Gabriela - Parte 21
Ah meu coração disparou quando vi a Amanda, entrei na sala rindo até morrer e quando a vi fiquei mais feliz ainda do que já estava, a Lázara estava com a mão no meu braço percebi o olhar da Amanda fuzilando a garota e logo me afastei, ela nem olhava mais pra mim só cochichava alguma coisa com a Júlia, logo ela pegou o celular e saiu sem nem olhar pro lado, aah quando passou na porta veio aquele perfume afrodísiaco pelo vento, ela estava linda, os olhos não se decidiam entre o verde e o castanho claro, fazendo ela ficar com o olhar mais sexy ainda, poderia ficar um dia inteiro olhando aqueles olhos e ainda não seria o suficiente, chamei o Mateus pra ir lá fora comigo e ele chamou a Lázara, fiquei rindo das coisas que os dois contavam e buscando ela com os olhos, até que vi ela perto de uma árvore gesticulando com as mãos, desligou o celular e voltou pra sala sem nem olhar pro meu lado de novo, dei denovo uma desculpa mais esfarrapada que a anterior pra voltamos pra sala, fiquei o tempo inteiro olhando ela, cada movimento que ela fazia o jeito que cruzava as pernas, acho que ela percebeu minhas olhadas e se sentou perto da Júlia, já no final da aula, fiquei na porta ouvindo música quando a Lázara chegou com aquele sorriso encantador, ô garota que sabe ser linda também, acho que eu já tinha percebido que ela tava afim de mim, sempre que podia manter um contato mantinha, no cinema ela se sentou comigo os 3 dias e no sábado estava lotado tinha gente sentada até nas escadas, ela me puxou enquanto eu passava pra sentar no colo dela e me abraçou pela cintura, ficou deixando pipoca cair o tempo todo e enfiava a mão pra tirar da poltrona, toda vez que fazia isso eu dava um pulinho de susto ou me arrepiava, ou os dois, ela tava me deixando com um desejo de agarrar ela fora do normal mas eu me segurava, passava a mão na minha barriga me deixando com borboletas no estômago, pegava na minha perna, mechia no meu cabelo, se ela soubesse que poderia me beijar facinho ali, acho que ela o teria feito, mas voltando... tirou meu fone, e falou no meu ouvido me fazendo corar.
Lázara - Você tá muito sexy hoje com esse short curto.
Fiquei vermelha eu acho, ela me chamou pra ir ver um filme, nos despedimos e à tarde me arrumei e fui, ela estava toda sorridente e linda de branco, não sei como ela descobriu que era minha cor preferida mas ela foi.
Lázara - Fiquei sabendo que você gosta de branco.. - disse rindo e me abraçando com três beijinhos no canto da boca.
Eu - kkk quem te contou?
Lázara - A Bárbara.
Eu - Hm.
Compramos os ingressos e assistimos o filme dessa vez cada uma na sua poltrona, era terror, eu morria e ainda morro de medo, ela também levava cada susto e segurava minha mão, quando de repente ela me puxou pela nuca ficou me encarando e me beijou, cara o beijo foi tão bom que eu não pensei em nada, só retribui, ela tinha o beijo tão calmo com tanto amor, ela me puxava pela cintura procurando mais contato, ela me puxou pela blusa pra sentar no colo dela, estávamos na última fileira então ninguém estava perto e sem falar que se estivesse teria que estar do nosso lado pra ver alguma coisa, paramos o beijo.
Garoto 1 - Que isso em novinhas, podem continuar...
Garoto 2 - Quando eu digo que todas amigas ficam ninguém acredita!
Eu dei um pulo na hora ela também, sentamos na poltrona e terminamos de ver o filme; na saída o vento estava forte, ficamos sentadas tomando sorvete na caminhonete que ela veio, o vento estava batendo no cabelo dela, fazendo uns fios mais castanhos voarem o resto era todo preto, ela estava com um olhar apaixonado agora, e a boca estava vermelinha, ela me contava várias coisas e eu ria de tudo feito criança, me sentia tão leve com ela, ela tinha um jeito tão puro, tão sincero de mostrar os sentimentos que me dava segurança, terminamos de tomar o sorvete e ficamos mais um tempo conversando, a regata branca que ela estava usando mostrava um pedaço do sutiã preto de renda me fazendo imaginar o que teria ali por baixo, ela não tentou mais me beijar só conversava comigo, ela me chamou pra ir
embora, entramos na caminhonete e ela dirigiu até em casa, ela foi se despedir de mim com um beijo no rosto e tivemos que desviar pelo menos umas 3 vezes porque iamos sempre na mesma direção na quarta vez, ela me puxou e beijou, senti os lábios dela frios do sorvete e o gosto de morango ainda na sua boca, terminamos o beijo e ela sorria de uma forma linda.
Lázara - Olha eu sei que você tem algum lance com aquele garota da sala a Amanda, mas eu quero que saiba que eu estou realmente gostando de você e pretendo fazer o póssivel pra que você fique só comigo.
Lázara - Não precisa se assustar eu não quero nada rápido tá - disse sorrindo e me deu um abraço.
Eu - Eu.. eu.. eu não sei o que te dizer.
Lázara - Não precisa dizer nada..
Me deu outro beijo calmo e senti sua língua devagar explorando cada pedaço da minha boca, retribui o beijo me despedi e entrei em casa.
Mãe - Nossa que sorriso é esse?
Eu - Nada mãe só estou feliz.
Mãe - Tudo isso por causa de um filme com sua coleguinha?
Ri do jeito que ela falou "coleguinha" subi pro quarto, olhei pro celular e lembrei da Amanda, pensei em fazer uma ligação ou enviar uma mensagem sequer, eu realmente amava ela, mas ela não demonstrava o mesmo e eu não queria sofrer, tinha dito pra mim mesma que não sofreria e não iria voltar atrás, a Lázara já era mais decidida e resolvida, com ela seria tão mais fácil, e eu também poderia me apaixonar por ela e esquecer a Amanda, olhei a foto da Amanda no celular, tão linda, estava comigo, eu, ela e o cachorro dela, estava abraçada nela e com um sorriso enorme no rosto, não era como o sorriso que eu tinha quando estava com a Lázara, com Lázara era um sorriso de momento, das coisas que ela fazia, de como me tratava, com a Amanda era um sorriso permanente, só bastava ficar do lado dela e seria uma felicidade eterna, mas isso não dependia só de mim, senti as lágrimas escorrendo e me permiti isso só naquele dia chorei até soluçar, daquele choro que doi o coração, o amor que eu sentia pela Amanda era assim doía e queimava do tanto que era forte, parei de chorar, enxuguei as lágrimas e disse pra mim mesma que seria a última vez.