O terreno do quintal foi totalmente limpo a mando de Vó Rosália e algumas mesas e cadeiras foram lá colocadas embaixo de um grande toldo para que o almoço de aniversário de Heitor fosse devidamente comemorado...
_ Mãe, por que a senhora quer dar esse almoço pro Heitor, como se ele fosse da nossa família?
_ Simplesmente minha querida, porque ele é mais da minha família que você, que nasceu de mim. Minha ligação com esse menino vem de muitas vidas passadas e nada mais justo do que fazer esse almoço pra ele, já que no ano passado, nesse mesmo dia, ele foi expulso de casa por ser o que é.
A filha mais nova de Vó Rosália nada mais disse e continuou a ajudar a mãe nos preparativos. Os três amigos haviam saído para fazer comprar num pequeno centro comercial da cidade, claro que por interferência da dona da casa e só voltariam justamente na hora do almoço.
Quando Heitor, Jean e Denis chegaram em casa cheios de sacolas, a mesma já estava cheia de convidados que foram chamados para o almoço e fizeram questão de comparecerem.
O início da tarde foi simplesmente perfeito e já na hora da sobremesa, Vó Rosália chamou seu preferido de lado e disse:
_ De hoje em diante, guarde sempre com você este terço que um dia já foi seu presente para mim. Não precisa se preocupar, a história seria longa, uma vez que esta joia esta na família há pelo menos 135 anos.
O pequeno terço feito de prata brilhava mesmo estando na sombra e era lindo.
_ Obrigado Vó. Claro que guardarei com todo o carinho.
_ Tenho algo a lhe dizer... Hoje à noite muitas coisas acontecerão... Amanhã você começará a ser vítima daquele que ama, pois em sua dor ele não acreditará em você. Por conta disso, você irá para longe de mim e também por conta disso, só voltarei a te ver novamente daqui a pelo menos 60 anos. Não esqueça, mantenha a cabeça erguida. Tá vendo àquela porta aberta ali na sua frente? Pois muitas mais sempre se abrirão para que você passe por elas em idas e vindas... E sabe o que é o melhor disso tudo? Você sempre estará limpo.
Ela depois de falar essas palavras para mim, me puxou pelo braço e foi comigo se despedir dos poucos convidados que ainda estavam por lá.
Assim que tudo acabou, fui para o quarto, onde Jean e Denis, já estavam deitados...
_ Teu celular parou de tocar há poucos instantes, disse Jean.
Verifiquei o visor e lá estava escrito... DUDO. Liguei de volta e ele atendeu antes do primeiro toque terminar...
_ Preciso ver você Heitor. As vezes tenho a impressão de que estou esquecendo do seu rosto e do som de sua voz... Não quero que isso aconteça, pois preciso saber sempre de você.
Antes de responder algo, lembrei das palavras de minha Vó e fiquei pela primeira vez torcendo para que ela estivesse completamente enganada sobre o que me dissera no começo da tarde.
_ Fico feliz em saber disso. Se te uma pessoa que queria ver hoje, essa pessoa é você.
_ Você tá falando isso de coração, Heitor?
_ Não só de coração, mais do fundo dele. Será que posso ter esse privilégio?
_ Claro que você terá esse privilégio garoto, afinal de contas só se faz aniversário de 19 anos uma única vez na vida.
_ Como você soube do meu aniversário?
_ Prefiro dizer pessoalmente. Passo pra te pegar pontualmente as 19:30 h, por favor não atrasa.
_ Se é verdade o que dizem sobre o pessoal da Inglaterra, de que eles nunca atrasam em compromissos, pode estar certo meu caro, que nasci lá... O riso dele me contagiou pois eu sabia que era um riso de contentamento, e meu coração deu uma acelerada.
Os dois olharam pra mim assim que retornei ao quarto.
_ Esse cara só pode estar louco por você, né Jimmy? Disse Dennis.
_ Se isso for uma verdade Denis, que eu consiga viver em paz.
_ Você tirou a sorte grande cara, tipo assim, ganhou na loteria vezes e mais vezes seguidas, disse Jean.
Ficamos jogando conversa fora por mais um tempo e rapidamente após ter colocado o despertador para as 18:00 h, dormi um sono leve.
Acordei na verdade faltando ainda uns 15 minutos pois o celular chamou e com muito prazer e alegria atendi a uma ligação de minha Mãe, que durou exatos 20 minutos.
Quando entrei no banheiro para tomar um bom banho frio, Denis ja vinha saindo dele enrolado numa toalha e Jean já estava se despindo no quarto para tomar o seu, depois de mim.
_ Vê se não demora, não é só o senhor que tem cliente esperando não, visse?
_ Pode deixar que vai ser caprichado e rapidinho.
Nós três havíamos comprado roupas bem parecidas no centro Comercial pela manhã e todos os tr~es estávamos de calça de brim branca, um sapato novo estilo tênis que era a última moda, e camisetas de meia com listras finas nas cores azul, preto e verde oliva e arrematando o visual, cada um de nós usava uma corrente que era presa nos bolsos da calça.
