Respondendo a dúvida do leitor Vi(c)tor, a minha conta é usada por mais de uma pessoa, por isso esse número grande de textos. Você não me ofendeu fofo. Beijos
Cap. 9
NARRADO POR LUCAS
Eu tomava uma xícara de café, olhando pra ele, que sorria. Foi quando me lembrei do que tinha achado.
- Ah, Marcos, eu queria mostrar isso pra você- peguei a página do CREAP- é um centro de reabilitação. Porque a gente não vai lá, depois ?- ele leu, e olhou pra mim.
- Eu tenho vergonha- fechou os olhos, e baixou a cabeça. Por algum motivo, toquei o seu rosto, e o ergui.
- Porque ter vergonha ? Você não vai ser o único com esse problema lá. Você vai lá pra procurar ajuda !- ele suspirou e falou.
- Você vai comigo ?- sorri.
- Vou- ele parecia mais alegre. Olhei pro relógio, e percebi o quão atrasado estava- nossa, a gente tá atrasado, vamos- puxei ele pelo braço e saímos quase correndo.
TEMPO DEPOIS
Ainda não tinham fechado o portão, havíamos conseguido entrar. Os alunos já estavam todos na sala. Subimos rapidamente as escadas e batemos na porta.
- Podemos entrar ?- perguntei, vendo em seguida a professora balançar a cabeça, afirmando. Entramos e me sentei em meu lugar. Vi ele sentar ao meu lado. Olhei pra cadeira atrás, e não vi o japonesinho- porque será que ele não veio ?
NARRADO POR RYU
Ai, como estou doente. O médico disse que é dengue. Só quem já teve sabe que é horrível. Eu não esperava pegar essa doença ocidental. Mas peguei. Agora não posso ir pra aula. Meu corpo dói bastante, e a febre é alta. E a única pessoa que eu queria ver agora era o Lucas. Será se eu ligo ? Acho melhor mandar uma mensagem. Poxa, logo agora que vai ter o festival da cultura japonesa. Acho que ele ia adorar ver.
" Lucas, sou eu, Ryu. Eu não pude ir pra aula hoje, acabei descobrindo que estou com dengue, e tenho que esperar um tempo em repouso " esperei ansiosamente para que ele respondesse, e não demorou muito pra isso.
" Oi japonesinho. Já estava sentindo sua falta. Que pena que você está doente, quer que eu vá ai te ver ?" ai que meigo.
" Eu não quero dar trabalho" mentira, eu queria que ele viesse.
" Não é trabalho nenhum, você mora no Laguinho, eu já aproveito que tenho uma coisa pra fazer por ai e passo ai " sorri
" Tudo bem então. Te espero. Sayonara"
" Kkkk beijos fofo"
Eu amo o jeito que ele me trata, eleva minha alto estima, deixa meu coração nas nuvens, tira meus pensamentos da razão, e leva tudo pra ele. Estou apaixonado ?
NARRADO POR LUCAS
A aula havia terminado, e combinei com Marcos que o esperaria em casa.
- O que, eu não acredito que você tá ajudando o Marcos !- ela estava de boca aberta.
- Fecha ou então entra mosca-falei, a fechando com minhas mãos.
- Kkkk mas, não foi ele que fez tudo aquilo ?
- Foi. E apesar de ter me ferido profundamente, eu não consegui guardar rancor dele. Ele parece realmente arrependido, fora que ele não tem ninguém que o ajude, já que todos fugiram, então serei eu que o ajudarei- ela sorriu.
- Você tem um coração ou uma manteiga ai dentro ?- sorri.
- Sinceramente não sei
TEMPO DEPOIS
Estava terminando de fazer o grude, digo, comida que eu comeria. Logo percebi ele chegar.
- Até que enfim Marcos, estava preocupado- abri a porta e quase caio pra trás. Tá gente, eu tinha que assumir. Ele ainda era um gostoso. E usando aquela roupa, ficou ainda mais lindo. Estava meio parecido com esse garoto https://fbcdn-photos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t___n.jpg?oh=72f374528a57baddadc9f7&oe=54CEEA94&__gda__=_8ab11466aedfa5d5027a40de87cEstava sorrindo. Parecia que toda a sua animação tinha voltado
- E então ? Vamos.
