Levei anos para dar o ânus. O desejo sempre existira, mas a oportunidade não se apresentava. Após um casamento fracassado, eu vivia sozinho, frequentava bares e danceterias, pegava mulheres.
Mas o desejo continuava. Acessando as salas de bate-papo, eu conversava com “ativos” interessados. Mas faltava a coragem para concretizar o desejo. Na verdade, eu tinha medo de me expor. Na minha profissão de professor, eu era muito conhecido.
Foi então que numa viagem, longe de olhares conhecidos, acessei a sala de bate-papo e um rapaz de nome Alex me convidou para a conversa com câmera. Ele já se apresentou nu. Praticamente não tinha pelos no corpo e um pau de pele branca e poucos pentelhos. Bonito.
Criei coragem. No carro alugado, passei pelo local do encontro combinado. Ele estava lá, vestido de bermuda e camiseta. Usava boné.
Ele entrou e fiquei um pouco preocupado com a sua idade. Ele dissera ter dezoito anos, mas parecia menos.
“Agora não tem volta”, pensei.
No trajeto até o motel, fiquei sabendo que ele não tinha exatamente preferência por relações homossexuais. Mas era o meio mais fácil de satisfazer o tesão constante, próprio da idade. E era muito tesão. Mal entramos, ele tirou a roupa, mostrando, agora ao vivo, a cores e odores — na verdade, uma mistura de sabonete com algum perfume que ele passara nos pentelhos — a pica com a qual eu fantasiara longo tempo em minha vida de indecisão.
Sentado na borda da cama, eu acariciei seu membro duríssimo, cujo contato em meus dedos me dava uma satisfação muito grande. Eu tinha, enfim, uma pica todinha à minha disposição. Minha primeira pica, que ele aproximou de minha boca, que se abriu, que engoliu, que provou e aprovou.
— Você goza rápido? — perguntei.
— Eu gozo muitas vezes — disse ele.
Fiquei nu. Observei sua reação. Ele olhou para o meu pau, que também estava duro, mas não tocou. Ainda bem. Porque eu não queria um desses que se denominam “flexíveis”. Queria um macho para a minha primeira experiência. E ali estava um macho jovem, cheio de vigor, pronto para satisfazer meus desejos.
Na cama, tornei a chupá-lo, depois coloquei na pica uma camisinha lubrificada e virei de bruços. Ele deu dois tapinhas em minha bunda e começou a forçar aquela barra dura em meu ânus, que resistiu um pouco, mas depois cedeu.
Doeu.
— Ai!
Senti meu cu dilatar e soube que a pica estava entrando. Entrou devagar, encontrando dificuldade, mas entrou. Pronto. Eu estava dando o cu.
E gostando.
Feliz por realizar meu desejo com um rapaz jovem e bonito (eu tinha 38 anos), segurei suas mãos quando ele se estendeu sobre meu corpo e, movendo lentamente a bunda ao ritmo do vaivém dos dezesseis centímetros de pica que me penetravam.
— Você é bem apertadinho — disse ele. — Dá pra ver que é a primeira vez.
Quanta experiência teria aquele moçoilo? A julgar pela quantidade de ofertas que pululam na internet, devia ter muita.
Quanto a mim, nenhuma. Mas minha falta de experiência era plenamente compensada pelo desejo tanto tempo reprimido. Aquele pau que se movia em meu cu, dando prazer ao rapaz, também me dava prazer. Prazeres opostos, que satisfaziam a ambos. Ele me comia, eu era comido.
Então ele se imobilizou, emitiu um breve gemido, eu senti meu ânus dilatar um pouco mais e soube que ele estava gozando. Fiquei contente, mas também frustrado. Eu queria que aquela pica permanecesse mais tempo dentro de mim.
Ele pareceu ler meus pensamentos.
— Não se preocupe — disse retirando-se, o que causou uma sensação incômoda. — Não acabou a munição.
Realmente. Minutos depois, retornando do banheiro, onde deixou a camisinha e tomou banho, ele se deitou ao meu lado novamente de pau duro e solicitou mais uma chupadinha.
Não me fiz de rogado.
Acomodando-me entre suas pernas, abocanhei a pica segurando delicadamente seus graciosos testículos. Chupei com vontade dedicação. Fazia a pica deslizar entre meus lábios, lambia a glande, engolia, sugava, mamava.
— Você chupa gostoso...
Não demorou muito, senti na boca a presença do esperma. Muitas vezes eu sonhara com esse momento e temia que me causasse repugnância. Mas felizmente isso não aconteceu. Fechando bem os lábios, esperei que ele terminasse de ejacular, degustei, engoli. E gostei.
Mas, como ele dissera, ainda havia munição. Poucos minutos depois, enquanto eu lhe acariciava o corpo, ele disse:
— Quer dar o cuzinho de novo?
Nem pensei em camisinha. Para quê? Se eu já havia tomado seu esperma...
De bruços, com a bunda bem levantada, senti novamente, dessa vez com facilidade, a pica abrir caminho entre as minhas carnes macias. Foi até o fundo, até eu sentir seu púbis colado às minhas nádegas. Segurando-me pela cintura, Alex fazia a pica ir e vir, massageando deliciosamente pontos erógenos até então inexplorados do meu corpo.
— Que gostoso... — suspirei.
Foi muito gostoso. Mas tudo tem um fim. Até a munição de Alex, que, depois de gozar, rolou exausto na cama enquanto eu verificava com a mão se o esperma não estava escorrendo do meu ânus. Não estava.
Ao levá-lo de volta, eu estava tão feliz que queria recompensá-lo. Mas não queria caracterizar como negócio os agradáveis momentos vividos. Por isso, com uma desculpa, eu o deixei a algumas quadras do local onde o apanhara.
— Pega um táxi — disse-lhe pondo em sua mão uma nota de cem reais.
Ele aceitou sem comentários, eu anotei seu telefone e fui para o hotel assobiando de contenteEste relato vai fazer parte de um próximo volume da Coletânea Ele & Ele, em fase de elaboração. O primeiro volume está disponível neste link:
http://www.bookess.com/read/15804-coletanea-ele-ele-primeiras-vezes/