(Em uma quinta-feira na capital do Maranhão, há 22 anos)
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Não conseguia conversar com Celeste, toda vez que a via a negrinha conseguia escapar e Ângela não lhe falava nada, apenas sorria e fugia pela tangente. Na véspera das provas de natação tida a equipe parecia apreensiva depois de saberem dos resultados das concorrentes.
– O que é isso menina, não se vence e não se perde antes de competir... – acariciou os ombros da sapequinha – E lembrem-se sempre que não estamos aqui para ganhar medalhas, vocês já são vencedoras...
– Ah! Tio, elas são melhores... – Patrícia roía unha
– Quem disse? – olhou para as oito sentadas no chão do alojamento – Qual seu tempo?
Irmã Eduarda consultou a prancheta.
– Quem aqui imaginava que Marly é filhote de gafanhoto? – todas riram – Você Isabel, que vive vencendo Lourdes Mary, você algum dia chegou a sonhar que Ela e Maria chegariam além de um quarto ou quinto lugar? Eles estão com medalha de ouro no peito e em que vocês são piores e mais fracas que qualquer uma dos trinta e seis escolas que estão aqui? – olhou longamente para cada uma das oito meninas caladas no alojamento – Eu confio em vocês, eu confio em cada uma de vocês e foi por confiar é que vocês estão aqui – nenhuma falou nada e ele as encarou uma a uma e elas não desviaram o olhar, olharam confiantes dentro dos olhos desse professor que conseguia incutir confiança – Minhas meninas... Meus amores, nunca esqueçam que “a luta é combate, que aos fracos abate e aos fortes e bravos só pode exaltar”... Quem disse isso Liza?
– Gonçalves dias – respondeu sem pestanejar
– Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado – esperou que a frase fosse absorvida por cada uma, irmã Eduarda parecia babar impressionada com a força das palavras e das colocações – Pessimismo leva à fraqueza, otimismo ao poder – novamente outra pausa – Pat você sabe quem escreveu a primeira frase...
– Roberto Shinya... Shinyashi... Shinyashiki... – as garotas sorriram.
– William James é autor da segunda que a irmã Eduarda está lendo um livro escrito por ele e... – olhou para as garotas e não viu mais o desanimo de quando começou – Brisa nunca esqueça de que nunca pode sentar de pernas abertas quando não usa calcinha...
As garotas, agora já soltas riram e galhofaram da colega que parecia um pimentão envergonhada.
– Vamos Angélica... – olhou para Celeste – Venha cá Celeste...
Caminharam calados até a pracinha com o labirinto e sentaram no banco de madeira, naquele lugar apenas a luz do luar iluminava.
– O que o senhor quer comigo? – Celeste perguntou sem olhar para ele.
– Porque você está fugindo de mim?
– Por nada e... Não estou fugindo... Estou aqui, não estou?
– Não, você não está... – Angélica ia sair e ele segurou seu braço – Onde minha pimentinha pensa que vai?
– Ora tio... – olhou para a amiga – Vocês tem que conversar...
– Fique... Celeste já lhe contou tudo – olhou para a negrinha que tentava esconder o sorriso – Não contou, pretinha safada... – passou o braço por seu ombro e puxou – Mas não é sobre isso que quero conversar com as duas... É sobre as meninas... E sobre o que você me contou... – fez uma pausa – Olhem... Eu também andei me apaixonando por uma professora no colégio, mas não passou disso... É comum alguma aluna ter sonhos melados com algum professor, mas... – suspirou – Nunca deveria ter acontecido Celeste... Nunca deveríamos ter feito o que fizemos...
– Mas fizemos – a negrinha de nariz arrebitado tinha tutano.
– E ela gostou... – Angélica completou.
– Eu também, não posso mentir, mas...
– E o que é que tem tio, ninguém vai ficar sabendo... – a pimentinha segurava sua mão e puxou a mão da colega – Celeste gostou... E... Quer de novo, não quer?
Ele suspirou e olhou para a negrinha que lhe encarou, sorriu e balançou a cabeça confirmando. Jorge respirou e lembrou do que ela tinha lhe falado naquela noite dentro do ônibus e, sem perceber deixou escapar.
– Se ela cumprir uma promessa, quem sabe?
Celeste riu nervosa e olhou para a amiga, também tinha falado sobre isso com ela, mas passou e não lembrou do que prometera até que ele falasse.
– Se eu ganhar também ganho? – Angélica se apressou.
