Império – Quem rir por último, nem sempre rir melhor – Parte 06.
* * *
- você não tem o direito de fazer isso Clarisse, não sem motivos, assim, sem mais nem menos. – exclamei de forma desesperada. Pois eu estava bem desesperado.
- só o fato de você ter nascido já é um motivo, pessoas como você deveriam ser executadas bem antes de darem o primeiro choro. – ela fez uma pausa, rir um pouco e continua – A sua sorte é que nessa loja não existe porta dos fundos, senão era por lá que você iria sair, como eu já disse, pessoas como você devem ser humilhadas.
- sua vadia. – falei dando um tapa em seu rosto – cachorra. – eu dei outro tapa – vagabundo. – e assim mais outro tapa. O seu cabelo já estava lhe cobrindo o rosto, e foi quando eu arranhei a sua bochecha com uma das minhas unhas só de raiva, segurei-a pelos cabelos para que olhasse no fundo dos meus olhos e ouvisse o que eu tinha pra dizer. – anota, pois eu só vou dizer essa vez. Nada, nada está me ouvindo¿ Nada nesse mundo vai fazer com que a minha felicidade acabe, nem você, nem a sua mãe: a nojenta entojada. E ai de vocês, se decidirem fica no meu caminho. Eu mesmo as derrubarei, suas cachorras. – desta vez segurei-a pelos ombros e joguei em direção ao chão, e ela se apoiou com as palmas da mão para diminuir o impacto e me encarou profundamente, me lançando aquele olhar de raiva e fúria, que queimava dentro dela. Finalmente ela havia dado play para que os jogos comecem, ou que acabem.
Ela, que ainda continuava no chão sentada de banda e apoiada sobre as mão, riu debochadamente e disse:
- seu viado inútil, eu vou acabar com a sua vida! – ela gritou. – o jogo, maldito, apenas está se dando início. – desta vez ela disse em um tom baixo, um tom mais para sussurro, para que só eu ouvisse.
- veremos. – falei rindo debochadamente.
Caminhei em direção a saída da loja, e foi como eu imaginava que fosse. A cada passo que eu dava, pessoas me observavam cautelosamente, se perguntando se eu era doido ou louco, ou os dois por te agredido uma garota, que mereceu. Então decidi adianta meus passos e só não sai da loja como cheguei ao estacionamento e entrei no carro, seguindo pra casa.
O transito não estava cooperando comigo, estava mais lento que tartaruga. Encostei-me ao banco do carro, e corri minhas mãos pelo meu rosto, para afasta a sensação de derrotado, sim, querendo ou não eu sai derrotado, estou sem emprego. Mas não irei fica parado de braços cruzados, esperando que ela comece a agir, não irei abaixa a cabeça por uma ventura de sua parte.
Devo admitir que foi um plano bem tramado, era isso desde o início que elas sempre quiseram, me atrair para o ninho de víboras, e então me dar o bote, injetando seus doces venenos em minhas veias e me deixando sem reação de contra-ataque. Mas como sempre disse o velho ditado: quem rir por último, rir melhor.
E finalmente o transito decidiu anda, se isso é mesmo possível, porque quem anda é os carros. Estacionei com frente à minha casa, próximo a calçada, e desci do carro, batendo a porta com força. Tentei ignora tudo o que aquela vadia havia me dito “você merece ser humilhado”, “pessoas como você deveriam ser executadas”, e então toco o bolso, na procura do pen-drive, seja o que for que ela decidiu me mostra a respeito do seu pai, eu não quero saber, tiro o pen-drive e jogo-o no meio da rua, pisando em cima até que ele quebre, ela não terá a minha infelicidade.
Entrei dentro de casa e me despi, precisava toma um banho, livrar-me de tudo que passei hoje, ou pelo ao menos quase isso. Fui em direção ao banheiro, e entrei dentro do box de vidro na cor preta claro. Coloquei o chuveiro na água quente, para que meus músculos pudessem se sentir relaxados, fecho os olhos e deixo que água faça o resto, e finalmente me sinto relaxado.
Saio do banheiro, e me enxugo, visto uma roupa mais formal, uma roupa que me deixe mais leve dentro da minha própria casa. Coloco um short de tecido fino, branco com azul e bastante folgado, e uma camiseta da cor verde clara, também folgada. Acho que emagreci.
Sentei no sofá, e peguei um livro que eu havia deixado no centro, na noite passada, noite da qual foi maravilhosa, toda a transa com o Cláudio. Garota Exemplar, era esse o nome do livro que eu já havia lido e estava relendo, pois ele é muito divertido, e a escrita da autora não me cansou em momento algum. Estava se aproximando do fim do capitulo seis, quando a campainha tocou, me levantei e fui atende, e era o Cláudio.
- cadê a sua chave¿ Esqueceu¿ - perguntei.
- mal chego e já um interrogatório. Que ótimo. – disse ele com entusiasmo.
- qual é a do meio deboche¿
- será que dá pra para de fazer perguntas¿
- e por que você me fez outra¿ - perguntei impaciente.
