MARC
Eu estava preocupado com o meu irmão e toda essa situação estava me sufocando. O meu corpo estava me mandando sair dali correndo, mas o meu coração não permitia isso. O meu irmão precisava de mim. É só que era demais está em um hospital. Traziam-me muitas lembranças.
- Olha, eu realmente fiquei preocupado com o Fernando. – disse o médico olhando para o Stefan. – Pensei que ele não iria resistir. Quando ele chegou aqui estava sangrando muito.
- E como foi isso tudo, Doutor? – eu perguntei
- Ele sofreu um acidente de carro. – disse olhando pra mim. – Os paramédicos que o encontraram disseram que ele estava cheio de caco de vidro em cima dele. – procurou alguns papeis em sua pasta. – Certo, o encontraram em uma rodovia que fica próximo à igreja San Francisco.
Oh, então o Fernando estava indo realmente para o casamento. Isso não era irônico?! Eu vi que o Stefan não esboçava reação alguma. Parecia que estava anestesiado. Estava me sentindo sufocado e não sei quanto tempo eu ainda iria conseguir ficar ali. Queria está em qualquer outro lugar, menos ali, no hospital, recebendo essas notícias.
- Ele vai ficar bem? Quero dizer, ele corre risco de vida? – perguntei aflito.
- Então, quando ele chegou aqui, foi preciso fazer uma transfusão de sangue. Ele estava com um corte profundo na cabeça. Eu fiquei muito preocupado que ele tivesse desenvolvido traumatismo craniano.
O Stefan ofegou parecendo acordar de um susto. Eu rapidamente sentei ao seu lado e peguei sua mão. Ele olhou pra mim totalmente perdido. Eu sabia que ele não iria conseguir falar nada. O Stefan gostava muito do Fernando. E eu vi a dor nos seus olhos em perdê-lo.
- E agora? Qual é a sua real situação? – perguntei apertando a mão do Stefan.
- Ainda é cedo falarmos. Os exames que fizemos não demostraram nada que pudesse preocupar. Por ora, ele está bem. Mas estamos falando de uma batida na cabeça. Isso é muito incerto. Quando ele acordar, iremos o monitorar e fazer mais exames até termos a confirmação que ele está bem. – disse recolhendo os seus papeis e se levantando. – Ah, e outra coisa. Ele estava bebendo. Os paramédicos encontraram uma garrafa de uísque no carro. Isso foi a causa do acidente. Ele perdeu a direção do carro e se chocou contra uma árvore.
- Certo, Doutor. – disse levantando e estendendo minha mão. – Muito obrigado por tudo o que o senhor fez. Eu agradeço imensamente. – o doutro pegou a minha mão estendida e apertou.
- Por nada. Esse é meu trabalho. – disse colocando a mão no bolso quando alguma coisa começou a apitar. – Se vocês me dão licença, eu preciso ir. – disse levantando o objeto que havia tirado do bolso. Eu o conhecia das minhas passagens pelo hospital. Era um pager. – Quando o Fernando acordar, voltaremos a nos ver.
O médico começou a ir, mas eu o parei.
- Doutor, quando podemos o ver? – isso fez o Stefan se agitar na cadeira e levantar também.
- Eu posso o ver agora, Doutor? – perguntou o Stefan com uma voz rouca
O médico pareceu considerar alguma coisa e olhou para o relógio. Ele suspirou e olhou para nós novamente.
- Tá certo, mas vai ter que ser rápido. Não poderá demorar. E só um pode ir vê-lo. – disse olhando pra mim. Eu havia entendido o recado.
- Stefan, vá vê-lo. E dê um beijo nele por mim. – disse beijando sua cabeça. – Ah, e pode ser que quando você voltar, eu não esteja por aqui. – ele abriu a boca pra falar alguma coisa, mas o cortei. – Eu vou só dá uma volta. Respirar um pouco. Ok? Não se preocupe. – abracei-o e sussurrei em seu ouvido. – Se precisar de mim, é só me ligar que venho correndo. Agora vá. – disse o soltando.
Observei eles caminharem pelo corredor e dobrarem em outra ala. Eu não sei como ficaria a situação do Fernando, mas pelo menos o doutor garantiu que ele iria ficar bem. O Stefan é que eu já não sabia. O meu irmão mais velho estava a beira do abismo. E eu não queria que ele se perdesse novamente. Foi horrível na época da morte dos meus pais. Eu pensava que o meu irmão poderia explodir a qualquer momento. Eu não sabia o porquê dele nunca ter gritado comigo, mas eu ainda vivia esperando por isso. Eu fui o culpado pela morte dos meus pais. E eu sabia o que eu tinha feito. Mas ninguém acreditava em mim. Ninguém conseguia ver a verdade. Então, eu sempre vivi com a culpa. Eu sentia muita falta deles. A minha vida estava por um fio.