– Porque ganharia? – olhou para ela e depois para Celeste – Até isso vocês conversaram?
As duas deixaram escapar risinhos moleques e não falaram mais nesse assunto até que ele falou já ser hora de ir para o hotel.
– Tu poderia levar ela conosco... – Angélica apertou sua mão.
– Deixe de ser maluquinha Gelita – balançou a cabeça – E o que as meninas iriam pensar?
– Ia ser o maior falatório sua doida! – a negrinha ficou séria – Se não fosse isso eu... Eu.. É... Eu ia adorar passar outra noite contigo...
– E levar pau no cu de novo, né?
– Ora... Se ele quisesse podia ser em outro lugar...
– Está tarde gente, vamos que a coisa está cambando pra outra banda – levantou.
– E vocês não vão se despedir? – novamente a pimentinha atiçou – Nem um beijinho tio?
Jorge olhou para ela e depois para Celeste e depositou um leve e breve beijo nos lábios bem delineados da negrinha.
– Assim não siô... Beija logo ela direito... – empurrou a amiga e o beijo desejado aconteceu.
No trajeto de táxi falaram amenidades sobre a cidade, sobre as competições e sobre o dia seguinte. No hotel perguntaram sobre Angelina e souberam que já tinha subido a bastante tempo.
– Posso entrar um pouquinho? – não esperou, entrou e foi direto para a sacada e deitou na rede branca.
Jorge ainda esperou uns instantes, pensava em chamar Angelina para tomarem uns drinks na beira da piscina, mas desistiu e entrou no quarto e, sem se importar com a garota na rede da sacada, tirou a camisa suada e sentou na cama para tirar o tênis. Colocou a toalha no ombro e entrou no banheiro. Angélica observava e, ao ouvir a ducha do chuveiro, levantou e tirou a roupa e entrou.
– Que é isso menina? – Jorge se alarmou – Tua mãe está...
– Que é que tem eu tomar banho com meu professor paizinho? – entrou no box e tomou seu lugar debaixo do chuveiro – Passa sabão em mim?
Jorge recebeu o sabonete e ficou parado sem ação, não tinham ainda chegado a esse ponto de intimidade nem no Educandário quando acontecia de usarem as duchas ao mesmo tempo.
– Vem pai, banha tua menina!
Mas ele não entrou naquele joguinho perigoso e saiu do banheiro e vestiu uma cueca limpa.
– Porque tu saiu tio? – ela saiu enxugando os cabelos – Ou será que só minha mãezinha merece ser banhada?
Angelina já tinha lhe falado que eram confidentes (1) e soube que aquela sapequinha estava sabendo demais sobre sua vida sexual.
– Com sua mãe é diferente... – olhava para ela, para o corpo bem deito, para as pernas e cintura na medida certa, para o sexo depilado com esmero como o da mãe e pra aqueles pequenos peitos que destoava do conjunto – Somos adultos e...
– Celeste não é... – riu e se aproximou – Me dá uma camisa tua, minha roupa está fedendo a macaco...
Ele sorriu e apontou a mala no chão.
– Porque tu não botou no maleiro? – perguntou.
Como sempre não esperou respostas e se curvou e ele viu a bundinha empinar e a xoxotinha se abrir e seus pensamentos voaram para Santo Ângelo lembrando da sobrinha maluquinha e da filha. Ela colocou a mala no maleiro e escolheu uma camisa de meia com inscrição de amor (Eu amo meu professor) que ele tinha ganho no último dia do professor.
– Onde tu comprou? – abriu lendo a inscrição e, nas costas, assinaturas em azul de várias alunas.
– Foi presente... As meninas me deram no dia do professor – levantou da cama, tirou uma garrafinha de uísque e foi para a varanda.
– A mamãe está caída de quatro por ti... – encostou na parede olhando para ele – Que diabo tu faz com... Com elas? – ia falar com a gente, mas trocou.
Ele riu e estirou as pernas apoiando na rede, nunca havia entendido direito aquele dom e também nunca tinha pensado nisso, sempre foi assim desde que se lembra. Abriu a garrafinha e tomou um gole sentindo o liquido descer áspero goela abaixo.
– Minha velha nunca ligou para esse negócio de namoro... – suspirou e sentou no seu colo de frente para ele – E olha que eu sempre fiz de tudo, apresentei verdadeiros gatos pra ela – sorriu com suas lembranças – Mas ela nunca deixou passar de apertos de mãos, uma conversinha aqui, outra acolá... Saia pra jantar com amigos, era divertida e dava pra ver que muitos homens babavam por ela, mas nada... Até te conhecer...
