Será?

Um conto erótico de Romulo
Categoria: Homossexual
Contém 1055 palavras
Data: 27/10/2014 15:51:55

INTRODUCAO

O que acontece quando tudo em seu mundo muda tão rapidamente? O tempo parece tão efêmero na hora de se tratar a respeito de sentimentos. Somos todos inconsistentes, produtos constantemente mutáveis, os seres mais complexos e ao mesmo tempo mais frágeis, e tudo por causa da consciência.

Amor é amor e pronto.

Não há discussões que bastem sobre a origem do amor. Não há quem consiga defini-lo ou aplicar regras a ele. Quando um amigo não vê mais o outro com os mesmos olhos, não se deve desperdiçar tempo tentando entender o porquê, apenas há espaço para viver essa nova fase, e não importa o que digam, quem sabe o que será o certo, ou o errado é quem sente.

Longe de mim querer criticar qualquer sexualidade ou até mesmo desrespeitar a opinião de cada um, mas como eu falei, cada um tem sua opinião e todos devem saber respeitar esse bem.

Dentro das mais diversas complicações do amar, não ser correspondido é a pior de todas, o que se torna mais terrível quando não se tem noção alguma sobre o amor. Você se dá conta do que está passando e nem sabe de onde veio isso. Quando queremos algo, que não podemos ter, fica ainda mais forte essa paixão porque o prêmio final é mais valorizado.

Sem mais delongas é melhor deixar as palavras falarem por si próprias porque quando se fala de amor não há melhor intérprete do que o sábio coração.

CAP1 - INICIO

Som, corpos, suor, luz.

Já passavam das três da manhã e a festa ainda prometia. Eu queria ficar mais, mas a minha consciência me bateu, dessa vez não daria pra ver o sol nascer na farra, no outro dia a faculdade ia arrancar meu couro, então meio cambaleante segui acompanhado dele, que era minha consciência oficial, até um carro que sinceramente eu não tinha certeza onde havia estacionado.

Ele foi me guiando pela multidão que mais parecia um exército de formigas a chafurdar e se acabar em luxúria. Corpos, pernas e braços se entrelaçando no escuro daquela boate. Os clarões repentinos revelavam uma luta movida pelo desejo primordial: o pecado.

Ainda senti um ou outros puxões antes de conseguir sair da parte interna da boate, mas apaguei antes de chegar no carro. Acordei novamente quando chegamos em casa e ele abriu o portão. Minha cabeça já latejava, queria minha cama. No outro dia eu tinha que me lembrar de agradecer a ele, tenho certeza de que não estava sendo nem um pouco fácil me carregar embriagado pelo que mais pareciam ser uma infinidade de degraus de escadas.

Depois de muita luta, ele conseguiu me levar até meu quarto, coitado, mesmo nossos corpos tendo uma estatura bem parecida eu possuía uma massa consideravelmente maior. Ele estava realmente cuidando de mim. Começou a retirar minha roupa minunciosamente antes de me colocar na cama, mas suas mãos tocavam partes desnecessárias do meu corpo durante o serviço. Não aguentei e tive que brincar com a situação.

“Ei, você acha que é tão simples assim me levar pra cama? rsrs”

“Não me amola Rômulo! Anda logo, deixa eu tirar logo essa tua roupa, amanhã o dia é cheio, não sei pra que você achou de beber tanto assim num domingo!”

“Tá, tá, só obrigado por estar comigo no dia do meu aniversário, não sei o que eu seria sem você”, me joguei na cama meio cambaleante já caindo de sono.

“Imagina que eu ia te deixar passar o aniversário só, dorme bem”.

E o deixei sair, mesmo que por dentro gritasse para que ele ficasse.

Eram umas nove horas quando acordei com a luz que passava pelas persianas do meu quarto. A ressaca que latejava em minha cabeça não me deixava esquecer as desventuras da noite anterior. Depois de muito lutar contra o desejo de continuar na cama, consegui me enrolar em uma toalha e parti para debaixo do chuveiro numa tentativa de que pelo menos metade daquela maldita dor de cabeça passasse.

Me escorei na parede do chuveiro e girei o registro. Depois de um tempo comecei a notar que cada gota caía devagar demais, como se algo estivesse alterando a gravidade. O toque das gotas em minha pele, realmente muito satisfatórios. A água morna, o céu nublado que eu via lá fora pelo basculante, tudo me criou uma situação indispensável para uma bela de uma punheta.

Observei a cabeça de meu pênis, meio rosada, sendo expulsa do prepúcio pela ereção que já começava a brotar. Cada milímetro expelido aumentava a vontade.

Não tinha jeito, e tinha, ah como tinha! Não aguentei mais, o desejo já me matava aos poucos, então agasalhei meu velho amigo e fiz o melhor que pude naquele vai-e-vem ritmado gostoso. Cada puxada, cada movimento como uma peça do quebra-cabeça que se montaria. Treze, quinze minutos depois eu já sentia os primeiros sinais do gozo. Um gemido, dedos dos pés encolhidos, um suspiro e a parede do banheiro melada foi o que restaram.

Levei mais alguns minutos para me recompor. Enfim, quando saí do banheiro estava um silêncio atormentador. Estranho porque se estivesse barulho eu na certa reclamaria. Lembrei que tinha de agradecer à minha consciência por ontem. Fui procurar ele no seu quarto, mas não estava ali, vesti um calção comum de pelada e desci pro primeiro andar, ele não estava na sala, nem na cozinha, no quarto de hóspedes, ou no banheiro do térreo. Ainda cogitei sair e enfrentar o sol, ele deveria estar na piscina, mas não, quando eu melhorasse um pouquinho mais iria atrás dele, resolvi subir pra estudar, as provas estavam chegando e meu pescoço estava quase na forca.

Um celular tocando, era o dele. Não sei porque fui atrás pra ver quem ligava. Era o idiota do Marcelo, o namorado dele. Isso aí: N-A-M-O-R-A-D-O. Com um ênfase maior no “O” do final. Sabe? Eu nunca liguei muito pra sexualidade do meu amigo, quando ele resolveu me contar, uma vez que estávamos indo morar juntos em outra cidade e na certa eu descobriria mais cedo ou mais tarde, eu acho que já sabia, foi muito natural pra mim. Mas o cara era um mala completo, espaçoso, grudento, ciumento e chato pra caralho. Nas minhas palavras curtas: um bocozão da faculdade. Ele merecia alguém melhor porque ele era a melhor pessoa que eu conhecia.

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Comentários

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Huuuum senti um pitada de vida real nisso! Continue meu amigo Andim , nota 1000 pra você!

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Gostaria de saber se vc vai continuar o conto ps: eu te amo. Gostei muito dessa também.

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Esse promete, já com ciumes. Eita vamos lá.............

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