O dia 01 de outubro de 2013.
Depois de muito tempo conversando virtualmente, tomei coragem para procurar o meu destino.
Acordei na cidade dele, na terça feira, dia marcado para me encontrar com meu futuro Dono. Iríamos apenas ter um encontro, tomar alguma coisa e conversar para nos conhecermos pessoalmente. Não teríamos uma sessão. Seria uma conversa para ver se nos acertaríamos de vez. Se teríamos química.
Ansiedade total e disfarçada. Afinal me hospedei na casa de parentes que coincidentemente moram na mesma cidade... Esperei sua ligação. Celular grudado em mim o tempo todo. Olhos cravados nele.
Ele me mandou uma mensagem na hora do almoço.
- 15 horas – rodoviária. Não entendi bem.
Mas onde na rodoviária?
Me vi tremendo ao ler a mensagem... Sou mesmo tão transparente assim? Minha prima notou. Pergunta por que estou nervosa e desatou a fazer perguntas sobre meu senhor. Não sei mentir bem. Dei respostas curtas.
Digo que vou encontrar um namorado que também está de passagem pela cidade.
Dom Tirano me ligou logo depois, mudando o local:
- Me espere na frente desta igreja às 15.00 h, vá sem calcinha.
Fiquei feliz em ouvi-lo. O coração acelerou... Adrenalina a mil.
Não sabia o que vestir... Corri. Só me lembrava de uma coisa: - Vá sem calcinha.
Finalmente chegou o dia e a hora. Me arrumei às pressas. Quebrei um espelho enorme de tão apavorada que fiquei.
Meu primo decidiu me levar, e eu fui no carro com a cara de paisagem por fora, e tremendo por dentro.
Ele me deixou próxima ao local que marcamos.
E assim que me deixou, meu ele ligou:
-Onde você está?
E foi aquela a escada mais alta que já subi para encontrar alguém, parecia interminável. As pernas tremiam... Lá no alto estava ele me observando. E tive vontade de voltar correndo.
Queria cavar um buraco no chão de tão envergonhada. Quando o olhei pensei: caminho sem volta.
Eu disse: Oi... Estou aqui.
Baixei o olhar.
No jeito de me pegar e me beijar eu senti: - É o meu Dono.
Suas mãos se entranharam nos meus cabelos, firmes, forçando minha nuca, puxando-os levemente, com a pressão certa para quem estava em público, mas para eu sentir sua dominação.
E me beijou... o beijo tão esperado depois de tanto tempo de conversa.
Deu vontade de me abandonar em seus braços e pedir pra cuidar de mim.
Naquela hora, já senti minhas entranhas se molhando... melando.
Meu futuro Dono tinha um jeito bem tranqüilo, exceto pela respiração. Parecia meio acelerada.
Grisalho... Adoro. Caminhamos até o carro. E mesmo de salto baixo, pensei que eu ia cair.
Eu não sou uma mulher de se sentir insegura na frente dos homens. Sempre vesti meu olhar altivo, mas desta vez era diferente. Eu me senti uma verdadeira caipira, como ele costuma me chamar.
Desta vez, o único olhar altivo e ao mesmo tempo sereno que tinha ali era o dele.
No carro: Senti seus olhos me estudando. Constrangida. Vontade de ficar e vontade de fugir. Sempre procurei no outro a fraqueza... E olhar para ele me deu a sensação de olhar para um muro de pedra sem fresta por onde eu possa olhar do outro lado. Sádico, foi o que li naquele olhar e naquela respiração. Parecia um lobo, farejando a presa.
Tão logo começamos a rodar, ele me deu a primeira ordem:
Levantar a saia e abrir bem as pernas: Chamou-me de puta. Isso me deu mais tesão. O tapa surpreendeu. Forte, dolorido e mais tapas... Na minha buceta. Dirigia com uma mão e com a outra me batia. Senti sua força. Nunca fizeram assim comigo. Doeu. Doeu muito. Mas eu estava escorrendo. Notei que ele me observava o tempo todo com o canto dos olhos e um meio sorriso. Me deu vontade de tocá-lo.
E senti que a brincadeira havia começado mesmo.
Minha cabeça estava confusa pelo que estava sentindo com a dor que ele estava me provocando e o tesão evidente. Prendo os gritos, gemo, meus olhos se enchem d’água. Mas comento com ele que estou molhada.
E ele desdenha...
- Se você não dissesse... E ri.
Estava com medo.
E o medo que me trouxera até ali tinha nome. Rosto. Mãos. Tinha força. A sua respiração ficava mais ofegante quando me batia. Às vezes eu prestava atenção em seu rosto e via o prazer. É incrível ver suas feições mudando de prazer... De sadismo.
Chegamos a um bar, eu me recompus e sentamos para tomar um vinho. Me sentia muito nervosa. Agora ele estava me olhando de frente. Olho no olho. Os detalhes. Meu modo de movimentar-me, de falar, de respirar. Estava procurando em mim as minhas dúvidas... Suas perguntas me testavam. Como se dissesse: - Desista enquanto é cedo.
