Um Sol é Feito de Sentimentos – Ato V
Mais uma vez algo mais forte que eu estava na minha frente, algo que eu não pudesse controlar. As palavras ditas pelo Felipe: “Não chora! Eu gosto de você, não vou deixar nada ruim acontecer.” ainda com os lábios encostados aos meus eram como ondas de choque tão fortes que podiam acordar a cidade inteira. Eu o abracei com muita força passado minhas pernas e braços envolta dele, como em um gesto de tentar impedir que ele fosse embora, como se minha alma quisesse impedir a dele de se afastar. Eu comecei a chorar mais alto perdendo de vez o controle, o que o fez chorar também.
- Lucas eu to aqui. Lucas me escuta eu to aqui! – ele dizia como se minha dor fosse a dele.
- Fala comigo. O que eu fiz? – continuou Felipe tentando parar de chorar.
- Você não podia fazer isso, você é homem e eu não sou mulher, vão descobrir e bater na gente. – eu disse chorando ainda abraçado a ele.
- Eu não vou deixar encostarem em você, ta ouvindo? Vou te proteger pra sempre! – Felipe disse como se começasse a entender o motivo da minha dor. Ele ali percebeu que aquilo já tinha acontecido antes.
O que eu sentia me corrompia como um lacre violado, como se todas minhas forças estivessem escapando. Meu poder estava evaporando por culpa de um beijo, minha armadura de gelo não tinha aguentado tanto calor. Ainda abraçado com Felipe rezei e pedi forçar para conseguir solta-lo e o mandar embora da minha casa, mas a força não vinha e cada vez mais eu chorava ate que acabei dormindo abraçado a ele como uma criança.
Aos poucos enquanto acordava fui recobrando minha consciência. Eu estava deitado de lado na cama abraçado ao cobertor, que estava todo enrolado e amaçado. Percebi que aquilo tinha sido um sonho, que logo me deixou aliviado. Porem lembrar exatamente o que tinha acontecido no sonho me fez sentir aquilo outra vez, logo meu corpo ficou pesado enquanto minha única vontade era voltar a deitar pedindo para esquecer aquele sentimento impuro.
Ao invés disso criei forças, levantei rápido e decidido que meu sonho não iria me abalar. Abri a porta do quarto e me dirigi ate a cozinha para tomar café. Já nos últimos degraus da escada, que ficava na sala, vi minha mãe rindo com um band-aid na mão enquanto segurava a testa de alguém cujo os cabelos lisos e pretos caiam para a parte de trás do sofá. PAVOR!!
- Lucas, pede o antisséptico pro seu pai. – minha mãe disse enquanto ria de alguma coisa.
Eu por alguns segundos tive que me apoiar no corrimão da escada para não cair. Enquanto na minha cabeça eu pedia que ainda estivesse sonhando, como se fosse um sonho dentro de outro sonho. Meu pai passou também rindo na frente da escada onde eu tinha paralisado.
- Tá aqui. O corte não foi profundo, não vai ficar com cicatriz. – disse meu pai entregando o antisséptico para minha mãe e passando tranquilidade sobre o ferimento.
Eu descia os três últimos degraus em câmera lenta pensando quando aquele sonho dentro do meu sonho iria acabar. Chegando mais perto enquanto minha mãe grudava o band-aid vi sua cabeça recostada sobre as costas do sofá olhando de cabeça para baixo para mim, dois olhos verdes que pareciam faróis.
- Ate que enfim acordou. To aqui a um tempão com seus pais. – Felipe disse enquanto levantava e dava um beijo no rosto da minha mãe e outro no do meu pai.
- Obrigado, onde eu pago? – ele disse rindo, fazendo meus pais rirem também.
- Ei, ainda ta dormindo? Vamo la comer. Eu bebo e você que fica de ressaca? – Felipe disse rindo com meus pais.
Aquilo já estava fora de mais da realidade, de verdade como não seria um sonho? Segui o caminho para a cozinha como um zumbi, já já acordaria, nada que eu falasse iria fazer diferença era só um sonho. Sentei do lado esquerdo da mesa da cozinha. Enquanto Felipe sentou também do lado da minha mãe enquanto conversavam.
- Por que não trouxe o Felipe aqui antes Lucas? – disse minha mãe.
- Ele tem raiva de mim tia, só por que eu fiquei com a garota que ele gosta. Já disse para ele que eu não sabia, mas ele é o dono da escola, não se abaixa para ninguém. – Felipe disse de uma forma teatral, falando pausadamente e gesticulando muito com as mãos.