Eu não havia me dado conta que eu já estava fora do hospital quando estava chegando ao meu carro. Recostei-me nele e fechei os meus olhos. Eu estava cansado. Precisava dá um rumo nisso aqui. Se o Stefan descobrisse que havia parada de ir à terapia, ele iria cair em cima de mim. Eu amava muito o Stefan e ele sempre me protegeu e ajudou, mas às vezes isso me sufocava muito. Eu só queria esquecer por um momento os anseios que rodavam na minha cabeça. Eu era todo ferrado.
- Você está bem, Marc? – me assustei e olhei para a razão dos meus problemas. Bom, quase todos.
O Eduardo estava parado na minha frente mais bonito que nunca. Ele era como a personificação do Deus do sexo. Ele estava lindo, exceto por uma mancha em sua camisa.
- O que foi que aconteceu com você? – perguntei apontando para sua camisa.
- Um cara esbarrou em mim mais cedo e aconteceu isso. – disse não dando importância. – Mas você não respondeu a minha pergunta. – disse arqueando uma sobrancelha.
- Eu estou bem. – disse por fim.
- E? – perguntou se aproximando de mim.
- E o quê? – me recostei no meu carro novamente e cruzei os meus braços.
- O que você está fazendo aqui então? – perguntou olhando para os meus lábios.
Certo. Como eu poderia conversar com uma pessoa, ou melhor, com o Eduardo próximo a mim? Ele me afetava muito ainda. Tentei fugir dele no passado justamente por causa disso. Eu havia me apegado a ele. O que era para ser uma simples foda se tornou uma tormenta de sentimentos. Eu só não poderia lidar com isso. Não merecia alguém como o Eduardo. Não depois de tudo o que eu fiz. Mas ele era tão lindo. Tinha os olhos mais pretos que eu já havia visto em alguém. E eles eram tão intensos que pareciam que estavam lendo a sua alma. Ele era mais alto do que. Tinha mais massa muscular que eu. Eu nunca gostei de fazer atividades físicas, apenas me obriguei a fazer natação para não cair no sedentarismo de vez. O Eduardo era moreno e com certeza chamava atenção por onde passava.
- Então? – perguntou mais uma vez.
- Eu estou aqui por causa do amigo do meu irmão. Ele sofreu um acidente e... – disse movimentando as minhas mãos no ar. – Tudo ficou um caos. Mas por agora, tudo está em ordem. Pronto, mamãe? – perguntei com um sorriso zombador.
- Você sempre foi engraçadinho, né Marc? – disse colocando uma mão ao lado da minha cabeça no carro e se inclinando para mais perto de mim.
- E o que você está fazendo aqui? – perguntei olhando para qualquer lugar, menos pra ele.
- Eu estou dando plantão aqui agora. – disse pegando o meu rosto me fazendo olhar pra ele. – Por quê você foi embora? Por quê você não atendeu mais as minhas ligações?
- Eduardo, você não acha que está próximo demais? – disse me afastando dele, mas o Eduardo segurou o meu braço me fazendo ficar de frente pra ele.
- Você não pode fazer isso, Marc! – disse apertando o meu braço. – Você não pode entrar na minha vida, fazer com que eu me importe e depois ir embora. – me puxou para perto dele e ficamos a centímetros dos lábios um do outro. Era o próprio inferno. – Isso não está certo, Marc. – disse sussurrando e passando o polegar sob os meus lábios.
Eu queria me render a ele. Eu queria me jogar em seus braços e deixar ele me domar. Mas eu não poderia fazer isso. Eu não era o suficiente para o Eduardo. Eu me sentia muito atraído por ele e gostava dele também, mas não queria fazer isso. Apenas usá-lo. O Eduardo merecia alguém melhor que isso.
- Eu não posso mais fazer isso, Eduardo. Você merece alguém melhor do que eu. – disse me afastando dele.
- Você não acha que isso sou eu quem escolhe? – perguntou olhando fundo em meus olhos. E ali estava a razão pela qual eu não conseguia mais levar aquilo. Eu via dor em seu olhar.
