-Rafa? – Disse eu dois segundos antes de me atirar em cima dele, ele me envolveu em seus braços me apertando contra seu peito, afundei meu rosto em seu pescoço pra poder sentir seu cheiro, meu coração parecia que ia sair pela boca, eu podia sentir seu coração acelerado batendo próximo ao meu.
-Eu te amo tanto! – Disse ele, ouvir sua voz fez meu coração bater mais forte, ele me afastou dele e segurou meu rosto com as duas mãos. – Você não mudou nada sabia? Continua lindo, muito lindo!
-Eu senti tanto a sua falta... – Disse eu.
-Eu também senti, você é o amor da minha vida e nada vai mudar isso! Eu quero fazer uma coisa, mas antes eu preciso saber, você esta comprometido? – Disse ele olhando no fundo dos meus olhos, nós ainda estávamos no meu portão.
-Não, e você?
-Não... – Disse ele aproximando seu rosto do meu, me puxou pra perto de si, envolveu minha cintura com os seus braços, entramos abraçados e ele fechou o portão com os pés. – Você esta tão cheiroso. – Disse ele beijando meu pescoço e o decote da minha camisa. – Posso te beijar?
-Deve! – Disse eu, ele segurou meu queixo me fazendo olhar em seus olhos, foi aproximando seu rosto do meu, eu podia seu calor perto do meu rosto, podia sentir sua respiração e seu halito fresco, quando seus lábios macios tocaram os meus eu fechei meus olhos, sentir o sabor dos seus lábios me fez explodir por dentro, nós estávamos dando um beijo calmo e suave, apenas relembrando as sensações, apenas saboreando um ao outro, seus braços me apertavam mais contra seu corpo, eu envolvi meus braços em seu pescoço o sentindo chupar meus lábios, logo senti sua língua invadir minha boca, quando nossas línguas se tocaram foi como se uma corrente elétrica passasse por todo o meu corpo, ali foi o ápice do nosso beijo, nossas línguas exploravam a boca um do outro e se entrelaçavam vez ou outra, ele sem querer bateu seu dente no meu e deu uma risadinha abafada. Terminamos o beijo com selinhos e ficamos nos encarando.
-Parece um sonho... – Disse eu passando as mãos no rosto dele.
-Se for eu não quero acordar. – Disse ele dando um selinho em mim.
-PIRANHA! Já esta enroscado num macho? Não respeita o dia de Natal! – Gritou meu irmão Julio, mas quando nós viramos pra olhar ele se espantou quando viu o rosto do Rafa. – Caralho véi, é tu mesmo Rafa?
Ele correu abraçou o Rafa.
-Caraca véi, meu irmão disse que tu tinha ido pra Bahia, tu voltou por causa dessa piranha? – Disse meu irmão dando um soco no meu braço.
-Eu voltei pelo amor da minha vida! – Disse ele segurando meu rosto e me dando um selinho na frente do meu irmão.
-Kk’s Que viadagem! Entra cara, todo mundo vai adorar te ver! – Disse meu irmão, o Rafa entrelaçou seus dedos nos meus e fomos em direção a porta de entrada.
-Que demora, a Xamba trouxe a ceia de natal inteira? – Perguntou meu pai achando que a irmã dele tinha chego, quando viu o Rafa meu pai levantou do sofá e ficou o encarando. – Rafael?
-Como você esta tio? – Disse ele estendendo a mão, meu pai segurou em sua mão e o abraçou.
– Menino, a gente sentiu muito a sua falta! Meu filho sofreu muito, mas sei que você foi obrigado a ir embora! Você é um filho pra mim, quando você foi embora essa família sentiu muita a sua falta.
-Pois é tio, eu queria explicar isso! – Disse ele, minha mãe e meus irmãos foram super felizes com a volta dele, minha mãe entupiu ele de comida. Meus pais e meus irmãos saíram pra comer nos vizinhos, mas eu preferi ficar ali com o Rafa, era estranho porque ele não tinha mudado nada, mas parecíamos meio “estranhos” um pro outro. Estávamos na sacada do meu quarto conversando e olhando as estrelas.
