É uma linda manhã ensolarada. Pássaros cantando. Cheiro de orvalho matinal nas folhas. Tio Jurandir estaciona a caminhonete e me ajuda com as malas até em casa. Depois de anos eu retorno à sua fazenda para passar um mês inteiro de férias. Eu mal posso esperar para rever meus primos depois de tanto tempo.
Tia Maristela me recebe com beijos e elogios:
– Que bonito e crescido você está! Homem feito já!
– Obrigado titia, são os seus olhos.
– Jurandir, homem, leva ele pro quarto de hóspedes para ele se acomodar!
Titio me conduz até os aposentos. Um quarto grande e pouco mobiliado. Nele, apenas uma cama de solteiro, um armário antigo de madeira de lei, um espelho de parede e uma mesinha de cabeceira.
– Se aboleta aí moleque, pode botar suas tranqueiras no guarda-roupa.
– Obrigado tio. Antes de o senhor ir, me diz, cadê Josué e Josias?
– Seu primo Josué continua tendo aulas na universidade, só volta para casa daqui a dois dias. Seu primo Josias acho que está tomando banho, vou mandar ele lhe procurar quando sair.
Começo a desfazer minhas malas, até ser surpreendido por batidas na porta e uma voz saudosa e familiar a chamar:
– Primo?
– Eu!
A porta se abre e logo posso avistar meu primo Josias adentrando no pique. Recém-saído do banho, apenas enrolado numa toalha amarela, corpo e cabelo úmidos. Ele corre até mim, me abraça forte e me ergue do chão.
– Que saudade, primo!
Ele se põe a rodopiar comigo em seus braços. Instintivamente, me seguro em seus ombros para não perder o equilíbrio. Como eles são fortes e rijos! No meio de suas voltas bruscas, o nó da toalha de Josias se desfaz, caindo ao chão e o deixando nu.
– Epa, escapuliu! – diz ele me pousando de volta no chão.
Meu primo demora alguns instantes para catar a toalha e se recompor. Parece querer me dar tempo para ver sua nudez. Ou talvez seja minha avidez em olhar que faz os momentos parecerem durar uma eternidade.
– Fazia tanto tempo que você não vinha por essas bandas que até me empolguei!
– É verdade, primo, sei que você está feliz em me ver, mas não precisava tirar a roupa né?!
– Ha ha! Acidentes acontecem. Mas me diz, quanto tempo você vai passar com a gente?
– O mês todo.
– Nossa, que coisa boa! Vamos poder botar nossa conversa em dia e nos divertir muito! Tomar banho de rio, ir pra cachoeira, jogar bola, fazer trilha no mato!
– Mal posso esperar, primo!
– Pena que hoje não vou poder passar o dia com você, porque já tinha compromisso marcado. Mas a gente se vê de noite.
E com isso Josias se vai.
Todos os homens da casa estão ausentes. Passo a tarde na cozinha com Tia Maristela.
– Você veio pra cá pra trabalhar ou passar férias, menino? Vai lá pra fora se divertir.
– Mas eu gosto de ajudar a senhora, Tia.
– Ai que lindo, menino bonzinho! Minha cunhada lhe educou muito bem, viu?
Assim que pomos a mesa para o jantar, primo Josias e Tio Jurandir chegam como se nunca tivessem saído.
– Esses dois somem o dia todo, mas é só botar a mesa que eles aparecem. Acho que vêm no cheiro! – comentou Titia.
Depois de um jantar agradável, Titia leva a louça para a cozinha, enquanto eu fico assistindo televisão e conversando com Josias e Tio Jurandir. Por volta das 22 horas nós trocamos nossos boas-noites e vamos para nossos quartos dormir.
No silêncio da noite do interior, qualquer ruído é fantasma. Esta casa grande e velha parece viva no escuro. Eu continuo acordado por um bom tempo, insone. Um rangido do assoalho de madeira vem se aproximando em minha direção, lenta mas constantemente. De repente a porta se abre.
– Primo, posso dormir com você, estou com medo do escuro. – sussurra Josias da entrada do meu quarto.
– Como assim você está com medo, você não mora aqui?
– É que de tarde eu estava conversando de assombração com meus amigos, agora estou com cagaço.
Ele entra no quarto e fecha a porta. No breu da noite não dá para ver muita coisa, mas meus olhos, que já estavam parcialmente acostumados com a escuridão, podem ver o vulto de meu primo se despindo da cueca, a única peça de roupa que ele vestia.
– Você não repara não, é que só sei dormir pelado.
Eu estou deitado de lado. Ele sobe na cama e se aconchega por trás de mim, de conchinha. Os contornos de seu corpo se amoldando perfeitamente aos meus. Apenas uma parte de sua anatomia não quer se acomodar. Fica crescendo, cutucando, invadindo o espaço. Eu fico achando aquilo muito estranho mas prefiro não comentar. Afinal, a presença dele acalma meu nervosismo quanto aos sons noturnos.
Eu vou relaxando cada vez mais, até que começo a sentir as pálpebras pesarem. Eu já estou quase apagado por completo, quando, de súbito, acordo com a sensação do meu short sendo abaixado.
