Aquela noite, a recordação dos pênis que eu havia tocado, dos que eu havia chupado e, principalmente, daquele que havia tirado minha virgindade, me deixava num estado de excitação incrível. Sob a água tépida da ducha eu me masturbei, antegozando a próxima sessão de cartas.
Eu me sentia feliz de pertencer àquele grupo seleto de rapazes que davam livre vazão aos instintos sexuais. “E pensar que, dias antes, eu só conhecia a punheta”, falei em voz alta e ri sozinho.
No outro dia, pouco antes do horário de encontrar o grupo, fui ao banheiro, esvaziei os intestinos e me asseei cuidadosamente. A deliciosa sensação causada pela pica de Mateus permanecia entranhada na maciez das minhas carnes íntimas. Meu cuzinho piscava.
Eu queria dar de novo.
Mas as cartas decidiram diferente.
PRIMEIRA RODADA
O perdedor deveria chupar o pau do ganhador.
Jairo baixou o calção, Carlinhos chupou seu pau com avidez, com pressa de retornar ao jogo. Quando Jairo gozou, ele esperou um pouco, depois abriu a boca para nos mostrar o esperma depositado na língua.
SEGUNDA RODADA
— O perdedor vai dar o cu pro ganhador — determinou Mateus depositando as cartas na mesa.
Todos tiraram sua carta, olharam.
Eu tinha um dez; Jairo uma dama; Mateus um ás; Mário um três.
Mário, como já disse, era o mais bonito do grupo. Tinha o pau mais bonito e uma bundinha também bem convidativa, que Mateus alisou antes de se posicionar atrás dele, que, de quatro no chão, mostrava na expressão não estar muito satisfeito com o resultado.
Mas jogo é jogo.
Então a pica que tinha me desvirginado foi desaparecendo lentamente entre as belas nádegas de Mário, que gemeu durante toda a penetração. Os outros incentivavam, diziam “aguenta!” e “quem gosta de comer tem que gostar de dar”.
— Tua sorte é que não é o pau do Célio — comentou Carlinhos.
Célio não tinha vindo. Eu lamentava sua falta, pois, impressionado com o tamanho da sua pica, eu contava com a oportunidade de ao menos vê-la. Mas o pau mais bonito, como já disse, era o de Mário, que balançava entre suas pernas, bem perto de mim, enquanto era enrabado por Mateus. Não resisti. Estendi a mão, segurei-a.
— Não pode! — reclamaram. — É só o que faz parte do jogo.
TERCEIRA RODADA
Mário emitiu um suspiro de alívio quando a pica se retirou de seu cu. Vestiu o calção com movimentos rápidos, sentou-se. Mateus examinou a pica, viu que não havia necessidade de tomar banho, como da outra vez, e deu as cartas.
— O perdedor vai chupar o pau do ganhador — decidiu.
Ganhei.
Mário segurou meu pau, colocou-o na boca e se pôs a chupar. Que coisa gostooooosa! Agora eu sabia o que ele havia sentido quando eu lhe fizera a mesma coisa. Minhas pernas tremiam sob o impacto de suas sucções, que não demoraram a me levar a um orgasmo tão intenso que eu achei que ia cair. Para completar, nesse instante um trovão ribombou sob nossas cabeças.
— Vou me mandar antes que a chuva caia — decidiu Jairo.
Foi o fim da sessão.
— Vamos lá em casa? — convidou Mário.
As primeiras gotas de chuva nos alcançaram à porta de sua casa, que ficava do outro lado da rua. Entramos.
— Não tem mais ninguém em casa? — perguntei.
— Não — respondeu ele. — Eu sempre fico sozinho em casa à tarde.
Minha intuição me dizia que havia algo por trás de seu convite. E esse algo era seu pau lindamente duro que ele me mostrou, em seu quarto, após se estender na cama. Sentado a seu lado, eu segurei aquela beleza, acariciei, admirei.
E chupei um pouquinho.
Porque eu queria mesmo era dar o cu.
E ele queria me comer.
Tirando a roupa, eu me deitei, abri as pernas, empinei a bunda.
Ele se deitou por cima de mim, eu segurei seu pau e o coloquei na direção certa. Ele empurrou, meu cuzinho se abriu e eu suspirei de prazer ao sentir aquela pica deslizar para dentro de mim. Como era bom!
— É disso que eu gosto — disse ele com a boca próxima do meu ouvido.
Estávamos em níveis complementares de preferência. Ele gostava de comer; eu, de dar. Combinação perfeita, que nos afastou das sessões de carta com o grupo. Para quê, se nos bastávamos? Durante muito tempo, nós nos encontramos em sua cama, com conforto e carinho. Às vezes eu chupava sua deliciosa pica até ele gozar; outras vezes, ele se saciava em meu cuzinho. Ou as duas coisas. Assim aprendemos a nos acariciar e beijar; a manter segredo; a satisfazer nossa libido em total privacidade.
Quando minha família se mudou para outra cidade, senti muita a falta de Mário, de quem nunca mais tive notícia.
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Este relato faz parte do segundo volume da Coletânea Ele & Ele, ainda em fase de elaboração. O primeiro volume está disponível em:
http://www.bookess.com/read/15804-coletanea-ele-ele-primeiras-vezes/