Um Dia de Domingo - Cap 01

Um conto erótico de Victor V
Categoria: Homossexual
Contém 1310 palavras
Data: 02/10/2014 22:19:05
Assuntos: Homossexual, Gay, Amigos

Amores, esse é meu novo conto. Já escrevi alguns contos para a CDC e esse é mais um. Espero que gostem! Deem suas opiniões, sugestões e tudo mais! Beijo, amo vocês!

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Toc, toc, toc.

- Victor, acorde querido – Escutei minha mãe me chamando animada. Olhei no relógio. 8 da manhã de um sábado.

- É sábado mãe! Deixa eu dormir! – Falei alto com a voz sonolenta.

Toc, toc, toc.

- Victor, querido, ande logo! – Minha mãe me chamou novamente. Rolei na cama mais uma vez e fiquei em silêncio, de olhos fechados tentando dormir novamente.

Toc, toc, toc.

- Victor, seu pai chega em 5 minutos. Acorde! – Minha mãe chamou pela última vez. Dei um pulo da cama. Havia me esquecido totalmente. Meu pai iria chegar hoje.

Sai do quarto correndo. Encontrei minha irmã no corredor. Ambos estávamos excitadíssimos com a chegada de meu pai. Demos um abraço, descemos, tomamos um rápido café, subimos para trocar de roupa e esperar meu pai.

Deixe-me explicar a situação. Meu pai era engenheiro em uma grande empresa de petróleo. Trabalhava em uma dessas plataformas como supervisor geral. Por conta disso, ficava três semanas na plataforma e duas, ou as vezes, uma semana em casa. Por isso, quando ele vinha, nós ficávamos tão animados.

Me deixe também me apresentar. Meu nome é Victor Villefort. Moro em uma cidade no sul de Minas Gerais, chamada Poços de Caldas. É uma cidade aconchegante, com um clima mais frio, tem bons bares. É perfeita.

Estou cursando o segundo ano do ensino médio e tenho muita vontade de estudar medicina, mesmo que para isso tenha que me matar de estudar...

Eu também não me considero feio. Tenho cabelos loiros, olhos azuis. Jogo handebol pela escola, corro quase todos os dias, faço academia... I’m sexy and I know it. Essa é a verdade.

Eu tenho uma irmã gêmea, Julia Villefort. Ela é muito parecida comigo (dãã), só que ela é mulher. E uma das mais gatas do colégio. Nos dois éramos os “popularzinhos” da escola. Nosso status, nossa boa aparência, nosso carisma e nossa personalidade cativante nos rendia vários e vários convites para festas e tudo mais.

É bem verdade que na época eu não achava nem um pouco ruim. Era só eu mesmo espalhar um boato de que eu queria ficar com alguma menina, que na próxima festa a felicidade era garantida.

Meu pai, Marco Villefort, como eu já disse, era um bem sucedido engenheiro. Ganhava muito dinheiro e por isso proporcionava uma vida tranquila para a gente. Ele era alto, cabelos escuros e olhos azuis, uma expressão meio fechada, mas era uma pessoa muito simpática.

Já minha mãe, Lilian era uma pessoa muito alegre. Sempre sorridente, sempre procurava encontrar uma solução pacifica para todos os problemas. Foi dela que nós herdamos os cabelos loiros. Ela tinha cabelos cacheados e olhos verdes. Também era uma pianista muito talentosa. Tocava em alguns concertos pelo Brasil afora. Houve até uma vez que tocou na Europa.

Enfim, chega de apresentações. Eu e Júlia trocamos de roupa enquanto nosso pai não chegava. A ansiedade era grande. Três semanas sem vê-lo era muito tempo e a gente morria de saudades.

Eu fiquei no meu quarto esperando meu pai. Liguei meu pc e fiquei lá, navegando inutilmente até escutar o som da porta abrindo. Desci correndo as escadas, trombando com Júlia no caminho.

Papai estava parado na porta com um sorriso, esperando pela gente. Demos um longo abraço nele e fomos todos para a mesa de café. Minha mãe havia feito bolo, comprado roscas, pães, coisas do gênero.

Ficamos conversando na mesa uma boa parte da manhã. Ele nos contou uma história engraçada que tinha acontecido na plataforma, contou das novidades, conversou com minha mãe sobre assuntos gerais e etc.

