A República — Capítulo 6

Um conto erótico de Miguelito
Categoria: Homossexual
Contém 1089 palavras
Data: 15/09/2014 22:40:20

Puxei meu blazer enquanto segui Nando de longe. Olhei por cima do ombro para o pessoal que ficou na mesa, para ver se algum deles olhava para nós dois, mas ninguém pareceu se importar tanto; Du parecia estar fazendo as costumeiras piadas enquanto Nessa e Manu riam sem controle.

Esquivei-me de uma mesa à minha frente e entrei no banheiro, Nando já estava lá. Encostado num dos mictórios... Era o último, eu fiquei num dos primeiros, e nem me atrevi a olhar para o lado. Quando terminei, depois de fechar o zíper, noto que Nando estava olhando para mim. Desde quando? O que vira?

Pigarreei alto e dirigi-me à saída, visvelmente envergonhado. Devo ter corado, pois senti o rosto esquentar muito, ainda que não pudesse vê-lo. Voltei para a mesa antes de Fernando.

— Nada da comida? — perguntei. Todos fizeram que não com a cabeça. — Sobre o que falam?

— República. Você e Nando. — falou Manu, com um sorriso malicioso no rosto. Queria poder dizer a ela que não havia um "Miguel e Nando", mas sabia que ela não havia tomado aquele sentido. Ao menos não para os ouvidos de Eduardo e Vanessa.

— Não esquentem, está tudo bem. Sem brigas. — Respondi, arrumando-me na cadeira.

— E falando no Nando, ele ainda está no banheiro? — perguntou Edu para mim.

— Quando eu saí, estava. Mas ele já tinha... feito as necessidades.

A conversa virou um burburinho enquanto esperávamos a comida e Nando. Quando eu estava distraído o bastante em meus pensamentos, uma voz mais que conhecida me fez despertar, estando o dono dela, agora, sentado ao meu lado. Obviamente, Nando.

— Ficou esse tempo todo no banheiro? — perguntei, levantando a sobrancelha.

— Sim. — Disse ele, monossilábico.

Todos na mesa o encararam, pelos seus olhares desconfiavam de coisas cada vez piores. Nem queria saber o que se passava naquelas mentes podres.

O jantar logo veio e comemos vagarosamente enquanto jogávamos conversa fora. O clima descontraído da mesa fazia-me bem, estava leve, calmo, em paz. E olhe que paz era uma coisa que eu não estava tendo nos últimos dias...

Quando estávamos acabando o prato principal, Nando recebe uma ligação. Educadamente como nunca o vi, pede licença e atende seu celular longe dali. Admito, daria qualquer coisa para saber quem era, pois ele passou mais de dez minutos enganchado no aparelho.

Após uma rodada de uma sobremesa que não me lembro o nome, apenas que levava chocolate meio-amargo, castanhas e creme de pêssego, conversamos mais um pouco e pedimos a conta, fartos e abobalhados.

A conta veio, pagamos e saímos. Dirigimo-nos até o carro de Nessa e entramos, dessa vez as garotas na frente. Vanessa foi devagar, tinha tomado uma ou outra taça de vinho e estava meio alta, mas ainda conseguia dirigir. Admito, fiquei com medo de morrer ali, com aquela motorista maluca, mas nada nos aconteceu.

Nossa república estava como deixamos. Entramos e eu fui direto para o meu quarto, tirar a roupa e já ir me deitar, ainda que eu não estivesse propriamente com sono, mas sim enfadado.

Quando abaixei a calça após tirar o resto das peças de roupa, escutei um caminhas vagaroso e uniforme vindo na direção do meu quarto. Alguém mais estava indo para o seu respectivo quarto, obviamente.

Sem que eu esperasse, a porta do meu quarto se abriu com um estalo, estando eu apenas de cueca.

— Ah, meu Deus, me desculpe, Miguel — ralhou Nando após alguns segundos em que me olhava. — Eu só... bem, eu tinha vindo desejar um boa noite. Então, é, boa noite.