-Eu senti muito a sua falta. – Disse ele passando as mãos no meu rosto, eu segurei suas mãos e dei um beijo. – Eu fiquei por lá por dois anos, meus avós não deixavam nem eu ver a coir de dinheiro com medo de eu comprar uma passagem e fugir de lá! Eu consegui um trabalho por lá e comecei a juntar dinheiro, consegui o suficiente pra comprar uma passagem de ônibus e voltei! Como meu coração doía quando eu pensava em você, meu leke sapeca!
-Eu já deixei de ser um “leke” kk’s – Disse eu dando um selinho nele.
-Mas esse olhar de menino que eu amo continua ai, sabe? Olhar de menino que sorri muito, por isso tem os olhos puxadinhos e com marcas de riso, acho lindo quando você sorri, você fecha os olhos quando sorri! – Disse ele sorrindo e me fazendo sorrir também, eu corei, pude sentir minhas bochechas esquentando.
-Você namorou alguém nesse meio tempo? – Perguntei eu.
-Eu? Kkkk’s Meus avós nem me deixavam botar a cara na janela e mesmo se deixassem eu não conseguiria olhar pra alguém e não lembrar de você, de não te comparar, você foi o único! E pretendo deixar que continue assim, eu te amo, muito! Ainda amo.
-Eu também te amo! – Disse eu dando uma série de selinhos nele.
-Quer namorar comigo? De novo. – Disse ele sorrindo.
-Claro que quero seu bobo, mas eu vou voltar pra São Paulo depois do ano novo, eu não quero me separar de você, já ficamos muito tempo longe um do outro não acha? – Disse eu o encarando com o coração apertado.
-Eu vou pra São Paulo contigo então, garoto, você não percebeu que eu vou te seguir aonde você for! Você não vai se livrar de mim assim tão facilmente viu? Kk’s
-E nem quero “Mon Cher” – Disse eu olhando dentro de seus olhos, ele me encarava com olhos de admiração sabe? Como se eu fosse à pessoa mais incrível do mundo, ele me faz sentir assim, como se eu fosse perfeito.
-Você ainda dança?
-Claro, eu sou professor da dança em São Paulo agora.
-Sério? Que incrível! – Disse ele, seus olhos brilharam.
-Pois é, eu recebi a proposta do filho do meu chefe, fui pra São Paulo e comecei a dar aulas pros dançarinos da boate de lá! E você o que esta fazendo?
-Atualmente eu estou morando no apartamento da minha avó, ela faleceu e deixou pra mim, eu estou procurando em emprego e sobrevivendo...
-E seu pai? Não te ajuda?
- Eu não falo mais com os meus pais, eles sabem que eu voltei, mas nem fizeram questão de saber se eu estou comendo ou não, eu estou muito feliz por isso! Já estava na hora de eu viver a minha vida! – Disse ele olhando pra lua que brilhava linda e majestosa, a lua é tão clichê, sempre presente nas musicas, versos e poesias, sempre iluminando a noite dos apaixonados ou fazendo companhia às almas solitárias.
-Você nunca vai se sentir sozinho, eu nunca vou sair do teu lado e minha família te adora! Você é e sempre vai ser parte dessa família! – Disse eu o abraçando e sentindo seu cheiro, eu amo o cheiro dele, me faz viajar no tempo, lembrar de nós dois deitados no tapete fazendo amor e olhando nos olhos um do outro, sentindo suas mãos passeando pelo meu corpo.
-Então, vamos esquecer um pouco tudo isso e falar de você né? – Disse ele me pegando pela cintura e me fazendo sentar em seu colo. Passou as mãos pela minha cintura e deu uma fungada no meu pescoço. – Como meu lindo professor esta? Esta gostando de dar aula? Esta gostando de São Paulo?
-Eu estou amando dar aulas, e também estou gostando de São Paulo, só estou um pouco desacostumado com o tempo, ela é meio friozinho, e aqui no Rio é sempre quente e ainda estou me acostumando com o frio de lá.
-Kk’s Logo você que sempre adorou se bronzear na laje, sempre querendo deixar essa pele morena ainda mais morena, eu amo a sua pele, a cor dela é tão linda. – Disse ele passando as mãos pelo meu braço.