– Há tempo para tudo pimentinha...
– Mas foi assim como um estralo! – se acomodou melhor, a camisa lhe tapava o colo – Desde aquele restaurante na beira da estrada... Se tu tivesse levado ela pro ônibus tu tinha comido ela naquela noite...
– Que é isso Gelita... Sua mãe não é assim tão fácil como você a pinta – acariciou seu rosto e ela fechou os olhos – Acho até que aí tem um dedinho seu.
– Tem não... Naquela noite ela falou que... – ele colocou o dedo em seus lábios e ela calou.
– Olhe... Estou adorando estar com sua mãe. Ela é alegre, jovem, tem um bom papo...
– Ela é boa na cama?
– Para com isso menina... Vocês só pensam nisso? – tomou outro gole e secou a garrafinha que deixou rolar no chão – O sexo é consequência de uma série de coisas, não estou com sua mãe por sexo, se fosse assim eu seria um tarado pervertido. Sua mãe é bonita, inteligente, super agradável e... – riu – Também ótima na cama... Deixa eu pegar mais uma garrafinha...
– Deixa que eu pego... – saiu do colo – Tu queres copo?
Ele falou que não e ela lhe entregou já aberta e novamente se empoleirou no colo e, dessa vez, não teve tanto cuidado e ao abrir as pernas para se ajeitar ele viu a bocetinha lisa, mas não falou nada e nem houve tempo.
– Deve ser a mamãe – saiu do colo e correu para a porta.
– Tinha certeza que você estava aqui... Que foi, já banhou?
– Tava suada... – fechou a porta e puxou a mãe para a varanda – O tio me emprestou essa camisa – mostrou as inscrições.
– Ela estava de incomodando, desculpa Jorge... – abaixou e beijou a boca do namorado – Gelita é assim mesmo, espalhada...
– Não, não me incomodou e... – puxou a mão da garota – E não incomoda nunca, estávamos conversando enquanto o sono não vem – tomou um gole na garrafinha e ofereceu, Angelina também bebericou e pegou outras duas garrafinhas.
– A gente podia dormir aqui... – a garota jogou o anzol sem isca – Assim não desarruma o outro quarto...
– Lógico que não filha... O Jorge... – calou ao ver a filha se jogar de costas na cama com as pernas abertas – Ei! Cadê a calcinha dona moça?
– Tava suja – riu e continuou com as pernas abertas.
– Cê doida Gelita, fecha essas pernas! – olhou para Jorge e ele sorria – Vocês não...
– Ei! Ei! – Jorge se empertigou – Assim você me ofende Angelina... Nunca toquei um dedo em sua filha e nem...
– Desculpa amor, desculpa... – sentou em seu colo e se abraçou a ele – Desculpa, claro que isso não aconteceu, desculpa... Esquece isso, desculpa! – falava e beijava morrendo de arrependida em ter falado aquilo.
Ele pareceu ter aceito as desculpas pedidas e imploradas, mas bem no fundo da alma sabia que ela tinha um pouco de razão. Tomou o restante da bebida de uma só golada e ela soube que ele se chateara com aquilo que tinha saído sem perceber.
– Olha... Filha... Vai buscar outro travesseiro...
Ele olhou para ela sem entender e quando a filha saiu ela colou a boca na dele em um beijo carregado de culpa e de arrependimento.
– Me perdoa Jorge, me perdoa... Falei sem sentir... – dava beijinhos em seu rosto – Olha... Olha... A gente vai dormir aqui viu?
– Não Angelina, não se deixe levar pelas maluquices da pimentinha... – acariciou o rosto ainda tenso – Vocês vão dormir em seu quarto e eu no meu, afinal estamos pagando dois apartamentos...
– Pode deixar que bem cedinho troco de quarto... Vamos ficar aqui ou... Ou em outro maior, viu? – e os beijinhos não pararam até Angélica voltar vestida numa calcinha – Filha, amanhã vamos trocar de quarto pra um maior... – olhou para ele com medo, um medo que corroía as entranhas, que tivesse jogado fora sua felicidade em um instante impensado – Está bem amor? Vamos ficar juntos... A pimentinha, eu e você... Viu filha, vamos ficar juntos...
