Pensar, pensar, pensar muito. Isso que tenho feito nos últimos dias, e não cheguei a conclusão alguma sem que não ferisse alguns preceitos. Eu não ando com tanto tempo assim para postar aqui porque, bem, eu tenho um compromisso que reduz consideravelmente o meu tempo; ainda assim, porém, eu tenho pensado. No banho, enquanto como, antes de ir dormir. Mas, ainda assim, não cheguei a conclusão nenhuma.
Depois de ler mais o último capítulo postado de O Garoto Da Escola Nova, tentei encontrar meu erro, e saber o que estava fazendo eu me sentir assim: enjoado, enojado, descontente, com repulsa da minha própria criação. E, sabe, eu descobri algo que eu já sabia: que não é algo que eu queira, que - apesar de ser também quase que tudo fictício - é algo que não tem um sentido, uma veracidade. Um fundo de verdade.
Eu não lembro como comecei isso d'A República, não sei de onde surgiu essa ideia, mas eu comecei a postar. Daí fui vendo que alguns haviam gostado e fui continuando... E continuando... E continuando... Até que comecei a me desanimar com a história e questionar-me o porquê. Afinal, por quê?
A República foi criada a partir de uma ideia de alguns amigos meus de morarem em outro estado, em algo similar ao que criei, e talvez essa tenha sido a minha base, creio eu (não duvidem, eu não lembro mesmo como comecei isso). Como eu disse no começo, nem tudo era mentira; local e ideia são reais, mas personagens e acontecimentos não. E eu, apesar de ter uma "boa narração e criatividade", assim como me disseram, não pude evitar esse grande fiasco interno d'A República. Os fatos saíram do controle, um planejamento foi feito apenas nos últimos capítulos, e nada que tinha lá já era para ter acontecido. Foi pro água abaixo.
Nesse momento eu me sinto um fracassado. Mais uma vez fracassado. Não que os leitores - vulgo vocês que pararam para ler isso - não gostem do feito, os comentários não dizem nada disso, mas é que EU não gosto, e não posso continuar a escrever algo assim.
A conclusão que cheguei, alguns minutos atrás, é que eu deveria escrever para extravasar isso - como eu faço quando estou sentindo algo incômodo. E agora, nesta parte, eu vejo o quão egoísta eu seria se abandonasse vocês desse modo - mesmo não tendo gosto algum pela narrativa, mesmo querendo interrompê-la.
Mas eu não quero que isso se prolongue mais. Há alternativas, sempre há. Não vou parar de modo abrupto - como, admito, cheguei a pensar em fazer - mas também não vou pronlogar essa narrativa até muito mais do que está postado.
Eu sei... Sei que posso estar matando a vontade de vocês de lerem uma frase sequer do que vou postar algum dia, mas eu só queria que me compreendessem. Eu errei num ponto onde não há volta, onde já foi feito o estrago, e tenho que arcar por isso. Eu sei que é uma puta sacanagem, que eu sou um grande filho da puta (desculpa mãe, sem ofensas) ao fazer isso, desculpem-me. Se quiserem parar por aqui agora e não comentar, eu entendo (mentira, eu vou me jogar da ponte se isso aqui não render o mínimo que eu espero que renda -q), se não quiserem mais ler nada meu, não há problemas. Eu sei o quão chato é para um leitor ter toda uma série com esse problema, não ter a ordem correta dos fatos... mas acreditem, é tão ruim quanto para mim.
Então, pensando em todos nós (aleluia, menos egoísmo por aqui), resolvi começar algo novo. "Porra, Miguel, outro? Para parar de novo fazendo esse mesmo cu doce?", não. O que eu vou começar a narrar é quase que 90% real (tenho que alterar o básico, pqné), e isso me ajuda bastante na cronologia e nos acontecimentos, os meus maiores erros nesse conto fictício. "Mas você não vai fazer o mesmo?", não de novo. *Respira fundo* Como o que vou contar tem início, meio e fim, isso não vai, em hipótese alguma, acontecer.
"E para quê esse alvoroço todo, seu viadinho?", porque eu quero saber se não estou sozinho nessa. Saber se o que vou fazer não será em vão, e se acreditam que pode ser melhor, com um enredo firme, com uma história apresentável, e não esse lixo que posto. Quero saber se tenho crédito com vocês, se posso ter o apoio (ou não) de vocês.
Ah, a história que vou contar vai ser um clichezinho porque é a minha história, mas não se enganem com as aparências; nem tudo são flores, nem tudo acaba bem, nem tudo é certinho.
Aos que desistiram dessa leitura dramática, têm o meu respeito; aos que chegaram até aqui, têm o meu amor. <3 Comentem o que acham (podem me esculhambar, eo mereçu ;~;), opinem, ou apenas leiam. Ah, e aquilo de me jogar da ponte ainda tá de pé.
P.S.: Meus problemas de carência vão ser bem explicados na narrativa, então se acostumem com essa melosidade toda.
P.S.S.: Amu vussês. <3