A primeira vista – Capítulo 08
Desconheço alguém que não fique nervoso ao ir pra cama com outro alguém. É uma coisa que não dá de explicar. Seria terrível travar com o Kaio naquele momento. Ele foi tão atencioso e parecia de fato envolvido comigo naquilo tudo. Estávamos no mesmo ritmo.
Tudo estava bem. Estávamos sozinhos em casa, agora “oficialmente” namorados, havíamos jantado e tomado um vinho pra lá de forte, fazia um calor de matar mesmo com a quase chuva lá fora, as roupas já haviam começado a ser tiradas, eu já estava na cama, ele já estava encima de mim, sentado na minha barriga me olhando sério.
- A gente pode parar. – ele arriscou.
Eu levei a mão esquerda até a cintura dele, peguei de leve no cós da bermuda e o olhei pra deixar claro a minha intenção. Ele se debruçou novamente sobre mim e voltou a me beijar. Os beijos mais quentes voltaram e de novo o nervosismo me tomou. “Calma Igor... Tantos caras por aí são passivos e gostam. Porque ia ser diferente com você?”
Foi nesse pensamento que me apeguei. Nunca havia passados dos beijos e mãos bobas com um ou outro cara. Eu sempre inventava uma desculpa e me saia da situação constrangedora que era ter um cara excitado me agarrando. Não ia fazer isso agora. Eu estava nervoso porque aquilo tudo era novidade, não que eu não quisesse. Eu queria mais que tudo! Acho que pensei demais.
- Igor... – Kaio parou de beijar meu pescoço e de novo me olhou estranho. Que droga! Ele estava notando!
Puxei o pescoço dele com força e o recoloquei no meu pescoço. Desci as mãos pelas suas costas e comecei a baixar o seu shorte. Ele se acomodou melhor encima de mim. Enquanto me beijava deixou o peso do corpo recair sobre mim e foi desabotoando minha bermuda. Eu arfei mais forte. O toque dele. Era diferente. Era algo que eu nunca havia sentido. Era um misto de medo, nervosismo, desejo, tesão...
Quando baixamos as bermudas ele voltou a sentar sobre mim. Olhou meu corpo todo e segurou com as duas mãos forte na minha cintura. Caiu pro lado e me puxou. Eu então sentei encima dele e pude sentir a ereção sob a cueca. Nós estávamos suando. Eu levei a mão e apertei o seu volume. Ele deu um gemido alto. Eu desci a cueca dele e ele a minha. O pau dele estava em riste, assim como o meu, mas o dele babava bem mais.
Comecei a tocar e massagear o pau dele. Ele se contorcia embaixo de mim pedindo por mais. Levou a mão ao meu pau e o simples toque me fez gemer. Ele posicionou o polegar encima da minha glande e fez um movimento circular que me excitou ainda mais. Num susto ele segurou na minha cintura com força e me derrubou de lado.
Ele começou a descer com os beijos e passou pro meu pescoço, veio pra cima de mim e de novo subiu em mim na cama. Do pescoço ele desceu pro meu peito, chupou meus mamilos, o que me fez cócegas e foi beijando meu abdome. Eu me contorcia de prazer e segurava o cabelo dele. Incrível como puxar o cabelo dele me dava tesão. Coloquei um pouco mais de força e ele não protestou.
Virou meu pau de lado e deu beijos na base, lambeu minhas bolas e olhou pra cima. Eu apenas gemia. Ele abocanhou meu pau quase todo ainda olhando pra mim. Eu fui à lua. Ele sugava com força, dava pra ver pela bochecha dele. Enquanto sugava massageava minhas bolas. Que prazer meu Deus! Meus gemidos começaram a aumentar.
Ele tirou a boca e veio pra cima. Se deitou encima de mim, nossos paus se encontraram. Eu o virei e dessa vez eu fiquei por cima. Ele sorria safado.
- Faz do mesmo jeito. – ele piscou o olho.
Eu fiz o mesmo caminho, pescoço, peitoral e abdome.
