Lá estava eu no meu novo apartamento, meus móveis já tinham chegado e milagrosamente a preguiça não tinha me possuído, eu desempacotei a maioria das coisas e limpei o apartamento, ele era um pouco maior que o meu do Rio, eu estava na cama, só de cueca assistindo desenhos e comendo sopa de couve kkk’s. Amanhã seria o meu primeiro dia como professor e diretor criativo da boate de São Paulo, eu fui até a geladeira procurar minha garrafinha de água pra eu colocar o gengibre.
-Cadê essa PORRA?! – Disse eu cheio de ódio por não achar. Fui até as caixas pra procurar a garrafinha, abri uma caixa e dei de cara com o porta-retratos que tinha uma foto minha e do Rafa, fiquei olhando nossos rostos sorridentes um perto do outro, os olhos dele, o seu sorriso, eu até tive alguns relacionamentos depois do Rafael, mas nenhum homem, nenhum me fez sentir como ele. Eu peguei a foto e coloquei no criado mudo ao lado da minha foto perto da foto minha e dos meus irmãos.
Eu sei que eu devia esquecê-lo, eu sei que eu devia seguir em frente sem olhar pra trás, mas eu nunca consegui esquecer o amor da minha vida, eu sei que ele pode ter me esquecido, sei que ele pode estar comprometido, sei que existe a possibilidade de nós NUNCA mais nos vermos, ele pode até estar morto, mas eu nunca consegui esquecê-lo, afinal, ele é o homem da minha vida, e a gente não encontra um amor como esse duas vezes na vida. Eu decidi ir logo dormir, afinal eu tinha que acordar cedo pra me arrumar, quando o Davi viesse me buscar pra me levar pra boate eu já tinha que estar arrumado e pronto pra sairBom dia gente, nossa, quantos rostos bonitos aqui! – Disse eu entrando no estúdio de dança e jogando minha bolsa num canto.
Quando eles me viram foi uma festa, eu mesmo não entendi o porquê daquilo, eles me levaram pra um canto e praticamente me jogaram no chão, se sentaram a minha volta.
-Aiin, eu nem acredito que você realmente esta aqui! – Disse um dos meninos abraçando meu braço.
-Obrigado querido, mas vocês já me conheciam? – Perguntei eu, eles apontaram pra parede atrás de mim, eu virei minha cabeça e dei de cara com um banner enorme, era uma foto minha no palco, nossa, eu estava ótimo naquela foto, na parte superior do banner estava escrito o nome da boate tanto a do Rio quanto a de São Paulo tem o mesmo nome.
-Gente, sou eu! – Disse eu com um largo sorriso.
-Pois é, todo o mês o Davi enviava pra gente o vídeo do seu numero, e claro, a gente se reunia pra ver! Eu amei quando você fez o numero usando a musica “Drunk in Love” da Bey, amor, eu me apaixonei por você naquele dia, você é um dançarino excepcional! – Disse um dos meninos.
-Obrigado, eu sempre dou tudo de mim nos meus números. E agora eu quero ensinar isso pra vocês, quero que vocês sejam os melhores dos melhores!
-Todos nós sempre ficamos encantados contigo, quando o Davi disse que ia tentar te trazer pra cá, nossa! Foi uma festa pra gente, você é incrível e vai ser uma honra te ter como nosso professor! – Disse uma guria muito fofa.
-Obrigado amores, mas vamos deixar de papo e começar a dançar? – Disse eu me levantando, tinha um espelho que ocupava toda a uma parede, horizontal e verticalmente, fomos pra frente dele. – Qual musica vocês sugerem?
-Eu amo dançar “Like a virgin” da Madonna! – Disse um dos meninos, então todo mundo começou a dar suas opiniões eu só olhava e observava o quanto eles eram “opostos”.
-Pelo amor de Deus né amor? Vamos dançar “Edge of Glory” da Gaga!
-Claro que não, vamos dar valor a nossa brasilidade! Vamos dançar “Beijinho no ombro”.
-Funk? Me poupe! Vamos dançar, “When Have you been” da Riri! – Disse um dos meninos, eu só observava.
-Queridos, vamos dançar uma musica da RAINHA! Vamos dançar “Crazy in Love” da Beyoncé! – Disse uma das meninas, passei a adorar ela kk’s. ♥
-Não, vai ser “Toxic” da Britney! – Eles continuaram a discutir, eu fui até o som, pluguei meu celular e coloquei a musica “Don’t Cha” das “PussyCat Dolls”, eles pararam de discutir na hora.
