Império - Parte 08 - Parte 2.

Um conto erótico de Mr. Grey.
Categoria: Homossexual
Contém 1856 palavras
Data: 04/10/2014 00:08:26
Última revisão: 26/10/2014 02:26:23

Império – Um final para nós dois é um grande talvez – Parte 08 – Parte 2.

* * *

Ficamos nos encarando por alguns segundos, segundos demais até que ele me despertou do torpor de medo que eu estava sentindo com um estalo de dedos. Não estava com medo de ir até a antiga casa do Cláudio, nem medo de debater os assuntos pendentes com sua ex-mulher e sua filha, eu estava mesmo era com medo do Miguel, a sua presença, não sei por qual motivo me causou um medo antigo. Ele já me mostrou do que é capaz, e não quero que me mostre outra vez atingindo o Cláudio, da mesma forma que atingiu o Eduardo, deixando-o quase paraplégico, e como quase matou o namorado do irmão do Eduardo, o Michael.

O Cláudio me guiou até meu carro, abrindo a porta para que entrasse em seguida, pedi para que ele fosse dirigindo durante o caminho, pois eu não estava nem um pouco afim de realizar esse ato, já que meus pensamentos teimavam em gritar comigo.

O trajeto até a antiga moradia do Cláudio foi cruel, o transito não estava facilitando no esquecimento dos tais pensamentos que roldavam a minha mente, jogando-me num poço de solidão e sofrimento quase eterno. Sei que posso parecer um pouco dramático demais, mas o fato não é só, ou melhor dizendo, a questão não é apenas essa. Quando algo que você pensou em nunca mais ver na vida ressurgi, o seu são desaba e você se sente perdido em meio de diversas trilhas sem saber para onde ir.

Finalmente chegamos, ele estacionou o carro com frente à casa e descemos. O meu coração parecia querer sai pela boca, e sendo que eu não estava nervoso, nem algo do gênero. Ele entrelaçou seus dedos em minha mão e eu me sentir seguro para adentra aquele ambiente que em breve se tornaria cena de final de novela, ou não.

- espera. – pedi a ele antes que me arrastasse em direção a casa. Que era muito bonita do lado de fora, com um gramado verde, bem aparado sendo atravessado por uma pequena passarela de mármore branco com alguns degraus dando em direção a porta enorme de verniz branco brilhante e com um puxador de prata no lado esquerdo. Bem casa de rico.

- não podemos espera. Quanto mais perdemos tempo, menos chance temos de impedi-la a publica o vídeo, senão... melhor não cita a frase depois do senão. Não, não fique nervoso.

- eu não estou nervoso, é que... durante o caminho. Sabe, eu fiquei pensando, na verdade me perguntando uma coisa... – me perdi em meio as palavras, não sabia qual reação teria elas sobre ele, mas ignorei essa possibilidade e continuei. – como você descobriu, quero dizer: como você descobriu do pen-drive, e o que existia dentro dele¿

Ele suspirou fundo e disse:

- ela mesma mostrou. Aposto que isso tudo só está acontecendo por causa do William, eu descobrir muitas coisas nesses últimos dias a respeito dele e da Clarisse. Eu realmente, fui enganado a minha vida inteira.

- o que você está querendo dizer com isso¿

- que eu descobri que a Clarisse não é minha filha... – ele suspirou para não concluir a frase, o seu olhar passou de preocupado pra tenso em um estala de dedos. – ela é só filha da Michele, não minha, o teste de DNA comprova isso, só não faço ideia de quem quer que seja o pai dessa criatura repugnante. E não duvido muito que ela não saiba que eu não sou o pai dela, eu acho que ela sempre soube que eu não era... toda essa vida, as duas mulheres de minha vida, mentiram pra mim.

- então era por isso que você saia tanto, por que não me contou antes¿ Então ela sabia de suas saídas, ela tem te viageado, ela sempre soube de tudo e sabia que ele pen-drive desabilitaria a nossa relação, por sorte... eu o quebrei e pedi toda a verdade a você, meu Deus, estamos nos dando com pessoas muito espertas. - falei levando a mão a boca e em seguida passando-a pelo cabelo.

Toda essa informação me deixou muito confuso, mas não por muito tempo, logo a ficha caiu e foi então que eu percebi que qualquer que fosse o amor que o Cláudio sentia pela “filha”, ele se esgotou. O que pra mim foi como quase como um tapa na cara, os dois eram tão próximos que era meio impossível não dizer que eles eram pai e filha de sangue, certamente, esse mundo é muito louco.

- não se preocupe, isso vai para. Nem que eu seja obrigado a...

- não, não vai faze merda nenhuma Cláudio.

- não disse que iria fazer merda, disse¿

- eu... não sei mais o que fala a respeito disso tudo.

- não tem o que fala, você não sabe nem um terço de como essa história é verdadeiramente complicada. Eu próprio fiquei chocado, quanto mais você.

- realmente, é muito chocante.

- vem cá, me acalma um pouco. – disse ele se encostando no carro e me puxando para um beijo. Um beijo calmo, e sonolento.

- que puta falta de vergonha... dois gays, na verdade, seres repugnantes se beijando em plena luz da tarde, ou ficaria mais bonito quase fim da tarde, a foda-se, pouco importa. Mas me causa ânsia sabia¿ Ver a pouca vergonha de duas aberrações, e ainda assim, no ar livre como se tivessem liberdade, seus nojentos. – disse uma voz da qual era-me muito familiar. William.

- William. – suspirou Cláudio assim que parou de me beija.

- irmãozinho. – ele torceu o lábio como se estivesse mordendo a parte de dentro da bochecha. – explique-me qual o motivo de sua visita a minha residência¿

- sua residência¿ - perguntou Cláudio rindo – essa casa é minha. – completou.