- Desculpa, Eduardo, mas eu não posso só usar você. Isso não tá certo. – disse apontando para nós dois. – Me desculpe. – me voltei para ir a qualquer lugar, menos ficar ali olhando pra ele.
Saí caminhando em uma direção mais afastada do hospital. Estava indo em direção a um beco que ficava por trás do hospital. Era um lugar sem saída. Um beco era fechado e não passava ninguém. Ótimo para quem estava querendo ficar sozinho. Estava quase chegando nele quando ouço passos atrás de mim. Nem precisei olhar para saber quem era.
- O que você quer, Eduardo? – perguntei parando e olhando pra ele.
O Eduardo nada disse quando me pegou pela mão puxando-me para o beco. Olhando para o rosto dele não conseguia ver emoção alguma. Ele me jogou contra a parede e pressionou o seu corpo no meu. Pegou-me pela nuca levando os meus lábios de encontro ao seu. O beijo estava urgente e feroz. Eu tentei me afastar dele, mas o Eduardo era mais forte do que eu. Ele me apertou mais e forçou eu abrir a boca. Eu não deveria está fazendo isso, mas não resisti quando senti sua língua lamber os meus lábios. Eu joguei tudo para o inferno e o deixei entrar.
Enterrei minhas mãos em seu cabelo e o puxei mais para mim. Eu quase gemi quando senti sua língua explorar a minha boca. O beijo agora estava erótico, porém ainda selvagem. Eu suguei os seus lábios e mordi o seu lábio inferior. O Eduardo gemeu me mordendo de volta. E logo em seguida começou a torturar a minha boca. Ele chupou a minha língua e mordiscou algumas vezes os meus lábios. Eu comecei a me esfregar contra ele passando minhas mãos pelas suas costas. Eu estava duro feito uma pedra. Esse era o efeito que o Eduardo tinha sobre mim. Eu enterrei a minha cabeça em seu pescoço e comei a cheirá-lo. Meus Deus, como senti falta desse perfume. Eu estava mordiscando o lóbulo da sua orelha quando o Eduardo me pegou pelas pernas, fazendo com que eu enlaçasse as minhas pernas ao redor de sua cintura. Oh, Deus! Agora eu pude sentir aquela máquina que tantas vezes tinha me levado à loucura.
Eu senti o pênis do Eduardo contra o meu. Se ele continuasse com isso, eu iria gozar ali mesmo. Eu queria pedir para ele parar. Eu sabia que tinha que fazer isso. Mas não podia parar. Eu queria senti-lo mais uma vez. O Eduardo começou a pressionar os nossos pênis juntos me levando a beira do abismo. Eu segurei em seus ombros quando eu senti que estava quase gozando. As minhas costas estavam ardendo um pouco por causa da intensidade dos movimentos. Eu sabia que ia ficar feio mais tarde, mas agora não era o momento de se preocupar com isso.
O Eduardo desabotoou o meu jeans colocando o meu pênis para fora. Eu queria gritar quando eu senti o Eduardo apertar o polegar na ponta do meu pênis. Ele começou a me masturbar. Eu joguei a minha cabeça para o lado e logo em seguida o Eduardo lambeu o meu pescoço. Eu gemi alto. O Eduardo escutando isso, me masturbou mais depressa. Estava quase lá. Gritei quando o Eduardo mordeu o meu pescoço me fazendo jorrar grandes quantidades de sêmen em sua mão.
Se o Eduardo não estive me segurando, tinha caído ali mesmo. Eu me sentia mole. Mais leve. Eu queria dizer alguma coisa a ele, mas inda não conseguia falar. E parecia que o Eduardo estava na mesma situação. Ele estava com a cabeça apoiada em meu ombro. Eu passei os meus braços ao redor do seu pescoço e o abracei. O Eduardo ficou com o corpo rígido e logo me colocou no chão se afastando de mim.
Ok. O que estava acontecendo agora? Eu abotoei meus jeans rapidamente e me ajeitei. Fiquei olhando quando o Eduardo lambeu o meu sêmen que havia ficado em sua mão. Isso era quente. Eu já estava ficando duro de novo. Mas foi quando eu notei que o Eduardo ainda ostentava uma bela ereção. E foi aí que percebi que ele não havia gozado.
- E você? – perguntei apontando para sua ereção.
- Não se preocupe com isso. – disse ajeitando a sua camisa e se girando para ir embora.
