Não dormi muito, acordei por volta das 10 horas, mas não sai do quarto, estava um tanto receoso. Só sai quando a fome me venceu, já não tinha jantado na noite anterior. Sai do quarto tentando não fazer barulho, mas logo percebi que não havia ninguém em casa. Fui até a cozinha, comer alguma coisa, e achei um bilete colado na geladeira.
"Desculpa por ontem. A gente precisa conversar, mas eu sei que você precisa de espaço. Quando você estiver pronto, eu tô na casa da Bia."
Quando li aquilo me veio um desespero, eu ainda tinha alguma esperança de que tinha sido um pesadelo ou uma alucinação, e me agarrava nessa esperança com todas as forças. Mas aquilo foi muito real e isso me assustava, sabia que era daqueles momentos onde você dividi a história da sua vida. Sentei numa cadeira e ali fiquei, pensando em toda merda que isso ia virar.
Meus tios chegaram da viagem por volta das duas da tarde, foi minha tia quem me encontrou daquela forma.
-Que foi Xande? Cadê as meninas? Cadê a Aninha?
-Elas já foram embora tia... a Ana ta na casa da Bia.
-Por que já foram embora? Aconteceu alguma coisa? Você tá estranho...
-Nada, só que ela veio aqui... a Juliana...
-O quê?? Por que?
-Ela veio pra festa, tia. Mas já passou, não importa mais...
-Ok... eu vou subir e guardar minhas coisas.
Ela subiu, mas não fiquei sozinho por muito tempo, Bia e Ana entraram na cozinha.
-Eu vi a tia, chegando. Cadê ela?
Aninha me perguntou mas eu não consegui responder, meu coração e minha respiração aceleraram, e eu senti medo. Elas obviamente perceberam, mas meu tio me salvou, ele chegou abraçando minha irmã e sua amiga, não pude me sentir mais aliviado. Depois ele veio me abraçar, conversamos por alguns minutos até que ele disse que iria tomar banho.
Fiquei lá com elas por pouco tempo, me levantei e disse que precisava ir tomar um tomar um pouco de ar fresco. Sai de casa, entrando no quintal, uma brisa fresca soprou, sentei em uma das cadeiras de área que tinha na pequena varanda, observando as nuvens, me senti relaxado e cochilei um pouco. Acordei com um barulho qualquer vindo da rua, abri os olhos com certa dificuldade, por culpa da claridade, e descobri que não estava mais sozinho, Aninha estava na cadeira ao lado.
-Você fica lindo dormindo...- ela disse sorrindo.
-Cadê a Bia? E o tio, a tia?- tentei desconversar.
-A Bia foi embora, o tio e a tia tão no quarto deles...
-Ah...
-Alexandre... será que a gente pode conversar?- ela perguntou delicadamente.
-Conversar? Sobre o quê?- disse desviando de seu olhar, olhando pra céu.
-Você sabe sobre o quê. E, por favor, não me ignore.
-Desculpa... Essa era minha última esperança de que não tivesse acontecido nada...
-Mas aconteceu.
-Mas não devia ter acontecido.
-Por que não?
-Porque é errado.
-Errado?? Por que é errado?
-Porque... sei lá...
-Viu? Não tem nenhuma explicação.
-Então por que me parece tão errado? Por que eu me sinto tão sujo??
-Porque as pessoas tem medo. Medo de amar. E tem medo que as outras pessoas amem. E tentam passar esses medos aos seus filhos. Não tem nada de errado em amar, não importa a quem. O amor é o sentimento mais puro que existe.
-Nossa...
-Eu sei...
-Ana, por que você fez aquilo?
-Porque eu percebi que não quero passar nem mais um dia sem que você saiba que eu te amo. Que eu te amo como homem. Eu não aguento mais guardar isso só pra mim, eu preciso de você.
-Eu... Meu Deus...
-Olha... eu sei que não é fácil, sei que não é rápido, e é por isso que eu não vou te pressionar, e não vou condenar em qualquer seja sua decisão...
-Eu... eu não sei o que vou fazer... eu tô perdido.
-Eu posso te dizer o que fazer depois, mas eu posso te dar um conselho sobre o que fazer agora?
-O quê?
-Que tal a gente só ficar olhando o céu juntos, que nem quando a gente era criança? Uma hora todas as respostas vão vir até você.
-Ok...