-Você acha? Eu tô me sentindo o garparzinho por não estar me bronzeando toda a semana! – Disse eu virando meu rosto pra ele, mas ele me surpreendeu roubando um beijo meu, coloquei minhas mãos em seu rosto, eu estava sentado em seu colo, ele colocou as mãos na minha cintura e pressionava meu corpo quando o seu, senti tanta falta dele, eu percebi que poderíamos ficar nos beijando pela eternidade, eu morreria naqueles lábios, morreria feliz.
-Você... – Disse ele saindo do beijo, pude ver seus olhos cheios de lágrimas.
-Eu?
-Você é o único que eu realmente amei e amo, em nenhum momento eu desisti de nós, eu sabia que íamos nos ver novamente! – Disse ele, eu voltei a beijar seus lábios, como eu pude viver sem ele? Sem o gosto dos seus lábios, sem seus olhares pra mim, sem os toques suaves que ele da no meu rosto e sem seu sorrisoEstava eu, minha família e o Rafa na sala abrindo os presentes que meu pai colocou debaixo da arvore de natal. Meus pais sempre adoram esses momentos, assim que terminássemos de abrir os presentes nós íamos comer a ceia, meu pai sempre dizia “Se o presente for uma merda, a gente esquece a raiva enchendo o cu de comida”.
-Gente, ainda sobrou um presente! Tá escrito na etiqueta “De: Julio/ Para: Piranha”, quem será? Kkk’s – Perguntou meu irmão Roberto.
-Kkk’s Deve ser a mulher dele! – Disse eu.
-É pra você irmão! – Disse o Julio pegando o presente e dando em minhas mãos.
-Deixa eu ver, uma vez você me deu cocô em uma caixa, se for isso eu juro por Deus que jogo na tua cara! – Disse eu abrindo a caixa.
-Pode confiar, eu acho que você vai gostar! – Disse ele.
Eu abri a caixa e dentro tinha uma camisa linda, toda preta com detalhes nos ombros, muito linda.
-Irmão, que linda! – Disse eu o abraçando. – Obrigado! Olha, até que você sabe escolher bem viu? Finalmente você virou gente e parou de dar presente “sem noção”.
-Pois é, eu comprei ela baratinha no bazar da igreja! Eles estavam vendendo barato porque um cara morreu usando essa camisa e ficou com ela uns três dias depois de morrer! – Disse ele rindo.
-Kkk’s Muito engraçado, eu sei que é mentira porque ainda esta com etiqueta e esta com cheiro de loja! – Disse eu levando a blusa ao meu nariz e cheirando.
-Eu também tenho um presente pra você! – Disse o Rafa saindo da sala, ele foi até a sua moto e voltou com um lindo embrulho na mão.
-Hmm, o que será? – Perguntei eu, ele me entregou o presente, senti que é bem pesadinho.
-Eu vi esse presente numa das vezes que meu avô me levou ao centro comercial com ele lá na Bahia, eu v isso numa vitrine e implorei pro meu avô comprar, ele achou que era pra mim, mas eu o guardei embrulhadinho todo esse tempo pra você! – Disse ele me olhando abrir o embrulho, quando eu abri vi uma linda estatueta de bailarino na cor prateada.
- Rafa, isso é lindo! – Disse eu o abraçando.
-Quando eu vi pensei logo em você! – Disse ele sem sair do meu abraço e me apertando, ele chegou com a boca perto do meu ouvido e disse: - Meu lindo bailarino.
-Eu continuo sendo seu “lindo bailarino”?
-Você nunca deixou de ser! – Disse ele ainda me abraçando.
Nós comemos a ceia rindo por causa das bobagens que eu e meus irmãos falávamos, depois meus pais foram na casa da minha avó, meus irmãos foram ficar com suas namoradas e eu fui pro apartamento do Rafael.
-Vamos? – Disse ele assim que saímos do portão, ele subiu em sua moto e estava me estendendo um capacete.
-Claro, mas você sabe que eu vou pilotar né? – Disse eu pegando o capacete.
-Fique á vontade senhor! – Disse ele sorrindo e dando espaço pra eu sentar na moto, ele se segurou em minha cintura e deu um beijo na minha nuca. – Eu ainda não acredito que você realmente esta aqui!
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*Narração do Rafael.
Eu mal consigo acreditar que ele realmente esta ali comigo, eu segurava forte em sua cintura e fungava em sua nuca sentindo seu perfume que me traz tantas lembranças.
-Diogo, você dirigi muito rápido. – Disse eu apertando sua cintura.
