perigo e fiquei imaginando se meu filho, embora sentindo desejo sexual por homens tal como eu (ou ele era um gay assexuado?), sentia o
perigo em que estávamos metidos. Sim, eu estava assustado. Como um pai e um filho gay iriam viver juntos, na mesma casa? Será que isso seria bom pra nós dois?
Após o café, Rodrigo se vestiu apropriadamente e, tentando desvencilhar o clima pesado do café, convidei-o para dar uma saída. Faríamos um primeiro programa de férias: era sábado de manhã e pensei em leva-lo conhecer a Redenção e alguns museus no centro de Porto Alegre. De tardezinha, voltaríamos para casa e poderíamos dar um rolê de bicicleta pelo bairro Bom Fim, onde morávamos (afinal, nos verões de Porto Alegre, o sol se delonga e só desaparece depois das oito da noite). Rodrigo topou na hora.
Pois, durante o dia, cumprimos todo o nosso programa. E como demos risadas!! Embora toda a conversa do dia anterior ainda latejasse na minha cabeça, resolvi fingir que nada daquilo havia acontecido e aproveitar ao máximo o dia com meu garoto. Rimos muito, conversamos (Rodrigo estava muito mais aberto do que eu esperava), tiramos fotos... Ao final do dia, como combinado, pegamos nossas bicicletas (eu tinha uma, mas, à tarde, comprei uma para Rodrigo) e saímos pelo Bom Fim. O dia estava abafado, como todo verão em Porto Alegre, e já estávamos cansados, mas eu e ele andávamos devagarinho, perto da calçada. Na rua, surgiram alguns homens musculosos, trajando somente calções bem curtinhos, e bastante suados de uma provável corrida. A maioria segurava a camiseta molhada na mão. Não sei porquê, falei ao meu filho, lembrando-me das vezes em que meu pai dizia a mesma coisa, mas aludindo-se ao sexo oposto:
- Só gatão, hein, filhão?
Rodrigo me olhou assustado, todavia, eu sabia que ele estava curtindo a coisa toda; antes de dizer isso, o havia observado lançando olhares de desejo para os machos-alfa que passavam por nós. Talvez por isso, não fiquei completamente abalado. Queria cultivar alguma cumplicidade de pai e filho entre nós e, se com meu pai isso não ocorria, eu sabia que
o elemento “desejo” era algo comum pra nós dois.
- Sim... – Rodrigo me respondeu, ruborizando novamente e dando risadinhas amarelas. Comecei a enxergar sua atitude, porém, não mais com aquele desconforto de quem se sente mal por ter feito um comentário apropriado, mas com certo encantamento pela “fofura” de meu filho. Ri junto, obviamente, e comecei a me dar conta de que todas as minhas tentativas de tornar natural nossa homossexualidade em comum estavam se tornando desastrosas.
Chegamos em casa suados e cansados e, como sempre, tirei minha camisa, meu tênis e sentei na minha ampla poltrona, no quarto-sala. Rodrigo fez a mesma coisa, e sentou-se ao meu lado, na cama. Estávamos, novamente, silenciosos. E o silêncio me incomodava sobremaneira.
- Pai, posso te fazer uma pergunta?
- Claro, filhão! – rebati, esperançoso por ser ele, e não eu, quem tomava uma atitude de aproximação.
- Como você descobriu que era gostava de homens? E... como você se sentia em relação a isso?
Pensei por uns segundos. Estávamos adentrando um assunto complexo, e queria tornar as coisas mais fáceis entre nós.
- Eu acho que sempre soube que eu era gay, Rodrigo. Quando entrei na fase da pré-adolescência, me lembro de perceber que gostava de ver meus colegas sem camisa, na hora da educação física. E não só isso: quando apareciam rapazes bonitos na tv, especialmente naquelas cenas “quentes” (quer dizer, quentes no meu tempo) das novelas das oito, eu costumava encompridar o olho, curioso, tentando esgueirar cada pedaço de pele daqueles homões. Havia algo na rudeza masculina que me chamava muito mais atenção do que a delicadeza feminina. Aqueles foram os primeiros sinais indicativos da minha orientação sexual. Mas eu negava esses sentimentos. Seu avô era militar aposentado; sua avó uma evangélica fervorosa. E mesmo que eles não fossem, na época quase não se falava em direitos dos gays, sabe? Foi difícil eu aceitar e, por um tempo, eu namorei sua mãe. Namoro casto, só selinho, segurar na mão. Até que na nossa primeira vez... nossa... é...- comecei a gaguejar. Não esqueci que ainda falava com meu filho, e senti medo de ir muito além.
- Eu entendo, pai.
