Boa noite! Acabei mais uma parte do meu conto! Está ai, espero que gostem!
Kevina: hahahaha é a opinião dele e eu meio que concordo com ela. Eu ainda tenho muito que aprender sobre a arte da escrita, mas um dia eu escrevo algo realmente muito bom :D
Perley: Ta feia sim, e pode ficar muito pior =S
Ru/Ruanito: Como eu disse, eu gosto muito mais de escrever sobre o que leva um romance a acontecer do que o romance em si, acho que esse conto meio que conta o que acontece antes de um romance... Mas se puder, continue lendo e espero que goste =)
Geomateus: tensíssimo.
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NARRADO POR LUCÃO!
Com meu pau pulsando de tesão, comecei a bater uma punheta. No meio da punheta eu escutei uma voz:
- Que isso mano! Com uma mina gostosa lá em baixo você aqui tocando punheta?
Meu sangue gelou nesse momento. Era Victor que estava falando. Como que eu ia explicar isso pra ele?
Por um segundo eu fiquei sem reação. Depois, sai do chuveiro enrolei na toalha (ainda com pau duro) e dei um esporro em Victor:
- Porra Victor! Eu to tomando banho! Pelado! Não respeita mais não!? – Ele olhou pra mim assustado deu uma engasgada e respondeu com a voz mansa:
- Desculpa cara, não achei que você fosse ligar... Eu acabei de te ver pelado lá em baixo, comendo uma mina... Desculpa! – Fiquei mais calmo nesse momento e logo pensei numa desculpa:
- Foi mal, Victor. É que até agora pouco eu era virgem e parece que só essa vez não foi suficiente. Fiquei pensando em tudo o que eu vi e fiz mais cedo, me deu mais vontade. Tive que fazer isso... – Victor olhou pra mim e deu um sorriso.
- É verdade! Parece que uma vez só não é suficiente. Acho que vou fazer isso também depois que você sair do banheiro! – “Faz aqui comigo, vem cá, eu te ajudo” Pensei. É obvio que eu não disse nada disso, mas bem que eu queria dizer. Para a manter a pose de hétero eu disse:
- Tá bom, mas não se preocupe, eu não vou entrar no banheiro. Já vi muito você pelado do que o limite hétero permite! – Victor fechou a cara para mim e falou:
- Então existe um limite hétero do tanto que um amigo pode ver o pinto do outro? Então, se eu ficar pelado aqui eu sou gay? – Victor tirou sua cueca e eu tive que fazer muita força para não ficar olhando – Eu acho isso um estereótipo ridículo da sociedade! Gay eu sou se eu gosto de ver pintos, ou gosto que homens vejam meu pinto. Se fosse assim, todos do time de handebol seriam gays. Vejo o pinto de todos lá quase todos os treinos, no vestiário. Gay não está no ato de ver, mas sim de gostar de ver. Então para com essa viadagem.
Esperança. Se existe uma palavra para descrever meus sentimentos era essa. Esperança. Eu não sabia desse lado meio liberal de Victor sobre ver ou ter seu pinto visto. Fiquei pensando em como eu poderia tirar proveito da situação.
Depois que eu Victor colocamos nossas roupas, encontramos as meninas na sala. Nós não iriamos dormir lá, pois os pais de Bruninha podiam voltar e eles eram muito bravos com esse tipo de coisa de sair e ficar.
Sentamos na sala e ficamos conversando. Além de conversar, nos beijamos e tudo mais. Ficamos nós quatro ali, preguiçosamente deixando o tempo passar.
Do nada, Bruninha da um pulo do sofá. Ela olha pra mim e pro Victor assustada e fala:
- Meus pais estão chegando. Se eles verem vocês aqui, vai da treta!
Meu coração gelou. Não sabia como reagir. Victor levantou no susto e ficou em choque. Se os pais de Bruninha pegasse a gente ali, provavelmente a gente nunca mais ia ver ela.
- Rápido, se escondam no meu quarto. Vou deixar uma chave lá! Vou convencer meus pais a saírem comigo e com Luana, vou deixar a chave no quarto, ai vocês saem, ok?
Sem nem pensar concordamos. Corremos para o quarto e nos esprememos no guarda roupa da Bruninha. Eu até gostei, pois Victor estava meio que me encoxando e respirando no meu cangote.
Fiquei de pau duro naquela hora, imaginando eu e ele pelados naquela posição. Fiquei pensando mil loucuras para fazer naquele guarda-roupa apertado.
