"Não há segrdos que o tempo não revele." - Jean Racine
É, não tem como dizer que meu dia não foi agitado: Discuti com um garoto; Pedrinho foi parar no hospital; faltei a escola; e , por fim, ganhei um beijo do garoto que eu discuti. Qual a sentido nisso tudo? Não faço a menor idéia! Mas fazer o que, né? Meus dias nunca são comuns, desses que as pessoas possuem uma rotina rigorosa, mas esse superou o limite (e olha que minha cota de loucura é alta rsrsrs). Fiquei meio perdido em meus pensamentos e nem percebi que já tinha anoitecido quando cheguei em frente a minha casa. Entrei de fininho em casa. Será que minha mãe percebeu que eu estou chegando agora? Para ir para o meu quarto é inevitável não passar pela porta da cozinha. Minha mãe estava de costas para mim, escorada na mesa da cozinha coversando com alguém no telefone. Daria para passar numa boa sem ser visto, mas alguma coisa dizia que era para eu ficar e ouvir um pouco. Talvez era alguma coisa importante (ou era só meu instinto fofoqueiro falando mais alto). Por via das dúvidas, me escondi e fiquei com os ouvidos atentos na conversa.
Sara - Tem certeza? ... Pode ser outra pessoa... Não, você deve ter se enganado, Sueli... Não, o Marlon não sabe... Não me julgue, você sabe muito bem que eu fiz isso para protegê-lo... Olha, eu vou desligar porque ele pode chegar a qualquer momento... Assim que você tiver mais noticias sobre ele me liga, tá?... Tchau.
E desligou o telefone. Corri para o quarto e fechei a porta devagarinho para não fazer barulho. Tirei os sapatos e deitei na cama. Que conversa foi aquela? O que eu não posso ficar sabendo? Odeio essa sensação de estar sendo enganado. Enquanto me fazia perguntas em relação a isso, ouvi passos no corredor. Tinha que pensar em algo rápido para ela não desconfiar que eu poderia ter escutado. Notebook? Não Demoraria muito até ligar, ela já estaria no meu quarto. Já sei! Tirei meu celular do bolso, junto com o fone. Coloquei-os no ouvido, mas sem música alguma, e fingi que dormia. Ela entrou e acendeu as luzes. Demorou um pouco para falar alguma coisa. Quando disse, só serviu para me deixar mais confuso ainda.
Sara - Ô meu menino, como foi que você cresceu tão rápido? Se você fosse pequenino ainda daria para sairmos daqui sem problemas, sem perguntas. - ela se aproximou e acariciou meu rosto. Senti algo molhado cair no meu rosto. Ela fungou. Estava chorando? Logo em seguida senti ela se afastar.
Deveria ter levantado e perguntado o que tinha acontecido, mas não tive coragem. Minha mae não era do tipo que chorava. Pensando nessas coisas acabei dormindo...
Estava de volta ao campinho. Na mesma arvore, com a cabeça baixa. A mesma sensação de estar sendo vigiado. Levantei a cabeça e lá estava ele me olhando. Mas havia algo diferente no seu olhar. Ele sorriu de modo bem safado. Me levantei e fui ao seu encontro. Ele também se distanciou da arvore e caminhou até mim. Quando estávamos bem próximos ele segurou na minha cintura e me levou de encontro ao seu corpo. Passou seu nariz no meu pescoço, o que me fez arrepiar. Deu uma leve mordida na minha orelha e disse bem baixinho:
Guilherme - Não está conseguindo me esquecer, não é?
Segurou minha nuca e aproximou sua boca da minha. Um beijo. Quente, ardente. De tirar o fôlego. Sua mão percorreu minhas costas até chegar a minha bunda, onde deu um leve, porém demorado, aperto. Esse simples gesto me fez arfar. Aproveitei e deslizei minha mão do pescoço ao peitoral. Desço mais um pouco e vou para sua barriga definida. Mais um pouco, e cheguei em seu membro. Apertei levemente e senti que ele sorriu. Ele se afastou e disse:
Guilherme - É isso que você quer? - E tirou a camisa e voltou a beijar meu pescoço - Pode alisar, é todo seu. - a voz dele estava mais rouca. Ele tirou minha blusa e me encarou esperando alguma reação minha. Eu me aproximei dele e o beijei. Sem parar de nos beijar ele me deitou a grama, ficando por cima de mim. - Chegou a hora de te dar o que você merece. - levantou e começou a abrir os botões da calça, sem tirar aquele sorriso safado do rosto. Pela parte que estava aberta, consegui ver sua cueca preta. Ele deixou a calça cair, deixando totalmente a mostra sua box. Ele passou a mão por cima de seu membro, que estava bem desenhada na cueca. Devagar, ele subiu a mão e colocou-a na parte de cima para tirar a cueca. - Posso tirar? - apenas balacei a cabeça afirmando, por algum motivo não conseguia falar. Ele começou a tirar e...
Sara - Filho? Filho, vem jantar. - minha mãe me balançava, tentando me acordar. MAS QUE DROGA, QUANDO A COISA ESTAVA ESQUENTANDO...
Eu - QUE FOI MÃE????
Sara - Vai gritar lá com as suas negas, comigo não. Eu hein!! - saiu andando para fora do quarto.
Percebi que eu estava respirando rapidamente. E pior ainda: estava de pau duro! Que porra de sonho foi esse?? Devo confessar que tinha gostado... Tomei um banho rápido e fui jantar. Conversamos um pouco, mas não comentei nada sobre a conversa que eu ouvi. O resto da noite foi tranquila, não sonhei com mais nada. Acordei na manhã seguinte com um mau humor do cão. Acho que se me chamassem de lindo eu daria um soco na cara da pessoa. Fiz o que tinha que fazer e fui para o ponto do ônibus. Aquele seria meu primeiro dia de aula. Fui para a escola sozinho. Parei no estacionamento e acabei me lembrando do que tinha acontecido ali, em seguida do que tinha acontecido no campinho, e consequentemente lembrei do sonho. O que esse garoto fez comigo? Levei um susto quando ouvi uma voz vinda de trás de mim.
Voz - Ora, ora, ora. Olha só quem temos aqui. - me virei e tive a pior visão do dia.
Eu - Gabriele...
Boa noite, gente. Deixo aqui o meu muito obrigado a Laris94, prireis822, Anjo Sedutora, Geomateus, Agatha28, Ru/Ruanito e aos leitores anônimos. Gente, fiquei de boca aberta com o número de leituras da série. Foram mais de 3.000 leituras até agora!!! Fiquei um tempão olhando os números para ver se a ficha caía, confesso que até agora ela não caiu. Críticas, comentários, elogios, palpites e votos serão muito bem vindos. Ah, vou aumentando o tamanho aos poucos porque tem muita água para rolar debaixo dessa ponte e eu não quero confundir vocês. Segredos que podem mudar o rumo da história... Ops, falei de mais!
Até sexta, gente! :)