-Vamos dançar ou discutir? – Disse eu indo até a frente deles e começando a dançar, primeiro eles só observaram, depois eu coloquei a musica de novo, eles começaram a dançar junto comigo, porra, tinham uns que pareciam que tinham um cabo de vassoura na coluna, porque não tinham um molejo.
-Puta que pariu... – Disse eu olhando pra trás e vendo o DESASTRE que é eles tentando me imitar, rebanho de putas, não sabem nem dançar direito, eu fui até o som e o desliguei. – Gente, pelo amor de Deus! Vocês ainda se dizem dançarinos? Vocês não conseguem nem decorar uma coreografia!
Eles fizeram umas caras de cachorro que caiu da mudança, isso me deixou com ainda mais raiva.
-Meninos e meninas, eu quero MUITO fazer de vocês dançarinos de verdade, eu achei que vocês sabiam o básico da dança, mas vi que vocês não tem nem molejo ou conseguem decorar uma coreografia simples como essa, tudo se resumia a quebrar a cintura, posição de pernas e fazer quadradinho, mas nem isso vocês conseguiram!
Eu decidi dar o básico pra eles, começamos a fazer alguns passos de balé pra ver se soltava um pouco o corpo deles, eu tentei um exercício de molejo de cintura e consegui alguns resultados.
.
.
Alguns meses depoisEstávamos dançando a coreografia de “Run the world (Girls)” da Bey ♥, estávamos encharcados de suor, mas demos tudo de nós, pelo espelho eu podia ver que eles estavam se esforçando, se entregando a dança, foi lindo, lindo, lindo e lindo! Eles pegaram a coreografia e estavam dando tudo de si, eu estava extremamente orgulhoso deles, eu fiz testes e consegui novos dançarinos, claro que eles eram quase tão bons quanto os que já estavam na boate, mas mesmo assim eu dava as mesmas aulas pra todos.
Eu estava lá na frente e quando eu olhava pra trás e os via dando tudo de si, suando a camisa, pareciam até robozinhos de tão detalhadas e precisa que estava à coreografia, eles conseguiram decorar cada detalhe da melhor forma possível e eu estava explodindo de orgulho, pra mim era como se eu fosse pai daquela cambada toda, mesmo a gente tendo a mesma faixa de idade e alguns sendo até mais velhos.
-Venham cá minhas crianças! – Disse eu assim que terminamos a coreografia, eu dei um abraço grupal neles sentindo o calor intenso que emanava de seus corpos, todo mundo estava ofegante e suado, mas estávamos felizes, dança é isso, de da uma sensação indescritível você sente necessidade de dançar, você sente necessidade de mexer seu corpo e fazer a coreografia perfeitamente. – O papai esta muito orgulhoso de vocês, muito mesmo!
-Demorou, mas a gente finalmente conseguiu! – Disse uma das meninas.
-Deus fez a obra na vida de vocês! – Disse eu.
Nós saímos pra comemorar, na verdade isso era só uma desculpa pra gente beber! Podíamos beber de graça no bar da boate, mas queríamos sair pra beber em um lugar diferente, sair pra dançar kk’s Dançarino é assim, dança o dia inteiro no trabalho e a noite quer relaxar dançando em uma boate diferente kkk’s. Nos sentamos em uma mesa enorme e ficando bebendo, rindo e alguns foram dançar, eu tinha acabado de voltar da pista de dança.
-Como você consegue? – Perguntou minha amiga Bibi.
-Consigo o que? – Perguntei eu a encarando.
-Sei lá, ser desse jeito! Você é um baita dançarino, é engraçado, inteligente e um super fofo e simpático, como você ainda esta solteiro? Eu percebi que uns três caras chegaram em você ali na pista de dança! Porque você sempre dispensa os caras?
-Porque é muito difícil um cara ter um relacionamento com um homem como eu! Eu já amei uma vez, amei da forma mais louca, forte e linda do mundo, mas ele foi embora e só o que me deixou foram lembranças.
-Há quanto tempo foi isso? – Perguntou ela tomando um gole da sua caipirinha.
-Vai fazer três anos. – Disse eu.
-Nossa, e vocês nunca mais se viram?
-Não, nem noticias dele eu tenho! – Disse eu. – Hmm, essa conversa foi pra um lado triste né?