Eu me virei pra olhar o céu, Aninha esticou o braço até acalçar minha mão e a segurou, entrelaçando nossos dedos, e assim ficamos a tarde toda. Acabei dormindo, afinal fiquei acordado praticamente a noite toda. Só acordei quando tia Rose veio nos chamar pra jantar, eu estava faminto. Comi bastante, talvez até demais, eu estava bem mais tranquilo do que de manhã, principalmente depois da conversa com Aninha.
Depois da janta, todos nos reunimos na sala pra ver TV e conversar, a noite seguiu tranquila.
Nossos tios foram dormir cedo pois estavam cansados da viagem, Aninha foi tomar banho, eu fui logo depois, também estava cansado e tinha aula na manhã seguinte.
Tomei um belo banho refrescante, deu pra esfriar bem a cabeça. Depois de terminado, escovei os dentes e fui pro meu quarto, coloquei somente uma bermuda, a noite estava quente. Como estava demorando um pouco pra dormir decidi ler um livro, mas não o achei. Logo pensei que Aninha podia ter pego. Fui até seu quarto e entrei sem bater.
-Aninha, você pegou o meu Hobbit?
-Peguei, tá aí em cima do criado mudo.
Ela estava com uma calcinha de renda vermelha que deixava sua bela bunda ainda mais linda e uma camiseta soltinha, sem sutiã. Ela passava um creme nas pernas em frente ao grande espelho que havia em seu quarto, eu fiquei hipnotizado, meu pau ficou duro na hora. Nem sei por quanto tempo encarei sua bunda, só parei quando ela falou comigo.
-Eu sei que é bonita, mas não precisa babar!- ela disse com um sorriso safado.
-Desculpa, é que eu...
-Não precisa se desculpar...-ela disse se virando pra mim- Por mim você podia ficar olhando pra ela a noite inteira, é só você querer.- Ela vinha lenta e sensualmente na minha direção.
-Eh... é melhor não. Amanhã tem aula, a gente tem que dormir.- falei pegando o livro e saindo depressa do quarto- Boa noite!
-Boa noite, Xande.
Escutei isso já fora do quarto, logo após uma risada. Meu coração estava disparado, eu nunca tinha olhado assim pra ela, nunca tinha ficado de pau duro por ela, nunca tinha pensado o que eu estava pensando em fazer com ela. Eu deitei na cama querendo me livrar daqueles pensamentos, mas eles não iam embora, só me acalmei depois de uma boa punheta pensado em minha irmã, nunca tinha pensado em fazer isso antes. Eu esperava que o remorço a tirasse da minha cabeça, mas ela não saiu, só fez aumentar a minha vontade de voltar lá e ver denovo aquela deliciosa bundinha, e assim o fiz.
Esperei uns bons momentos e então fui silenciosamente até seu quarto, abri a porta com cuidado e a encontrei deitada de bruços, com aquela linda bundinha descoberta. Acho que não ficava tão nervoso desde a minha primeira ver com Juliana. Me sentei calmamente na cama e toquei sua bunda delicadamente, tentando não acordá-la, minha pica pulsava dentro da bermuda, pedindo pra ser tocada, toquei outra punheta, tocando sua bunda, mas conforme a punheta foi ficando mais frenética, começei a apertar e até dei uns tímidos tapas, e no auge da loucura, dei uma única batida com o pau em sua bunda e acabei gozando sobre ela. Quando fui me acalmando, percebi a burrada que tinha feito, olhei pra seu rosto sereno, ela ainda dormia.
Me recuperei e fui devolta ao meu quarto, cai na cama e só acordei no dia seguinte, quando minha tia me acordou. Me arrumei pra ir à escola e fui tomar café, lá encontrei Aninha, tomando seu café. Ela me comprimentou normalmente, então conclui que ela não tinha acordado durante meu momento de loucura.
Minha tia nos levou à escola e depois foi trabalhar, entramos juntos. Embora estivessemos no mesmo ano, eu e Aninha estavamos em salas diferentes. Então nos despedimos, ela me deu um beijo no rosto como sempre fazia, mas antes de ir ela sussurrou no meu ouvido.
-Adorei sua visitinha ontem de noite... pricipalmente o presentinho delicioso no final.
Ela disse sorrindo safadamente, e depois saiu rebolando. Eu fiquei parado por alguns segundos, tinha acabado de piorar toda situaçãoGalera, eu sei que tô demorando bastante pra postar os contos, mas eu tô muito ocupado... Tem que estudar se quiser passar no vestibular, né?!