Lembranças de Danilo - Capítulo 10 (Final)

Um conto erótico de Lucas
Categoria: Homossexual
Contém 3195 palavras
Data: 21/11/2014 22:50:46

Desci do táxi, dei boa noite ao Danilo, e entrei em casa. Isso já havia virado rotina. Saíamos praticamente todos os dias. Na escola, andávamos juntos. Mas não era como se tivéssemos muitas opções. Sabrina ainda se recusava a falar comigo e com Danilo. Rafael, trocava cumprimentos, mas nada mais. Ele também havia se esquivado das minhas tentativas de conversar sobre nós – se é que existia um “nós”. Já com Alice, as coisas estavam tranquilas, pelo menos comigo. Ela ainda evitava Danilo, por causa de Sabrina, mas já havia voltado a me tratar normal, aceitando o fato de que, qualquer que fosse o motivo que me levava a andar com Danilo, eu não podia dividir com ela.

Naquela noite, ao entrar em casa, Alice me esperava lá.

- Oxi, fazendo o que aqui?

- Esperando você.

- A gente tinha marcado alguma coisa?

- Não, mas precisava perguntar uma coisa.

- Não tá meio tarde pra isso? Já são quase nove.

- Meus pais saíram pra jantar, vão passar aqui depois pra me pegar.

- Ah, vamo pro quarto, lá a gente conversa. – falei, apontando para minha mãe no sofá, indicando que, o que quer que fosse o assunto, era melhor falar sem ela ouvir.

No quarto, ela despejou:

- Eu já sei do Danilo...

Demorei um minuto para processar, mas algo no seu olhar dizia que ela realmente sabia.

- É por isso que você tá pregado nele? Aproveitando os últimos momentos?

- Quem te disse?

- Meu pai encontrou o pai dele no supermercado, ele falou tudo. Aparentemente o pai dele acha que todos nós sabíamos e que estávamos saindo muito juntos, pra aproveitar o último mês. Mas meu pai sabia que eu não estava saindo, então veio tirar essa história a limpo comigo.

Fiquei calado, não havia nada pra dizer.

- Porra, Lucas, você podia ter falado alguma coisa...

- Teria feito diferença?

- Claro que sim! Teríamos tido a chance de...

- Fazer as pazes? Foi por isso que ele me pediu pra não falar nada. Ele não quer que o fato de ele ir embora influencie o perdão de vocês. E, sinceramente, eu não discordo dele. Você até ontem continuava impassível: “o que ele fez foi imperdoável”, e agora isso. Me poupe, Alice.

Ela ficou calada, e isso só acontecia em uma situação: ela sabia que estava errada. Por fim, perguntou:

- Quando ele viaja?

- Dia vinte.

- Cinco dias? Porra.

- É, porra.

Depois disso, fiz ela prometer que não ia falar nada a mais ninguém, o que ela só cumpriu com muita relutância. Contudo, nos dias seguintes, notei que Alice tratava Danilo diferente. O cúmulo ocorreu quando, no recreio, ela se juntou a nós. Ali, ele percebeu.

- Você contou pra ela.

- Não – ela o interrompeu – Eu descobri. Seu pai falou pro meu. Porra Dani, que merda. Você devia ter falado alguma coisa. Mesmo que tivesse influenciado alguma coisa, a gente teria feito as pazes, e poderíamos ter aproveitado esse mês todos juntos.

- Não, foi melhor assim.

E havia sido, pelo menos pra mim. Danilo e eu havíamos nos aproximado mais nesse mês do que em todos os anos de amizade que tínhamos. Não tínhamos outra opção – eu era tudo o que ele tinha, e eu fazia tudo pra provar que estava lá por ele. Por vezes, isso me fazia pensar que todos os sentimentos que eu tinha por ele eram mais do que de amigos. Em outras, dizia pra mim mesmo que havia superado aquilo, e que o amava só como amigo.

Também havia Rafael. Eu sentia falta dele. E sempre que eu estava triste, essa saudade era quase sufocante. E era justamente aquilo que me perturbava, porque, quando Danilo fosse embora, eu sabia que precisaria encontrar um jeito de superar. E o Rafael havia deixado claro que ele não estaria lá para mim. E, sinceramente, eu não o culpava. Havia chegado à conclusão de que, só recorrer a ele quando eu estivesse triste, não era saudável pra nossa amizade – se é que ainda éramos amigos, eu esperava que sim.

