A Máfia dos Solteiros - Parte 3

Um conto erótico de Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 3178 palavras
Data: 05/09/2014 09:32:39

Para melhor entendimento leiam os primeiros capitulos !

Obrigado a todos que estão lendo.

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CAPÍTULO 3 – TOXIC

Era uma manhã de sábado ensolarada, calma e tranquila. Por isso, Pascoal achava que seria a ocasião perfeita para estudar para sua prova da faculdade que aconteceria na segundo. Os últimos acontecimentos não tinham permitido que ele se dedicasse aos estudos como queria. Mas, naquele sábado, ele finalmente iria se dedicar somente a isso. Infelizmente para Pascoal, algo surpreendente começou a tocar, vindo de algum lugar próximo. Era uma batida eletrônica, quase hipnotizando que parecia instigar a dançar e dizia: “Baby, can't you see, I'm callin'/ A guy like you should wear a warnin'/ It's dangerous, I'm fallin'/ There's no escape, I can't wait/ I need a hit, baby gimme it / You're dangerous, I'm lovin' it / Too high, can't come down / Losing my head, spinning round and round / Do you feel me now?”

E foi assim, que os planos do sábado de Pascoal, foram pro brejo. Mas foi na hora do almoço que ele ficou sabendo exatamente o local de onde veio o tão famoso som. Sentado à mesa com seus pais, não se falava em outra coisa.

_Vocês já souberam dos novos vizinho? _falou Hugo, pai de Pascoal, um homem sisudo, com um bigode imenso, que cobria os lábios.

_Eu tava conversando com a Marisa sobre eles. _respondeu Denise, a mãe, uma mulher vestida como uma beata e com uma voz fina e estridente. _Parece-me uma gente bem moderna.

_Eu não sabia que a gente tinha novos vizinhos. _disse Pascoal.

_Ora Marisa, agora pra tudo que é errado se dá o nome de moderno. _falava Hugo cuspindo pequenos grãos de arroz. _Aqueles pais são irresponsáveis. O filho é um viado que dança feito mulher pra quem quiser ver.

_Então aquela música altíssima que não me deixou estudar veio dos vizinhos novos? _concluiu Pascoal.

_Ele tava ensaiando, juntou um monte de gente na rua por que o povo gosta do que não presta. Deus me livre e guarde, mas se eu tivesse um filho baitola, ou eu me mataria ou mataria o desgraçado.

É claro que durante aquela conversa, Pascoal não demonstrava-se contrariado e até esboçava alguns sorrisos durante as falas do pai, fazendo parecer que concordava com o que era dito. De fato, se tinha alguma coisa nesse mundo que Pascoal mais tinha medo era que seus pais descobrissem sua orientação sexual. Ele nem conseguia pensar na hipótese.

Naquela tarde, Pascoal pôs os livros debaixo do braço e seguiu para a casa de Ítalo, que havia lhe chamado para, segundo ele, tratar de um assunto de extrema importância. Ao chegar lá, Ítalo e Júnior já o esperavam.

_Eu chamei vocês aqui por causa do Lennon. _falou Ítalo. _Vocês sabem que ele acabou de passar por uma barra, mas ainda não acabou.

_O que aconteceu afinal de contas? _perguntou Júnior esparramado sobre o sofá. _Ele voltou a transar sem camisinha?

_Não, claro que não! _disse Ítalo. _E acredito que ele não seja tão burro a ponto de repetir esse erro. O fato é que o garoto que ele havia se apaixonado, sumiu.

_É, ele me disse que não queria ser um peso pro Lennon. _concluiu Pascoal.

_Não vão me dizer que ele vai querer ficar com aquele cara contaminado. _disse Júnior. _Ele ficou louco?

_Júnior, não fala assim! _repreendeu Ítalo. _Isso é preconceito!

_O Ítalo tem razão. _falou Pascoal. _Eu sou obrigado a conviver com o preconceito todos os dias na minha casa, através dos meus próprios pais e o que eu mais gosto entre a gente é a mente aberta, a liberdade de pensamento, não dá pra aceitar esse tipo de atitude.