— Ahn... Boa. — Respondi, vendo-o fechar a porta com outro estalo.

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Os dias se passaram de maneira incrivelmente rápida. Em dois dias eu terminei meu trabalho de fim de semestre e o entreguei ao professor, ficando mais livre que antes. Logo após isso, começaram as férias, as tão esperadas. Bem, aproveitá-las não foi tão difícil, até porque vivíamos saindo para um lugar ou outro - principalmente com Nando, com quem eu fui para o cinema duas vezes e para um restaurante três vezes, além das sorveterias.

Depois do acontecido no banheiro da república não brigamos mais, fora tudo bem tranquilo, até nos aproximamos e passamos a nos considerarmos "colegas de república".

Numa noite dessas, enquanto estávamos todos no sofá, apertados, sentia que Nando fazia forçapara deixar seu corpo colado ao meu. Porque, é claro, ele estava ao meu lado, como sempre... Era como se eu estivesse aninhado em seu corpo, protegido por seus músculos, esquentando-me...

Em dados momentos eu flagrava-me pensando nele, nas circunstâncias que passamos juntos, nos acontecimentos repentinos. Estava sentindo algo inexplicável, como um friozinho na barriga toda vez que me encontrava com ele, ou quando meu coração palpitava quando ele provocava algo - ou melhor, quando eu achava que ele provocava algo.

E naquela noite não estava sendo tão diferente. A chuva estava castigando a cidade, pesada, chegando a ter repentinos clarões que eu distinguia como relâmpagos. Não era algo muito comum para Natal, é verdade, a Noiva do Sol... Mas acontecia.

Eu vagava mentalmente pelo dia em que tomamos sorvete juntos, lembrando-me de seu sorriso... Quando algo me interrompeu. A porta do meu quarto estava entreaberta, e ali havia um vulto parado. Eu aparentava estar dormindo, por isso a sombra não intimidara-se em ir enbora.

Meu coração palpitava. O que diabos era aquilo?

A porta abriu-se cada vez mais com um rangido quase inaudível pelo rugir da tempestade. O vulto tomou forma, e que forma. Calça de moletom, camisa de mangas longas e sandálias. Sob as roupas, muitos músculos definidos e raros pelos. Distinguiria Fernando até mesmo naquela escuridão.

Um trovão cortou o silêncio, fazendo com que eu me assustasse e Nando desse um grito alto, pulando para a minha cama. De onde eu estava podia sentir seu coração bater, e sua expressão de susto era intrigantes. Mas ela foi substituída por um intenso rubor quando nos demos conta de que nossos rostos estavam a menos de cinco centímetros de distância.

— O que você está fazendo, Nando? — indaguei, afastando-me.

— E-eu tenho me-medo de... trovão. — confessou-me. — Me deixa dormir aqui, por favor, Miguel, a cama é pequena, mas... Não me deixa dormir sozinho, por favor.

Eu estava atônito, em parte. Nando com medo de trovões e pedindo para dormir comigo? É isso mesmo, produção?

— Você... Tá, tudo bem, mas vê se não grita. Ainda quero dormir.

— Ah, cara, obrigado mesmo.

E o resto da noite seria assim. A chuva castigando a cidade, os trovões cortando o silêncio, Nando e eu agarrados debaixo dos lençóis para não cairmos da cama. Não aconteceria nada demais, não é?

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Comentários

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Vish vai rolar sexo pra esquentar a noite kkk volte logo muito bom seu conto

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Espero mesmo que consiga postar amanha, ja estava morrendo de ansiedade. Abração!!! Whats:: (85)8929-1690

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Oi, pessoas. Desculpem pela demora, é que a faculdade não está me dando muita folga... Mas ainda assim eu postei. Não ficou grande nem bom, mas prometo amanhã já postar outro capítulo. Obrigado por todos os comentários, pelas notas e por tudo mais. Não sabem o quanto é bom ter isso. Até a próxima. /o/

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