Por cima disso tudo, ainda havia minha esperança de que, quando Danilo fosse embora, e Sabrina entendesse as circunstâncias que me levaram a me reaproximar dele contra a vontade dela, ela voltaria a falar comigo. Só me restava aguardar e torcer que sim.

Contudo, todos os meus planos de esperar pra lidar com aquilo depois, foram por água à baixo. Na sexta, faltando apenas dois dias pra Danilo ir embora, fui abordado por uma Sabrina relutante e um curioso Rafael, acompanhados por Alice.

- Lucas, conta pra eles que é verdade.

- O que?

- Do Danilo.

- Alice! – exclamei, indignado.

- Não fui eu! O Danilo comentou com alguém lá da sala, e a notícia se espalhou como pólvora, mas a Sabrina está dizendo que é uma...

- Tentativa desesperada! – Sabrina a interrompeu. – Isso sim. Aposto que vai passar uma semana fora e depois aparece aí.

A encarei, olhos nos olhos, e percebi:

- Nem você acredita nisso. Você sabe que é verdade.

- Lucas. – agora era Rafael – Desde quando você sabe disso?

- Faz um mês.

- Um mês? Porque você não falou nada?

- Não é como se você tivesse aberto a conversar comigo nas últimas semanas. – provoquei – Mas, também, porque ele me pediu pra não falar nada.

Só então, percebi as lágrimas nos olhos de Sabrina.

- Sabrina?

- É por minha causa? – ela quis saber.

- Não! Sério, o pai dele conseguiu um trabalho em Recife. E eles sentem saudade da família, da irmã dele...

Ela concordou com a cabeça.

- A gente devia fazer alguma coisa. – Ela disse, por fim.

- Tipo o que?

- Uma festa de despedida.

- Não sei se ele ia...

- Cala a boca, Lucas. Ele vai ter essa festa, goste ou não. Ele fez merda, mas aquilo não apagou os anos em que a gente foi amigo.

- Sabrina...

- Não! Seguinte: vou precisar de um lugar. – e olhou pra Rafael, que concordou com a cabeça: a casa dele estava liberada. – Ótimo. E dinheiro – percebemos que Rafael ia falar alguma coisa, mas ela falou antes – Não, disso eu cuido. Preciso de alguém pra convidar todo mundo.

- Eu faço isso. – Alice se pronunciou.

- E você – Sabrina apontou pra mim – Vai levar ele no dia.

- O que eu digo?

- Qualquer coisa, a verdade até, se for necessário. Mas faça com que ele vá, nem que seja amarrado.

Combinamos mais algumas coisas, e, por fim, Sabrina foi embora. Eu já ia saindo, mas ouvi Rafael me chamar. Voltei e parei de frente pra ele.

- Oi.

- Foi mal, por ter insinuado que...

- Não, você tava certo, o último mês foi ótimo. Meus amigos não queriam falar comigo, e também tinha que lidar com o meu outro amigo que vai embora... mas tá tudo bem, porque eu tinha o Danilo só pra mim. – enchi a frase de sarcasmo.

Só então, notei que Alice estava ali, parada, à poucos metros.

- Olha, Rafael, depois a gente conversa.

- Lucas!

- Você passou um mês sem querer conversar comigo. Mais um tempo não vai fazer diferença.

Saí, mas vi que Alice me seguiu. Quando finalmente me alcançou, só disse:

- Vou na sua casa mais tarde.

- Eu sei, imaginei que fosse.

Ali, eu já sabia. Alice era esperta demais e prestava muita atenção à detalhes. De alguma forma, a minha cena com Rafael havia confirmado algo que eu já sabia que ela desconfiava – que algo havia acontecido entre nós dois. Eu não sabia exatamente o que ela imaginava que havia acontecido, mas, sem dúvidas, ela sabia que algo estava errado.

À tarde, tal como havia prometido, ela apareceu. Sentamos na minha cama, de frente um para o outro.

- E aí, já adivinhou?

Ela riu.

- É o único jeito de saber o que acontece com você.

- Quando envolve os segredos de outras pessoas sim. – concordei com a cabeça.

- Os seus também. – ela rebateu – Você nunca me disse que era gay, descobri sozinha.

Sorri, imaginei que ela fosse dizer aquilo.

- Então? Fala aí, qual é a sua hipótese?

- Hipótese? Não me insulte, tenho certezas. – aquilo me fez rir.