_Desculpa gente. _falou Júnior nitidamente arrependido. _Eu fui rude mesmo. Mas Ítalo, o que você quer que a gente faça com relação a esse assunto do Lennon.

_Bom, se a gente é realmente um grupo unido, acho que deveríamos ajudá-lo a encontrar o João Carlos. Pode ser a nossa missão da semana, que tal?

_Eu tô dentro. _falou Pascoal. _Só que tem um problema. Eu não estudei nada ainda pra minha prova. E esse final de semana eu queria me dedicar a isso.

_Bom, tudo bem. _falou Ítalo. _E você, Júnior?

_Eu tô livre, posso ir com você.

_Ah, Ítalo. _chamou Pascoal. _Será que eu poderia ficar estudando aqui na sua casa? É que tem um vizinho novo que cismou em ouvir Birtney Spears no maior volume do mundo.

_Claro que pode. Aqui você não vai correr o risco de cair na tentação de dançar as músicas da “bitch”. _falou Ítalo, saindo em seguida com Júnior.

Pascoal começou a devorar os livros, eram tantas informações, tantos assuntos. Como futuro psicólogo, ele tinha mil e uma teorias a aprender e, nesse próprio curso, ele passou a compreender a si mesmo. Realmente fazia algo que gostava e algo que poderia conversar com todos à sua volta sem se importar em esconder nada. De fato, essa vida dupla estava começando a lhe incomodar mais do que deveria.

Depois de quase quatro horas ininterruptas de estudo, Pascoal decidiu vasculhar um pouco a geladeira de Ítalo, pois sua barriga já começava a reclamar de fome. Comeu tudo o que podia e até o que não podia, mas ainda não estava com disposição suficiente pra voltar aos estudos. Então, foi dar uma fuçada na estante, olhou os livros, em sua maioria, romances. Olhou os DVDs e, por último, os Cds, tantos e tão variados. Mas um em questão parecia lhe chamar pelo nome.

Com uma fotografia azulada na capa, ela parecia encará-lo e chamá-lo pra um desafio. “In the Zone” era o nome do cd e Pascoal quase podia ouvir a voz da própria Britney Spear lhe chamando pra dançar.

_O que você está fazendo aí parado, bobão? _dizia Britney se mexendo na capa do próprio cd, como aquelas fotos mágicas de Harry Potter.

_E o que você quer que eu faça? _respondia Pascoal à sua própria ilusão.

_Coloca a música pra tocar e se joga! It's Pascoal... bitch! _falou a Britney, voltando a se tornar uma foto estática.

Pascoal olhou para os lados para ter a certeza que ninguém o observava. É claro que ele não poderia imaginar que eu estava ali ao lado. Discretamente, colocou o cd no aparelho de som e pulou imediatamente para a faixa seis. E a música que logo cedo o havia incomodado, estava lhe contagiando completamente. A música: Toxic!

Ele dançava alucinadamente. Eram passos desajeitados, sem ritmo, mas aos poucos, Pascoal foi se soltando sem se dar conta que estava se entregando àquilo que ele realmente gostava. Naquele momento, inconscientemente, ele estava colocando pra fora tudo o que era obrigado a esconder por uma convenção da própria família, da própria sociedade. E ele aproveitou o máximo que podia, pois tinha a certeza que ainda precisaria se esconder por muito mais tempo.

Já passava das 9 da noite quando Pascoal retornava para casa e ele tinha a impressão que a música não saia da cabeça. Mas não era bem isso. O som que ouvia vinha, na verdade, da casa do vizinho. Como que movido por um impulso, Pascoal tocou a campainha dos novos vizinho e a música cessou. Rapidamente, ele arrependeu-se de ter tocado e já ia sair, quando a porta se abriu.

Do outro lado, um garoto magro, de olhos negros como uma jabuticaba e um sorriso branquíssimo, de dentes perfeitos. Pascoal, mais uma vez, tentou esconder, mas ele havia ficado encantado.