- V-vamos- fechei o apart, e saímos. Fomos andando, pois o bairro ficava perto. Logo paramos, em frente ao local. Olhei pra ele, parecia nervoso- vamos entrar ?
- Claro- lentamente subimos as escadas, e entramos. Logo chegou uma mulher.
- Olá, posso ajudar vocês, me chamo Marina, sou a diretora desde local- ela sorriu e nos cumprimentou.
- Nós viemos saber como funciona tudo aqui- o puxei e coloquei meu braço em seus ombros- ele está passando por esse problema, e ele quer mudar.
- Bem, pelo que entendi você está disposto a fazer o tratamento- ele balançou a cabeça, concordando- bem, você sabe que tem que ficar internado né ?- novamente balançou a cabeça- pois bem. Se ele for mesmo fazer o tratamento, ele terá que viajar para Porto Grande. O nosso sítio fica na zona rural do município. Lá, ele ficara isolado do mundo exterior, por 6 meses, sem contato com o mundo exterior. É necessário que se fique isolado, para que não tenha como ele fazer algo impensado. É um tratamento bem difícil, e é necessário apoio daqueles que você mais gosta, família por exemplo- ele olhou pra mim.
- A minha família se afastou de mim doutora. Hoje, a única pessoa que eu tenho é ele- falou, apontando pra mim. Na minha cabeça soou estranho, mas eu deixei passar.
- Pois bem, então você deve apóia-lo. Através de cartas e alguns presentes legais. Deve mostrar que você quer ver ele vencer. Como é seu nome ?
- Marcos
- Então, Marcos. Como eu disse, nos primeiros dias é difícil. A abstinência faz você ficar agitado, e irritado. Mas com as atividades que você vai fazer lá, cada vez mais sua mente vai tirar aquilo da cabeça. Não utilizamos nenhuma droga no tratamento. Apenas psicólogos e atividades, que farão você esquecer as drogas, entendeu ?
- Sim- ele já estava menos envergonhado. Até sorria.
- Pega esse formulário e leva pra casa. Se você for realmente fazer o tratamento, você vem e se inscreve. É gratuito, pois somos sustentados pelo governo. Mas não se esqueça, você vai ter benefícios que durarão pra sempre com esse tratamento.
- Ok
- Obrigado por tudo garotos, até a próxima.
- Até- lentamente saímos, ele parecia estar em choque.
- Viu seu cabeça dura, foi difícil ?
- Não.
- Então, quero que você me prometa que vai se inscrever. E que até lá, não usará nada- ele respirou fundo, e olhou nos meus olhos.
- Por você, prometo- senti um calafrio aquele momento- bem, eu vou pra casa agora. Mais tarde te ligo, beijos- vi ele se distanciar. O que está acontecendo comigo ? Eu não posso voltar a gostar dele. Chacoalhei minha cabeça e segui para a casa do Ryu. Era bem pertinho. Logo cheguei e bati na porta. Uma senhora de olhos puxados veio atender.
- Olá- ela falou, sorrindo.
- Oi. Sou o Lucas, vim saber como está o Ryu.
- Ah sim, ele me disse que vinha. Pode entrar, vou te levar ao quarto dele- entrei, e era uma casa bem decorada. Tinha realmente o ar de oriental. Subi as escadas e bati na porta do quarto dele. Abri a porta e lá estava ele caidinho. Entrei, ele me viu, sorriu.
- Lucas, você veio mesmo- sorri, enquanto fechava a porta.
- Claro que sim. Não iria te deixar esperando- sentei na beira da cama e fiquei o observando- você está muito mal ?- perguntei, acariciando seus cabelos.
- Um pouco. Estou com muita dor no corpo, e com febre, só isso- olhou pra mim e eu fiquei alguns minutos, apenas olhando pra ele.
- Você perde uma parte do seu charme sem os óculos- ele ficou levemente vermelho. Não sei o que deu em mim. Não sei se foi o calor do momento, o clima que rolava, ou o misto de sentimentos que eu tinha por ele, que me fez fazer isso. O beijei.
Continua
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