Quero ser uma luz no céu Pra que você me escolhaMayara? O quê significa isso? Essa bolsa? Me tira daqui!
- Ow meu anjo, não se preocupa, vou cuidar de você. - Tirou da bolsa uma roupa de coro, chicote, pênis de silicone com cinta, uma mordaça de bola... Cinthia ficou assustada, tentou se soltar, machucando os pulsos.
- Ei, relaxa. Vai ser divertido... Vem cá. - Puxou Cinthia pelos cabelos, fez ela abrir a boca, colocou a bola dentro da boca dela e amarrou na nuca. - Você vai pagar por tudo que passei vendo você e aquela mulherzinha juntas!
A camisa de Cinthia foi rasgada da gola até embaixo, o estalo do chicote levantou vergão na barriga chapada.
- Pára sua maluca! Isso dói...
- Cala boca! Sou eu quem manda aqui, cadela! - O tapa no rosto deixou marca dos dedos. - Agora deixa eu ver se essa bucetinha tá molhadinhaEliane ligou para Cinthia enquanto espereva abrir o sinal, e só ouvia a mensagem para deixar recados na caixa postal. Balançou a cabeça negativamente, achando que aquilo podia ser um mal sinal.
O prédio empresarial onde a amiga trabalha fica à caminho do
Hospital, parou para perguntar sobre a amiga.
- Não a vimos voltar após o almoço.
- Ela deve ter ido pra casa então, obrigada.
- Acho que não.
- O quê?
- Cinthia brigou com Hayme, ela veio aqui e fez o maior escândalo. Mayara ficou possessa e nós tiramos ela daqui à força.
- Caramba! Dano-se tudo. Onde ela se meteu?
- Mayara ainda não voltou também. Não é que eu queira ser "dedo duro", mas eu ouvi conversas pelos corredores....
- Falo logo.
- Olha, eu te admiro muito, você é uma ótima escritora, mas sabe como é né? Eu preciso de garantia, a informação é boa.
- Não tenho muito dinheiro aqui, esse negócio dê cartão facilita nossa vida pra não andar com dinheiro em espécie. Eu te pago.
- Não é dinheiro. Você vai participar de um filme, então eu queria uma chance. Eu não sou feio, posso aparecer.
- Não funciona assim. Posso marcar uma entrevista pra um teste. Serve?
- Claro. Obrigada.
- Agora desembucha logo.
- Mayara sempre nutriu uma paixão doentia por Dona Cinthia, sempre se fez de amiga, só que ela sempre quis algo mais...
- Cara eu não tenho tempo a perder, resume.
- Mayara saiu com Cinthia desacordada no carro.
- Onde você acha que ela foi com minha amiga?
- Sítio Recanto Triplo X, há 30 quilômetros daqui pela BRVou até lá. Depois te ligo.
- Perai, a senhora tem uma arma? Um segurança armado acompanhou a patroa. Pode ter certeza que Mayara não está pra brincadeira.
- Droga!
- Usa a minha. - Entregou a chave do carro. - Um Palio 98, vermelho, no estacionamento. Está debaixo do banco do motorista, uma 380 prata.
- Obrigada.
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O caminho até o tal sítio foi difícil na estrada de terra e pedras. Seu carro sem amortecedor 4x4 a deixou parada perto de um cruzamento, vinha vindo um roceiro de carroça e lhe deu uma carona. Moradores da área rural as vezes são amistosos, foram conversando até o sítio.
Da porteira parecia ser um local abandonado, material de construção era visto por todo o terreno. Eliane verificou a arma, destravou a trava de segurança, entrado cuidadosamente ao varrer o matal com a vista e não ver vestígio de cachorros.
Um barulho atrás de uma árvore, o homem de capuz vem para atacar com o facão levantado acima da cabeça, gritando como um ninja matador e sua espada, embora houvesse entusiasmo parou no chão caído com dois tiros no peito.
- Caralho, sujou meu Nike, seu fdp! - Pegou a carteira dele, tirou 3 notas de 100 reais e jogou em cima do corpo. - Quites.
O barulho dos tiros assustou Mayara, ela saiu de cima de Cinthia, de dentro dela com o dildo, afroxou o fio de cobre que estava enrolado no pescoço dela, para ser asfixiado durante a penetração.
- Mas que porra é essa aqui?
- Liah... Socorro... - Mal podia falar, sua língua estava machucada, a boca seca, o pescoço sangrando.
- Parada aí ou eu corto o pescoço dela com esse canivete. - Ameaçou Mayara.
- Não corta nada.
- Dê mais um passo e verá.
- Você não vai escapar, Mayara. Então, porquê você não poupa nosso tempo e se entrega?
- Você, sempre querendo bancar a conselheira, Kkkk. Não funciona mais. Não! Ou você tá vendo a Hayme aqui com ela? Ela é minha! Ouviu Cinthia? Você é só minha amor...
Mayara abaixou para beijar o lábio frio, com cortes secos, sem perceber Eliane mirou e atirou em seu ombro. Ainda no chão, sentindo o ferimento, Mayara riu quando soube que iria levar uma surra.
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No hospital, Hayme acordava assustada:
- Onde estou? Minha perna... O quê aconteceu comigo? Quem sou eu?