O boquete da japinha.

Um conto erótico de Cronistas
Categoria: Heterossexual
Contém 1658 palavras
Data: 18/10/2014 08:13:52
Assuntos: Heterossexual

Sexta-feira e eu em casa. Depois de um bom tempo acumulando horas-extras poderia curtir um sono mais longo e um pouco de vida livre. Isso era somado ao fato de que minha mulher estava fora com as crianças cuidando da mãe que estava doente. Nos falávamos todos os dias por telefone, Facebook ou Whatsapp, além de ir visitá-las algumas vezes durante a semana. Minha sogra era um doce de pessoa e todos torcíamos por sua recuperação, pois, viúva, era o último elo de minha esposa com seus parentes mais antigos. De tio só tinha um que já se fora como o pai, restando apenas ela. Creio que a presença dos netos em idade pueril e tenra pudesse ajudar em sua recuperação. Pelo menos era o que todos esperávamos.

Para a maioria dos homens o problema mais prático e iminente de se morar sozinho é exatamente esse: estar sozinho. É que não lidamos bem com a arrumação da casa e tudo vira uma verdadeira bagunça. Comigo não é diferente.

Vendo tudo aquilo amontoado na pia, resolvi tomar a providência que qualquer pessoa sensata faria no meu lugar: fui tomar o café da manhã na padaria da esquina. Nesse caso, menos copos a lavar. Pedi uma média de café com leite e pão com manteiga e fiquei de olho na televisão que passava o início do programa da Ana Maria Braga, o Mais Você, na Rede Globo. Ainda era dia de semana, eu que estava de folga. Por um breve momento, quase me esqueço. Isso tinha vantagens e desvantagens.

Comida, banho e foda era um ciclo inquebrável e precisava cumpri-lo. Os dois primeiros itens já estavam concluídos. O terceiro era uma caça às bruxas. Aonde arrumar uma boceta a essa hora da manhã? No celular os nomes vinham, assim como na cabeça, mas é provável que a maior parte ainda estivesse dormindo, trabalhando ou com algum outro afazer, impossibilitando minha "empreitada".

Tinham os puteiros e privês do centro da cidade ou a Vila Mimosa. Bem, pensando bem, era melhor não. Já fazia aquele percurso todos os dias e no dia de folga pegar aquele trânsito monstro só para isso não valeria a pena. Então me saltou o nome mais óbvio e menos provável: Cristina.

Essa era a minha amiga de alguns anos. Já contei sobre ela e sua transa com um súcubo em outro "causo" por aqui e ela sempre conseguia me divertir. Puxei o celular e liguei para seu número.

- Oi, Cris. Tá de bobeira?

- Mais ou menos, Rogério. Tô um pouco enrolada na saída do hospital. Ué, tá de folga?

- Estou sim. Horas extras. Sabe como é, né? Aliás, você não sabe mesmo.

- Eu detesto folgas. Acho que morro trabalhando.

- Te conheço bem. Quer uma carona? Te pego aí e trocamos uma ideia.

- Pô, vai quebrar um galhão mesmo. Estou enrolada e esqueci meu Riocard em casa. Olha a merda!

- Faz parte. Estou indo aí. No mesmo endereço?

- Sim.

Bem, um tópico tem que ser dado sobre ela. Essa moça é impressionante. Não sei de onde tira tanta energia para tudo o que faz na vida. Só para se ter um exemplo, tem seis empregos. Agora estava terminando a noite na limpeza de uma clínica onde é faxineira. Sei lá o porquê de optar por esfregar o chão. Não que seja preconceituoso com o trabalho, pois no início de minha vida profissional também fui auxiliar de serviços gerais por um ano. Tinha que concluir a faculdade e isso ajudou. Falo porque ela fala seis idiomas, tem três cursos técnicos e duas graduações com honra ao mérito e só tem vinte e dois anos. Tipo um gênio maluco. Às vezes, pergunto o porquê de Deus conceder tamanho potencial a ela que não o usa. Vai saber!

Cheguei de carro e a peguei na clínica. Estava uniformizada e entrou. Trocamos as ideias habituais. Ela disse que queria parar em um bar para comprar cerveja. Estava querendo beber e que a levasse para casa. Ela comprou dez garrafas das mais baratas. Segundo ela, essas lembram sua época de mendiga que foi por seis meses por opção. (Até isso ela foi).

Então subimos ao seu minúsculo apartamento que era todo repleto de coisas úteis e inúteis. Ursos de pelúcia misturados a jornais velhos empilhados, livros sobre panelas velhas em que plantas nasciam. Parecia o pântano do Salomon Grundy. Ela conseguia ser mais zoneada do que eu e todos os demais homens que havia visto ou convivido que moravam sós.

Me ofereceu uma cerveja, mas não bebo de manhã. Ela, pelo contrário, matou três garrafas e uma cachaça. Ficamos ali de prosa. Ela puxou outras coisas mais pesadas e fiquei meio receoso quando ela pegou um bastão de crack e acendeu junto de um cigarro de tabaco e outro de mato com maconha que acendia alternadamente. Estava com medo sério dela.