Angélica sabia muito bem o que deveria estar pensando a mãe e se sentiu entre a cruz e a espada. Se ficassem no mesmo quarto não teria espaço para ficar naquele joguinho que tinha criado com ele, mas nunca iria fazer nada que fizesse a mãe perder aquela oportunidade de voltar a ser a mulher que sempre quis que fosse.
– Você acha isso direito? – Jorge não tinha certeza de que fosse o melhor e nem solução – Seria bom pensar direito – olhou para Angélica sentada comportada na beirada da cama – Eu ronco e peido de noite...
– Virgem Maria mãe, vou cair fora... – viu que ele estava pondo panos frios – Peidar ainda vai que vou estar mesmo dormindo, mas roncar é demais... Nã... Nã... Não mãe, se for verdade eu caio fora – levantou e sentou na rede escanchada, a mãe viu que vela tinha vestido calcinha.
– Eles esta brincando filha... – beijou a ponta do nariz – Dorme como um anjinho...
– Anjinho mãe? Tá bom, anjinho... – riu ao ver que ele ria – Anjinho nas cuculas dos infernos, isso sim...
– Ai meu Deus! – entrou na brincadeira querendo quebrar aquele clima – Agora até minha nadadora?
Ainda ficaram conversando e bebericando até ele ver que a garota estava dormindo. Levantou, pegou-a no braços e colocou na cama com carinho dedicado e delicado. Angelina olhava entendendo o porque daquele professor ser tão especial.
– Tu és muito carinhoso com a gente... – abraçou e encostou a cabeça em seu peito – Tu... Tu gosta dela, eu sei... – suspirou e olhou em seu rosto – Ela... A gente é doido por ti... Que diabo tu faz com a gente, seu, seu... Seu gostoso...
Ele recordou que Angélica havia feito a mesma pergunta antes de tomar o último gole e irem para o banheiro fazer higiene noturna, tinha afastado e encostado na parede para que não houvessem quedas, a cama não era tão larga para três.
– Amanhã cedo troco o quarto – ela parou vendo Jorge afastar a filha – Deve ter cama mais larga ou um com cama extra.
– Ainda não me convenci que será bom... – olhou para ela – Se separados você pensou...
– Ô Jorge, esquece isso pelo amor de deus... Olha, Gelita é meio espaçosa e... Sabe lutar pelo que quer, sempre foi assim... E se... Se tiver que acontecer...
– Nada tem de acontecer... Já via tua filha nua muitas vezes... No ginásio às vezes elas entram no nosso banheiro quando o delas está muito cheio, mas nunca vi alguma com outro pensamento... – lembrou de Celeste – Lá em casa as meninas vivem nuas, minha filha, minha sobrinha... Não se espante, não há nada... Desde criança fomos assim, mamãe nunca foi mulher de seguir essas regras bestas.
Voltaram para a varanda e ele falou sobre sua vida, sua família e a maneira como viviam, ela ouviu cada vez mais maravilhada com ele, mas quando soube da filha com a prima questionou.
– Isso é incesto Jorge... – olhava para ele – E a doutora Cristina sabe?
– Claro que sabe, somente GG ainda não sabe toda a verdade em sua vida e... E o que é incesto?
– Ora! É relação sexual entre familiares...
– Me diga uma coisa, você considera a relação de Gelita com você normal?
– Claro que é! Não deito com minha filha...
– Mas vai deitar hoje – riu.
– Ah! Jorge, isso não é ter relação sexual...
– Então você me condena?
– Não... Não é isso... É... Poxa Jorge, ela é tua prima? – não sabia, depois de ouvir vtudo não sabia mais o que e como se colocar.
– Me fala outra coisa... Há pouco você falou que poderia acontecer algo entre eu e ela... Isso seria certo?
– Também é diferente, ela não é tua parenta e...
– Mas eu estou namorando com a mãe dela?
– Mas não tem laços sanguíneo envolvido nisso...
Jorge resolveu calar sentindo que esse sim seria o problemas que lhes afastaria, sentou na rede.
– Amorzinho... – acocorou ao lado da rede – Olha... Escuta... É difícil entender esse negócio, é...
– Não precisa falar nada, não vou querer te convencer... Mas não acho... Não achamos ser esse tabu... – queria falar de seu relacionamento com Maria Clara, com Ana Julia, mas calou olhando para ela – Sei que eu e... E minha família não somos os donos da verdade, nunca quis ser... Mas... É assim e... Não posso e não quero mudar e negar toda minha vida...
– Tua mulher sabia desse...