- Ta certo Lucas, tem que defender o território se não vem raposas como o Felipe e levam tudo. – disse meu pai rindo.
- É serio Tio, o Lucas no colégio é pior que a diretora. Ele é o único que na sala se levanta e vai no banheiro sem olhar na cara da professora. Todo mundo acha que ele já pegou ela. – Felipe disse isso baixinho para meus pais como se tivesse contando um segredo, enquanto minha mãe ria, e fazendo meu pai bater forte com orgulho nas minhas costas, que me fez derramar Nescal da xicara que estava encostada na minha boca.
- Até a professora? Não nega a origem. – meu pai disse orgulhoso e rindo alto.
Eu queria um botão para pausar aquela cena. Nada ali fazia sentido pra mim. Meus pais se dando bem com alguém que tinha dormido na minha casa? Conversando com alguém e sentindo orgulho de mim? Rindo e se divertindo com o que ele falava? Só conseguia pensar em uma coisa: Que horas esse sonho esquisito vai acabar?
Após alguns minutos vendo Felipe conversando e fazendo meus pais rirem eles se levantaram.
- Lucas eu e seu pai vamos fazer compras. Você e Felipe querem alguma coisa? – heeeein???? Era a única coisa na minha cabeça...
- Eu quero! Que voltem logo tenho medo do Lucas, acho que ele quer me bater! – disse Felipe para meus pais, o que fez eles rirem enquanto fechavam a porta.
Acorda, acorda! Acoooooorda! Pensava enquanto olhava no fundo da xicara que estava na minha mão.
- E ai, dormiu bem? – perguntou o Felipe enquanto me olhava com aqueles olhos grandes brilhando.
- Sim. – respondi tímido me levantando com pressa e querendo voltar rápido para minha cama em uma tentativa de acordar.
Cheguei no meu quarto e deitei na cama voltando a abraçar o cobertor pedindo para acordar.
- Ei!! eu não disse que ia te proteger pra sempre? – disse Felipe baixinho no meu ouvido enquanto me abraçava pelas costas e fechando as pernas envolta de mim.
Era real? Como podia ser real? No passado alguém que me amava era odiado pelos meus pais e derrepente tudo acontecia outra vez, mas agora eles gostavam de quem fazia eu me sentir bem?
Aos poucos fui percebendo que o beijo no meu pescoço era real, que a mão que me fazia carinho no rosto era real. E logo comecei a sentir medo de que aquilo Não fosse real, se fosse um sonho eu não queria acordar.
- Gosta de mim Lucas, gosta de mim por favor! – ele disse com voz de criança como se pedisse para ser aceito no meu ouvido.
Aquilo foi mais forte do que podia suportar. Sentia paz outra vez, me sentia inteiro, o inverno estava acabando. Soltei seus braços e pernas e virei para ele, disposto a falar que o mataria sem nenhum remorso caso aquilo fosse uma brincadeira. Quando eu abria a boca para falar ele me beijou. Foi calmo, foi inocente, foi... verdadeiro.
Algo acontecia outra vez, tinha muita luz dentro de mim, Felipe passava a mão pelo meu peito, minhas costas, minha cintura enquanto eu tremia muito. Não conseguia controlar mais nada a minha volta, eu estava me entregando, já não tinha como me proteger. Ele levantou sentando sobre mim, tirou minha camisa, beijando meu pescoço subindo pelo rosto chegando ate minha boca, me deu um beijo mordendo meu lábio inferior. Foi descendo beijando meu Peito, depois barriga começando a segurar a parte de baixo do meu pijama junto com a cueca fazendo menção de que iria tirar. Foi abaixando aos poucos até tirar tudo.
Felipe com calma subiu me abraçando outra vez com força com os braços e as pernas envolta do meu corpo.
- Fica só comigo pra sempre? Por favor! Eu deixo você brigar comigo. Quer que eu me ajoelhe? – ele disse com voz de choro me abraçando outra vez com os braços e as pernas.
Ali acebei percebendo que talvez Felipe estivesse sentindo o mesmo que eu. Medo e sofrimento, como querendo evitar se arrepender mais uma vez.
- Ajoelha! - Eu disse frio enquanto levantava tentando esconder meu corpo com as mãos.