_Oi. _falou o garoto com uma voz suave, mas que não chegava a ser afeminada. _Em que posso ajudá-lo?

_É... _Pascoal falava quase gaguejando. _Eu sou seu vizinho e soube que vocês se mudaram pra cá recentemente. Daí eu resolvi dar uma passada pra desejar as boas vindas. Mas, não quero atrapalhar, vou indo nessa.

_Que nada! _falou o garoto. _Entra aí. Eu durmo tarde e meus pais não estão casa hoje. Eles são médicos. Estão dando plantão. Além do mais, eu preciso de uma platéia pro meu show.

Pascoal entrou naquela casa, que tinha uma decoração diferente e muito mais bonita do que a que ostentava na época dos antigos vizinhos. Enquanto o garoto tagarelava acerca da impressão sobre a nova vizinhança, Pascoal estava com a cabeça cheia de pensamentos sobre o que o seu pai falaria se soubesse que ele estava naquela casa, com aquele garoto que ele tanto criticou.

Os dois entraram no quarto, que era ainda mais incrível. Aos olhos de Pascoal, era lindo, como o mundo que ele sempre sonhou. Logo na porta de entrada, a foto de um cara musculoso, sem camisa, em uma pose bastante sensual. E, por dentro, nas paredes, pôsteres da Britney, Lady Gaga, Madonna e Beyoncé. Provavelmente, não havia outras por falta de espaço. Aquele garoto era realmente o estereótipo de gay que Pascoal conhecia e que cresceu ouvindo os pais falarem mal.

_Bom, deixa eu me apresentar. _falou o garoto. _Meu nome é Jones. Isso quando eu não estou trabalhando. Por que, quando eu estou, eu passo a ser conhecido como Lady Scarlet.

_Lady Scarlet? _perguntou Pascoal como se não tivesse ouvido direito.

_Eu trabalho como drag queen. Faço cover da Britney, Madonna, Gaga, entre outras.

_Drag Queen? _continuava repetindo Pascoal como um papagaio, sem preocupação em esconder a expressão de surpresa.

_Eu tô acostumado com essas reações. _dizia o garoto entre sorrisos.

_Não... não me entenda mal. Eu não tô te julgando, nem nada... É que, na verdade, eu nunca conheci uma drag queen de perto e sem a maquiagem.

_Então, essa é a chance perfeita. _falou o garoto. _Daqui a pouco eu tenho mesmo que sair pro meu show para o qual eu venho treinando há dias. E você vai ser o meu juiz, dizendo o que eu tenho que melhorar. Espera um pouco!

Jones entrou no banheiro, enquanto Pascoal continuava admirando o quarto. Demorou cerca de 20 minutos, até que uma linda mulher saísse do banheiro, deixando Pascoal completamente desconcertado.

_Oi... _falou ele, gaguejando novamente. _Desculpa, eu não sabia que tinha mais alguém aí eu tava esperando pelo... _ele parou de falar, para olhar mais de perto pro rosto da garota. _Jones?

_Jones não está mais aqui, baby. _falou a garota. _Meu nome é Lady Scarlet. Sente-se e aprecie.

Lady Scarlet ligou a música da Britney que tanto treinou durante esses dias e começou a dublá-la e a dançar, com movimentos perfeitamente coordenados. Pascoal observava a tudo estarrecido, sentado na cama do garoto. No refrão, Scarlet empurrou Pascoal que, deitado, estava com a garota sobre seu corpo. Como que por instinto, os dois começaram a se beijar, ao som da princesinha do pop. A música estava na função repeat e tocou 8 vezes até que eles terminassem o que estavam fazendo.

Já era quase 11 horas da noite quando os dois saíram da casa. Jones estava completamente transformado em Lady Scarlet e Pascoal ainda tentava acreditar no que acabara de fazer.

_Eu ainda prefiro você sem toda essa maquiagem. _falou Pascoal entre sorrisos.

