Cara, agradeço de coração aos comentarios, mais não entendi o do viCtor, que diz que ele queria saber o que o Vinicius fez para tornar essa história ruim, tipo a história esta ruim? A forma com que escrevo esta ruim? Digam ai, com a ajuda de vocês eu procurarei melhorar. A outro comentário, que diz que eu deveria ir jogar peteca, pois não sei escrever um conto, bem, só quero te agradecer pela crítica, pois criticas e elogios são muitos bem vindos.
Antes de continuar com a historia, para quem acompanhou o conto " Porque eu me lembro, de tudo muito bem" gostaria de deixa-los a par dos últimos acontecimentos, Matheus terminou com a sua namorada, como eu havia contado no ultimo capitulo, começou a andar com uma galera, conheceu uma outra garota, que é drogada igual a ele, que na falta de maconha fuma pimanta. Namoraram por uma semana , e agora estão casados, ele mora na casa dela, mais nunca mais tive contato algum com ele, e bem, é isso, qualquer nova informação, ou alguma separação do casal luz, eu contarei a vocêsMarcamos o lugar, nos encontraríamos no parque da nossa cidade, eu corri pela casa, como se nada existisse, tomei um banho apressado, coloquei uma calca djeans azul, uma blusa vermelha, e um boné verde. Sai de casa a chuva tinha acabado, e aos poucos o sol de verão ia se mostrando tímido, o bom era que nessa época ainsa é horário de verão, então iria demorar para escurecer. Fui andando pela rua apressado, o ônibus dele chegaria 19:30 no terminal, e eu já queria estar lá, e já eram 19:00, apressei os passos, sentia o cheiro da chuva fresca na calçada, naquele 12 de janeiro.
Andando pela avenida eu imaginava como agora, as coisas pareciam da forma mais sombria fazer algum sentido, eu não queria estar em mais nenhum lugar que ele não estivesse, agora eu imaginava ele tocando meu rosto, e enquanto eu andava eu ia repetindo o seu nome, que eu queria que fosse para sempre o nome nos meus lábios.
Eu havia o conhecido a 12 dias, mais eu já o amava, de forma torta, de forma apressada e carente, mais de forma vulnerável a qualquer investida dele, porque eu amava o jeito com que ele chegava por trás e falava meu nome, eu amava o jeito com que ele andava com as mãos nos bolsos, eu iria de encontro com qualquer desaprovação da minha familia, porque por um instante eu pensei: " Esse amor é nosso! "
Cheguei no terminal, aguardei uns 10 minutos e o ônibus dele chegou, eu mal conseguia segurar a respiração ofegante, eu não sabia o que deveria ser feito, mais sabia que deveria fazer. Ele foi o último a descer do ônibus, enquanto ele vinha em minha direção eu reparava no vapor que a agua da chuva fazia junta ao calor do sol teimando em subir.
Ele chegou ate mim, me cumprimentou, e eu também o fiz, andamos um ao lado do outro, ele ia fazendo algumas observações, enquanto eu olhava as pessoas rápidas e apressadas para irem para suas casas, eram uma multidão de olhares vagos, eram pessoas forçando o riso, fingindo sorrisos. Pessoas apressadas,velhas, cansadas e solitárias, com uma ponta de insinceridade, mais ele estava ali, do meu lado, aonde eu queria que ele estivesse, e eu estava corando por todo o caminho, pensando ainda se isso era realmente real, eu tive sorte em conhecê-lo.
Chegamos no lago, sentamos em um banco de frente para a agua, o sol caia suavemente, transformando a agua laranja, enquanto, eu contava sobre minha vida ele me olhava atento, dávamos risadas, agora já estava anoitecendo, e as luzes da cidade na agua faziam com que eu soubesse que os contos de fadas existem, que todas as pessoas amam tudo o que tem, e eu sabia que por toda a eternidade ele iria lembrar de mim, e eu para sempre lembraria dele, por que o amor nos faz lembrar.