Felipe se ajoelhou a minha frente, enquanto eu fazia de proposito uma postura imponente(com o peito para frente com meu rosto pra cima e olhando para ele com meus olhos baixos) pelado e escondendo como conseguia meu pênis. Eu de pé passei a mão pelo seu rosto, percebendo que seus olhos estavam marejados. Aquilo era verdadeiro, aquilo era igual ao que eu sentia. Aos poucos fui me abaixando e ficando também de joelhos a sua frente. Fiz isso sentindo por dentro que ele iria entender que eu não queria mais ser superior a ele, que queria ficar no mesmo patamar.
Dois adolescentes de joelho um na frente do outro. Eu peguei suas mãos e olhei para seus olhos que pareciam nuvens verdes prontas para chover.
- Fica só comigo pra sempre? Quer que eu me ajoelhe? – falei o imitando e rindo não conseguindo conter como eu estava feliz por dentro.
Ele rápido me deitou no chão tirando sua roupa enquanto falava:
- Pra sempre, pra sempre, pra sempre. – Felipe disse segurando meu rosto com as duas mão e me dando um beijo entre cada palavra.
Dentro de mim só havia luz, eu já não pensava no passado ou no futuro a única coisa que sabia era que aquilo me fazia bem. Cada centímetro dos nossos corpos se tocava, éramos o Yin-yang estávamos completos, a forma como nos movíamos e nos beijávamos deixava claro que precisávamos sentir cada vez mais um dentro outro.
Deitados ainda no chão com o Felipe sobre mim, forçávamos cada vez mais o corpo um contra o outro como se o atrito entre nos não fosse o suficiente. Aquela sensação foi estranha e comum ao mesmo tempo, estávamos abraçados com tanta força que podíamos sentir os batimentos do coração um do outro que os poucos parecia que começavam a bater iguais, como se concordasse em bater no mesmo ritmo.
Aquilo era muito forte e intenso, era difícil respirar. Enquanto o beijava podia sentir um calor forte, como se nossos corpos estivessem queimando. Era prazeroso e extremo, forte o suficiente para fazer nossa pele derreter. O quarto já não existia mais, minha casa já não estava ali, o mundo tinha parado outra vez. Estávamos flutuando em uma imensidão escura rodeada por pequenas estrelas que assistiam curiosas o nascer de um astro mais brilhante e forte que elas. Nossos corações haviam concordado em se tornarem um só, batendo um dentro do outro, Eu e Felipe éramos uma coisa só, irradiávamos na mesma intensidade com sincronia.
Agora nossos beijos eram mais fortes, as línguas se tocavam também tentando se tornarem uma só. Era muito para mim, eu já não conseguia suportar tanto calor. Abri meus olhos para ver seu rosto, era lindo, só agora eu percebia como Felipe era lindo de verdade. Nesse momento ele abriu seus olhos olhando profundamente para mim e sorriu. ÊXTASE.
Enquanto ainda estávamos abraçados um encima do outro, com ele sorrindo para mim meu corpo demonstrou que aquele sentimento era forte de mais. Nossos dois pênis estavam encostados um no outro. Eu fechei meus olhos enquanto meu corpo ficou todo rígido e tremendo, a melhor sensação que eu já tinha experimentado corria por todo meu corpo, como se eletricidade emanasse de mim ate a ponta dos dedos dos pés que se contorciam. Algo ali parecia acontecer por um motivo, aquela sensação não era nova eu sabia que já havia experimentado.
Eu consumia meu próprio calor enquanto o calor do Felipe me alimentava, como dois astros usando a energia um do outro para acender e queimar ilimitadamente. Algo maior saia de nos dois, não mais irradiava de forma constante eram pulsos de luz que batiam sobre a tudo a nossa volta como se pudesse transformar em poeira com uma simples rajada de luz. Flutuando no frio do espaço percebi que gelo nenhum poderia mais me consumir, nos dois como um só corpo agora aqueceríamos universo... era real, era sublime e inocente... era normal.
- Pra sempre – eu disse com a voz tremendo enquanto chegava ao orgasmo.
- Te amo – Felipe disse deitado por cima de mim, logo em seguida beijando minha boca enquanto segurava meu rosto com uma das mãos. Enquanto eu podia sentia seu corpo inteiro tremer e molhando toda minha barriga e peito.
Aquilo foi como se nossas almas conseguissem tocar o paraíso, ali acontecia algo maior, como se por conspiração de todos os Deuses, que assistiam aprovando dentro do meu quarto o nascer de uma nova estrela de nome amor.
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Muito obrigado sempre a tds vcs. Hj percebi que já faz uma semana inteira que venho focando minha vida em escrever, o pior é que tenho gostado muito e percebi mesmo que me faz bem. Em sete dias publiquei aqui 5 partes da minha vida que me fez ser muito feliz, sofrer muito e começar a viver outra vez. Parece não ter muita importância mas para mim tem sim.