_Vou considerar isso como um elogio. _respondeu Jones. Os dois estavam completamente encantados um pelo outro e não paravam de se encarar.

_Mas eu preciso te pedir uma coisa, Jones. Ninguém pode saber de nós dois. É que ninguém sabe de mim, a não ser meus amigos.

_Eu sei como é... Já passei por essa fase também. Não precisa se preocupar, só não quero que a gente perca contato!

_Claro que não. A gente é vizinho. Sempre que quiser, eu venho aqui. E, quando meus pais não estiverem em casa, você pode dar uma passada lá também.

_Pode deixar... Bom, deixa eu ir pro meu show, antes que dê meia noite e aquele povo vire abóbora assim como você.

Pascoal sorriu e despediu-se, sem entender claramente que o que Jones tinha acabado de falar era uma indireta para o garoto que ainda se encontrava no armário. Depois da noite alucinante que tivera, Pascoal só pensava em ir para a cama dormir, para acordar disposto em mais um dia de estudos. Contudo, ele não esperava passar a noite inteira pensando no garoto que acabara de conhecer e, em meio a isso, em uma conversa que tivera comigo uma semana antes da minha morte.

Era uma noite de sábado também e eu estava em meu quarto imprimindo panfletos da campanha de doação de sangue para distribuir na balada, quando Pascoal entrou com uma expressão de angústia.

_Eu preciso falar com você, Charlie. _disse ele. _É urgente.

_O que houve, Pascoal, você parece preocupado. _perguntei já segurando em sua mão e sentando com ele na cama.

_Eu tentei esconder isso durante muito tempo, mas não dá mais. É mais forte que eu e tá me prejudicando em todos os setores da vida. Eu te amo.

_Ama? Ama como?

_Amo te querendo mais do que a mim mesmo. Querendo te beijar, te abraçar, estar com você, te chamar de meu amor. Eu te amo, Charlie. Eu te amo muito.

_Calma, Pascoal. Não fala assim. Você deve estar confundindo as coisas.

_Eu não tô confundindo nada. Eu sei o que eu sinto. Você é exatamente o cara que eu sempre sonhei. É bonito, pensa como eu penso. Quase não consigo achar defeitos em você.

_Isso é um erro, Pascoal. Nós somos amigos, quase irmãos. O amor que você diz não pode ser planejado. Não pode ter características prévias. O amor pega a gente de surpresa. E um dia você vai entender isso. Um dia você vai se pegar pensando que encontrou a pessoa certa pra você e que, no final das contas, ela é completamente diferente daquilo que você planejou. Eu te amo, Pascoal, mas meu amor é puro e é muito.

Sim, isso era exatamente o que ele estava pensando naquele momento. Havia encontrado alguém que ia contra tudo aquilo que ele planejava querer, mas ao mesmo tempo alguém que o incitava a querer mais a ir mais a frente. E, mais uma vez, ele viu que eu estava certo. Me agradeceu e finalmente caiu no sono.

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, sempre disse que havia um conflito entre aquilo que os impulsos humanos queriam e as regras que regem a sociedade. Era sobre isso que Pascoal estudava na manhã de domingo, quando a campainha tocou. Ao atender, ele deu de cara com um sorridente Jones.

_O que você tá fazendo aqui? _perguntou Pascoal num misto de preocupação e felicidade, sempre olhando pra fora na tentativa de ver se alguém via o garoto entrando.

_Calma. _respondeu Jones. _Eu vi seus pais saírem pra missa. E ninguém mais nessa rua acorda cedo no domingo.

Pascoal logo o pôs pra dentro e tratou de fechar a porta.

_É, eles foram pra missa e só não me fizeram ir junto por que eu falei que tinha que estudar pra prova. _falou Pascoal voltando à mesa, enquanto Jones se aproximava dele.

_Eu vim te falar como foi o show e te dar um beijo de bom dia.

_E você acorda cedo mesmo depois de uma noite de show?