Eu a peguei pelo braço e a levei pra pista de dança.
-Sabe, eu preciso é de um homem de cor na minha vida! Chega desses branquelos otários, eu preciso de um negão que me pegue, me aperte em seus braços e me faça esquecer os fantasmas do meu passado. – Disse eu
-Pois é, um negão cavaludo vai te fazer esquecer todos os problemas da tua vida! Afinal qualquer cara teria sorte em te ter amigo, você é perfeito!
-Kkkk’s Você sempre me elogia, um dia eu vou acabar acreditando que sou isso tudo mesmo!
-Mas você é, não sei como você ainda esta solteiro! Se tu fosse hetero eu largava meu boy por você!
-Valeu, eu até tive outros relacionamentos, mas era impossível não ter comparações, eu conheci o homem da minha vida, quando a gente conhece a perfeição é muito difícil se contentar com qualquer coisa, sempre que eu olhava nos olhos dele, beijava seus lábios ou fazia amor com eles, era nele que eu estava pensando e isso me matava por dentro sabe? – Disse eu, nós continuamos dançando e eu tentava a todo o custo tirar o Rafael da minha cabeça.
“Você disse 'siga em frente'
Mas para onde vou?
Eu acho que o segundo melhor
É só o que eu vou ter a partir de agora.
Porque quando eu estou com ele
Eu estou pensando em você
Eu queria que eu
Estivesse olhando nos seus olhos
Olhando nos seus olhos...”
*Narração do Rafa.
Passei dois anos e meio com os meus avós na Bahia, voltei há alguns meses, corri pra ver meus lindo bailarino, meu coração estava sangrando de saudades dele, mas a cunhada dele, que acho que não me conheço, eu também não a conhecia, ela me disse que ele tinha se mudado pra São Paulo, nossa, meu coração se partiu em mil pedaços, mas ela disse que ele ia voltar pro Rio no Natal.
Eu não tinha uma boa relação com meu pai, desde aquele dia que ele me mandou pra morar com a minha avó e me afastou do Diogo, eu nunca mais falei com ele, eu tive que tomar antidepressivos nos primeiros meses que fiquei lá, um lugar desconhecido, longe do amor da minha vida, ele não merecia isso! Ele merece seguir a vida dele, ele merece encontrar alguém que estaria do lado dele. Eu disse pra ele “seguir sua vida”, mas e eu? Pra onde eu iria? Eu não consegui seguir minha vida, eu até tentei seguir, mas não passava de um beijo ou dois, mas ninguém conseguia me dar um beijo como ele, o gosto dos seus lábios, a maciez da sua pele, o seu sorriso, seus olhos, ninguém tinha isso, ele é único pra mim, ele é o amor da minha vida.
Eu voltei pro Rio, mas eu tinha meu próprio apartamento, eu não conseguiria ficar embaixo do mesmo teto que o meu pai, ele não falava mais comigo, eu também não fazia questão de olhar nos olhos dele, foda-se o que ele pensava, eu sou gay e amo o Diogo, ele pode até ter me afastado dele, mas eu estava aqui e ia tê-lo de volta, eu estava desempacotando algumas coisas e colocando no lugar quando eu me deparo com uma foto que fez meu coração disparar, ela tinha caído de dentro de um livro, éramos eu e o MEU Diogo na minha casa nós dois deitados no sofá, a foto só pegava nosso rostos, eu e ele estávamos lado a lado fazendo caretas, a careta dele é tão linda, tão fofa.
-Porque eu nunca consegui te esquecer? Meu leke sapeca... – Disse eu dando um beijo em seus lábios na foto. – Será que você ainda lembra de mim?
.
.
.
*Narração do Diogo.
(Véspera de Natal).
-Piranha, devolve o controle! – Disse meu irmão Julio, sim, eu já tinha chegado no Rio.
-Vai tomar no teu cu! Eu tô vendo o caralho do filme. – Disse eu colocando o controle dentro da minha cueca.
-Não me faça colocar a mão ai dentro e pegar essa porra, bora! – Disse ele, eu fingi que nem era comigo, ele se jogou em cima de mim e enfiou a mão nas minhas calças.
-MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃE! – Gritei eu, minha mãe veio com a colher de pau na mão, a colher estava toda suja de manja de coco, ela deu uma colherada em mim e outra no Julio.
