Cap.8
Gabriel e eu já estávamos esperando minha mãe chegar. Olhávamos para o horizonte, vendo os outros meninos também indo embora.
- Eu já estou ansioso pra conhecer sua família- ele pegou levemente na minha mão.
- Acho que você vai gostar deles.
- Tenho certeza- não demorou muito e o carro deles apareceu. Minha mãe como sempre sorridente. Saiu do carro correndo e me abraçou.
- Filho, ai que saudade- ela me abraçou fortemente, quase me quebrando ao meio.
- Tá bom mãe, mas deixa eu respirar- falei, quase sem ar.
- Ai, desculpa. Você cresceu mais desde a última vez que nos vimos. Tem comido direito ?
- Sim mãe, só teve aquele problema com minha perna mas já está tudo bem- abracei meu pai e logo Gabriel se aproximou, tímido- ah mãe, esse é o Gabriel. Ele não vai poder passar o fim de ano com a família dele, então o convidei pra passar com a gente- ela sorriu, como eu esperava.
- Ai que bom, uma visita !! Então vamos logo, São Paulo nos espera- colocamos nossas coisas no carro, e entramos. Partimos então, em direção a minha casa.
TEMPO DEPOIS
Paramos em frente a ela. As roseiras estavam maiores. Parecia que novos vizinhos estavam ali. A cidade pouco havia mudado. Ele olhou ao redor, e sorriu.
- Então essa é a sua casa ?- ele olhava pra cima.
- Sim, este é o lugar onde passei a minha infância- pegamos as nossas coisas e fomos entrando. Papai saiu em seguida.
- Ele me disse que tem algumas coisas pra resolver agora- mamãe dizia, entrando na casa. Alguns móveis haviam sido mudado de lugar, mas no geral tudo continuava do jeito que estava quando eu fui embora. Os meus retratos, as revistas, entre outros- vocês querem um suco ?- olhei pra minha mãe, e ela sorriu.
- Sim- falei- vem Gabriel, deixa eu te mostrar o resto- o puxei em direção ao meu quarto. Abri a porta e sorri, tudo continuava do jeito que eu havia deixado.
- Aqui que é o seu quarto ?- ele perguntou
- Sim. É aqui- joguei minha mala em cima da cama, e olhei ao redor- esse é o meu quarto- abri as portas do armário, e realmente, tudo continuava do jeito que eu havia deixado. Minhas revistas, meus pôsters, as roupas que eu tinha deixado, nada havia sido mexido- você não sabe como eu estava com saudade desse lugar.
- Eu imagino- cheguei próximo a janela e observei ao redor. A piscina estava cheia, com certeza minha mãe havia feito isso pra mim. Enfim a casa do vizinho havia sido terminada, porque estava em obras a um bom tempo. Abri a janela do quarto e fiquei sentindo toda aquela ventania. Senti seu abraço por trás. Sorri, apertei sua mão- estou muito feliz porque você aceitou vir- ouvi sua risada bem no meu ouvido, me causando arrepios.
- Eu com certeza estou muito mais feliz que você- beijou o meu pescoço, me causando ainda mais tremeliques.
- Agora vamos, deixa eu mostrar o quarto de hóspedes.
- Poxa, mas eu já estava tão acostumado a dormir com você.
- Você pode dormir comigo, mas ficaria esquisito se você ficasse no meu quarto mesmo tendo o quarto para hóspedes. Não se esqueça que para os outros somos apenas amigos. Você fica lá, quando eles dormirem você vem, e de manhã cedo você volta pra lá. Simples
- Tudo bem- ele abaixou a cabeça e me seguiu. O quarto de hóspedes realmente era aconchegante, afinal mamãe sempre gostou de receber bem as visitas.
- Pronto, é aqui que você vai ficar- abri a porta e ele sorriu.
- Parece com o meu quarto lá em BH- entrou e colocou suas coisas sobre a cama. Logo mamãe apareceu com o suco.
HORAS DEPOIS
- Você vai querer pizza Gabriel ?- perguntei, tirando a pizza do forno.
- Humrum.
Logo estávamos jantando, olhando um pra cara do outro, rindo.
- Seus pais costumam sair a noite ?
- Sim, já tinha me acostumado. Eles atendem muitos casos a noite e chegam apenas de madrugada.
- Ah sim- Terminamos de comer e fomos para o meu quarto. Tomei um banho e sai apenas de toalha. Ele olhou pra mim e ficou um pouco vermelho- ah não, não faça isso comigo !
- O que ? Eu já fiquei de toalha na sua frente muitas vezes.
- Mas agora é diferente. Você é meu namorado, e eu te aconselharia a não me provocar.
- Acho que você não vai se aproveitar de mim- troquei de roupa e vesti uma bem frouxa, de dormir. Me deitei e fiquei olhando pra ele. Ele sorriu, acariciou o meu rosto, e subiu em cima de mim, levemente
- Eu já disse pra você o quanto você é bonito ?- sorri
- Não- ele se aproximou, fechei meus olhos e ele me beijou. Amava beija-lo, parecia uma droga que eu tinha dependência.
- Você é o garoto mais lindo que eu já conheci- beijou meu rosto, me excitando levemente- te amo.
- Eu... Também te amo- falei, arrepiado. Ele saiu de cima de mim e se deitou na cama. Me abraçou de conchinha, e começou a cantar.
PORQUE EU SEI QUE É AMOR - TITÃS
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova
Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui Agora
Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir Embora
Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta
Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui Comigo
Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim Mais vivo
Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar Porque eu sei que é amor
Porque eu sei que é amor
Continua
Gostaram ????