- Sim, filho. Você já tem quase 17 anos. Te falo abertamente: o sexo não rolou. Deve ter sido dolorido pra ela, mas foi desconfortável pra mim. Tive que fazer esforço pra imaginar que eu não estava com sua mãe, mas com um cara. E daí você já sabe toda a história.
- E quando você pegou um homem, de verdade, sabe? – perguntou Rodrigo.
Lembrei-me da minha primeira vez com um homem. Sem emprego, sem quase nenhum dinheiro na carteira e vivendo num hotel de quinta categoria em Porto Alegre, saí pelas ruas miseráveis da cidade em busca de sexo. Fui em uma boate reconhecidamente gay, gastando meus últimos trocos e, durante a noite, farejei um ambiente que nem um caçador. Era jovem, cara de inocente... Um homem mais velho, másculo, alto me chamou num canto. Tinha me observado a noite inteira, mas eu não havia percebido que ele estava gamado em mim. Me chamou pra dançar e, respeitosamente, começou a dar lambidas no meu pescoço, na minha orelha; passou a mão na minha bunda e eu, excitadamente duro, pedi pra sairmos do local. Naquela noite, ele me levou pra sua casa. Me chupou, me fudeu, me amou. E foi me ensinando a amá-lo também. No outro dia, com o pau dolorido, voltei pro meu quartinho de hotel, satisfeito com minha primeira noite de sexo gay.
- Filho, foi bom. Muito bom. Sem nenhum desconforto. Eu tinha plena convicção do que eu gostava. Espero que você também esteja começando a se sentir confortável consigo mesmo.
- Pai – Rodrigo começou-. Eu queria te pedir desculpas por ter mexido na sua caixa. Eu... eu estava procurando alguma outra coisa; na verdade, não se mexe nas coisas dos outros – nem mesmo do seu próprio pai -, mas eu queria saber um pouco mais de você. Entender você. Engraçado, foi tão sem pretensão que eu comecei a revirar suas coisas e...
- Sem problema, Rodrigo. Já superamos isso, não é?
- É que é muito estranho, pai. Eu passei a vida inteira escondendo meu desejo por homens e, de repente eu descubro que você também sente as mesmas coisas que eu! No colégio, os garotos pareciam lobos farejadores do sexo oposto e eu sempre tive esse sentimento “sujo” dentro de mim. Várias vezes eu tentei falar com minha mãe a respeito disso, mas eu tinha medo da reação dela. Eu tive que passar por toda a adolescência sem nenhuma informação sobre as mudanças que estavam acontecendo no meu corpo, na minha mente. E, se eu tinha medo da minha mãe, mais medo eu tinha de você! Você era meu modelo de macho-alfa, sabe?
- Filho!!! – interrompi, Rodrigo -. Não diga isso! Nada do que você pensou foi sujo! Eu queria tanto ter estado ao seu lado durante esse tempo. Queria tanto ter te instruído, ter te dito que esses sentimentos são normais. Pelo menos agora você sabe que pode contar comigo. Qualquer coisa. Qualquer pergunta.
Não imaginei que me filho estivesse tão complexado. Pelo menos não imaginava que, em pleno século XXI, ainda nós, gays, sofrêssemos tanto com nossa orientação sexual. Queria consertar isso em meu filho. E, meu Deus! Apesar da voz grossa, do corpo másculo... ele era tão inocente! E, de certa maneira, eu gostava de saber que ele era inocente. Ao menos não ia ter que aprender coisa errada, na rua. Perguntei-lhe:
- Filho, você já transou com alguém?
Rodrigo começou a rir:
- Pai, eu sou virgem! Sabia que aquela tinha sido a primeira vez que eu tinha visto uma revista pornô? Eu não sabia se eu estava excitado ou bravo contigo.
Rimos juntos. De alguma maneira, meu filho era um bebêzão. Ou, ao menos, eu pensava que ele era.
- Pai, eu não sei quase nada sobre nada. Você ensinaria as coisas de... homem, pra mim?
Ensinar coisas de homem? O que meu filho queria dizer com isso? Será que eu estava entendendo a requisição de Rodrigo. Resolvi esclarecer isso diretamente, sem rodeios?
- Você diz sobre as coisas de “sexo”? Sobre seu próprio corpo? A sua mãe já conversou sobre sexo contigo? Você já ficou de pau duro, bateu punheta... essas coisas?
