Eu sempre fui uma pessoa pouco sociável, não tinha muitos amigos e sair de casa para poder cursar superior. Minha família sempre me apoiou, mas não são tão próximos, minha família é tipo assim, cada um faz o que quer desde que não envergonhe a casa e nem cometa um crime.
Quando vim morar na capital da Bahia, nunca imaginei que minha vida ia sr tão difícil, mesmo eu gostando de ser sozinho, a solidão que eu vivia já era extremamente exagerada.
Entendam meu lado, eu tímido ao extremo, um pouco fechado, medroso e totalmente receioso, como poderia eu fazer uma amizade não é verdade?
Pois justamente por essa monotonia que eu decidi trabalhar, ter algo para fazer, pois ficar em casa o tempo livre era um saco e como estava no início do curso não teria ainda chances para estágio.
Justamente aí que minha história começa, justamente aí que acontece o que eu nunca esperaria, uma confusão, um problema que nem eu e nem a pessoa mais louca do mundo imaginária que aconteceria.
Me chamo Lucas, sou uma pessoa normal, cabo verde, olhos castanhos claros, bem claros, tenho 18 anos, recém completados, sou tranquilo, medroso como já disse, mas com um grande coração e tinha uma vontade enorme de me apaixonar, pois nunca tinha passado por isso.
Voltando a história, encontrei um emprego, como recepcionista em local não tão movimentado, talvez pelo alto preço do que tinha a oferecer, ou pelo bairro tranquilo onde se localizava.
Amei meu emprego novo e ia trabalhar todo dia feliz, lá conheci uma amiga que me faz muito feliz hoje, mas o principal de tudo, por causa deste emprego encontrei o homem por quem me apaixonei pela primeira vez e ele era o motivo maior de minha alegria e de continuar a trabalhar.
Era uma tarde normal, como qualquer outra, eu estava com os braços dobrados, entrelaçados, com a cabeça sobre eles e observando a rua, parada e sem um cliente para aquele dia.
Um carro parou próximo a loja e de lá saiu ele, um cara lindo e charmoso e de sorriso prefeito, pelo menos era o que eu achava, pois ele estava sério e parecia concentrado e estava vindo em direção a loja.
- Bom dia, a Ana está? - ele disse um pouco apressado.
Sabe aquele momento em que você para é esquece o que faz, o que pensa, o que é, pois me encontrava nesse estado e ele percebendo estalou os dedos.
- Rapaz, eu perguntei se a Ana está. - Um pouco frio, mas serviu para eu acordar.
-Descul.... desculpa. A Ana?
- Sim, ela está?
- Um momento, vou chamá-la. - Ana era a bendita amiga que conheci, e quem era ela na loja? A filha do dono e a responsável por mim. Hahahahhaa
Sair e fui chamar ela, expliquei que tinha um rapaz a sua procura, ela disse que já iria, pediu para eu pedir para ele esperar uns minutos, pois ela teria que terminar algo. E lá fui eu levar a resposta para o moço.
- Ela disse para o Senhor esperar um pouco, que ela já vem.
Ele me olhou um pouco, olhou para o relógio que tinha no pulso e disse que não esperaria e que outro dia voltava.
- Me desculpe, mas não me apresentei, me chamo Carlos, diz a ela que voltei e que amanhã eu venho aqui para as costumeiras compras.
E de lá se foi, me deixando com o coração parado, mesmo estando batendo a mil por segundo.