_Eu não consegui dormir por sua culpa. Passei a noite toda pensando no que aconteceu ontem e no que pode acontecer daqui pra frente.

_Você me deixa sem graça com toda essa sua segurança. Vem cá, me ajuda a estudar. _pediu Pascoal, batendo com as mãos nas pernas, num gesto que pedia para que Jones sentasse em seu colo. E assim ele o fez.

Infelizmente, o problema de memória de seu pai fez com que ele esquecesse a carteira em casa e estivesse voltando nesse momento para buscá-la. E, ao mesmo tempo, felizmente, o carro velho, que fazia um barulho estrondoso no motor, fez com que Pascoal percebesse que havia perigo à vista. Rapidamente, empurrou Jones do seu colo e o jogou para debaixo da mesa exatamente no momento em que seu pai entrou.

_Esqueci a porcaria da carteira. _falou Hugo, já pegando a mesma que estava ali em cima do balcão.

Sob a mesa, Jones abriu o zíper de Pascoal e não se fez de rogado em massagear seu membro. Enquanto conversava com o pai, Pascoal tentava disfarçar o tesão que sentia em ter seu pau crescendo nas mãos de Jones, especialmente quando começou a crescer na boca do garoto. Sim, um boquete estava acontecendo ali, na frente de Hugo, que parecia não perceber nada. Pascoal tentava parecer concentrados nos estudos, mas seus pés contorciam de prazer. E, quando Hugo saiu, Pascoal finalmente gozou, um jato de porra que voou longe no chão da cozinha.

_Você é louco, Jones. _falou Pascoal ofegante. _Quase me mata de tanto prazer.

_Que bom que você gostou, Pascoal. Por que essa foi a última vez que você sentiu um toque meu.

_Como é que é?

_Eu acabei de perceber que eu não preciso passar por isso. Deus sabe como foi difícil me assumir e o tanto que eu tive que enfrentar pra chegar a esse ponto da minha vida e ter que voltar a me esconder. Você sabe o que é realmente tóxico? Esse tipo de preconceito que parte de nós mesmos. Destrói a vida, destrói a alma. Eu não vou me submeter a isso. Desculpa!

Jones virou as costas e se preparava para sair, mas Pascoal correu na sua frente e ficou no caminho da porta. Agarrou-o e tascou-lhe um beijo longo e demorado.

_Eu não quero que você se vá, mas eu preciso que você entenda que pra mim é difícil. Se você sair do meu lado agora, vai ficar ainda mais difícil. Eu preciso de você. Eu preciso da sua força e da sua coragem. Eu quero contar, não agora, mas quando eu tiver pronto. Eu não sei quando vai ser, mas eu sei que quando esse dia chegar, eu quero ter você do meu lado. Você aceita?

A resposta de Jones foi um abraço e mais um longo beijo. Uma hora depois, os pais de Pascoal chegaram da missa. Hugo quase escorregou no esperma de Pascoal que estava esparramado no chão e que foi identificado por ele como sendo esperma. Os livros jogados sobre a mesa fizeram o pai ter a certeza que o filho estava acompanhado de alguém. Devagar, Hugo abriu a porta do quarto do filho e o viu abraçado a uma loira. Ele sorriu orgulhoso e saiu de fininho para não atrapalhar. Mas jamais lhe passaria pela cabeça que aqueles fios loiros eram da peruca utilizada por Jones quando ele estava transformado em Lady Scarlet e que esse seria o truque utilizado pelos dois quando quisessem se encontrar.

Sim, Sigmund Freud sempre disse que muitos dos impulsos humanos vão contra as regras da sociedade. O que ele nunca disse é o que esse tipo de conflito causa em cada uma das pessoas. E, muito menos, como conseguir a força e sabedoria para fazer a escolha certa. É claro que ele não disse. Simplesmente por que ele sempre soube que esse tipo de coisa só se consegue vivendo dia a dia. E era exatamente o que Pascoal estava prestes a fazer.

FIM DO CAPITULO 3

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