O pau dele estava tão duro que conseguia ficar de pé sem tocar na barriga. Tava muito melado. Eu passei a língua e ele arqueou as costas em resposta. Comecei o oral. O gosto era salgado. Muito salgado aliás mas nada que me fizesse voltar atrás. Continuei me empenhando em dar o melhor oral do mundo pra ele apesar da falta de prática. Aí vem outra coisa do Kaio que me excita. O gemido.
Kaio começou a gemer de um jeito sexy que só ele sabe. De um jeito que basta ouvir pra que me tire do chão. De um jeito másculo que eu adoro. Aquela voz grave de homem gemendo com prazer de verdade. Eu tinha tesão em pernas então as beijei. Distribui leves mordidas.
Tentei me emprenhar o máximo possível, suguei com força, lambia, brincava com a língua nele dentro da boca. Ele arqueava o quadril pedindo por mais contato. Ele chegou ao limite. Me pediu pra parar antes que gozasse.
Eu subi e o beijei, molhado. Ele estendeu a mão e pegou uma camisinha que estava dentro de uma caixinha no criado mudo. Deixou alí perto. Ele tinha planejado tudo.
Ele voltou a me chupar e de leve foi levantando minhas pernas. Bateu uma vergonha terrível nessa hora. A sensação era como se eu estivesse literalmente me “abrindo” alguém. As lambidas foram descendo e eu sabia onde aquilo ia dar. Comecei a respirar mais rápido. Até que ele passou a língua na minha entrada. Aqui eu dispenso comentários, porque foi uma coisa indescritível. Foi muito bom!
Ele me olhava concentrado, vendo cada reação minha. Passou a língua, uma, duas, três vezes... Não parou mais. É tão bom. Eu segurava os cabelos dele quase puxando. Senti o dedo dele logo após a língua.
Ele massageou e empurrou devagar.
Eu travei.
- Shhhhh... relaxa meu lindo.
Ele continuou a lamber e passar o dedo, foi enfiando. Pouquinho depois o primeiro dele tinha passado e ele fazia movimento de vai e vem com ele, as vezes movimentos circulares. Os movimentos do dedo aumentaram de velocidade e ele tentou colocar dois dedos. Ele abriu a camisinha e aproveitou um pouco do lubrificante. Três dedos começaram a fazer movimento de leve.
Ele colocou a camisinha e se posicionou.
- Vai. – eu confirmei.
Ele levantou minhas pernas e se pôs entre elas. Ele posicionou o pau e me olhou. Começou a introduzir sem tirar o olho de mim. Passou a cabeça e dalí pra frente nada mais. Doia demais! Eu não estava a segundos atrás com três dedos alí? Porque o membro dele não ia passar? Ardia demais! Eu levei as mãos à barriga dele o impedindo de prosseguir.
- Igor... – ele já olhava preocupado.
- Não! Se fosse impossível ninguém faria. Só me dá um tempo... Vai com calma.
Eu tremia. Meu tórax tremia demais, minhas pernas então... Não havia ar condicionado do mundo que nos fizesse parar de soar.
Ele começou a retirar o membro.
- Não! Espera. – eu o prendi com as pernas. – Vai – dei sinal verde de novo. Ele tentou e entrou quase todo. Ele havia me lubrificado bem pelo visto.
Ele gemeu quando entrou tudo. Eu nem se fala. Mais uma vez eu protestei com as mãos na barriga dele. Eu sentia o pau dele quase na minha barriga.
Ele foi se movimentando lentamente e foi aumentando o ritmo. Aos marinheiros de primeira viagem, como eu era, o importante nessa hora é não retirar o membro do parceiro. Senão se volta à estaca zero. A dor passa, basta ter lubrificação antes de tudo. Sentia lubrificante escorrendo pela minha bunda. Isso me tranquilizou.
Ele se debruçou e me beijou. O vai e vem começou de fato. Ele levantava mais minhas pernas. Sempre com cuidado. Nós dois gemíamos sem parar. A velocidade foi aumentando e finalmente ficou razoável. Como eu disse, tudo é uma questão de lubrificação.
O som do sexo começou a tomar conta do quarto. Os nossos gemidos descompassados, as gotas do suor que ninguém sabia da onde vinha, o atrito das bolas dele com a minha bunda, o leve rangido do colchão, dos travesseiros... Tudo alí era sexualmente atraente. A chuva começou a cair e o som da água no telhado fez todos os outros sons ficarem inaudíveis. Agora éramos só nós dois e os gemidos.