– Sabia e não desaprovava... Olha Angelina... Te falei tudo de minha vida, não... – pensou, seria mentira, mas momento não era o melhor para contar tudo – Amo minha família, Amo minha mãe, minha irmã, minha tia, minha sobrinha,. Minha prima e minhas duas filhas e... – respirou – Sempre soube que ninguém aceitaria nosso jeito de viver, de agir e é por isso que não franqueio minha casa e... Minha vida para ninguém.... Meu envolvimento com Tatiana... Envolvimento sexual somente aconteceu depois que... Depois que perdi minha esposa...
Havia lágrimas em seus olhos, Angelina se sentiu mau e, novamente, temeu perde-lo.
– Jorge... Meu amor... Olha... Me desculpa...
– Você não tem nada que me pedir desculpa... – olhou para ela – Você não fez nada, eu fiz, minha família fez e...
– Olha... Quando eu era menina... – suspirou, aquele episódio em sua vida nunca compartilhou com ninguém – Meu primeiro namorado... foi meu... Meu primo... Amei aquele menino como nunca imaginei ser possível... Não... Não chegamos a... A fazer... Não foi o meu primeiro homem... Mas... – suspirou, parecia um sonho relembrar – Dei a bunda pra ele... Viu? Foi ele quem me... A gente era criança, começou como brincadeira e... – não tinha coragem de olhar em seu rosto e não viu o olhar carinhoso dele.
– Está tarde, amanhã – olhou o relógio – Hoje nossa pimentinha vai ganhar uma medalha... Vamos dormir, depois a gente termina essa conversa...
Talvez ele não tivesse percebido, mas ela sim. Ele se referiu a Angélica como “nossa pimentinha” e aquilo fez voltar a esperança de que tudo terminasse dando certo.
Jorge fechou a porta de vidro, cerrou a cortina antes de ligar o ar condicionado e, quando ela já estava deitada, ele cobriu a pimentinha e afagou seus cabelos como se fosse um pai.
– Boa noite amorzinho... – ela virou e beijou sua boca, virou a costas e abraçou a filha.
Não dormiram de imediato apesar do cansaço e quando ele se aconchegou colando os corpos Angelina sentiu desejos e se empurrou para ele, forçou a bunda e se esfregou sentindo que ele estaca excitado.
– Tira meu pijama... – olhou sorrindo – Mas... Faz devagar...
Ele tirou, ela sentiu que ele também estava nu e virou, ficaram de frente e se beijaram, e a mão passeando em sua costa até tocar foi a gota que faltava.
– Eu te amo Jorge, eu te amo – não mais lembrava da filha dormindo ao lado quando tirou a camisa de seda branca e puxou a cabeça para seus seios, queria tornar sentir aquele gosto gostoso, queria sentir sendo mamada – Me faz gozar...
Deitou de pernas abertas e puxou o corpo para cima de seu corpo, e foi ela quem segurou o pau duro e colocou na porta do prazer.
– Me fode amor, me fode – sussurrou em seu ouvido e lambeu o lóbulo – Hum! Hum! Porra... Merda... Tu é... Grande... Hum... Hum... E... E gostoso... Mete... Mete...
E ele meteu, ainda parecia a xoxota de uma menina apertadinha e ela gemeu um pouco mais alto e rebolou sentindo o pau escorregar no canal estreito que parecia haver ganhado vida própria mastigando, abraçando aquele membro que lhe enchia. O primeiro gozo foi quase instantâneo e logo um outro e ela gemia, as pernas abertas e o desejo de que aquilo nunca terminasse.
– Isso Jorge... Isso... – não foi coisa armada, mas prendeu o corpo dele com suas pernas fremindo com os calcanhares fazendo que que ele colasse a ela – Ai amor, ai amor... Isso, mais forte... Mais... Mais... Isso... Assim.
Ela não viu, estava presa no centro do sexo, nada lhe importava, mas ele sentiu quando Angélica acariciou seu braço e ele gozou e Angelina sentiu aquele jato quente explodindo dentro do corpoLeia o capítulo 15 - O mar dos amores e a mãe da aluna...
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NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
De volta para Santo Ângelo a madre superiora está feliz pelo educandário ter sido o primeiro dentre as trinta e cinco escolas dos Jogos... Angélica está cada vez mais ligada com Jorge... Angelina apaixonada vive um sonho. sem saber o que a filha tinha feito dentro do ônibus com seu professor... Angélica não para de querer mais... Jorge relembra as loucuras da menina...