Jean e Denis saíram na minha frente uns dez minutos antes de Dudo chegar e pontualmente a porta de um possante carro abriu bem a meu lado às 19:30 h.
_ Uau Heitor, você tá mais lindo ainda. O que você faz pra que isso aconteça?
_ Nem sei o que te responder, Dudo. Tá tudo bem com você?
_ Eu sempre digo que ainda pode melhorar, mas por enquanto, tá sim e você tem uma parcela bem importante nesse "estar bem".
E fomos conversando sobre vários assuntos, afinal de contas quatro meses havia passado. Dessa vez fui levado para sua cobertura localizada no bairro da Jaqueira e devo lhes dizer que o lugar era simplesmente maravilhoso.
O piso era em granito preto, e a decoração do duplex era simplesmente maravilhosa... O lugar parecia um museu particular e devo admitir que uma tela que estava pendurada na parede em rente a porta de entrada era igual a uma gravura que tinha num livro meu do colégio. Eduardo aproximou de mim e me abraçou, passando seus braços por baixo dos meus e ficou contemplando a tela junto comigo...
_ Esse quadro já vi uma vez, disse timidamente.
_ Como assim? Onde foi isso?
_ Num livro da escola, tenho certeza que era esse aí.
_ Não duvido de você não, eu comprei essa tela há uns cinco anos atrás. Gostou?
_ É lindo esse quadro, Dudo. Agora o nome do cara que fez, esse eu não consigo dizer...
_ Lasar Segall e a obra é Homem com Violino.
_ Foi muito caro?
_ Ouso dizer que sim.
Lentamente Dudo me virou e me beijou cheio de desejo e saudade. Sua boca estava faminta e sua língua começou a passear dentro de minha boca, como se tivesse reconhecendo o lugar que antes já visitara. Eu simplesmente me deixei beijar e abraçar por esse homem que mesmo sem saber, havia me conquistado definitivamente. Desde a última vez em que estivemos juntos, que algo começou a acontecer comigo e comecei a sentir a sua falta já no dia seguinte.
Envolvi Dudo em meus braços, mesmo ele sendo maior que eu e por nada nesse mundo eu queria que esse beijo terminasse. Nossos corpos já estavam acesos e ao sentir a rigidez de seu grande membro cutucando minha virilha e me fez chupar com mais vontade ainda seu músculo que estava me sufocando.
O beijo foi parando aos poucos e assim que terminou, Eduardo disse:
_ Feliz aniversário, meu garoto lindo... meu Heitor.
_ Como você descobriu a data, se nunca lhe disse nada?
_ Vem cá e senta um pouco aqui no bar comigo...
Um rapaz muito bonito estava atrás do bar e nos preparou a bebida que Dudo pediu. Um outro já veio em nossa direção com uma bandeja cheia de canapés e assim que terminaram de nos servir pediram licença e se dirigiram à cozinha que ficava no outro lado do apartamento.
_ Eu comprei a Thermas há cerca de um mês após a morte do Gerente. O dono é um grande amigo meu que atualmente esta em Salvador e na semana em que ficou fechada, cloquei lá um pessoal eficiente e de confiança. Foi nos documentos do escritório que descobri sua ficha cadastral. Devo lhe dizer que sua ficha não esta mais lá por razões óbvias e foi assim que descobri a data de seu aniversário.
_ E compensou a compra do lugar, quer dizer, você pretende manter o lugar ou isso é só temporariamente?
_ Meu querido Heitor, na verdade além da Thermas, possuo três dos melhores motéis da cidade, uma pousada em Olinda direcionada ao público gay, uma boite também voltada para público GLS e muitas outras coisas mais. Sou um empresário antenado com o mundo em que vivo meu querido. Claro que vou continuar com a Thermas.
Enquanto bebíamos conversamos sobre muitas outras coisas e após um delicioso jantar, subimos para sua suíte. onde mais uma vez Dudo pode possuir meu corpo do jeito que quis. Seu corpo exalava cheiro do desejo, a urgência da pegada, a necessidade de controlar e submeter o outro, no caso eu, aos seus mais loucos caprichos... Eu fui acariciado por mãos, dedos, lábios, língua e finalmente pela grande jeba do meu querido Eduardo Freire, que a todo momento me fazia desejá-lo mais e mais...
_ Abre a boca meu garoto tesudo e me deixa deslizar essa pica até o fim, deixa, Heitor...
Eu não tinha como responder, apenas balançava a cabeça timidamente e abria a boca o mais que podia para depois de engolir seu enorme membro, passar a ser fodido por ele.
Meu corpo era colocado em cima do seu e minhas pernas eram abertas o mais que ele podia...
_ Seu cu é lindo garoto... Você é todo lindo... E enquanto eu engolia seu cacete nessa posição invertida, sua língua voltava a me arrepiar enquanto me invadia o rabo.
Chupei Dudo com paixão, dessa vez fiz não apenas por conta do tesão que sentia ao estar com ele, mas também por que sabia que amava esse cara e o que ele me pedisse passei a saber que jamais seria capaz de lhe negar... Eu pertencia a ele e só com ele teria coragem de fazer todo e qualquer tipo de loucura.
