(Sexta-feira, há 40 anos)
Hoje não sei se tudo o que tenho vivido pode ser visto como viver normal, se bem que, para mim, não há outra maneira de encarar os fatos como sendo normais.
Bem poderia começar esse meu desabafo de mil maneiras, não há como mensurar ou escolher um início, tudo o que vivi sempre foi o início disso ou daquilo. Tenho passado muito tempo pensando em tudo, pensando na vida, nas coisas boas que vivi (as ruins também) relendo meus diários cuidadosamente guardados em minha gaveta tesouro onde também estão muitos cacarecos que me remetem a períodos e datas específicas e acho que devo começar por aquele dia em casa há mais de quarenta anos...
Mamãe estava uma arara naquele dia, Maria Clara continuava aprontando as suas no colégio e novamente mamãe foi chamada pela diretoria, minha irmã tinha sido pega fumando no banheiro junto com sua turminha já bastante conhecida pela diretoria e pelos inspetores de ensino.
- Tua irmã não tem jeito... – sentou na beirada da cama – Não sei que diabos fiz para ela ser assim...
Já nem escutava mais as reclamações constantes, minha irmã sempre foi um pé no saco e desde que se juntara com Antonia Amélia tinha piorado.
- Tu devias te envolver mais Jorginho... – segurou minha mão e ficou olhando como se coisas outras lhe povoassem os pensamentos – Somos só nos três e você... – suspirou, continuou acariciando minha mão esquerda e eu já sabia o que estava por vir – Você... Você é... Você é o homem da casa... Conversa com ela filho, vê se põe juízo naquela cabecinha oca...
- Mãe... Não sei... Ela... Ela não me escuta, a senhora sabe... – pousei a mão sobre a sua e acariciei sentindo a pele macia e bem cuidada.
Ficamos calados, ela ainda olhava para minha mão agora para nossas mãos.
Mamãe nunca pareceu se importar em estar só, desde que papai morreu naquela fatídica quinta-feira na cama de Jussara, sua assistente, quando o marido os flagrou e descarregou o 32 nos dois. Eu tinha pouco mais de seis anos e Maria Clara quase quatro. Depois daquele dia as coisas ficaram meio brabas, o que mamãe ganhava quase sempre não cobria as despesas, mas foi justamente essa dificuldade que serviu de ligamento entre nos dois. Eu, um menino ainda no início da infância, tive que pular etapas e me tornar o homem da casa.
Com o passar do tempo mamãe passou a ganhar mais até se tornar coordenadora médica na clinica, mas isso também se tornou dificuldade pois era obrigada a passar mais tempo na clínica que em casa conosco e foi nesse período que tia Julia passou a morar conosco. Tenho orgulho de minha mãe, era uma recém formada médica e arregaçou as mangas para se fazer a mulher que hoje é.
- Tô com saudade desse carinho gostoso... – levantou o olhar e vi aquele brilho fantástico em seus olhos – Topas um final de semana na Pipoca?
- Claro! – adorava a casinha de sapê na praia, para onde íamos com bastante frequência – Posso convidar o João?
Mamãe sorriu, não tinha mais o semblante carregado, tinha voltado a ser a mãe que sempre foi.
- Cuidado que esse negócio com a pestinha de tua prima, tua tia está com bicho detrás da orelha...
- Deixa, disso mãe... – cortei e tentei disfarçar – A Go é muito pinininha pra pensar nessas coisas...
- Não é em Gerorgia Natália que tenho medo... – olhou para a porta aberta como se espreitando – É com meu safadinho aqui... Pensa que não vejo teu assanhamento pros lado dela e tem também a bichinha do teu primo, esse alcoviteiro...
- Ele não é bicha não mãe... – queria que aquela conversa não tivesse começado – Pelo menos...
- Sei!... Morde aqui pra ver se sai coca-cola – sorriu e farfalhou meus cobelos – Tenho nada com as preferências dele, mas... Tua tia ia ficar uma arara se te pegasse com tua menina como eu te peguei... E a Toninha também vai?
- Isso é com Clarinha...
- Ela está doidinha por você, não está?
- Quem mãe?
- Deixa de ser sínico rapaz, a Antonia Amélia, ora quem!
- Sei nada disso não... – sorri – Isso é coisa de vocês duas...
- Ta bom, meu santinho do pau oco – deitou de costas olhando para cima como se visse mais que as telhas de barro cozido – Esta bem, pode convidar teus primos...
Olhei para ela, vestia ainda o pijaminha de seda branca, os seios rijos pareciam espetar a camisa macia e fria e percebi que, como quase sempre, não usava calcinha e quando ela dobou os braços sob a cabeça a pele sedosa levemente eriçada e o umbigo me tomou atenção. Dona Juliana sempre foi minha constante paixão.
- Voltando sobre tua irmã...
Toquei sua pele e brinquei com o umbigo, ela calou e fechou os olhos antevendo o que estava por vir. Desci da cama e ajoelhei entre suas pernas que se abriram me dando espaço, acariciei a barriga ponteada de montículos denotando ter acendido o querer. Não falou mais nada, devia estar com os olhos fechados, a narina devia esta dilatada e não fez nada, além de levantar o corpo um pouco, para impedir que eu lhe tirasse o pijama. A vagina sempre bem depilada parecia de um bebe e os grandes lábios estavam reluzentes já melecados por seus fluidos, aquele aroma inebriante me tomou os sentidos e quando aproximei o rosto e lhe toquei a vulva com a língua senti um estremecimento em seu corpo, não aconteceram sons, apenas aquele calor morno emanando do mais profundo rincão de seu corpo e o sabor, há muito conhecido, me atacando as papilas degustativas. Fiquei alguns momentos bolinando o clitóris intumescido tangendo com a língua ávida sabendo que lá no fundo lhe zunia o desejo de sempre querer estar, e estava e eu, ali entre suas pernas, deliciava fazendo o que há muito havia aprendido.
- Fecha a porta...
O som parecia vindo de longe, a voz macia melodiosa. Preferi não escutar, continuei bolinando a xoxota cada vez mais úmida, cada vez mais melecada.
- Filho... – senti a mão me tocar a cabeça – Fecha a porta, tua irmã...
Não concluiu, não tinha como continuar falando preocupada com a porta aberta, não. O corpo pareceu entrar em convulsão e, ao invés de palavras, um gemido de gozo tomou conta do quarto e não parei, continuei lambendo e sugando ora os pequenos lábios, ora aquele ponto de prazer que lhe encima a vagina. Golfadas de gozo enchia minha boca e continuei a sorver e lamber, e chupar até que as pernas pararam repousadas.
Foi quando levantei e fechei a porta, mamãe parece não ter visto, continuava deitada, pernas abertas e a vagina brilhando, uma réstia de gozo escorrendo. Ela estava satisfeita, tinha lhe dado o carinho que sentia falta.
Suspirei e desatei o laço de meu pijama que só não caiu ao chão por causa de meu pau duro, tirei e caminhei lento e lerdo para a cama onde subi e deitei sobre seu corpo, mamã sorriu, os olhos ainda fechados e apenas aquele sorriso sapeca lhe emoldurando a face, seus braços me tomaram o corpo em um abraço de carinho e de desejo, as pernas se afastaram e quando lhe toquei a vulva com o pau rijo novamente um suspiro e aquele som macio.
- Tava precisando disso...
Calou, meu pau entrou e ela suspirou...