-Julio, pelo amor de Deus né? Toma jeito, tu já é um pai de família! – Disse ela indo pra cozinha, eu sai de baixo dele e subi as escadas, meu irmão veio atrás de mim correndo, eu consegui entrar no quarto, mas quando eu ia fechar ele entra e me joga no chão.
-Agora tu vai ver só piranha! – Disse ele me pegando pelo braço e me levantando.
-Me solta filho da puta, vagabundo! – Gritei eu, ele se sentou na cama , me colocou deitado em seu colo, puxou minha bermuda e minha cueca pra baixo deixando minha bunda exposta.
-A piranha ta sempre com a bunda lisinha pros machinhos... – Disse ele começando a me dar tapas na bunda que nem a minha mãe, mas ele tem uma mão pesada, me deixou todo vermelho com a marca dos dedos dele, me batia forte.
-PAAARA! PAAAAII! – Gritei eu, meu pai passou pela porta, viu aquela cena e passou direto pela porta, nem deu importância.
Ele me soltou, eu subi as minhas calças e parti pra cima dele, começamos a cair na porrada mesmo, socos, chutes e tapas.
-Oh! As galinhas já pararam de se bicar! – Disse meu irmão Roberto me tirando de cima do Julio, Alan entrou no quarto e começou a discutir com o Julio, repreendendo ele por ter me batido. Eu comecei a discutir com o Roberto por ele ter se metido na nossa briga e ficamos os quatro discutindo dentro do quarto
Meus pais estavam parados na porta do quarto nos olhando discutir.
-Eu senti tanta falta disso, essa casa vive silenciosa depois que nossos filhos saíram de casa! – Disse meu pai, todos os meus irmãos tinham suas próprias casas, menos o Alan que morava com nossos pais.
-VÃO TOMAR NO CU, VÃO SE FUDER HEIN!! – Gritei eu dentro do quarto. – Vocês sabem que caio pra dentro de vocês três!
-Aé? Então vamos ver piranha! – Disse o Julio, os três vieram pra cima de mim, nossa, eles me meteram a porrada, eu até tremia de tanta dor.
-Ta tremendo? Tá com o diabo no corpo? Sabe o que é bom pra tirar o demônio do corpo? Uma coça boa! – Disse meu irmão Alan, eu estava caído no chão, ele pegou um cabide e começou a dar nas minhas pernas, ele não deu com força pra me machucar, mas doeu mesmo assim.
-Filhos da puta, vocês vão ver só... Vai ter volta! Vou voltar pra São Paulo e NUNCA mais vocês vão me ver kk’s. – Disse eu me levantando do chão, esfregando minhas pernas e expulsando eles do meu quarto.
-DIOGO! Vem me ajudar aqui na cozinha! – Gritou minha mãe lá de baixo.
-Tô indo! – Disse eu saindo do quarto e descendo as escadas.
Eu fiquei ajudando ela a preparar as comidas, quando deu 20h00min eu mandei minha mãe ir se arrumar que eu terminaria de cozinhar.
-Tem certeza filho? Eu posso terminar enquanto você se arruma! – Disse ele tirando o avental.
-Vai logo mulher, só tenho que aprontar a farofa e ficar de olho no peru! – Disse eu.
-Peru é com ele mesmo! – Disse meu irmão Alan entrando na cozinha.
-Palhaço kk’s – Disse eu, minha mãe saiu da cozinha.
-Eaê arrumou algum machinho lá em São Paulo? – Disse meu irmão já arrumado, estava tão bonito, ele usava uma camisa de “rapper” com a estampa do “Jay-Z”, uma bermuda jeans e um sapatinho azul marinho.
-Que nada, você sabe que eu sou recatado! Alan, você esta lindo, se não fosse meu irmão kk’s. – Disse eu rindo, ele veio e me deu um abraço tirando meus pés do chão.
-A gente sentiu muito a sua falta irmão... – Disse ele, eu retribui seu abraço.
-Nada se compara ao nosso lar, e o meu coração esta aqui, no Rio! – Disse eu. – Já esta tudo pronto! Eu vou me arrumar porque a gente ainda tem que “filar bóia” na vizinhança! – Disse eu rindo, eu e meus irmãos, desde que a gente se entende por gente, no dia de Natal nós nos arrumamos e vamos de casa em casa na vizinhança comendo um pouquinho kkk’s Sempre tivemos uma mesa farta lá em casa, mas até hoje nós adoramos ir de casa em casa comendo a ceia dos vizinhos kk’s.
