Confesse Que Me Ama | CAPÍTULO 23 | Adeus, Vovó!

Um conto erótico de Xixi Mijurina
Categoria: Homossexual
Contém 899 palavras
Data: 19/10/2014 18:10:35
Última revisão: 19/10/2014 19:54:52

Abel ria alto:

- Relaxa, imbecil! É só um sustinho pra você aprender que eu posso ser muito pior que você. Pensa duas vezes antes de me atacar de novo. Agora sai! - desamarrava as cordas de Felipe - Poderia até comer o seu rabo, mas isso não seria um castigo e sim um presente.

Já solto Felipe avançou sobre Abel com todo o ódio que sentia:

- Maldito! Filho da puta! Desgraçado! Vou te matar! Demônio!

Abel apontou a arma pra ele:

- Não me provoca!

- Essa merda nem tem bala!

Abel atirou na parede:

- Dá o fora daqui, Felipe.

Felipe pegou as suas roupas e saiu.

No caminho chorava ao perceber que esteve a um passo da morte. Sentia ódio e medo de Abel. Será que ele era realmente capaz de lhe matar?

Pedia carona à beira da estrada até que um carro parou:

- Ei! Tudo bem? - um homem de pouco mais de quarenta anos abaixou o vidro.

- Oi! Estou meio perdido. Você pode me dar carona até a cidade?

- Claro! Entra aí. Estou procurando informação pra chegar lá.

***

De manhã Cauê acordou dentro do depósito, olhou ao lado e não viu Joaquim, somente um bilhete:

"ADEUS, CAUÊ. PARA SEMPRE!"

- Pois que vá. Cansei. - murmurou Cauê enquanto levantava.

Janaína apareceu:

- Você dormiu aqui?

- Sim, fiquei preso, mas o guarda já abriu pra mim. Tudo bem? Você parece triste.

- Como não ficar? Ele se foi. - Janaína começou a chorar.

Cauê a abraçou forte. Sentia o mesmo que ela. A dor do abandono. O descaso. Se sentia usado. Olhou em seus olhos:

- Fica assim não, Jana! Você vai superar e eu vou estar aqui pra te ajudar.

Ficaram por um bom tempo se olhando até que Janaína o beijou.

O beijo foi rápido e logo se separaram. Sem ter o que dizer, Janaína saiu correndo. Cauê ficara intrigado. Não sabia o que sentia. Podia jurar que havia gostado do beijo. Será mesmo?

***

Dentro do carro o homem misterioso tentava puxar assunto com Felipe:

- Ei! O que aconteceu com você? Você tá um lixo.

- É, eu sei. Olha, me leva logo pra casa. Não quero falar sobre esse assunto.

Depois de uma longa pausa em silêncio:

- Posso saber o seu nome?

- Felipe. E o seu?

- Antônio.

Apesar de estar muito acabado, Felipe deu uma checada em seu benfeitor. Era ruivo, tinha os olhos castanhos e a pele bem sardenta. Um pouco gordinho, mas sem perder o charme. Quando sorria com uma pequena fenda entre seus dois dentes frontais... Era estonteante.

- Ei! Algum problema?

- Não. Só dirige. Olho na estrada!

***

- Então, Doidera? Quando você vai quitar a sua dívida? - um homem acompanhado de seus capangas confrontou Doidera.

- Eu tô com um problema com um cliente aí, mas já, já ele me paga. Eu prometo, Mangalô.

- A mesma conversa há meses. Sabe, Doidera? Minha paciência acabou. Minha droga não é de graça. Usou tem que pagar. E se você não tem dinheiro, o jeito vai ser outro...

- Não, Mangalô! Pelo amor de Deus! Não me mata! Eu vou dar um jeito.

- Acabem com ele. - ordenou Mangalô.

Os capangas de Mangalô espancaram Doidera.

- Chega! - gritou Mangalô - Quero ele vivo! Agora você, Doidera, vai atrás desse tal cliente pegar a minha grana. É a minha grana ou a sua vida, entendeu? Vá e leve meus capangas para ajudar.

***

- Mas me conta, o que você veio fazer aqui? - perguntou Felipe ainda no carro.

- Estou procurando um garoto... Afilhado meu.

- Qual o nome dele? Talvez eu conheça.

- É Abel. Conhece?

- Não! - Felipe congelou - Conheço não...

- Ah, que pena! É muito importante. Ele está em perigo. Preciso ajudá-lo.

Quem diria que a vingança de Felipe chegaria assim tão rápido?

- É muito urgente mesmo? - Felipe indagou com curiosidade.

- A cada minuto que passa fica mais. Por onde eu entro?

- Entra na direita. - Felipe havia mentido. O caminho para a cidade era pela esquerda. - Pobre Abel... - sussurrou com ironia.

***

Cauê entrou no banheiro para tomar banho. Tirou a roupa, abriu o chuveiro e, enquanto a água molhava o seu corpo, lembrava da última noite que passara com Joaquim.

Sentia seus beijos, suas mãos, o corpo molhado dele contra o seu... Porém logo afastou esses pensamentos. Joaquim não merecia nem o seu ódio.

Saiu do banho e recebeu uma ligação:

- Alô? Jana, tudo bem? - era Janaína do outro lado da linha.

- Não. Precisamos conversar.

- Pode falar. Você está chorando?

- Tem que ser pessoalmente.

- Olha se for sobre o que aconteceu hoje mais cedo, pode...

- Não, Cauê! É algo mais sério. Tô te esperando na praça.

- Ok. Tô indo.

O que Janaína queria?

***

Já era noite quando Doidera e os capangas de Mangalô chegaram à casa de Abel:

- É aqui que ele mora. - disse Doidera.

- Se for mentira, você paga com a vida.

- Tô falando sério.

Entraram pelos fundos e logo encontraram a avó de Abel na cozinha. Doidera apontou a arma para ela:

- Cadê o Abel? - Doidera gritava.

- Não sei! Meu Deus! Socorro! - dona Carmen estava desesperada.

- Cala a boca ou vai ser pior pra senhora! Desembucha! Onde ele se escondeu?

- Ele fugiu! Sumiu fazem dias! Saiu e não disse pra onde ia. - Dona Carmen tentava acobertar seu neto.

- Já que é assim, Doidera, diga adeus à vida. - um dos capangas atirou.

Doidera puxou dona Carmen para se proteger e o tiro acertou ela. Pulou a janela e fugiu.

Os capangas de Mangalô foram atrás dele deixando o corpo agonizante de dona Carmen no chão.

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Comentários

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Triste e que bom que vc esta vivo né? Não morreu como 80% dos autores da CDC QUE NA MAIOR CARA DE PAU E POR MALDADE ABANDONARAM SEUS LEITORES. ESSES DESDE 2011 ESTÃO PARADOS. MERECEM MORTE

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Nossa, que situação mais triste, tomara que ela sobreviva.

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