Continuação do capítulo 13
Naquela tarde ainda Jhared foi à agrovila e procurou por Jason que já estava em casa tomando banho. Jhared estranhou ao ver Melany sem os piercings, sem aquela maquiagem maluca e com os cabelos loiros, na sua cor original.
—What’s happend baby? (Que aconteceu garota?)
—I’ll living here with Jason… My uncle... The old Melany is dead! (Vou morar aqui com Jason… Meu tio... A velha Melany não existe mais, morreu!)
Jason saía do banho e ao ver Jhared disse:
—Entre Jhared. Vou me vestir e já venho. Melany, onde está minha bermuda branca?
—Vou pegar Jason... Tio!
Logo Jason ficou sabendo da proposta de Jared e sinalizou positivamente quanto às suas pretensões. Realmente, a economia e o tempo que ganharia sem ter que construir um alojamento e um refeitório, aceleraria em muito a conclusão de seus projetos. Concordou em enviar uma máquina de terraplenagem para Jhared assim que ela estivesse liberada lá de onde estava trabalhando. Quando Jhared saiu Jason perguntou:
—Que temos para comer Melany? Estou faminto...
—Fiz ovos mexidos... Mas não está cedo para comermos? Quer tomar um uísque primeiro?
Veio e ofereceu uma dose de uísque para Jason que a segurou pelo braço e a puxou para seu colo.
—Querida! Você está outra pessoa... Até saia você está usando...
Beijou-a nos lábios com doçura enquanto seu pau ia endurecendo.
—Não! Não agora! Vamos deixar para quando dormir... Amo você Jason... Quero ser sua mulher... De verdade!
Os dois ficaram ali na sala namorando até Jason pedir que fossem jantar. Jantaram e Jason voltou para a TV enquanto Melany lavava os pratos. Paola combinou com James que depois que ele tomasse banho, fosse jantar na casa dela. Queria que seu pai Raúl conhecesse James, já que ela iria trabalhar com ele. Quando James bateu palmas, ela própria veio atender e o convidou para entrar e fez as apresentações. Miréia que já o conhecia falou:
—Raúl, o Senhor James é o arquiteto que vai construir as novas instalações aqui na agrovila. Paola vai trabalhar como assessora dele e nós queremos que você o conheça. Começaram a conversar e logo, Raùl gostou do rapaz. Pelo menos Paola não ia ficar batendo perna pra cima e pra baixo.
—Mas ela vai continuar estudando quando as aulas recomeçarem, não vai?
—Vou sim pai. É só no período da tarde...
Na casa ao lado, Tereza contava ao marido Juan a novidade do emprego e ambos fizeram planos em economizar para comprarem uma casa em Caracas dali a alguns anos. Já na casa de João as coisas andavam fervendo. João esbravejava porque Cleuza não parava de ir ver o Mário.
—Você endoideceu Cleuza? Ficou desmiolada? Não para mais em casa! Agora todo dia vai atrás daquele viad... do seu filho! E você Regina? Que tanta andança é essa lá pras bandas da vila de fora? Não vai dizer que reatou com aquele baitola. Deus! Ainda bem que tenho a Ruth que é uma filha comportada e obediente. Não fosse ela... Nem comida ia ter pra gente comer...
Cleuza resmungou e foi para a cozinha dizendo:
—Você é que tá ficando um velho rabugento... CREDO!
Regina e Ruth foram para o quarto contar suas aventuras. Regina com Joe Morcegão e Ruth com Jason.
—Jura? Você e o Jason? Ruth... Se o pai descobre...
—Descobre não! E tu como foi? Conta! Ele é mesmo isso tudo que tu conta?
—Nem te conto! Difícil de aguentar... Maior e mais grosso do que o do Jason...
—Jesus! Como tu aguenta?
—Aguentando, ora! Dói um bocado, mas é bom demais! Vige! Num posso nem lembrar...
A noite desceu sobre a agrovila e Miréia que estava mais do que excitada pelas investidas de Carter, quase matou Raùl de tanto transar. O pobre chegou uma hora que pediu que ela parasse. Não aguentava mais, estava cansado depois de um longo dia de trabalho pesado, precisava dormir. Paola que no quarto ao lado ouvia o som do sexo, dividia a intenção de suas siriricas entre Jason e James, a quem já via como amante. Lá na vila de fora, o bar de Jhared já em funcionamento recebia clientes. Enquanto Osmar e Bira atendiam os fregueses em sua maioria trabalhadores da “Foods & Health”, Jhared fazia planos. Pretendia construir um hostel com 15 quartos com banheiros individuais e um escritório de onde poderia gerenciar os negócios. Melhoraria o bar que queria transformar em Restaurante e bar; colocaria muro em toda a volta e batizaria de: Hostel & JOB’s Bar. J de Jhared, O de Osmar e B de Bira. “Vai ficar bom, não vai?” - Pensava ele feliz. “Vou precisar de uma mulher para trabalhar aqui como camareira para cuidar dos quartos”. Tudo parecia perfeito. Jason emprestou a máquina para Jhared que deu início às obras e 12 novos rapazes foram contratados. Ruth, sempre que podia fazia uma visitinha a Jason no escritório e para não perder o hábito, dava uma trepadinha. Já com o pai, só na bundinha e sempre nos domingos quando Cleuza ia fazer o almoço do seu irmão Mário, lá na casa do Zé Mulato. Paola, cada dia ficava mais íntima de James, até que um dia, enquanto descansavam à sombra de uma árvore, ela atacou:
— James, posso lhe fazer uma pergunta?