- Alice, eu e o Rafael...

- Vocês ficaram, né?

Concordei com a cabeça.

- É.

- Mas ele não é gay.

- Não.

- Nem hétero. – ela disse. Rimos juntos.

- Definitivamente não. – afirmei.

- Ele sabe sobre o Danilo, que você gostava dele?

- Sabe. Por isso ele não quis mais ficar comigo, sabe...

- Porque você se isolou com o Danilo. É, é compreensível que ele tenha se afastado.

Concordei novamente com a cabeça.

- Sabe, Lucas, já fazia um tempo que eu queria te dizer isso. Eu acho que o Rafael...

- Gosta de mim?

Ela pareceu surpresa.

- Sabe, Alice, você não é a única esperta do grupo. Faz um tempo que eu penso sobre isso, e faz sentido. Porque eu também acho que estava gostando dele. Foi legal o que a gente teve, sabe. Ele me fez bem. E o jeito que ele agia... Acho que ele também estava sentindo o mesmo.

Ela sorriu, mas me interrompeu.

- Amigo, não querendo insultar sua esperteza, mas eu não acho que o Rafael tenha passado a gostar de você... eu acho que ele já gostava.

“Hã?”, pensei. Ela notou minha confusão.

- Nunca te ocorreu o porque dele ter aceitado ficar com você?

- Ele disse que a gente era amigo. E que ia me ajudar a esquecer o Danilo.

- Lucas, com todo o respeito, mas o que você tem na cabeça? Porque essa desculpa dele foi muito idiota. Amigo, se você fosse hétero e estivesse na fossa por causa de uma garota, eu ia tentar de todos os jeitos te ajudar, mas não ia me oferecer pra ficar com você. Sinceramente.

- Sou tão feio assim? – brinquei, mas ela me encarou, séria.

- Olha, Alice, se ele gostasse antes de mim, teria dito alguma coisa.

- Você gostava do Danilo, e não disse nada.

- Mas a gente tava ficando! É totalmente diferente.

- Mas você ainda gostava de outro cara! É claro que ele não ia dizer nada. Aposto que ele estava esperando ter certeza que você superou o Danilo. E aí, quando você voltou a andar com o Dani, ele viu que não ia adiantar, e tirou o time dele de campo.

Parei pra pensar e tudo o que ela falava fazia sentido.

- Amigo, você tem muito no que pensar, mas, por enquanto, basta o fato de que o Dani vai embora amanhã. Depois disso, você e o Fael vão ter tempo pra se decidir. Agora eu tenho que ir, ok? – Alice falou, beijando meu rosto e saindo.

Passei o resto do dia pensando sobre aquilo, e cheguei à uma conclusão. Se o Rafael já gostava de mim e utilizou-se do fato de eu estar sofrendo pelo Danilo como desculpa pra ficar comigo, ele havia me usado. Mas, se eu estava sofrendo e corria pra ele pra me sentir bem, então eu também o havia usado. Agora, o tempo que ficamos juntos parecia invalidado, como se os motivos pelos quais ficamos houvessem sido anulados pela verdade: estávamos apenas usando um ao outro.

No dia seguinte, prometi à mim mesmo que não iria mais pensar naquilo até que o Danilo fosse embora: era o nosso último dia juntos. Acordei cedo e peguei um táxi para a casa de Danilo. De lá, fomos juntos para a praia. Andamos até a areia e sentamos lá mesmo. O céu estava nublado e parecia que ia chover. Ficamos conversando por horas, até que vi um casal andando de mão dadas – dois homens. Olhei para Danilo, mas não vi nenhuma reação. Lembrei então da reação dele à ideia de ficar com outro cara: “Eca”. Então, lembrei que, dos meus amigos, somente Sabrina e Danilo não sabiam da minha orientação sexual. Sabrina continuaria por perto e, portanto, haveria tempo. Mas, com Danilo, a história era diferente.

- Danilo. – falei, quebrando o silêncio.

- Oi.

- Preciso te contar uma coisa.

Ele se virou pra mim. O encarei por alguns instantes e procurei as palavras certas para usar. Não achei nada, além da verdade direta e crua:

- É que... Danilo, eu sou gay.

Ele pareceu surpreso, depois confuso, mas permaneceu calado.

- E eu não queria que você fosse embora sem saber, porque já são poucas as coisas que você não sabe sobre mim. E isso é uma grande parte de quem eu sou. E achei que deveria dizer.

