Os dias foram se passando e eu me sentindo cada vez mais fraco, certo dia acordei e desci, ele estava deitado no sofá, a mãe dele na cozinha e Simon estava com ele, Samara com ela, o pai dele estava descendo antes de mim...
Cheguei lá embaixo e Simon me cumprimentou...
Ele: E aí ainda estão brigados?
Passei direto e Sam virou a cabeça...
Ele: É... Acho que sim.
A campainha tocou, estava na cozinha, peguei um suco para tomar mesmo sem saber se iria dar para descer porque comida mesmo sei que não desceria... Quando saí da cozinha derrubei o copo e a mãe dele e Samara se assustaram, saíram e entenderam o porque do meu susto... A Michele estava alí, na minha frente.
Michele: Me falaram mas eu precisava vir ver com os meus próprios olhos sabe? Não acreditei que meu irmão teria feito isso comigo!
Mãe dele: Querida não fala assim... Vamos conversar e você vai entender!
Michele: Ah quer dizer que você já entendeu? E o Michael, seu esposo? E a Samara? E você Simon que me avisou? Ligou para mim para avisar?
Sam: Você faz o que Simon?
Simon: Sam foi logo que vocês vieram, eu não aceitava lembra? Foi antes de tudo, desculpa, o Mig me perdoou!
Michele: Não acredito Sam que todas aquelas juras de amor que você me fez eram mentira, e você Miguel? Considerava você o melhor irmão do mundo, ai que ódio...
Nessa hora ela partiu para cima de mim desesperada, dava tapas no meu rosto, não me importava, sei que merecia. Não tentava me defender, merecia sentir aquelas dores por ela...
Simon e Sam tiraram ela de cima de mim, a mãe dele a levou para a cozinha e eu fiquei na sala com ele, ouvia ela tentando acalmar minha irmã...
Mãe dele: Querida se acalme... Seu irmão te adora, o Sam também, todo mundo aqui te adora, eles não tem culpa, toma esse suco querida, se acalme.
De repente vejo ela aparecendo com o copo de suco na mão e em um segundo jogou na minha cara, fiquei paralisado, não me mexi...
Ela: Nunca mais olha na minha cara, esqueça que sou sua irmã pois já não considero você meu irmão... Tenho nojo de você.
Ela saiu...
Eu não chorava, me mexia ou piscava... Só ficava em pé, ali olhando para o nada... Minha visão foi escurecendo e desmaiei.
Sam narrando...
Meu Deus aquilo foi horrível, fiquei sem saber como agir naquele momento... Levei o Mig lá para cima, o deitei na cama, ele foi acordando aos poucos e me olhou por um tempo até começar a chorar...
Eu: Ssssshhh calma amor...
Ele: Eu, eu não sabia como agir, o que falar naquele momento...
Eu: Eu também não, Mig eu estou com tanta saudade, eu te amo, não me importa sua irmã nem ninguém, te amo.
Peguei levemente sua nuca e o beijei suavemente, ele correspondeu, meu Deus até que enfim ele voltou a ser meu.
Nos beijamos por mais algum tempo e depois o deitei em meu peito, ele dormiu... Minha mãe foi ver como estávamos...
Eu: Ele está bem.
Ela: Vocês voltaram?
Eu balancei a cabeça afirmando e ela saiu contente.
Michele estava morando no meu antigo AP, sempre encontrava ela na universidade, ela nem me olhava, mas eu havia voltado com Mig graças a Deus era o que importava!
Narração de Miguel...
Após alguns dias...
Todo final de semana a família dele se reunia e aquele seria a primeira vez que a Samara iria com o filho que nasceu, ela chegou e todo mundo correu para vê-lo, tão pequeno, tão lindo e indefeso, me apeguei demais, não o largava, era um menininho, seu nome era Devon.
Ele dormiu nos meus braços e a Samara foi coloca-lo lá encima.
Sam estava deitado no sofá e eu ia me aproximando quando me dá uma tontura e sinto meu rosto molhado, pego e vejo sangue...
Sam: Mig?
Corri para o banheiro e me tranquei lá dentro, passava água mas não queria parar, quanto mais água eu passava mais sangue saia, com um tempo passou e sai. Sam passou todo o tempo batendo na porta...
Sam: Você está bem?
Eu: Sim Sam. Foi só meu nariz novamente.
Ele: Isso não é normal amor, temos que te levar ao médico.
Eu: Já fui outras vezes e minha cabeça tá legal, depois do acidente não aconteceu mais nada.
Nos reunimos na mesa, todos comemos, depois deitei no sofá com ele e Simon, Samara estava com o bebê chorando o tempo todo, me pediu para segura-lo, fiz e ele logo dormiu nos meus braços.
Ele: É tão lindo você segurando um bebê!
Eu sorri...
Simon acariciava a cabecinha do bebê, quando de repente ele golfa em minha blusa...
Sam morre de rir...
Eu: Segura ele para eu tirar minha blusa?
Ele: Eu? Mas...
Eu: Pega logo, deixa de besteira!
Ele o pegou...
Eu tirei minha blusa e a coloquei no sofá...
Simon: É, Miguel que manchas são essas?
Eu: Não sei... Apareceram, deve ser insetos!
Simon: No corpo todo?
Eu: Não sei Simon, já disse!
Sam: Faz algum tempo que digo para a gente ir a um médico mas ele sempre recusa, ele anda muito estranho!
Simon: Como assim?
Eu: Não fiquem falando como se eu não estivesse aqui, ok? Não é nada Simon!
Mas ele continuou falando como se eu não houvesse dito nada.
Sam: Anda desmaiando, desde quando a gente tava no Brasil, se sentindo fraco e o nariz sangrando!
Simon ficou sério...
Simon: Mig essas manchinhas me lembram outra coisa, e depois do que o Sam me disse que você está sentindo...
Eu: Gente eu estou bem!
Simon: Você vai fazer uma bateria de exames.
Eu: Não, não vou eu já disse que estou bem.
Simon: Você está pálido, já viu sua aparência?
Sam: Todo mundo diz isso a ele, mas ele não escuta!
Eu: Parem com isso coisa chata!
Simon: O caso é sério Miguel, você vai e ponto.
Sam: Simon, você disse que esses sintomas dele lembra algo, o que? Que doença? É grave?
Simon: É melhor eu não dizer... Vamos ao hospital primeiro ok?
Eu: Ah não agora fiquei curioso! Qual doença você acha que eu tenho? – Falei brincando, não estava preocupado.
Simon: Eu não vou dizer, só não fica brincando com isso Miguel tá?
Sam: Fala logo Simon!
Nessa hora a mãe dele vinha com um copo de refri na mão que Simon pediu e a Samara pegar o bebê que Sam ainda estava segurando.
Simon: Miguel... Os sintomas que você tem são sintomas de leucemia. Acho que você está com leucemia.
A mãe dele derrubou o copo e Samara colocou a mão na boca, olhei para Sam e ele estava com uma cara de assustado e negando com a cabeça.
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Tá aí mais um galera, abração.