Tentando manter a mente no lugar, via que ela estava pensativa com nossa conversa sobre minha sogra e dizendo á queima roupa, falou de súbito:

- Tá sem trepar há muito tempo ou tem comido alguém por aí?

- Tem uns dias que não fodo.

- É, isso é uma merda. Ontem mesmo minha namorada quis uma chupada na boceta dentro do consultório odontológico dela. Ela gemeu pra caralho lá. Nem sei se alguém ouvi ela agarrando as paredes e gozando. Depois fui para o escritório do meu outro namorado, aquele sessentão advogado, que queria me comer a todo custo. Então transamos ali mesmo ao lado da foto de sua família. De noite ainda encontrei meu outro namorado, o médico cardiologista e acabamos transando em seu apartamento na Barra. Depois, essa andarilha fodedora, saiu na madruga e foi para casa onde a Gisele, aquela dona do Pet Shop me esperava para conversar. Estava muito chateada comigo e no fim de toda a DR acabamos transando. Fui uma puta chupação de boceta. Ela e eu gozamos. Pior que ela sabe chupar pra caralho. Gozo toda vez que ela está comigo. Quando vamos ao cinema que ela me siririca, me fode a concentração, porque gozo e perco as ideias dos filmes. Pior que, às vezes, é um filme que quero ver. Se ela fizer isso no filme do SHAZAM com o The Rock, acho que a enforco. Adoro o Capitão Marvel. Acho que dava para ele e para o Adão Negro numa foda, mas queria que os dois me matassem eletrocutada no final até eu virar uma cadeira e usassem meus ossos como vibrador na xota da Mulher Maravilha.

- Caralho, tu é muito louca, garota. Acho que essa porra está derretendo teu cérebro.

= Tá o cu da mãe. Acho que essas merdas nem fazem mais efeito. Outro dia, para tentar coisas novas, moí umas dez aspirinas e aspirei como se fosse coca. Mas moí arroz seco até virar pó com tinta de parede que descasquei onde está aquela marca de colher.

- Credo! Qual foi a sensação?

- Parecia que o Diabo tinha dançado flamengo na minha cabeça. Sangrou meu nariz, mas tive um delírio foda de transar com o Super Homem em um menage com os Lanternas Verdes em fila, masculinos e femininos. Ainda pedi para o Sinestro me enrabar com uma pica tamanho família com o anel. Pior foi encarar a pica do Darkseid com três metros de altura e cinquenta centímetros de piroca. Fodia com ele e o Thanos ao mesmo tempo. Foi hilário até acordar com tubos plásticos na veia do braço e um curativo no nariz para desintoxicar da merda que fiz. Se não fosse minha namorada do Pet Shop, acho que morria.

- Meu Deus! Tu é doida mesmo, Cris. Bem, o papo tá bom, mas preciso ir.

- Vai? É, pela hora tenho que pegar na loja de sapatos. Quase meio dia já. Depois vou à noite fazer meu serviço da madrugada de telemarketing.

- Tu não para não, né?

- Nunca. Sabe, pensando comigo, se você não transa, quer uma punheta?

- Quê?! Como...

- Ah, Rogério. Temos um pacto de nunca transar, mas punheta não é sexo.

- É, até que seria uma boa.

- Coloca o pau para fora, querido.

Então abri a calça e ela, com a mãozinha de fada, pegou meu pau e começou a mexer nele. Ficou ordenhando minha pica e fumando seu baseado misturado com tabaco e sabe-se Deus lá mais o quê. Ela mexia e eu gemia de tesão. Ficou assim e passou a língua em minha nuca para excitar. Então afaguei seus cabelos lisos de japonesinha e indiquei seu rosto para baixo. Ela me olhou e sorriu. Então abaixou e começou a passar a língua de leve na cabeça de meu pau. Sua boquinha deslizou por ela e começou um delicioso boquete. Ela era maravilhosa e me fez sentir o melhor boquete que já tive e que talvez jamais venha a ter igual. Fazia uma vai e vem vagaroso e ritmada, enquanto continuava a punheta e bolinava o meu saco.

O tesão era total nela e não me aguentei... De um espasmo, gozei e gozei gostoso naquela boquinha que parecia de ninfeta, apesar de tão bem rodada aqui e no mundo. Gozei e ela levantou. Estava com a boca cheia de porra e engoliu depois de mexer o leite de pica nas bochechas como se fosse uma bebida ou um vinho caro.

- Caralho, querido! Tava sem gozar há dias, né? Gozou pra caralho! Acho que é o Wey Protein.

Então nos despedimos. Cada qual seguiu seu canto e levei mais uma história da Cris, que tanto considero comigo. Só que antes de deixá-la na loja de sapatos no Leblon, ela disse:

- Não esqueça que o pacto não foi quebrado e que punheta, assim como boquete, não é sexo e que eles não se nega a ninguém. Em breve, quem sabe não te dou meu cu?

- Adoraria.

- No fundo, Rogério, somos dois filhos da puta, sacanas. Não valemos nada.

- Não mesmo.

Com um estalinho e um beijo na bochecha dela em mim, nos despedimos. A tarde ia ser de descanso e visitas.

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