Desliguei os fogos do fogão e fui me arrumar, já tinha cortado o cabelo e feio a barba a tarde, meu rosto estava mais lisinho que bumbum de bebê. Entrei no chuveiro e enchi meu corpo de espuma, me esfreguei com uma bucha e deixei a água escorrer por todo o meu corpo, a água quente parecia me relaxar ainda mais, terminei meu banho e fui passar hidratante no corpo todo, coloquei minha cueca e minha roupa, ajeitei minha cara e fui me olhar no espelho.
-Hmm... Queria me clonar só pra poder transar comigo mesmo! – Disse eu me olhando no espelho, narcisista eu? Claro que não. Eu estava usando uma camisa Jeans de lavagem bem clara com as mangas dobradas nos cotovelos, uma calça Jeans skinny de lavagem bem clara, quase no mesmo tom da camisa e um skid grip branco. Borrifei perfume em mim e desci as escadas.
-Que puta linda! – Disse meu irmão Julio me olhando de cima á baixo.
-Obrigado! – Disse eu dando um soquinho no braço dele.
-Eu só tenho filhos lindos! – Disse meu pai, nossa, meu pai estava LINDO. Ele usava uma calça “chino” marrom clara e uma camisa polo azul clara.
-Pai, você esta lindo! – Disse eu.
-Como sempre né filho? – Disse ele, a gente não pode elogiar, é que nem criança.
-Só espero que não tenham queimado meu peru! – Disse minha mãe batendo os saltos dela pela escada, estava tão linda minha mami, usava um vestido rodado rosa bem claro que marcava sua cintura um decotão que me deixou constrangido e os saltos meia pata, tinha os cabelos cacheados caindo sobre os ombros.
-Minha preta, você esta linda! – Disse meu pai pegando ela pela cintura e a trazendo pra perto dele, eles começaram a se beijar, eu e meus irmãos nos olhamos com cara de nojo.
-Que família linda! – Disse minha mãe nos olhando.
-Agora a gente vai nos vizinhos, mostrar nossas roupas, nossa beleza e comer a comida dos outros, e depois falar entre a gente quem cozinha mal kkk’s – Disse eu.
-Você é demais filho, suas tias, seus primos e seus avós estão vindo pra cá! – Disse minha mãe, alguém estava tocando a campainha.
-Gente se tia Xamba chegar aqui com aquela porra daquelas rabanadas murcha do Natal do ano passado, porque ela congela pro ano seguinte kkk’s Se ela vier com essas rabanadas eu vou jogar tudo na cara dela! – Disse eu indo atender a porta. – Tô falando sério gente, deixa ela!
Meus cachorros estavam agitados com a visita que estava batendo no portão, deve ser a Tia Xamba e as rabanadas centenárias dela, eu ainda estava rindo por pensar na minha família maluca, mas eu amo demais essa família.
-Tô indo! – Disse eu abrindo o portão, quando eu levantei meu olhar e encarei a pessoa, o mundo parou, o tempo parou, meu coração parou kk’s Lá estava ele parado na minha frente, lá estava meu amor, com um sorriso largo e os olhos marejados, será que meus olhos estão me enganando? Será um sonho? Outro de muitos, já tive tantos sonhos como esse, mas era ele, me encarando, eu mal me contive, senti meus olhos se encherem de lágrimas, eu fiquei o olhando pra ter certeza que é ele mesmo, ele continuava o mesmo! Só que mais alto e mais encorpado, mas seu rosto de menino continuava ali e seu sorriso, ahh seu sorriso, como amo o seu sorriso, as únicas coisas que consegui pronunciar foi:
-Rafa? – Disse eu dois segundos antes de me atirar em cima dele, ele me envolveu em seus braços me apertando contra seu peito, afundei meu rosto em seu pescoço pra poder sentir seu cheiro, meu coração parecia que ia sair pela boca, eu podia sentir seu coração acelerado batendo próximo ao meu.
Continua...
Hoje eu ia responder os comentários, mas estou muito cansado, to quase pegando no sono em cima do teclado kkk’s
Todos que leem meu conto, os que comentam e até os que não comentam! Obrigado por lerem meu conto, por apreciarem minha arte, porque é isso o que eu posso oferecer a vocês, obrigado do fundo do meu coração, vocês me dão força e inspiração pra escrever! Beijos e Abraços... :*
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por ter lido o meu conto! XOXO ♥