Depois disso, eu subi para meu quarto e fiquei lá, morgando no pc até dar a hora do almoço. Quando foi chegando a hora do almoço, fui para cozinha ajudar minha mãe. Sim, eu adoro cozinhar, e modéstia a parte, eu cozinho muito bem (muito bem mesmo).

Fizemos almoço, sentamos a mesa e almoços alegres. Após o almoço, meu pai sentou na sala para ler o jornal. Enquanto isso, minha mãe ficou tocando piano na sala. Seu piano era esplendido. Era um piano de cauda, preto, que minha mãe fazia questão de lustrar todos os dias.

Bom, aqui vai um dos meus segredos mais íntimos. Eu também toco piano, muito bem por sinal. Poucas pessoas sabem disso, e, mesmo as que sabem, não sabem que eu toco muitíssimo bem, exceto minha mãe. Mas ela nunca me deixou tocar seu piano.

Eu fiquei um tempo escutando minha mãe tocar. Mas depois subi para o meu quarto. Fiquei lá, lendo qualquer coisa na internet que me interessasse. No meio dessa leitura, meu celular toca. Era o Lucão.

- Oo Victor, bão? – Lucão pergunto animado.

- Bão e bonito! – Respondi alegre.

- Mano, vai na festa do Pompeu hoje?

- Puts.. É o Pompeu né? Isso me desanima. E além do mais, meu pai chegou hoje. Vou ver com a Júlia. Ela e o Caio devem ir.

- Ah.. É só não conversar com ele. Falei com o Caio, ele vai sim.

- Então eu devo ir também. Mesmo esquema?

- Mesmo esquema. Ah! Sabe quem vai hoje? A Bruninha...

- Bom, sendo assim, irei com certeza! – Nós dois rimos, nos despedimos e desligamos.

Lucão era o meu melhor amigo. Ele estudava comigo desde que eu me entendo por gente. Ele era alto, ombros largos. Tinha cabelo curto, preto, olhos verdes, pele clara. Era muito bonito. Ele era meu companheiro no ataque do time de handebol da escola. Ele me acompanhava em tudo o que eu ia fazer. Era raro nós dois sairmos sem o outro. Nossa amizade era imensa.

Depois disso fui até o quarto de Júlia. A porta estava entreaberta. Dei duas batidas e ela falou “entra”. Eu entrei já perguntando:

- Júlia, vai no Pompeu hoje? – Perguntei sentando largado na sua cama.

- Vo sim. O Caio vai passar aqui. Vamos?

- Uai. Vamos.. É só que o papai chegou hoje...

- O papai e a mamãe precisam de um tempo a sós. Além do mais, a Bruninha vai hoje – Júlia falou com uma expressão sacana no rosto. Simplesmente ignorei.

- Ãnh. Ok. Então nós vamos.

Depois dessa curta conversa, sai e fui para o meu quarto. Mandei mensagem para o Lucão avisando que eu ia na festa na casa do Pompeu. Ele me pediu para encontrar ele na praça, antes de ir, normal, coisa que a gente sempre fazia.

O dia passou normalmente. Durante a tarde eu e meu pai fomos tomar sorvete, jogamos futebol no gramado de casa, nadamos um pouco, brincamos com o cachorro (Rufus), conversamos, enfim, matamos a saudade.

Foi aproximando a noite, eu e Júlia nos aprontamos para a festa na casa do Pompeu. Como combinado, Caio passou em nossa casa para nos levar até lá.

Caio era o namorado da minha irmã. Ele era alto, um pouco mais alto que eu. Tinha cabelos e olhos castanhos. Pele clara, um corpo legal. Ele era filho do prefeito e morava no mesmo condomínio que a gente.

Ele passou lá e fomos, deixando meu pai e minha mãe sozinhos em casa. No meio do caminho, pedi para descer, para encontrar o Lucão, como combinado. Segui a pé até a praça, parando em uma padaria para comprar um Halls.

Cheguei na praça e Lucão e já estava lá, sentado em um banco qualquer. Nos cumprimentamos e seguimos para a casa do Pompeu. Fomos até lá conversando animados.

Chegamos lá, tocamos a campainha e quem nos atendeu foi o próprio Pompeu. Ele olhou para gente, deu um sorriso sacana e, antes de cumprimentar ou coisas do gênero, falou, zombando:

- Sabe, acho que vocês são gays e se pegam. Sempre tão juntinhos... AH.... É amor!

Eu olhei para o Lucão. Ambos demos um longo suspiro e pensamos “Essa festa promete...”

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