Poucos dias depois daquele primeiro incidente estranho entre minha mãe e meu amigo Dilsinho, foi a vez do meu amigo Yuri me deixar com a pulga atrás da orelha.
Era um fim de tarde e nós estávamos batendo bola na rua, bem em frente a minha casa. Nós avistamos mamãe voltando do trabalho. Ela acenou em nossa direção e entrou. No mesmo instante, Yuri disse que estava com muita sede, e insistiu para entrarmos para ele poder tomar água.
Ao nos encaminharmos para a cozinha, passamos pela porta do quarto de mamãe, bem no momento em que ela estava tirando sua calça jeans apertada. Ela estava com as costas viradas na nossa direção, com sua bunda toda empinada e parcialmente coberta por uma calcinha de renda branca. Yuri parou de me seguir, apreciou a vista por uma fração de segundo, e cumprimentou:
– Oi Dona Jussara!
Mamãe se sobressaltou e parou o que estava fazendo. Ela se virou em direção à porta, ainda com as calças em torno dos joelhos e, vendo quem era, abriu os braços e um sorriso, dizendo:
– Oi querido! Vem cá me dar um beijo!
Ele foi todo ansioso. No afã em que estavam de se abraçarem, eles perderam o equilíbrio e caíram agarrados na cama, ele por cima e ela por baixo, sem soltar o abraço.
– Desculpa Dona Jussara! Estou todo suado e fui cair assim em cima da senhora.
– Não faz mal, querido, eu já vou entrar no banho daqui a pouco. Você tem que pedir desculpa é por me chamar de senhora e de dona!
– Desculpa. Como você prefere que eu chame?
– Pode me chamar de Jussara, ou só de Ju.
– Hum. Tá bom, Ju. Posso te chamar de querida, assim como você me chama de querido?
– Pode sim – respondeu mamãe com uma risadinha.
Eles trocavam essas palavras olhando nos olhos um do outro, abraçados na cama. Minha mãe só de calcinha e uma camisa amarela de abotoar, ainda com as calças arriadas. Eles nem percebiam minha presença ali.
– Errr, Yuri, você não queria tomar água? – eu interrompi.
– Quero sim. Traz pra mim, por favor? – ele respondeu, sem desviar o olhar de mamãe.
Achei aquilo um abuso da parte dele. Querendo que eu fosse buscar água como se eu fosse um criado, enquanto ele ficava deitado na cama com a minha mãe! Mas antes que eu pudesse responder, ela pediu:
– Aproveita e traz um copo pra mim também, filho. Acabei de chegar da rua e tô morrendo de sede.
Resignado, obedeci.
Ao retornar, vi Yuri terminando de desabotoar a camisa de mamãe, revelando seu sutiã de renda branca, que contrastava com seus grandes seios bronzeados. Antes de qualquer coisa, ela já foi explicando:
– Sabe o que é, filho? Pedi pra ele tirar minha camisa para ela não amarrotar. Pendura no cabide pra mamãe?
Entreguei um copo para cada e fui pendurar a camisa, como ela pediu. Os dois se sentaram na cama para beber a água.
Um silêncio desconfortável pairava no ar, como se eles quisessem ficar a sós e eu estivesse atrapalhando. Yuri olhava fixamente para os seios dela, e nem se incomodava que eu estivesse vendo.
– Filho, você também tá muito suado né? Vai você tomar banho primeiro, porque eu demoro mais. Eu fico aqui fazendo companhia pro seu amigo – mandou ela.
– Mas eu vou continuar jogando bola com o Yuri. – repliquei.
– Não, eu já parei por hoje. – negou ele.
– Para de discutir, garoto, e passa logo pro banho! – ordenou mamãe, sem me deixar escolha.
Debaixo do chuveiro, eu ficava rememorando o que tinha acontecido, e finalmente percebia que tinha algo de malicioso acontecendo. Mas eu ainda achava que minha mãe era inocente naquilo tudo, era só meu amigo que queria se aproveitar dela.
Já de banho tomado, fui até o quarto para avisar que o banheiro estava livre.
Encontrei mamãe de calcinha, deitada de bruços, com o fecho do sutiã aberto. Yuri montado nela com as mãos em suas costas. Ela explicou:
– Ai filho, eu tava tão cansada do trabalho que seu amigo ofereceu uma massagem e eu aceitei.
Enquanto Yuri esfregava os ombros dela, seu pacote ficava cutucando a bunda de mamãe. Eu fiquei parado, sem reação, sem saber se deveria dizer ou fazer alguma coisa. Até que ela disse:
– Dá uma licencinha pra gente, filho? Eu estou aqui tentando relaxar, e você parado aí olhando não ajuda nada. Ah, aproveita e leva esses copos pra cozinha!
Fiz como ela mandou e em seguida fui para a sala assistir televisão. Da poltrona onde eu estava sentado, se eu me esticasse, dava para ver só um pequeno ângulo do quarto dela, só o suficiente para ver seus pés e uma parte das suas pernas. Era o suficiente para eu saber que nada além de uma massagem estava acontecendo.
Alguns minutos depois, mamãe veio para a sala, ajustando o fecho do sutiã enquanto caminhava. Yuri veio atrás dela, olhando fixamente para a bunda monumental que vinha rebolando em sua frente.
Mamãe abriu a porta da frente e se despediu de Yuri com vários beijinhos no rosto e um abraço apertado. Os braços dele envolviam a cintura dela perigosamente perto do bumbum. O volume de sua rola ereta por baixo do short esbarrava nas coxas dela.
– Tchau querido, obrigada pela massagem!
– De nada querida. Disponha!
– Hum, acho que vou te chamar de novo quando quiser relaxar.
– Pode chamar que eu venho.
Com isso, Yuri foi embora, sem nem se despedir de mim, como se eu fosse invisível. Mamãe fechou a porta e, percebendo minha presença, falou com a maior naturalidade:
– Delícia de massagem. Agora sim, vou tomar meu banho!
Aquilo tudo me deixou com uma raiva tremenda do Yuri, por ter se aproveitado do jeito carinhoso de minha mãe. Ou, pelo menos, era isso que eu pensava. Muita coisa aconteceu até que eu percebesse que ela não era uma santa.