- É.... sim. Sobre coisas de sexo. Na verdade, sexo entre homens. A minha mãe nunca conversou comigo sobre sexo e a maioria das coisas eu tive que aprender por mim mesmo e... a primeira vez em que eu fiquei de pau duro eu me assustei muito. Tipo: eu entendo sobre sexo. Pelo menos aquelas baboseiras que a gente aprende no colégio, mas eu nunca tinha visto um cara pelado até mexer nas suas coisas e.... bem. Essa coisa de punheta... Eu nem sei se faço direito. Mas... eu não sei como fazer se eu estivesse com um homem de verdade, pô!
Quando Rodrigo parou de falar, percebi que meu falo havia pressionado o tecido de minha cueca. Vestia uma bermuda de sarja até bem grossa, o que não tolerou tornar meu membro levemente enrijecido se manifestar de maneira clara e evidente. Entretanto eu sabia que a “requisição” de meu filho havia me deixado excitado. Havia algo em seu tom de voz e na sua atitude casta e, ao mesmo tempo, indiscreta e ousada que me deixara aceso. Rodrigo gostaria que eu lhe falasse de coisas que eu, um pouco mais velho do que ele, havia aprendido sozinho. Deveria ou não fazer isso? Mas... pais, em geral, ensinam “essas coisas” aos seus filhos. Conheço vários que levaram seus filhos, até antes dos 16 anos, em puteiros ou bordéis. Lembrava-me até de um colega meu de escola cujo pai, quando ele tinha 13 anos, trouxera pra ele uma revista pornô. O guri depois ainda trouxe pro colégio a revista e mostrado pra todos os meninos da turma, no recreio.
Resolvi retirar da minha mente a noção de que estava sendo pervertido, ao me excitar com a única e simples insinuação de que meu filho estava interessado em saber mais a respeito de seu sexo, e do sexo entre homens e peguei a caixa secreta, onde guardava meus DVDs e revistas pornôs. Escolhi alguns DVDs meus preferidos e peguei uma pilha de revistas em que se estampavam homens deliciosamente nus. Fui para cima da cama e, em posição de índio (ou seja, sentado com as pernas cruzadas), espalhei as revistas por cima do lençol. Eu já estava ereto com a situação, e o vulto sob a bermuda parecia evidente aos olhos de quem quer que quisesse. Nada havia que fazer e Rodrigo, não sei se percebendo meu grau de excitação, se aproximou sorrateiramente de mim.
- Filho, acho que está na hora de você entender algumas coisas. Bem... preste atenção nessa foto – peguei uma revista em que o modelo pornô exibia uma ereção -. Tá vendo o pau dele, né? Em geral os homens ficam excitados com qualquer coisinha, não só os gays, o que ocasiona o que a gente chama de ereção. Duvido que você não saiba o que é uma ereção. De manhã, por exemplo, é normal, mesmo sem nenhum motivo, acordar com o pau durão. Você já ficou de pau duro, né?
Rodrigo fez que sim com a cabeça. Naquele momento, olhei-o de cima para baixo. Que visão magnífica! Rodrigo vestia unicamente um shorts mais curto e mais fino do que o meu, e seu corpo estava suado e ele transpirava gotículas minúsculas que, vez ou outra, aderiam à sua pele e lhe davam um aspecto másculo, rude. Os pelos de sua perna e de seu peito pareciam mais escuros e, por causa do suor, aderiam a sua pele, como se ele acabasse de ter tomado banho e não tivesse se secado direito. Entretanto, meus olhos pararam em seu abdômen definido (quase um tanquinho) e na cadeia de pelos que se dirigiam a seus púbis. O que eu não aguardava, porém, era a saliência de quem tem o falo erguido, como uma barraca armada, em seu shorts. O volume era enorme, diga-se de passagem, e o vislumbre do que havia acontecido em seu jovem corpo gerou-me mais uma onda de excitação. Se o meu pau estava meia-bomba, agora ele deveria estar completamente ereto.
- Ah, é claro. Olha só! Você tá todo duro, aí! – falei apontando para seu vulto, na expectativa de que meu filho correspondesse a minha insinuação sem receios ou vergonha. Rodrigo riu timidamente. Me senti autorizado a ir mais adiante:
- Em geral, os homens batem punheta pra perderem a vontade de fazer sexo. Isto é: a gente simula uma “relação sexual”. Os héteros pensam na mão como uma buceta e, com movimentos friccionais, percorrem seus dedos para frente e para trás na superfície do pênis ereto. Os gays simulam a mão como... bem, nunca tinha pensado nisso. Como o ânus do homem – tentei não falar “cu”, de cara – ou... sei lá.. Você também já deve saber disso.
Tentei lançar um olhar de cumplicidade, mas fiquei em dúvida se meu filho realmente havia se masturbado antes. Seria ele tão inocente assim?