-Desculpa. – Disse ele desacelerando.
Quem mandou você desacelerar? – Perguntei eu.
-Mas eu...
-Eu quero que você acelere, eu sou viciado em adrenalina, principalmente com você! – Disse eu, ele acelerou e eu pude sentir meu coração acelerar, eu me senti vivo.
Chegamos ao meu apartamento, ele desceu da moto e ficou me encarando.
-É aqui que você mora? – Perguntou ele. – Eu sempre achei esse bairro uma gracinha!
-Eu me mudei pra cá por sua causa, esse lugar me lembra de você! Lembra quando nós ficávamos naquela pracinha deserta que tem aqui perto? Eu sempre ia lá e ficava lembrando de nós.
-Rafa, que lindo! – Disse ele me dando um selinho na porta do meu prédio, nós subimos o elevador aos beijos, eu enfiei minha mão pela sua roupa e comecei a acariciar suas costas, sentindo a maciez da sua pele e a facilidade que minhas mãos deslizavam pela sua pele morena e reluzente, eu desci meus lábios até seu pescoço, deixei meu lábio inferior se arrastar pela sua pele, pude sentir que ele se arrepiou, eu beijei o caminho do seu pescoço até seu peito, o peguei no colo, ele enlaçou suas pernas na minha cintura, eu segurei por aquela bunda deliciosa e saímos do elevador.
-Deixar eu pegar as chaves. – Eu peguei as chaves com ele no meu colo, o pressionei contra a porta e mordi seu pescoço, abri a porta e o levei pra dentro.
-Seu apê é uma gracinha! – Disse ele ainda em meu colo olhando meu apartamento.
-Obrigado! – Disse eu, ele desceu do meu colo e foi até a estante, pegou um porta-retratos com uma foto nossa e ficou olhando.
-Eu também tenho essa foto, esta num porta-retratos no criado mudo ao lado da minha cama! – Disse ele.
Eu segurei em sua mão e mostrei pra ele NOSSO novo apê, pelo menos até ele voltar pra São Paulo, ai NÓS DOIS vamos ter que nos mudar pro apartamento dele.
-Quer beber alguma coisa? – Perguntei eu o levando até a cozinha. – Vinho talvez?
-Eu adoraria... – Disse ele fazendo uma cara de “leke sapeca” que me tira do sério, eu quase o peguei pela cintura, joguei em cima da pia e fiz amor com ele ali mesmo.
Eu peguei uma garrafa de vinho tinto suave e levei pra sala, nos sentamos no chão em almofadas, colocamos o vinho na mesinha de centro , coloquei um pouco de vinho em nossas taças, fui até o rádio e coloquei numa rádio de musica bem suaves.
-Nossa musica. – Disse ele assim que começou a tocar “Ai que saudade d’ocê” na voz do Zeca Baleiro.
-Ela conta a nossa história! – Disse eu, olhando em seus olhos.
Ele foi se aproximando de mim, pude ver o desejo em seus olhos, pude sentir o cheiro do seu tesão, ele estava mordendo os lábios, se sentou em meu colo, passou as mãos em meu rosto e deu um selinho na ponta do meu nariz.
-Faz amor comigo como se fosse a primeira vez... – Disse ele me olhando nos olhos, não tem nem como recusar um pedido desses, eu tirei a camisa dele e ele tirou a minha, passou as mãos pelo meu peitoral e mordeu meu pescoço, eu segurei em sua cintura e fui lentamente o deitando no tapete, comecei a beijar sua barriga, beijei cada gominho daquela barriga linda, fui subindo dei um beijo no meio do seu peitoral, dei uma mordidinha e uma lambida em cada um dos seus mamilos e fui subindo, beijei seu pescoço e dei uma mordida, fui subindo até meus lábios encontrarem os seus, tão quentes e macios.
Continua...
Hoje eu ia responder os comentários, mas estou muito cansado, to quase pegando no sono em cima do teclado kkk’s
Todos que leem meu conto, os que comentam e até os que não comentam! Obrigado por lerem meu conto, por apreciarem minha arte, porque é isso o que eu posso oferecer a vocês, obrigado do fundo do meu coração, vocês me dão força e inspiração pra escrever! Beijos e Abraços... :*
Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por ter lido o meu conto! XOXO ♥