As vezes me sinto como se o mundo inteiro se reunisse e falasse que eu ter nascido foi um erro, que sou um incapaz que e pior q os outros, só pelo fato de conseguir amar mais que a maioria. Não sei como concertar o mundo, o mundo fez eu abaixar a cabeça fazendo me sentir culpado. Mas algo maior que o mundo me diz q amar é que é o certo.
Mt, mt, mt obrigado a tds q continuam lendo. Peço desculpa pelo erros e digo que vou melhorar, por favor acreditem em mim e me ajudem a escrever melhor.
Essa parte foi mais curta, e teve cenas sobre sexo que eu provavelmente não escrevi como as pessoas aqui escrevem, mas eu penso diferente e eu vivi isso diferente, peço desculpas se eu não estou cumprindo o papel do site e escrevendo sobre sexo como todos, eu só me sinto diferente sobre isso. Desculpa...
Obrigado a:
Drago*-* - vc se tornou muito importante p mim, obrigado por
Higorrego – obrigado mesmo, eu to fazendo de td para continuar. De verdade saber que vc continua lendo é muito importante p mim, vc falar que esta gostando é muito mais do q eu imaginei. Mt, mt, obrigado mesmo. :****
Rafaah – poxa obg mesmo, eu tento passar aqui só a parte que eu não sofria, eu mesmo tento esconder de mim o que me faz sofrer. Sabe eu passei por coisas ruins mas eu acho que a parte boa é sempre vai ser mais importante, é do q faz bem q temos lembrar né? Obrigado mesmo, :*****
Irish – então... td que descrevi aqui foi minha primeira vez depois do Matheus. Eu gostava das garotas que ficava, mas minha alma meio que pensava diferente do meu corpo. Eu tentei a todo custo ser normal, mas não deu, parecia que tudo era contra mim... Obrigado pelo que disse no comentário, me senti protegido de verdade, é importante que esteja aqui comigo :****
M(a)rcelo – Muito obg mesmo pelos elogios, serio eu tenho um pouco de dificuldade de mostrar afeto, algo de gelo ficou dentro de mim, deve ser medo, mas quando eu escrevo é meio que libertador. Não escrevo bem nem sinto que escrevo, mas de verdade qd vejo alguém falando isso algo em mim brilha por dentro. To tentando ler todo livro que vejo p tentar melhorar minha escrita. Obrigado viu!! :****
Monster – poxa obg, fico feliz mesmo qd vejo que des do começo vc acompanha minha historia, isso me ajuda mesmo a continuar. Desculpa pelo tamanho e como escrevo. Obrigado sempre. :****
Drago*-* - o que falar p vc? Vc é especial de verdade, muito obrigado. Ver vc aqui ainda cmg lendo me ajuda a continuar. Sei q quem entra nesse site procura coisa diferente do que escrevo, meio q eu vou contra o normal daqui, e ter alguém lendo já é uma vitória. Obrigado mesmo, me senti protegido de verdade no seu comentario. :*************
May Lee – mt, mt , mt sorte fa facul :************!!!! É tive que me defender como pude, e continuar vivendo sozinho como podia, ao mesmo tempo q sentia vergonha do passado, tive que esquecer ele e fazer outra pessoa dentro de mim, mas esse tipo de coisa nunca dá certo... a pessoa que fiz quebrou inteira... me senti completamente destruído pela segunda vez, mas dessa vez foi bom.... as coisas que escrevi aqui foram idênticas ao que aconteceu, p falar a verdade foi ate bem pior, só q não escrevi aqui para não parecer mentira... as coisas aconteceram de um jeito muito estranho cmg, só que na próxima parte meio que tento explicar. Era meio viver no inferno, dormir no ceu e acordar ainda no ceu e não acreditar que estava la.... obrigado por me defender, vc agora é uma leoa na minha mente p sempre... sorte, sorte, sorte :********
Ru/Ruanito – obrigado por ter lido minha historia ate a parte IV. Sei que não é um bom conto erótico e peço desculpas por isso. Sabe eu sofri muito pelo mal que me fizeram e no final das contas eu era mau e me vingava dos meus pais todos os dias, não coloquei isso aqui pq no final o q senti pelo Felipe foi maior, parece besteira mas gostar de alguém outra vez me fez esquecer o que é odiar, meio q não tinha tempo p odiar de tanto q me sentia bem pensando nas coisas boas.... desculpa e prometo melhorar.