- Espera! Aonde você vai? – perguntei indo atrás dele.
- Estou indo embora. – disse girando-se para mim
- O quê? Você não pode fazer...
- Como? – disse me interrompendo. – Alguns minutos atrás você disse que a gente não poderia ficar juntos. O que mudou?
- Nada! Você está certo. – o respondi. – Mas você acabou de me jogar contra a parede, literalmente, me fazendo gozar. Você não acha que isso tá errado? Você não acha que me usou por causa da sua raiva? – perguntei furioso.
- Raiva? – questionou com um riso seco. – E eu acho que você me usou primeiro. Usou-me todas as noites quando fodíamos um ao outro. – disse cuspindo as palavras pra mim. – Além do mais, eu não ouvi você reclamar. – disse apontando para o beco.
- Certo, o que rolou agora foi algo momentâneo. Foi só um caso. – disse pra ele. – E o que rolou antes foi o mesmo. Eu nunca prometi nada para você, Eduardo. O que tínhamos um com o outro era apenas sexo. Nada mais. – disse passando por ele e o deixando parado olhando pra mim.
- Sabe, Marc. Você tem razão. – disse gritando as palavras atrás de mim. – Você não me merece.
Eu não parei para olhar pra trás. Tinha que superar. Mas não sabia lidar com isso, com todos esses sentimentos envolvidos. O Eduardo estava certo quando disse que eu não o merecia, eu mesmo havia dito. Mas por quê, quando as palavras eram ditas por ele, doíam tanto? Eu precisava marcar uma hora com o meu terapeuta urgentemente.
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Olá, pessoas lindas! Tudo bom com vocês? Então, feliz por não está nessa loucura sozinha. Muito obrigada mesmo quem está lendo. Isso é emocionante. E obrigada pelo voto de confiança. Eu espero não decepcioná-los nessa trajetória. Me desculpem pelos erros e tentarei melhorar a cada capítulo. Eu ainda sinto que a estória ainda tá parada e sem grandes emoções, mas ao decorrer dos capítulos, os fatos serão mais precisos e elaborados. Eu fiquei com um pouco de vergonha e receio por postar esse capítulo, pois não sei como ele vai ser aceito por vocês. Ah, e eu estou totalmente aberta a sugestões, críticas e/ou qualquer coisa mais. Podem puxar a minha orelha. E amanhã tentarei postar mais um pouco dessa minha loucura. Beijos no coração, meus queridos.
Kyryaq: muito obrigada por está lendo. Então, eu também espero que o Fernando fique bem. Agora eu só não sei se ele será capaz de fazer o Stefan feliz. A Violeta é um caso a isso preocupar... Obrigada! *-* Abraço.
Perley: Obrigada! Bom, vamos ver como a nossa estória caminha agora, pois eu nem mesma sei. Obrigada por ler.
Rose Vital: Olá, querida!! Você não sabe a minha felicidade de vê-la aqui. Tipo, Rose Vital lendo a minha estória! Isso é muito emocionante. Você sabe que eu te admiro demais e te acho muito sábia, né! Então, Rose, a Violeta é um caso sério. Ela me preocupa muito. Nunca sei o que pessoas como ela são capazes de fazer. O Marc é uma coisa fofa, mas tem lá os seus problemas também. Ele ainda tem que arrumar muita coisa ainda na vida dele. O Stefan é outro que tem que saber o que é prioridade na vida dele. O Fernando eu já não sei, mas eu espero que ele saía dessa também. Agora o médico bonitão, bom, o que podemos falar sobre ele?! Acho que o Marc pode responder isso pra nós, ou não. kkkkkkk Rose, muito obrigada mesmo por está lendo. E você nem precisa de convite. Sinta-se à vontade para embarcar nas minhas loucuras. Beijos, querida! Até mais.
Neto ..: Olá, meu querido! Você é suspeito a falar qualquer coisa, pois você é meu amigo. Mas, por favor, seja sincero. Diga quando gostar, diga quando odiar e me diga quando fizer alguma coisa errada. Puxe a minha orelha mesmo. Então, para sabermos o que a Violeta irá ou não fazer temos que acompanhar. Eu não tenho a mínima ideia do que ela possa fazer. O cara da blusa é um sucesso. Você gostou dele? Os irmãos Stone são uns fofos. Eu gosto deles. Vamos ver até onde vai isso tudo. Amigo, obrigada por está lendo. Obrigada pelo apoio e obrigada pela amizade. Eu amo você! <3