À sombra da lua - P.1

Um conto erótico de Konan_B
Categoria: Homossexual
Contém 1022 palavras
Data: 04/09/2014 23:35:04

Olá, gente. Bom, aos que estavam acompanhando o meu conto anterior "Elementary", eu ainda não consegui termina-lo e por isso ainda não continuei a postar, más assim que chegar ao fim eu contínuo. Esse conto eu já havia escrito faz algum tempo e decidi posta-lo enquanto não sai o Elementary. É isso, espero que gostem, e caso gostem, não deixem de votar e comentar, ok?

Os capítulos serão postados semanalmente, não sei ao certo o dia, pode ser em qualquer um, dependendo da minha disponibilidade-ou preguiça- eu posso até posta mais de um por semana, más isso depende da aceitação de vocês, caso seja bem recebido eu contínuo, caso não, eu paro. Enfim, boa leitura e até mais.

Prólogo.

Em torno desses dezoito anos em que me entendo por gente, jamais imaginei passar pelo que estou passando. Sempre achei que monstros, desses que se vê apenas em filmes e histórias para fazer crianças molharem a cama não existissem. Mudei minha teoria quando passei a morar com meus tios. Faz quase um ano e meio que mudei para cá, e nunca me esquecerei de todas as coisas que passei até agora.

Viver um grande amor. Esse é praticamente o sonho de quase todo adolescente, e de certa forma a maioria consegue. Eu posso dizer que também vivi um, um amor mais cheio de adrenalina e paixão do que qualquer outro.

Lembro exatamente da primeira vez em que vi aquela coisa. Era gigantesca, negra, a verdadeira face do mau.

Os olhos grandes, os dentes banhados em saliva densa, que se misturava aos últimos vestígios do DNA da vítima, que acabara por ser mutilada.

Era uma coisa tão errada... Tão sombria e assustadora... Mas no fundo, tão mal compreendida e injustiçada quanto. Eu pude ver, ver por detrás de tudo aquilo... Eu toquei sua alma, e aquilo o libertou.

Como negar um sentimento recíproco? Eu tinha nas mãos uma bomba relógio... E ela logo explodiria, me levando junto de toda aquela sujeira e a maldição se perderia. Pois, tudo só acaba quando o sangue do herdeiro legítimo é derramado, e a morte seifará a escuridão que ali habita.

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CAPÍTULO 1: A FACE DO DESEJO.

Não posso dizer que sou a pessoa mais sofrida do mundo, mas sei bem o que é a verdadeira solidão.

Minha mãe morreu em meu parto, fazendo assim com que meu pai me criasse. Por doze anos ele se sacrificou, fez do possível e do impossível para me dar uma vida digna. Infelizmente ele sofreu um grave acidente e não resistiu...

Minha avó foi quem me criou daí em diante. Não havia mais ninguém da família, à não ser pelo tio distante que morava com sua família em outra cidade. Não tínhamos muito contato com eles, apenas nos falavamos por telefone. Raras as vezes em que nos visitavam, como em natal e outras comemorações em que se é quase obrigatória a presença da família.

No entanto, eles tinham um filho... Daniel. Esse que eu nunca havia visto. Quando tínhamos uma oportunidade ele sempre havia viajado com amigos, em passeios com a escola ou simplesmente não quis vir.

Não tinha plena certeza, mas acho que ele não ia muito com a minha cara. Pois, sempre que minha avó me pedia que ligasse para eles e o Daniel atendia, logo após o "Alô" podia ouvir como um zumbido a batida violenta do telefone no gancho.

Com o passar dos anos, e de tantos foras que levei, acabei criando ódio daquilo e passei a fazê-lo primeiro.

Como o carma que me persegue, a morte de minha avó chegou ao completar de meus 17 anos. Fiquei extremamente abalado, mas com o decorrer da vida acabei aceitando o fato de que todos que me rodeiam se vão.

A única alternativa restante era passar a morar com meus tios.

Em uma segunda fria e sonolenta, lá estava eu à frente da janela. As malas já se encontravam prontas e a casa estava devidamente fechada.

Meu tio Arthur acabara de por as poucas caixas que levaria, a maioria continha livros, pois, como o bom nerd que sou, tenho mais livros que amigos.

- Vamos?- Disse Arthur ao entrar pela porta. Arthur era um homem boa pinta, forte, bonito e vivia sempre muito bem arrumado. Isso facilitava a camuflagem da idade que chegara por volta dos 40.

Apesar de serem gêmeos, meu pai e Arthur não tinham muita coisa em comum, nem mesmo na aparência. Meu pai era o mais velho dos dois por questão de pouquíssimos segundos.

- Vamos...- Me virei para dar a última olhada naquele que foi meu lar por seis longos anos. Muitas lembranças ficariam ali, estava determinado a traçar uma nova vida à partir do momento em que passasse a chave por aquela porta. Fui direto para o carro e meu tio tratou desse quesito.

Não queria prolongar mais aquilo, ao olhar para a imensa estrada que era cercada por pinheiros, via uma nova chance. Uma chance de ser diferente, de ser menos patético do que fui todos os dias da minha vida.

Mas uma coisa me preocupara... Como seria Daniel?

Foram quase oito, cansativa horas de viagem. Já nem sentia mais meu bumbum.

Ao chegarmos, percebi que a cidade era bem maior do que eu imaginava. Meu tio havia descrevido como "um buraco cheio de gente fofoqueira e metida a besta, sem falar que aquilo parece mais um ovo do que uma cidade".

Passamos por várias casas enooormes, o pessoal ali parecia ser muito bem de vida. Ao chegarmos na casa onde seria meu novo lar, reparei que meu tio não ficava nem um pouco atrás. A casa era magnífica! Repleta de janelas de vidro e o jardim que a rodeava, dava um ar alegre aquele lugar.

Meu tio parou na frente da mansão e apitou com o carro, fazendo duas pessoas rapidamente saírem de lá. Uma eu conhecia, era minha tia Caroline, e a outra...

"Meu deus..."- Foi só o que eu pude pensar.

Aquela era a visão mais linda em que um dia eu sonhara ver. Um corpo esculpido perfeitamente, os cabelos, o rosto... Era a face do desejo...

Continua....

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Comentários

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Legal é que os caras tem olhos de RAIO X pra ver o corpo esculpido debaixo das vestimentas

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