3 horas da manhã, sou acordado com uma notificação, então abro os comentários e tem um pelo qual meus sentimentos fizeram escrever mais um capítulo, obrigado Ivana pelo carinho. Esse conto vai especialmente a você e ao Andim, que é quem tanto me encoraja e escrever. Obrigado, de coração.
Dito isso,Matheus levantou da cama e saiu, saiu calado. Eu sei com que a forma que pedi para ele sair foi ruim, mais sabe aquele momento em que você sabe? Em que tem milhares de estrelas gritando o nome dele, e aquela sensação de que você pode saber tanto,sem saber de absolutamente nada? Então, foi nesse o momento em que eu soube, pois eu acho que se nós tivéssemos algumas palavras seria apenas para tropeçar no longo Adeus.
Levantei e fui ao banheiro tomar banho, porém, encontrei ele ainda na sala de jogos, não sabia o que falar, dei meia volta e voltei para a minha cama, e acabei adormecendo. Na manha seguinte sabia que teria que encara-lo, mais evitaria isso o quanto fosse possível, mais não tardou muito ate eu ve-lo, ele não aparentou reação alguma, nem vergonha pelo que havia acontecido, nem arrependimento, e muito menos falou comigo. Sim, ele fingiu que não me conhecia, ele estava me ignorando e eu ignorava ele, parecia uma disputa de quem se importava menos, eu procurava ficar o menos possível próximo dele, e ele fazia silencio total.
Mais eu me perguntava, será que esse silêncio tem matado ele assim como tem me matado? Demorou exatamente uma semana esse silencio ser quebrado, eu estava parado na porta ate que ele apareceu, eu como sempre, fingi não ver ele, mais ele chegou próximo de mim, e eu sentia o calor dele, eu sentia que ele era o tipo que deveria me fazer sair correndo, mais eu sei que eu não conseguiria ir muito longe, então, sai e fiquei parado no degrau de fora, e ele ficou atrás de mim, ate que eu sinto a mão dele inconfundível me empurrando, apenas olhei pra ele e sai dali, eu não queria que ele notasse que meus sentidos estavam totalmentes entregues a ele.
Bom, por um lado isso foi bom para quebrar o gelo em que estávamos, e eu não posso dizer que não gostei disso.
Nós não voltamos a conversar, pois como eu falei nos contos anteriores, eu e ele conversavamos pouco, quase nada, mais nossa "relação" aparentemente havia voltado a ser a "mesma"
Passou algum tempo nessa mesma coisa, conversavamos o básico, não tocavamos jamais no assunto sobre o que havíamos passado, nem nada.
Lá em casa as coisas estavam um pouco problemáticas, pois eu já havia contado sobre minha sexualidade, mais minha mãe ainda estava em fase de aceitação, também havia conhecido um cara fora do exército e estavamos meio que em um namoro, isso não vem ao caso no conto, mais é uma parte importante que eu estou relatando. Então em um dia qualquer, fui posar no quartel, o bom de estar no exército é que se você sair e para não voltar tarde pra casa, você pode posar lá, mais eu como estava de serviço no outro dia decidi posar lá, pois nao precisava acordar taaaaaao cedo para me arrumar e pegar o ônibus.
Cheguei lá, arrumei dois beliches novamente, fazia isso pois os pias dormiam com as janelas abertas, então ventava muito, e com as barreiras de colchão ficava melhor. Arrumei no meio do corredor e fui no banheiro escovar os dentes, comecei a descer as escada e logo paro, eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, só poderia ser satanás atentando, e era mesmo, ali, parado na minha frente, ele, Matheus!
_ O que você ta fazendo aqui Matheus?
_ Eu que te pergunto. Eu estou de serviço, e você veio posar aqui por que?
_ Porque eu estou de serviço amanhã!
_ Huum sei sei.
_ Burning is Red. Falei pra ele, pois estava ouvindo a música RED da Taylor Swift.
_ O quê?
_ Falei , queimando em vermelho, ou vermelho flamejante, estudar as vezes faz bem.
_ Oloco.
Dito isso ele saiu dando risada, e eu fui escovar os dentes me perguntando o por que do destino ser assim, por que eu tinha que ter vindo posar no quartel justo hoje?