Nós estávamos sentados à beira d'água, ele colocou seu braço ao meu redor pela primeira vez, ele fazia rebelde o descuidado filho de uma mãe cuidadora, eu sabia, ele era a melhor coisa que eu tinha.
Contei para ele os meus segredos, e ele descobriu porque eu sou tão cauteloso, nos nunca iríamos cometer os erros das pessoas adultas...
_ Porque você não me olha nos olhos enquanto fala?
_ Cara, é porque sou muito tímido, não sou acostumado com isso, desculpe.
_ Bem, eu acho que você é muito novo, tem muita coisa á aprender com a vida.
_ É, isso é verdade, mais...
Ele me interrompeu:
_Me olhe nos olhos, deixe de ser inseguro.
Encarei-o por alguns segundos, pude notar agora, depois de 12 dias, em como os olhos dele eram pretos, brilhantes, e pequenos.
Abaixei a cabeça.
_Vamos fazer o seguinte, vamos ali para trás, tem algumas árvores, quem sabe você se solta mais.
_ OK.
Levantamos, fomos andando, um ao lado do outro, sem dizer nada, sem pensar nada, apenas sendo deixado levar. Sentamos em um banco de tronco de arvore, eu sentei primeiro, depois ele, me pediu novamente para olhar-lo nos olhos, enquanto ele tirava meu boné, passava a mão pelo meu cabelo e ia dizendo algumas coisas próximo ao ouvido.
Olhei para o chão.
Ele aparentava estar nervoso, pois tirava o tênis, ficando apenas de meia, colocava o tênis novamente, segurava minha mão, soltava, pedia para eu o olhar nos olhos, mais eu não o fazia, era como se os olhos negros de jabuticaba me hipnotizase, me deixando sufocado.
Eram quase 23 horas, precisávamos ir para que não perdêssemos o onibus, quando avistamos um carro de policia, levantamos e eu disse:
_ Vamos para aquele lado? Apontando para a direção oposta da viatura.
_ Nao! Vamos para a direção deles, se não eles vão vir atrás de nos para ver se nos não estamos fazendo algo errado.
Fomos caminhando, lado a lado. Vinicius olhava para mim, e eu não conseguia disfarçar um sorriso, por que assim ele não veria que ele era tudo o que eu queria e precisava. Vinicius falava comigo, e eu ria, porque ele era engraçado, e com ele o tempo gasto, nunca era o suficiente, ele era tudo o que eu precisava para amar.
Paramos no final da rua, aonde era totalmente escuro, existia ali apenas as luzes da lua, sobre a penumbra da noite estrelada, ele parou na minha frente, nos olhamos fundo, ele me hipnotizou totalmente com o olhar negro, estendeu-me a mão esquerda, e eu lhe estendi a direita, ele apenas fez que não com a cabeça, então, estendi a mão esquerda, ele a segurou, e veio em minha direção, passando por mim e me puxando mais para baixo. Eu apenas o segui. Demos 4 passos, paramos em baixo de uma árvore, ele continuava segurando minha mão, e com a outra ele tirou o celular do bolso.
_ Tenho uma surpresa para você.
Olhei assustado:
_ Qual?
_ Essa!
No fundo eu escutava o barulho de batimentos cardiacos, que aos poucos foram dando espaço a solos de violão, agora eu sabia do que se tratava, então, comecei a cantar baixo:
"Então, vejo você parado aí, querendo mais de mim. E tudo o que posso fazer é tentar, tentar."
_ A música que você falou que te faz lembrar de mim.
_ Si...
Ele me interrompeu, colocando seus labios nos meus, mexendo suavemente sua boca, enquanto lá ao fundo eu ouvia o ecoar da música abafada com aquele beijo, que era suave, sem pressa e sem força alguma, era tudo o que eu queria, era tudo o que eu havia desejado que fosse, era a forma com que ele segurava minha cabeça com as duas mãos, me fazendo girar, foi nesse momento em que eu soube, eu queria ele, para o meu todo, para o meu sempre, eu queria aquele beijo mais e mais vezez.
Bom, por hoje é isso, espero que gostem e comentem, abraços.