- objeção. – ele levantou o dedo indicador e apontou em minha direção. – essa casa era sua. – mas não entendi o motivo dele está apontado para mim e não para o Cláudio. – e você, ou melhor vocês não deveriam nem está aqui, insolentes, saiam, vocês poluem minha visão.

- sabe, o que eu acho engraço em você é o fato de ter tanto ódio da gente por sermos gays. Já se perguntou William¿ Se esse todo o seu ódio não é o amor adolescente gay que você mal pode viver¿ Ou começou a viver e ele do nada de colocou pra escanteio. – falei encarando-o.

- não me compare a sua raça, seu nojento, seu ser... seu ser... vagabundo. – disse ele vindo em minha direção com a mão fechada e o punho cerrado, pronto para me dar um soco, mas o Cláudio entrou na frente impedindo-o de atingir e segurou ele pelo pulso.

- eeee, ficou nervosinho assim por quê¿ Peguei no seu ponto fraco querido William¿ - perguntei de forma debochada e ele tentou se liberta da mão do Cláudio, mas provavelmente era fraco demais pra isso.

- Kleber... não força. – pediu Cláudio.

- me larga, eu vou mata esse desgraçado. – e por fim ele tirou a mão do Cláudio de seu pulso e avançou em minha direção.

- mas o que é que está acontecendo aqui¿ - perguntaram, mas desta vez não reconheci a voz. Pois eu não fazia mesmo ideia de quem era, era um garoto de pele branca, com mais ou menos vinte a dezenove anos, olhos azuis e cabelos pretos.

E o William ficou paralisado, como se estivesse ouvido o som de algo desconhecido ou próximo disso. Seja lá quem for esse garoto, tenho que agradece-lo, pois ele salvou a minha cara de ser deformada pelo psicopata do meu ex-chefe.

- Andrew. – disse Cláudio, e correu para abraça-lo.

- Pai. – disse ele assim que o abraçou. Lindo garoto, igual o pai – pensei.

Empurrei o William, que caiu de bunda no chão e corri para o mais longe possível dele. O Cláudio e o Andrew me encaravam, o Andrew com olhar de surpreso e o Cláudio com o olhar de que teria que explicar outra história, mas não estava nem um pouco afim de ouvi-la, não agora.

- então ele é o seu namorado, pai¿

- sim filho, ele é o Kleber... mas não temos tempo pra apresentações, vamos entra. – disse Cláudio pegando na minha mão e me arrastando em direção a porta.

- não deixem eles entrarem... – gritou William, mas nenhum de nós se virou para olha pra ele.

- pai... quando o senhor me contou eu não conseguir acredita... eu, eu estou incrédulo, minha mãe uma mentirosa.

- esse mundo guarda tantos segredos meu filho, que não sabemos mais em quem confiarmos. – disse Cláudio abrindo a porta. Entramos e lá estava Michele, sentada em um sofá de couro preto, com uma espécie de lanche da tarde em uma bandeja assistindo ao um programa de culinária na TV acabo. Não sabia que pessoas ricas tinham tempo para isso.

- mas o que... – disse ela olhando em nossa direção e se levantando do sofá repousando a bandeja, que provavelmente era de prata, no centro. – o que vocês estão fazendo aqui¿ Veio me humilhar pessoalmente Cláudio¿ Passa esse daí em minha cara, afirma que ele faz mais gostoso do que eu na cama¿

- deixa de drama mãe... – pediu Andrew com a voz firme.

- até você vai fica do lado do seu pai, vai do lado da espécie deles Andrew¿ Você também é gay meu filho¿ Ai senhor... que decepção.

- decepção é a senhora, ou melhor, você. Pois todo o respeito que eu sentia, acabou, você é uma mentirosa, manipuladora e falsa, você não presta mãe.

- o que você está insinuando meu filho¿ - perguntou ela com a cara de sonsa, como senão soubesse do que ele realmente estava falando. – por que você está do lado do seu pai e não do meu, a mulher que te criou, que sempre te deu atenção. Por quê¿

- porque ele nunca mentiu em relação a nada, ele sempre foi claro, sempre jogou verde pra pode colhe maduro. Já a senhora por outro lado, sempre mentiu, deixou que eu pensasse que a Clarisse... era minha irmã gemia, sendo que aquela vadia que está chantageando meu pai é um ano mais velha que eu, a senhora. Você – ele se corrigiu. – é uma víbora.

- chantageando¿ - perguntou ela com um olhar de incredibilidade.

- não se faça de inocente Michele. – disse Cláudio se pronunciando pela primeira vez em que entramos. – você sabe muito bem que a Clarisse abriu um processo contra o Kleber, e que também tem um vídeo intimo nosso e nos planeja nos destruir moralmente.

- dessa eu não sabia. – e ela parecia mesmo está falando a verdade. – Clarisse. – gritou ela. – Venha aqui embaixo agora...

- já vou mãe. – gritou uma voz abafada.

Fez-se silencio. E depois barulhos de passos pelo hall da casa.

- mas o que... – disse ela sendo pega de surpresa pela nossa presença.

- sua casa caiu princesinha. – falei rindo e encarando-a.

Ouvi o barulho de sapato contra o piso, e virei-me para olhar quem era, era o William vindo em minha direção, e ele estava correndo, não que o espaço fosse grande demais para ele realiza o ato, mas mesmo assim estava. Ele se jogou no ar, e eu senti seus braços entrelaçando a minha cintura, e meu corpo sendo jogado em direção ao chão, e o impacto da minha cabeça batendo contra o piso e tudo ficando preto...

* * *

Até a próxima...

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