- ai meu Deus. – disse ele, e suspirou em seguida.
- não precisa ser grosso, coisa linda. – falei levantando as sobrancelhas duas vezes.
- ainda bem que você sabe que eu sou lindo. – disse ele me dando um selinho. – e que eu sou todo seu. – ele me deu outro selinho. – e que estou louco para lhe tira esse short e essa camisa e te come todinho. – desta vez ele me deu um beijo, tirando meu folego.
- que safado, só pensa em sexo. Não vai nem pergunta como foi meu dia hoje¿ E o que eu estou fazendo em casa antes das onze da manhã¿
- está bom, vamos ser um pouco careta e introduzir um pouco do romance antigo em nossa relação. Vamos lá, como foi seu dia hoje¿ E por que você está em casa antes das onze¿ - perguntou ele, com um sorriso bobo no rosto.
- se eu te conta, você não vai acredita. – eu rir assim que concluir a frase. É melhor rir, do que chora.
- então pra que me mandou pergunta¿ Se eu não vou acredita. - perguntou ele fazendo uma careta e depois rindo.
- palhaço. – dei um tapinha em seu ombro, e ele colocou sua mão em volta da minha cintura e me puxou para um beijo. – eu gostos disso, mas preciso ser direto.
- você está me preocupando. Conta logo.
- eu bati na sua filha. – falei. Mas não me ouvi, já havia dito e não tinha como volta atrás.
- o que¿ - perguntou ele com os olhos arregalados, como se fosse um gato assustado no escuro. – Kleber, por favor, me diz que isso é algum tipo de zoação, eu não estou acreditando em você.
- é uma longa história, pois se quiser se senta, fique a vontade. – falei apontando para o sofá. Ele se sentou e eu se sentei ao lado dele.
Contei a história, completa, e a cada palavra que ele ouvia sai da minha boca ele fica perplexo, como uma criança quando decora a tabua de sete. Não acreditando que estava mesmo acontecendo aquilo. Ele suspirou fundo assim que eu terminei de conta tudo, e eu o acompanhei, suspirando mais fundo, parecia que um peso havia saído dos meus ombros e se quebrado no ar.
- eu vou denuncia-la. – falei. Porém mais pra mim do que pra ele.
- você perdeu todo o direito ao bate nela. Você não deveria ter feito isso, desde quando você se tornou uma pessoa desiquilibrada¿ Que sai batendo na filha de seu namorado por causa de alguns insultos¿ - agora era ele que me enchia de perguntas.
Por um lado eu consegui entende a sua irritação, ele ainda é pai dela, ele o ama, foi feito para ama-la, ela é parte dele assim como ele é parte dela. Mas não entendi o lado dele me chama de “pessoa desiquilibrada”, isso eu não consegui engolir, o que ele quer anuncia com essa acusação¿ Nem eu sei.
- se acalma. – pedi. Para que evitasse outra discursão entre a gente, como ocorrerá hoje pela manhã. – eu estou ciente do que eu fiz, ok¿
- ela vai te massacra, ela conseguiu o que queria. Ela vai te destruir Kleber, você foi burro, você é homem, e ela mulher, e os dois são maiores de idade.
- pois não parece que ela é maior de idade, com toda aquela infantilidade rondando o seu cérebro. Ela só faltou me chama de lixo, se é que não me chamou. – disse irritado.
- você... meu Deus... agora não importa mais lamenta pelo leito que já foi derramado. – disse ele se levantando e passando as mãos pelo os cabelos. – eu ficarei ao seu lado, não importa o que te aconteça. Eu nunca te abandonaria, em momento algum! – ele vem até mim e me abraça, fazendo que eu me levante do sofá e beija minha boca. Um beijo doce e calmo, um beijo de amor.
- obrigado. – agradeci por suas palavras.
- se depende de mim, você não ficará muito tempo submisso as ameaças da Clarisse.
- não, Cláudio, ela é a sua filha, não se coloque entre os dois. – suspirei. – não desta forma, pelo ao menos, não desta forma. – repetir.
- ok. – ele me beijou novamente. E eu por poucos segundos me senti com nenhum tipo de problema, nenhum que eu devesse me preocupa. – tudo vai dá certo, fica calmo. – ele me olhou nos olhos, e como sempre aqueles olhos azuis claros me acalmaram. De uma forma que nem seus beijos conseguiam.
Caímos no sofá, aos beijos, e ele passou a beija o meu pescoço e minha boca, se alternando em poucos segundos entre os dois.
- você não sabe o quanto eu te amo. – disse ele.
- você não sabe o quanto eu te amo também. – disse fechando os olhos e suspirando ao senti sua língua encosta no meu pescoço.
* * *
Desculpem-me pelo sumiço galera. Depois me desculpem também pelos erros de ortografia.
Amanhã se de, eu estarei publicando mais uma parte, e está se aproximando do fim, eu espero que gostem, não irie abandona a escrita, já estou com mais três contos novos em mente, com seus prólogos e sinopse já escritos e dois desses três com seus primeiros capítulos prontos.
Até mais, beijo!