Por várias vezes ele me penetrava e me largava para poder chupar meu cu totalmente aberto, onde sua língua ia cada vez mais fundo dentro de mim... Eu arfava, por vezes o ar chegou a faltar e me vi quase desfalecendo... Dudo metia dois, três dedos em mim enquanto sua língua vasculhava minha boca em direção a minha garganta...
Ele me fez colocar suas bolas de uma só vez na boca quando sentou praticamente em cima do meu rosto e levantou minhas pernas já curvadas para poder chupar meu cu ao mesmo tempo... Ele era perfeito e faminto na medida certa...
Quando ele sentou na ponta da grande cama com os pés no chão e comigo empalado em seu membro, fui a outro mundo pois o prazer que estava sentindo me fez agarrar esse homem com todas as minhas forças...
_ Olha pra mim Heitor... Assim que consegui mirar em seus olhos... Não aguento mais ficar longe de você, fica comigo...
E assim que sua língua voltou a me invadir, ele levantou da cama comigo em seus braços fortes e me fodeu num vai e vem delicioso onde tive meu corpo preso ao seu numa verdadeira mistura de desejo, prazer, amor e gozo...
Assim que deitamos na cama eu disse:
_ Também quero ficar com você... E voltamos a nos beijar, dessa vez já cientes de que um queria o outro.
ACONTECIMENTOS NA NOITE...
Tínhamos terminado de tomar banho e estava vestindo um roupão quando o celular dele tocou... Ele pediu licença e foi atender
_ Pode falar Maria Clara e olhando pra mim disse, é a governanta da casa de minha mãe.
Ele de repente tirou o riso do rosto e ficou sem cor... Algo de errado estava acontecendo em sua casa, pelo menos foi o que pensei...
_ Chama o médico particular dela, aciona o serviço de ambulância e me espera que já tô de saída...
nem foi preciso explicar muito, sua mãe estava tendo um ataque cardíaco ou já tinha tido e ele antes de sair pra casa, se desculpou pelo mal jeito e prometeu ao me colocar num táxi que me daria notícias assim que fosse possível. Fui pra casa e cheguei faltando uns 20 minutos para uma da madrugada.
Léo Freire havia estado na boite que pertencia ao irmão acompanhado de um belo garoto e de lá saiu por volta da meia noite, sozinho.
Quando estava se dirigindo para o estacionamento VIP do lugar, que ficava numa área afastada da boite e era mal iluminado, alguém lhe chamou...
_ Já de saída, Léo?
_ Ah é você? Tô sim, amanhã tenho uma viagem importante pra fazer logo cedo.
_ Será que você poderia me dar uma carona até em casa
_ Naquele fim de mundo? Nem pensar.
_ Mesmo se eu deixasse você fazer o que bem quisesse comigo?
_ Nem mesmo por causa disso. Já disse que não tenho mais nenhum interesse em você. Você já não me dá mais tesão, entende? Apesar da carinha de novinho, já esta bem ultrapassado pra mim.
_ Você continua o mesmo filho da puta de sempre, né seu viado nojento?
Léo que já havia aberto a porta do carro e começava a entrar, parou o movimento, andou até o garoto que não se moveu do lugar e já lhe segurando pela camiseta de listras finas disse:
_ Quem você pensa que é, seu maldito viadinho nojento, pra falar comigo assim? você tá louco ou consumiu muita droga? E deu um muro na cara do garoto e ainda o manteve seguro pela camisa.
O garoto olhou em seu belo e másculo rosto e disse apenas:
_ Você quer saber quem eu sou? pois vou te dizer, seu filho da puta escroto... Eu sou só o cara que vai mandar você pro quinto dos infernos com a passagem só de ida...
O pequeno punhal feito artesanalmente foi usado rapidamente cinco vezes em pontos diferentes do corpo de Léo Freire... Ombros direito, barriga, na altura dos rins, no olho direito e terminou cravado no coração do cara.
Quando o corpo de Leonardo Freire Duarte caiu no chão já sem vida, o vigia do estacionamento viu quando um garoto de calça branca e sapato escuro saiu correndo até conseguir pular o muro, levando no ambro uma camiseta de listras bem finas e apesar de ter visto seu rosto de relance, teve a impressão de ver aquele garoto por lá outras vezes, pois o mesmo era muito bonito e sempre tava por ali.
Jean chegou em casa cinco minutos após Heitor e os dois estavam conversando no quarto, quando Denis chegou em casa faltando 8 minutos para uma hora da manhã e disse aos dois que havia se envolvido numa briga, pois a primeira coisa que os amigos notaram foram o inchaço em seu olho e marcas de sangue na camiseta que ele trazia no ombro.
_ Tem certeza que não esta ferido Denis? Perguntou Heitor.
_ Tenho sim Jimmy, esse sangue é do filho da puta que levou a pior. Agora vou tomar um banho e colocar gelo no olho pra não inchar mais ainda.
O relógio na cozinha marcava 00:57 h.
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O meu abraço a cada um de vocês, POVO DO LADO ESQUERDO. Nando Mota.