- Eu não fugiria se tu não tivesse fugido primeiro.
- Tu queria que eu acordasse do teu lado, te desse um beijo, descesse pra tomar café contigo e essas coisas? Me poupe - ele respondeu com desdém.
- Não, mas porra, aquilo foi uma merda
- Tu não curtiu?
- Não, porra, tu não me deu prazer nenhum. Tudo que tu conseguiu foi fazer eu passar dois dias com o cu ardendo - eu já tava ficando puto.
- Mermão, tu queria que eu te comesse que nem mocinha? Tu é macho, moleque, macho! Da proxima vez eu vou querer te comer de calcinha então, já que tu quer agir como fresco.
- Então vai ter outras vezes? - perguntei
- Pode apostar - ele saiu do carro.
Depois desse dia a gente passou a transar regularmente, mas ele não mudou o jeito dele de obtenção de prazer pra si mesmo, sem pensar em mim. Quando nos víamos na faculdade, não nos falávamos e mal nos olhávamos e aquilo me deixava mal. Eu achava que tinha que eu pertencia a ele e apenas e ele, estava fantasiando um relacionamento que não existia, o que começou a me machucar.
Um dia eu saí cedo e fui até a lanchonete da esquina comer alguma coisa, quando dou de cara com ele junto de uma loiraça muito boa, bonita mesmo, tinha jeitinho de patricinha e tal. Cheguei lá e lhe dei uma encarada que pareceu não se intimidar com a minha presença.
Peguei um guardanapo e uma caneta dentro da minha mochila e escrevi um bilhete, que dizia algo mais ou menos assim
"Me espera no carro, temos que conversar" e pedi pro garçom entregar pra ele, que apenas leu e jogou o papel fora. Filho da puta, ele tava afim de brincar, então vamos brincar.
A lanchonete tava lotada. Como a região da minha universidade é região de cursinho, escola, faculdade, trabalho e ficar no centro, proximo de uma zona comercial, ela sempre ficava lotada com facilidade, e naquele dia não foi diferente. Uma senhora chegou e eu dei o lugar onde sentava pra ela, então me dirigi até a mesa onde os dois estavam e fiz uma cara de surpreso.
- Leonan, meu brother - estendi minha mão pra cumprimentá-lo
- Eai - ele apertou minha mão com muita força
- Não vai me apresentar pra sua linda acompanhante? - perguntei, a encarando.
- Douglas, essa é a Camila. Camila, esse é o Douglas. Trabalho pro pai dele - ele disse, com desdém.
- Bom, prazer, já to de saída, não tem lugar pra eu sentar...
Nesse momento automaticamente fui interrompido por Camila.
- De jeito nenhum, sente-se conosco - disse ela, afastando pra que minha cadeira pudesse se adequar à mesa.
Me sentei e então começamos a conversar. Descobri que ela cursava nutrição, fazia o 5° semestre e particularmente ela era bem simpática e bem humorada. Com isso acabamos deixando o Leonan excluído da conversa, que tava com uma puta cara de puto.
Quando terminamos de comer, o garçom veio e nos deu a conta, que fiz questão de pagar, segundo eu como forma de agradecimento por eles terem me deixado sentar com eles. Leonan muito tentou não aceitar, mas claro que eu consegui. Camila levantou-se da mesa e deu um selinho no Leo e me deu um beijo no rosto. Disse que queria me ver em breve e eu disse igualmente. Eu e Leonan fomos em direção ao meu carro sem nos falarmos, até entrarmos no carro.
- Qual é a tua, quer me humilhar, playboy?
- Eu que te pergunto qual é a tua, de noite tu me come e de dia tu fica com uma e outra vagabunda por aí?
- Pera aí, eu posso ficar com quem eu quiser, pensei que isso tivesse ficado claro. Douglas, a gente não tem nada e nunca podemos ter nada além de sexo, começando porque tu é rico e eu sou pobre.
- Vai se fuder, então tu acha que eu sou só mais um viadinho que tu pode comer a hora que tu quiser? Se fode. Escolhe, ou eu ou essas piranhas - já tinha exaltado meu tom de voz.
- Claro que eu vou ficar com as mulheres, ou tu achou que vou acabar com minha vida pra ficar com um burguês otário que nem tu? - ele saiu do carro e bateu a porta com muita força.
Eu tavaa me sentido um lixo, na verdade ele sempre me fazia eu me sentir como um lixo. Como eu podia ter sido tão trouxa por achar que ele ia largar as piranhas que ele pega pra ficar comigo? - me perguntava em voz baixa. Dei partida no carro e fui em direção a minha casa. Chegando lá, me tranquei no quarto e pedi pra que ninguém me incomodasse.
A semana passou e eu não fui pra faculdade, dei uma desculpa que tinha ficado doente. Minha mãe perguntou o que eu sentia e eu menti, disse que tinha dores no corpo, indisposição e cansaço, e ela logo me deu diversos remédios (que não tomei nenhum). Me sentia mal por estar mentindo pra minha mãe, mas eu não queria correr o risco de esbarrar com o Leonan na faculdade ou em lugar algum.
Eai pessoaaal, sério, de verdade, foi mal o tempo que passei sem postar, o que aconteceu foi que o e-mail que uso aqui é fake e eu acabei esquecendo ele, ou seja, tive que lutar muito pra conseguir lembrar. Mas aqui estou eu com mais um capítulo.
Pessoal, eu sei que muitos ficaram desapontados quando disse que a história seria curtinha, mas é porque não aconteceram muitas coisas, enrolações e essas coisas que vocês estão acostumados a ler num conto gay. Tudo foi sempre assim, direto ao ponto, ou seja, não tenho como mentir pra vocês. Mas alguém me disse que seria legal se eu começasse a escrever alguma coisa, o que de fato eu farei (ou tentarei), já que isso aqui virou não só um hobby, mas um vício pra mim.
Obrigado a todas as notas, comentários e etc, é muito importante pra mim. Continuem assim, por favor, hahaha. Vlw.