Eu e Victor ficamos em completo silencio, só escutando o que estava acontecendo do lado de fora do guarda-roupa. Tentávamos ao máximo não fazer barulho, nossa respiração era a mais silenciosa possível.
Conversa vai, conversa vem, Bruninha falava aos poucos sobre a ideia de ir comer alguma coisa fora. Os pais deles estavam gostando da idéia, até que por fim escutamos passos dentro do quarto. “Deve ser Bruninha pensei”.
- Mãããe! Onde você tá? – Escutei Bruninha perguntando, ao longe. “Fudeu” pensei.
- No seu quarto! Vim pegar aquele casaquinho meu que tá no seu guarda roupa! – “Fudeu, fudeu, fudeu, fudeu, FUDEU” Pensei.
Nesse momento escutei um som de vidro quebrando e um grito de ai da Bruninha. A mãe dela saiu correndo do quarto para ver o que tinha acontecido. Ficamos em silencio esperando o decorrer da cena.
- Meu Deus! O que você arrumou nesse dedo? – Escutei a voz da mãe da Bruninha, preocupada.
- Eu fui pegar o copo ali em cima, mas ele escorregou, caiu e quebrou na pia. No susto eu coloquei a mão na pia e cortei meu dedo! Ai mãe, ta doendo!
- Calma! Eu e seu pai vamos leva-la à farmácia pra eles desinfetarem e fazerem um curativo. Evandro! Vai tirando o carro da garagem, amor!
- Tudo bem, querida! – Escutei o pai da Bruninha gritar.
Mais alguns instantes tudo ficou em completo silencio. Luana tinha ido com Bruninha para a farmácia. Eu e Victor saímos no completo silêncio da casa. Fizemos o máximo de cuidado para não mexer em nada.
Saímos, trancamos a casa e respiramos aliviados na porta da casa da Bruninha. Mas enquanto estávamos lá, escutamos alguém perguntando:
- Lucão, Victor? Vocês estão bem? – Na hora que a gente olha, era Caio junto com Júlia olhando pra gente com uma expressão de curiosidade.
- Vamos sair daqui, vamos para algum lugar. Lá a gente conta melhor para vocês o ocorrido – Victor disse com a voz cansada.
Fomos para um barzinho, pedimos uma cerveja e ficamos sentados bebendo cerveja enquanto Victor contava o ocorrido. Ele deixou a história muito mais engraçada do que realmente foi. Ele fazia uns comentários que nos matava de rir.
“Por que eu amo ele?” Eu pensava. O jeito que ele contava orgulhoso que estava ali para comer uma menina era ao mesmo tempo gratificante por ele estar feliz e triste, pois eu nunca seria feliz daquele jeito.
O tempo foi passando e nós ficamos ali conversando sobre assuntos diversos. Bruninha mandou mensagem para o Victor: aquela brincadeira tinha custado um ponto no dedo dela. “Se o Victor tivesse ficado em casa comigo, sua namorada estaria bem...” pensei, de modo meio egoísta.
O tempo foi passando e nós fomos embora. Victor foi andando comigo até a porta da minha casa, me acompanhando. “Podia também me dar um beijo de despedida” pensei.
Dei um abraço de despedida nele e entrei em casa. Minha mãe estava na sala. Dei um beijo nela e fui para o meu quarto. Deitei na minha cama e fiquei olhando a minha foto que ficava no meu criado-mudo.
Era uma foto de um ano atrás. Era uma foto que eu tinha tirado com Victor em uma festa que a gente foi. Nesse dia ele estava incrivelmente lindo. Era uma festa de 15 anos, ele estava de terno, todo engomadinho, mas fazendo cara de sexy.
Enquanto eu ficava olhando aquela foto me dei conta que ele nunca seria meu. Uma lagrima escorreu do meu olho. Nesse momento minha mãe entrou no quarto, sentou do meu lado e perguntou:
- Pensando nele, querido? – Não consegui conter as lágrimas. Acenei que sim com a cabeça e abracei minha mãe.
- Desculpa mãe. Eu sei que eu não sou o filho que a senhora queria, mas eu não tenho culpa. É mais forte que eu! – Minha mãe me abraçou também. Comecei a chorar no ombro dela.
- Lucas, você é o melhor filho que uma mãe pode querer. Eu te amo. Amo muito meu querido. Não se preocupe com nada, conte sempre comigo meu anjo – Depois de escutar isso da minha mãe, chorei mais ainda.
Ela saiu do quarto e fiquei deitado. Por fim, cai no sono, abraçado com a foto.