— Claro!
— O que você acha de mim?
— Acho você uma boa moça... Bonita...
— Atraente não?
— Atraente? Nem fale! Fico até pensando como é que você não tem ninguém... Além de atraente você tem uma sensualidade... Você desperta desejo só em passar. Por isso é que fico me perguntando como é que você está sozinha sendo tão...
— Você sente desejo por mim?
— Ora Paola... Gosto de você, mas como amiga... Não sou muito... Nesse sentido que você está querendo saber, gosto mesmo é de rapazes...
— Você é gaaay?
— Sou homoafetivo. Esse é o termo dos dias de hoje. Quero encontrar um rapaz, me apaixonar e viver com ele.
Decepcionada, Paola suspirou e falou:
— Que desperdício... Enfim, a vida é sua e você faz dela o que quiser. Soube que o Senhor Jason contratou mais 12 rapazes, quem sabe você não encontra algum que o agrade?
— Pode ser... Mas onde eles vão morar?
— Ouvi dizer que o Senhor Jhared vai construir uma espécie de pensão lá na vila de fora...
— Jhared eu conheci rapidamente, mas a vila de fora eu não conheço, você me levaria lá?
— Claro! Vamos lá agora?
— Vamos sim.
Lá chegando, James foi direto ao assunto.
—Jhared, como você deve saber, sou arquiteto e quero lhe propor um negócio que, acho será bom para nós dois. Eu faço o projeto para você, coordeno as obras e em troca você me cede um dos quartos para eu ficar morando aqui. Gosto de diversão, de beber, de conhecer rapazes diferentes e aqui terei tudo isso.
Jhared entendeu bem o porquê do interesse de James. Pensou um pouco e depois respondeu.
—Mas não temos como pagá-lo...
—Dê-me um quarto em troca dos meus serviços e estarei pago.
—Bem não sei o que andaram lhe falando, mas aqui eu e Osmar vivemos juntos. Bira de vez em quando participa de nossas festinhas, mas o Osmar é meu. A clientela do bar é boa. Vêm muitos rapazes aqui. Gente da região. Alguns índios, outros mestiços. Acho até que muitos deles são “simpatizantes” de pessoas como nós.
—Não se preocupe, meu interesse é nesses novos rapazes, quem sabe não me acerto com algum deles?
—OK! Combinado então!
Os dois saíram discutindo sobre o projeto enquanto Paola ficou conversando com Osmar. Quando soube que eles teriam que contratar uma mulher para cuidar dos quartos, logo se ofereceu para o emprego. Assim, Jhared viu dois problemas equacionados e feliz brindou com James.
— Paola, quando a construção estiver terminada, James vai avisar e você pode vir trabalhar. A vaga é sua!
James e Paola voltaram para a agrovila felizes.
Lá na agrovila Jason recebia Katlyn em seu escritório.
—Então Jason? Agora que as coisas estão se acomodando eu gostaria de fazer-lhe um pedido.
—Fale Katlyn.
—Você passa o dia fora... Ou aqui no escritório ou vistoriando as obras e as plantações. Eu passo o dia na escola, mas não estou me sentindo à vontade morando com meu irmão, com o Carter e com o Arthur. Não gosto mesmo! Queria saber se você me aceitaria para eu morar com você e a Melany. Sei que estão juntos, não como tio e sobrinha, mas como... Enfim, você tem um quarto sobrando... Isto é, se a Melany não se incomodasse...
—Acho que não haverá problema, mas de qualquer forma vou falar com ela.
—Ótimo! Veja se ela se importaria de dividir a casa comigo... E você também...
—Você diz...
—Sim, por que não? Somos civilizados... Em Utah, os mórmons podem ter mais de uma mulher... Por que não podemos viver aqui como eles? Seríamos uma família... Isso se você também não se importar de dividir a Melany comigo...
— Katlyn!? Como pode?
— Não seja cínico Jason! Sei bem de sua fama. Até com meninos você já transou. Não queira dar uma de moralista!
— Katlyn me deixe assimilar essa sua proposta. Preciso pensar e depois falar com Melany. Não sei se ela vai aceitar... Depois falamos sobre isso.
—Por que você não experimenta primeiro? Falam tanto de você que até eu fiquei curiosa...
Katlyn, apesar de não ser muito chegada a homens, sabia ser sensual se quisesse. Com os dois botões superiores da blusa desabotoados e os fartos seios soltos, duros e firmes aproximou-se de Jason, passando a língua em movimentos circulares nos lábios concluiu:
—Você não sabe do que minha é capaz...
Continua...