- Depois de algum tempo, vem o clímax, o esporro de esperma ou sêmen ou... Enfim: é o gozo do homem que engravida a mulher. Nós, que temos o pênis circuncisado, podemos bater punheta de uma maneira bem simples: puxamos o prepúcio, a pele que recobre a cabeça ou glande do pênis, para cima e para baixo. Isso causa uma fricção fortíssima, porque nossa glande é sensível, e logo gozamos. Eu me lembro que, quando eu era adolescente e um colega meu me explicou o que era masturbação, passei horas trancado no banheiro tocando no meu pau. Esse momento de descoberta do corpo é muito importante, filho, e é normal se tocar, até pra conhecer os limites e os prazeres que a sua genitália te dá. É aquela história: tem gente que diz que prefere ficar sem fazer sexo do que sem se masturbar, porque, até esqueci de dizer, quando a gente se masturba, dá pra ir com a cabeça bem longe. Imaginar mil cenas eróticas. Você já fez isso, né, filhão?
- Sim, pai. Muitas vezes.
Não. Meu filho não era tão inocente. Não entendi por que estava fazendo toda essa introdução se, creio eu, Rodrigo já deve saber tudo isso de cor. Continuei:
- Pois, então. Quando você encontrar um cara, a melhor maneira de “transar”, ou melhor, de ter um contato mais íntimo, é fazer masturbação a dois. Vocês podem tocar uma bronha um pro outro ou ficar cada um no seu canto. Te garanto que essa é a maneira mais saudável, a mais segura.
- Por que a mais saudável e mais segura?
- Por que não envolve fluidos – respondi -. A gente sabe que um monte de homem gay não se cuida, e é fácil pegar doenças venéreas. Como a AIDS. E eu me preocupo com isso. Na verdade, queria que você se cuidasse muito. Você sabe usar camisinha?
- Não, pai. Nunca peguei numa. Não sei nem o cheiro.
- Então deixa eu te ensinar.
Dirigi-me à gaveta da cômoda ao lado da cama. Ali, ao menos, Rodrigo não havia mexido. Peguei um pacote de camisinha e rasguei-o com os dentes. Quando me virei, a surpresa! Rodrigo havia retirado seu shorts e cueca e estava nu, na minha frente, mexendo em seu falo e olhando para uma revista pornô. Seu pênis, bastante semelhante ao meu, devia uns 17 cm ereto. Ele se soerguia majestoso e praticamente tocava seu umbigo peludo. A cabeça rosa, quase vermelha de excitação, estava quase toda exposta, uma vez que seu prepúcio havia ido para baixo. Meu pênis, agora, deu mais uns sinais de vida. Estava definitivamente excitado com e por causa de meu filho.
Saí da posição em que estava e deitei-me ao seu lado. Nunca imaginei que Rodrigo tomaria uma atitude dessas. Era tão retraído e... Estávamos agora muito pertos.
- Rodrigo. Olha só a camisinha. Tenta por ela no seu pauzão. Sério, Rodrigo. Seu pau é lindo, grandão! É bem parecido com o meu: não gigantesco, mais cheio do que longo. É aquela história: “filho de peixe peixinho é”. Vai lá no banheiro, guri!
- Mas pai. Eu queria que você me ensinasse a por. Tipo: no seu próprio pinto – Rodrigo disse-me com sua voz grossa, ainda que juvenil.
Resolvi aceitar a sugestão. Peguei mais uma camisinha e abaixei minha bermuda. Estava completamente exposto, tal como ele. Meu pênis era um pouco mais cheio e um pouco maior do que o dele, mas nunca percebi tamanha semelhança entre nós dois. Deitado como estava, encostei minhas costas na cabeceira da cama e senti minha coxa roçar a coxa de Rodrigo. Era pelo contra pelo, pele contra pele. Rodrigo parecia hipnotizado. Disse: “Nossa, pai. Seu pau é enorme. Quem dera o meu fosse assim”. Fiquei quieto e pedi pra que ele me olhasse. Fui enrolando a camisa-de-vênus em meu pênis e deixei uma parte livre, em cima da glande. Obviamente, a camisinha apertava a parte de baixo do meu pênis, mas isso não me incomodava. Em geral eu gostava da sensação de ter algo envolvendo meu membro viril.
- Tá vendo, Rodrigo. Você desenrola a camisinha, mas toma cuidado pra deixar, em cima, um espaço pra sua porra. Se não tiver isso, ela se espraia pela camisinha e não adianta nada.
Rodrigo, não sei se fingindo ou se era a excitação do momento, estava com as mãos trêmulas. Tentou pôr a camisinha em seu membro cada vez mais pulsante, mas seu nervosismo o impedia de desempenhar a tarefa com precisão.