– O que você está fazendo, primo? – pergunto confuso.
– Só tirando suas calças para você ver como é bom dormir pelado.
– Ai, não faz isso não. Tenho vergonha.
– Mas somos só nos dois. Não precisa ter vergonha de mim.
– Não sei...
– Está tudo escuro, nem dá para ver nada.
– Então tudo bem.
Meu primo me desnuda e volta a se deitar de conchinha comigo. Seus braços envolvendo meu torso. Seu queixo no meu ombro. Seu membro ereto aconchegado entre as minhas pernas, tocando meu bumbum e meu saco por baixo. Que sensação estranha! Algo quente e úmido toca meu pescoço. O que é isso, seus lábios? Sim, eles estalam. Um beijo. Outro. Meu primo me dá vários beijinhos no pescoço. Eu suspiro e deixo escapar um gemido abafado. Ele mordisca o lóbulo da minha orelha. Eu fico sem reação. Devo interromper ou devo deixar? Sinto sua mão descer pelo meu corpo até minha coxa. Ele pega a parte de dentro da minha perna e a separa da outra. Em seguida seus dedos começam a tocar a entrada do meu anelzinho!
– O que você está fazendo, primo? – eu murmuro nervoso.
Josias ignora minha pergunta e continua circundando com os dedos a beira da minha grutinha. Ele os retira por um segundo, cospe em sua mão e volta com eles, agora forçando a entrada. Eu tento impedir segurando seu pulso.
– Não faz isso! – eu peço.
– Deixa eu fazer amor com sua bundinha, primo.
– Você está maluco? Eu não gosto dessas coisas.
– Mas você já experimentou?
– Claro que não!
– Então como sabe que não gosta?
Esse é um dilema para o qual eu não tenho resposta. Realmente, como eu posso saber se não gosto, se nunca experimentei? Enquanto minha mente se ocupa daquela dúvida atroz, meu primo passa mais saliva no meu cuzinho. A cabeça de seu membro começa a forçar passagem. Eu o seguro para impedir que ele penetre.
– Primo! Eu já disse que não!
Josias afasta minha mão e continua a colocar pressão nas minhas preguinhas, falado:
– Nessa vida, a gente perde muitas coisas falando não. Os momentos mais felizes acontecem sempre que a gente diz sim.
Aquelas palavras me fazem ponderar. Será que isso é verdade? Não sei, mas são palavras bonitas. O momento de reflexão é breve, mas suficiente para abaixar minha guarda e permitir que a verga do meu primo adentre meu buraquinho virgem. A dor das minhas preguinhas sendo arrombadas me faz gemer alto.
– Shhh, não faz tanto barulho! – cochicha ele.
– Mas é que está doendo, primo.
– Então morde o travesseiro para abafar.
Eu obedeço e passo a conter meus ruídos. Em quase silêncio, eu recebo em minhas entranhas a vara de meu primo. Cada estocada é dolorida, é verdade, mas eu sinto algo mais além da dor. Tem uma sensação de completude, como se estivesse dentro de mim uma coisa que esteve faltando a minha vida toda.
– Que delícia de cuzinho apertado, primo! – Josias diz baixinho no meu ouvido.
Eu reajo levando minha mão para trás, tentando tocar qualquer parte de seu corpo. Eu quero acariciar o homem que me possui, que me desvirgina, o primeiro macho da minha vida. Eu toco sua coxa e a agarro. Meu primo segura minha mão, entrelaçando seus dedos com os meus. Perfeição! Estou sendo enrabado por Josias de mãozinhas dadas com ele.
Sua boca em meu ouvido fica alternando entre lambidas e dizeres sacanas:
– Que bundinha deliciosa... rabinho arrochado... está gostando do meu pau?
Eu só consigo responder com um “ã hã” suspirante e sincero. Mais algumas bombadas de seu membro intumescido dentro do meu cuzinho, e os murmúrios de Josias no meu ouvido dão lugar a grunhidos incompreensíveis e arfantes. Finalmente, com uma estocada poderosa, com a qual ele parece querer penetrar ainda mais profundamente em meu corpo, meu primo ejacula, lançando sua semente masculina no meu âmago. Lentamente, ele retira seu mastro do interior da minha grutinha, deixando um vazio aberto e largo.
– Agora você vai ficar grávido com os meus bebês.
– Seu besta! – respondi risonho.
Ele tinha razão, é dizendo sim que a gente encontra a felicidade. Eu me sinto feliz de ter permitido que ele fizesse amor comigo, mesmo a despeito da dor e da ardência. Essas coisas não são nada comparadas com o prazer e a intimidade. O deleite de ter tanto carinho por alguém que se quer senti-lo dentro de si. Josias me apresentou uma nova sensação: a alegria de doar meu corpo para satisfazê-lo. Tanto é assim, que nem me importo de não ter gozado. Pelo contrário, isso realça ainda mais aquela felicidade.
Trocamos mais algumas carícias brincalhonas. Por fim, o sono chega e eu adormeço nos braços do meu querido primo, meu primeiro homem.