E eu pensava: - Não desisto. Quero ser tua. Submissa. Escrava. Mulher. Puta. Só falto pular de felicidade de estar aqui com o senhor.
Mas me contive.
Sentia em baixo da mesa um comichão entre minhas pernas. A presença dele confirmava o que sempre pensei. Ele atiçava em mim meu lado lascivo. Meu lado submisso. Meu lado masoca. Precisava aprender. Precisava da guia dele. Queria ser treinada por ele.
E disse: - O senhor um dia me prometeu paciência. É o que espero de ti para que possa me acostumar à dor... À escravidão e à tua condução.
De uma coisa já sei. Mal o conheci e já estava aprendendo amá-lo.
Então ele me diz que se eu ficasse com ele, eu deveria emagrecer. Sei que precisava e queria emagrecer. Minha força de vontade não é tão grande sozinha... Mas tive vontade de sair correndo do bar... Pensei:
-Ele não gostou de mim.
Me controlei para os olhos não encherem d'água. Esforcei-me para agir naturalmente. Confesso que nesta hora um terror tomou conta de mim...
-Ele não gostou de mim... Não vai me querer.
Foi o que passou na minha cabeça.
Nenhum elogio.
“Vou ali me suicidar e já volto.”
Mas me mantive ali, engolindo a vontade de chorar.
A felicidade só voltou quando finalmente me perguntou se eu queria ser dele e disse que queria ser meu Dono.
- Quero Senhor. Tenho certeza. Quero.
E ele falou: - Tem certeza? Ser minha 24/7? Totalmente? Pensar em mim, estar disponível pra mim, em tempo integral?
E eu disse: - Tenho certeza... Preciso disto. Preciso de controle, preciso e quero isto. Preciso que tome conta de mim e quero te servir.
Então ele pagou a conta, e voltamos para o carro, no caminho, ele pega a minha mão e põe por cima da calça e sinto seu pau duro.
- Olha como você me deixou cadela.
Meu sorriso de satisfação é pleno.
Demos uma volta para eu conhecer a cidade que apesar de linda, as explicações soaram assim em meu ouvido: bloooo blooooo blooooo...
Porque os tapas na cara que ele me deu enquanto me mostrava a cidade, eram tão fortes.... Tão doídos... Tão decididos a me mostrar quem mandava, que chegavam a zunir.
E a dor se misturava com a sensação de “sou tua”... E o sorriso ficava preso no canto dos lábios, junto com as lágrimas no canto dos olhos. Me senti muito humilhada.
Disse a ele que estava com vontade de beijar.
Ele prontamente parou o carro no acostamento, me deu um beijo que começou intenso, e se transformou numa mordida em minha língua. Pensei que ele iria arrancá-la com os dentes.
Sádico, sádico, sádico... E o tesão escorreu entre as pernas...
Estava na hora do rush, os ônibus e carros estavam devagar.
Ele mandou que eu colocasse meus seios para fora... Deixando à mostra para que pudessem ser vistos, e a seqüência de torturas neles veio em seguida, tapas neles e na buceta... Enquanto dirigia lentamente; expunha-me, me exibia, me batia, me chamava de puta... Nos meus ouvidos, ele continuava suas explicações sobre os prédios da cidade, calmo, como se nada estivesse acontecendo... E tudo continuava soando assim:
Blooo... blooo ...bloooo .. Tesão ... Cadela... Masoca... Escorre.
-Goza! Ele ordena... E eu gozo. Ali dentro do carro, gozo apanhando e sentindo a mão dele em minha buceta, me apertando... Apertando meu grelo, me fazendo revirar de dor e prazer.
“Desejo sentir teu pau... teus beijos... teu tudo.”
Era o que eu pensava... Minha boca em seu pau. E insinuei isto.
Mas ele disse, hoje não.
Pra me deixar na vontade.
Então, nosso encontro por hoje terminava.
Ele tinha pressa. Precisava ir embora. Mas disse que nossa primeira sessão seria daqui dois dias. E que iríamos passar a noite toda juntos.
Aliviei-me ao pensar que teria um tempo, pra raciocinar e espantar o medo que ainda estava sentindo. No fundo sabia que ele não iria embora.
O medo me move... O medo me dá adrenalina certa, e eu gosto dele.
Dono me deixou em um shopping, tomei um chope. Esperando o tempo passar pra voltar pra casa.
Sem calcinha e doloridinha onde me apertou, entrei no banheiro, e me masturbei deliciosamente, enfiando os dedos com força, molhando minha mão toda, socando, sentindo a dor que ele me deixou, e uma excitação fora do comum. Até gozar muito... Quieta em silêncio. Pra ele. Já me sentindo toda dele.
Naquela noite eu dormi, com a certeza, de que minha vida nunca mais seria a mesma.
E no outro dia, quando meu celular tocou eu ouvi:
- Escuta, eu te amo.
Porque o sadomasoquismo, como li em algum lugar, é uma forma de amor.