Antes de começar, eu gostaria de me retratar. Primeiramente, a opinião do William não é a minha opinião(ANDRÉ RIBEIRO). Na verdade, eu acredito que a Bíblia é usada de forma errada pelos evangélicos. Mas essa história é baseada em uma real, uma história vivida por um amigo meu, que me autorizou a tentar passa-la para o papel da melhor forma possível. Hoje ele não pensa mais assim, mas antigamente pensava, era um adolescente confuso e sem muitas opiniões. Como todo adolescente, ele ia na direção do mais fácil. Desculpe-me se alguém ficou ofendido, não foi a minha intenção, e não é minha opinião. Mas eu imaginei que devia ser bem fiel a história real, portanto imaginei que as opiniões deviam ser as mesmas.
Cap.2
- Devemos condenar os pecadores. Homossexualidade é pecado. Não é natural. Todo homossexual vai pro inferno, é uma afronta ao nosso Deus- cada vez mais eu me acuava na cadeira. Porque tinha que ser assim ? Ouvia algumas risadas, pensava que era para mim. O pastor gritava e por alguns segundos, pensei que ele estivesse olhando para mim. Olhava pra um lado, e para o outro, não via salvação. Já podia ver o fogo do inferno se aproximando, e junto com eles, milhões de pessoas me condenando, apenas por me sentir atraído por garotos. Na pizzaria, todos riam, eu ficava calado. Olhava para uma borboleta que estava voando sobre nossas cabeças. Ela parecia ser tão livre, tão leve. Queria agora ser uma borboleta, e poder sair voando pelo mundo, sem ter ninguém pra me apontar o dedo. Queria ser livre. Queria ser eu !
NO DIA SEGUINTE
Me levantei bem cedo. Tinha escola de manhã. Aquela época eu gostava da minha escola. Observei-me no espelho, estava um caco. Tomei um bom banho e fui me vestir. Felizmente, no meu colégio não era obrigatório usar aquele uniforme cafona. Olhei pela janela, estava com um clima nublado. Abri a janela, e o frio estava intenso. Vesti uma camisa branca, meio estampada, que eu adorava pois ficava perfeita no meu corpo. Vesti uma calça jeans e um tênis. Coloquei um moletom preto aberto, e peguei as minhas coisas.
- Já acordou Gina ?- - Sim- ela gritou de dentro do banheiro
- Se arruma logo que eu vou te levar pra creche
- Tá- me olhei no espelho, estava do mesmo jeito de sempre, frustrado e alegre.
TEMPO DEPOIS
O colégio dela e meu colégio ficavam bem próximos de casa, então íamos andando.
- Mamãe comprou uma lancheira da hello kitty pra mim- dizia ela, olhando.
- Eu vi, a mamãe tem muito bom gosto né ?- ela balançou a cabeça sorrindo. Logo chegamos no colégio.
- Tia- ela correu e abraçou a professora.
- Ei, não vai dar Beijo em mim não ?- falei, me ajoelhando e abrindo os braços.
- Claro que sim- ela veio na minha direção e beijou meu rosto- tchau pai- já não me surpreendia quando ela dizia isso.
- Boa aula Gina, estude direito- olhei ao redor, não vi ninguém conhecido. Apenas continuei andando em direção ao meu colégio. O vento fazia o clima ficar ainda mais gelado. Logo fui me aproximando do colégio. Um colégio bem comum. Como todo colégio de adolescente, era dividido em grupos. Tinha o grupo dos nerds, o das patricinhas, o dos playboys, o dos atletas, e a mistura de todos, que era aonde eu me incluía. Não tinha muitos amigos, mas uma vez eu já li em algum lugar, que se você não tem muitos amigos, com certeza os que você tem são os melhores possíveis. Tinha 2. Natália, uma menina ligeiramente acima do peso, baixinha, mas com um coração enorme. Ela sempre foi querida por todos, e sempre foi a melhor da turma. E tinha o Fábio. Ele não era digamos, cheios de dotes físicos, mas era um garoto muito fofo. Ele era alto, um pouquinho magro, tinha um cabelo cacheado, boca pequena, olhos castanhos bem claros, nariz afilado. Sempre foi o meu amigo mais próximo, e, confesso, já me despertou alguns desejos. Sim, quem não iria desejar um garoto fofo, romântico, amigo, companheiro, que gosta de cama e frio, de filmes, de cinema, é bem antenado, atencioso, enfim, Fábio sempre foi meu melhor amigo. Entrei no colégio lentamente, e vi as mesmas caras de sempre. Olhei ao redor e não vi nenhum dos meus bffs. Continuei andando, quando senti algo me abraçar de repente.
- Oi Wil- adivinha quem era
- Fábio- ri, e o empurrei- me solta, você quase quebra as minhas costas !- falava, me esticando.
- Aff maninho, eu estava com saudades de você, não ligou pra mim o fim de semana todo, até me preocupei- ri
- Eu sei que você me ama- ele riu
- Vamos pra sala ?
- Eu vou comprar Halls primeiro, te vejo lá- sempre fui fã de Halls, do tipo que compra dois todo dia. Logo comprei daquele homem que costumava vender no canto do colégio e sai andando. Abria o Halls e aproveitava pra olhar meu what, quando bati em alguém- ai, desculpa- ergui o olhar e novamente vi aqueles olhos verdes. Todas aquelas sensações voltaram de uma vez só, nervosismo e tremeliques me dominaram.
- Você costuma esbarrar sempre nas pessoas ?
Continua
Gostaram ???? Obrigado pelos comentários meus amigos, continuo pedindo uma sugestão de música. Adoro vocês. Beijos