Ele permaneceu calado, e eu também não falei mais nada. Por fim, ele falou.

- Alguém mais sabe?

- A Alice, e o Rafael.

- A Alice eu entendo, mas porque o Rafael? – ele pareceu confuso.

- Longa história. Você ia perder o voo se eu parasse pra contar.

Ele pareceu aceitar a desculpa.

- Ah. Ok.

O encarei mais um tempo, esperando mais alguma reação.

- OK? – perguntei.

Ele riu.

- O que mais é pra falar?

- Sei lá.

- O que os outros disseram?

- A Alice falou que já sabia. O Rafael disse que assim sobravam mais mulheres para ele. – menti.

Ele riu.

- Típico dele falar isso. – afirmei com a cabeça, mas recebi uma pontada no coração. “Ele vai realmente embora sem saber de nada. Nem do que eu senti, nem do que eu sinto... É, é melhor assim”.

- Lucas – Danilo continuou – Eu não tenho problema com isso, sabe. Só não me pede pra te arranjar nenhum amigo meu de Recife.

Eu ri.

- Não vou.

“É, Lucas, poderia ter sido pior. Poderia ter sido muito pior”. Então, lembrei da festa à noite.

- Dani, à noite a gente vai sair pra jantar, né?

- É.

- Tem problema se o Rafael for junto?

Ele levantou uma sobrancelha.

- Ele sabe?

- Não. Mas é que eu tenho passado tanto tempo contigo... daí o Rafael cobrou de sair comigo hoje. A gente passava na casa dele e íamos no carro.

Ele concordou com a cabeça.

À noite, passei para buscar Danilo, e fomos para a casa do Rafael. Já na entrada, ele entendeu tudo.

- Lucas...

- Que?

- Olha o tanto de carro. Vocês deram uma festa?

Tive que contar a verdade.

- Você falou pro Tarcísio, e ele espalhou pra toda a sala.

- Ah não...

- Danilo, vamo lá. Por favor.

Passei mais alguns minutos tentando convencê-lo a entrar, mas, por fim, ele concordou.

Lá dentro, após gritos de surpresa, muitos abraços e beijos e apertos de mão. Vi Alice e Rafael abraçarem Danilo, e vi Sabrina apertar a mão dele. Após essa cena, fui para a piscina. Não havia ninguém lá. Sentei em uma das cadeiras, e deixei as lágrimas rolarem. Então, ouvi alguém se aproximar, enxuguei o rosto, e vi quem era.

- Rafael...

- A Alice viu você sair. Tá tudo bem?

- Tá.

- Ele não vai morrer, Lucas. O Danilo vai continuar lá.

- Mas não vai ser mais o mesmo? Vai?

- Lucas, já fazem meses que as coisas já não são como costumavam ser. Olha só pra nós. A Sabrina e o Danilo. Você e o Danilo. Eu e você... Tudo mudou.

- E eu odiei cada minuto disso, dessas mudanças...

- Até os que a gente passou juntos?

Me calei. “Não, esses não”.

- Você me usou, Rafael. – atirei, sem pensar. Mas aí, a surpresa: ele concordou com a cabeça.

- E você me usou, Lucas, como uma bengala.

- É diferente, você se ofereceu. Você me beijou primeiro. – mais uma vez, ele concordou.

- Mas só porque eu gostava de você.

“Então a Alice estava certa. Novidade”, pensei.

- Desde quando?

- Vai saber. – ele admitiu – Acho que foi algo que cresceu em mim, e antes que eu pudesse evitar, já estava lá. Mas você nunca notou. Então, quando tive a oportunidade de fazer você sentir o mesmo... eu aproveitei.

- Então a culpa é minha? Porque eu nunca notei?

- Eu não disse isso.

- Não tinha como eu ter notado!

- Sério? Lucas? Com tudo o que eu fazia por você? Só por você. O jeito que eu agia, te abraçava, beijava, fazia de tudo pra ficar perto de ti. Pra mim parece bem óbvio.

- Você era assim com todo mundo!

Ele riu.

- Você sabe que isso não é verdade. Eu só era assim com você.

E, então, me atingiu, que as únicas vezes que Rafael parecia carinhoso demais, atencioso demais, carente demais, eram quando eu estava envolvido. Com as outras pessoas, ele parecia perfeitamente normal. Senti que agora era a minha vez de falar.