- Deixa eu te ajudar – disse.
Rodrigo pôs suas mãos e braços para trás do corpo e, relaxado, deixou que eu aproximasse meu rosto de seu pênis. Com a mão esquerda, segurei a base de seu membro e com a direita desenrolei a camisinha. Eu estava tremendo, mas tentei não evidenciar a minha própria excitação. Já havia feito isso diversas vezes com outros homens, mas essa era a primeira em que me sentia tão próximo emocionalmente do “parceiro”. Estava emocionalmente fragilizado. Quando toquei no pênis de Rodrigo, senti vontade de beijá-lo, tocá-lo, chupar seus mamilos peludos e brincar com seu saco pesado. Queria seu membro em minha boca, mas... me segurei.
- Viu, Rodrigo. Agora tenta você sozinho.
Dessa vez Rodrigo fez certo. Com a camisinha em nossos pênis, sem vacilar em nenhum momento (ao contrário, nossos pênis davam cada vez mais sinais de vida), falei:
- Agora a gente se masturba. É como se simulássemos uma relação sexual, ok?
Joguei uma revista em direção do Rodrigo e peguei uma para mim também. Mas, enquanto me masturbava, não estava prestando atenção na revista, e sim no movimento preciso das mãos de Rodrigo por sobre seu membro intumescido. E eu achando que ele nem sabia o que era punheta... Pois sabia muito bem. De repente, percebi que Rodrigo ia atingir o clímax e acentuei minha atenção para esse momento tão especial. Rodrigo arquejava e parecia soluçar... de repente, um gemido feroz, mas não muito alto, e torrentes de sêmen preenchiam o espaço vazio de sua camisinha. Aos poucos, o membro foi amolecendo e vi Rodrigo deitar-se, descansado. Fechou os olhos e não importou-se de a camisinha ficar em seu pênis amolecido por um tempo. “Que gozo rápido”, pensei.
De repente, foi a minha vez. Freneticamente, acelerei o ritmo de minha punheta e jorrei muito gozo branquinho. Estava satisfeito. Ao olhar para o lado, percebi que o membro de Rodrigo já estava meia-bomba. Que guri incansável! Quando tirei a camisinha do meu próprio pênis, o pênis de Rodrigo já estava completamente enrijecido e ele passava sua mão, agora com mais calma, por ele, enquanto mexia em mais umas revistas. Olhei-o.
- Desculpa aê, pai. Posso fazer mais... você sabe.
- Pode bater quantas punhetas você quiser – disse -. Agora era a minha vez de me excitar novamente. Masturbei-me mais uma vez e Rodrigo mais duas. Nas duas vezes em que gozei, meu único objeto de desejo era Rodrigo, e não aqueles caras nus com quem, embora muito gostosos, eu já havia desperdiçado tantas vezes meu sêmen. Na segunda vez, aliás, não me importei de ejacular por sobre meu peito peludo e minha barriga. Como um pervertido, espalhei o leite branco por mim e deixei a porra secar.
Agora mais calmo, menos excitado, observei Rodrigo ejacular pela terceira vez. O que não esperava, porém, era que, durante o ato, meu filho tivesse desviado seu olhar da revista para mim. Abaixei meus olhos, meio constrangido, mas sabia que, do início ao fim, meu filho estava se masturbando não para as revistas jogadas em cima da cama, mas para seu único e amado pai. Após ele derramar o esperma, já ralo (ainda que em maior quantidade do que o meu), em si, desliguei a luz e falei:
- Filho, vamos dormir. Chega pra hoje. Amanhã a gente continua nossa conversa. Espero que você tenha gostado.
- Eu amei, pai. Podíamos fazer isso mais vezes.
- Podemos, sim. Todo o dia, se você quiser.
Enquanto Rodrigo virava-se de lado, rememorei os fatos dos dois dias anteriores. Meu filho e eu, ambos nus, após rodadas de masturbação, estávamos juntos, em cima da cama. Será que outros pais faziam isso? Repentinamente, meu pênis estava se enchendo de novo e, se Rodrigo se virasse para o meu lado, ele veria que estava excitado. Interpretaria isso mal? Com meus dedos, comecei a afagar os cabelos de Rodrigo e passei minhas mãos pelas suas costas. Eram lindas. Se eu pudesse, tocaria em seu corpo inteiro, especialmente suas pernas e seu peito. Como estava sem cueca, meu filho também exibia seu ânus, imensamente peludo, em minha direção. Hesitei em tocá-lo e preferi não o fazê-lo. Decidi que dormiria de lado, até para esconder minha ereção. Nossa história estava finalmente começando e da maneira mais imprevista possível.