- Mas eu também gostei de você. O que quer que você tenha feito, deu certo, Rafael, parabéns. Porque eu estava realmente gostando de você.

- Estava?

Não respondi. Eu sabia que ainda gostava dele, ele tinha me feito bem demais para que eu o esquecesse tão fácil.

- Lucas, se você ainda gosta de mim...

- Não importa? Importa? Porque eu gostava de você, mas isso não te impediu de se afastar.

- Eu pensei que não tinha dado certo, pensei que você ainda gostasse do Danilo.

- E se eu ainda gostar? E se eu gostar dos dois? Ou se eu só estiver confuso porque você se afastou e ele estava lá por mim? Justamente como ocorreu quando ele se afastou e você estava lá?

- Então eu diria que é algo que você precisa trabalhar em você. Ver como você se sai sem nenhum dos dois por perto.

- Então você vai se afastar de novo?

- Lucas, eu tô indo pro Rio. – ao notar o meu olhar, ele complementou – Só para as férias. Vou passar uns meses lá.

- E o vestibular? Você passou na que você queria, a Alice me disse.

- Vou fazer a matrícula pela internet.

Entrei em desespero por dentro. Danilo ia embora, e agora o Rafael também.

- Lucas – ele pegou meu rosto – eu vou voltar, ok?

- Ok.

- E aí, durante esse tempo, a gente vai ver o que realmente sente um pelo o outro, beleza?

Concordei com a cabeça.

- Mas, durante esse tempo, eu quero que você curta, assim como eu também vou curtir. Você precisa saber se o que você sentiu por mim foi só devido às circunstâncias ou se foi de verdade.

- Porque a exclusão? Porque não seria de verdade mesmo se foi só por causa das circunstâncias – perguntei.

- Porque eu preciso saber que você ia me querer nas horas boas e ruins, independente das circunstâncias.

- E se eu quiser?

- Depois das férias a gente fala sobre isso.

- E se depois das férias eu quiser?

Ele se levantou e me puxou para um abraço.

- Então aí a gente pode dar uma chance pra isso aqui, pra nós dois.

Então, ouvimos alguém nos chamar, era Alice.

- O pai do Dani veio buscar ele!

Corremos para a casa, Danilo já estava se despedindo de todos. Eu, Rafael, Alice e Sabrina o acompanhamos até o portão exterior. Alice o abraçou primeiro, chorando. Rafael o abraçou e disse que ele o visitaria em Recife. Sabrina, para a minha surpresa, também o abraçou. Ela sussurrou algo em seu ouvido e beijou seu rosto. Vi que ela chorava e ele também. Então, foi a minha vez.

Eu o abracei, e o ouvi falar no meu ouvido:

- Você vai lembrar de mim, né?

- Vou sim, prometo.

- Porque eu não vou te esquecer, Lucas.

- Eu sei que não.

- Eu te amo, Lucas.

- Também te amo, Dani.

E me afastei, não havia mais nada a ser dito.

Ele entrou no carro e seu pai deu a partida. Senti um aperto no coração, e deixei as lágrimas caírem.

Após o carro sair, ninguém falou mais nada. Aos poucos, meus amigos voltavam para a casa. Sozinho, repeti a minha promessa para mim mesmo:

- Eu vou lembrar de você, Danilo. Eu prometo.

Após isso, o silêncio.

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Comentários

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Buaaaaaaaa que triste vi qie ele era especial pra vc mas ainda voto pelo rafael

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Meu Deus Q final mais que perfeito, LACRANTEEE!! por tudo q é mais sagrado começa logo a próxima temporada, e de novo amei demais esse final!!!!!!

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Caramba adorei! Eu não imaginava que o final ficaria tão bom mas você me surpreendeu de verdade, o conto acabou no momento certo. Aguardando anciosamente pela próxima temporada. Parabéns!

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Ai como eu quero ver a continuação disso....

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Quero logo o outro pra voce se acertar com o Rafael!

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Vai ter segunda temporada né?! Tem que ter, torcendo pro Lucas ficar com o Fael, até fiquei esperançoso com aquele 'eu te amo Lucas' mas é só amizade né?! Kk continua pfv, esperamos ansiosamente!!! ^-^

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Que droga, isso partiu meu coração. :'(

Lucas não demore pra dar continuidade na sua história.

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Amei. Final triste mas esperado. Que venha os próximos. :)

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Final melancólico, mas coerente! Haverá continuação? Parabéns e beijinhos, chéri! s2

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