Ele só gemia alto de um jeito que até hoje quando ele faz eu enlouqueço.
- Igor, eu... tô quase gozando...
- Continua! – Eu falei me masturbando no mesmo ritmo da transa. Ele parecia cansado com a posição. Isso esgota o ativo rápido.
Ele começou a ir mais devagar denunciando que estava tentando retardar o gozo. É pecado gozar rápido, por acaso? Eu estava amando aquilo tudo não importasse a duração que tivesse.
O enlacei com as pernas e pedi que continuasse.
- Anda!
Ele me suspendeu e me pôs nas pernas dele ainda encaixado naquela posição. Ele voltou a se movimentar rápido. Logo eu anunciei o gozo. Quase não deu tempo de terminar de falar, eu gozei em seguida. Me jogou de volta na cama e caiu encima de mim. Eu fiquei alí embaixo dando espasmos. Eu tentei segurá-lo dentro de mim. Estava tão bom. Melei nossas barrigas e passei os braços em seu pescoço.
Ele começou a falar coisas safadas no meu ouvido e se movimentar mais lento. Gemendo gostoso pra mim, ele percebeu que aquilo mexia comigo.
Começou a ir mais rápido. Agora com força, muita força. Eu gemia com as estocadas e ele arfando quente no meu pescoço. Até que enfiou tudo e ficou parado gemendo prolongadamente. Gozou.
Me deu um beijo ainda gemendo. Mordeu meu lábio. Ficou beijando meu pescoço. Eu senti a cabeça dele encostar no meu peito. Acariciei o cabelo dele por um tempo. Aos poucos foi saindo de dentro de mim, amarrou a camisinha e deitou ao meu lado. Beijou meu ombro.
Ficamos calados e arfando por um tempo.
- Como você tá? – Ele perguntou me olhando.
- Não poderia estar melhor. – disse sorrindo pro teto.
- Eu te amo.
Um silencia constrangedor surgiu.
"Por favor, esteja certo do que você queira com o Kaio, não quero vê-lo passar pelo o que passei de forma alguma.” ... “Igor, o Kaio nunca se apaixonou por ninguém” ... “Se eu sou sensível, o Kaio é duas vezes mais”.
- Eu te amo. Mais que tudo, eu te amo.
Ele abriu um sorriso lindo e me beijou.
- Vem, vamo tomar uma ducha. – ele levantou e me estendeu a mão. Ele tinha um corpo lindo. Sem mais. Uma bunda linda e branca que agora era minha e eu podia contemplar.
Eu levantei e senti minhas pernas bambas. Ele chegou perto e me apertou contra ele. Me deu um beijo sorrindo.
Entramos na ducha. Ele pegou a bucha que havia alí e encheu de sabonete líquido. Fez muita espuma. Me beijou e começou a passar a bucha em minhas costas. Nisso ele começou a me acariciar e passar a bucha em meu corpo. Ele cuidou de mim todo. Lavou cada parte do meu corpo. Eu fiquei impressionado com isso, era um cuidado diferente. Eu nunca havia feito isso com as garotas que dormi e olha que eu também as tratava bem.
Ele pegou uma toalha do criado mudo abaixo da pia e me entregou. Ele se enrolou em outra.
Terminamos e voltamos pro quarto.
- Amor eu tô com muita fome. – ele disse da cama.
Deu um frio na barriga escutar aquilo. Ele estava me chamando de “Amor”. Era surreal! Tentei fazer parecer que aquilo era comum.
- Vamo pra cozinha. Se não tiver nada pronto eu preparo pra ti.
Eu terminei de me vestir e fui pra cozinha preparar algo pra ele comer. Era o mínimo depois de ele ter “me dado banho”.
A casa tava toda escura! Perdemos a noção do tempo, porque quando subimos pro quarto ainda era tardinha. Havia chovido muito e já era noite. Ele acendeu as luzes da sala. Fomos pra cozinha e ele abriu a geladeira.
- Aqui tem uma tigela de morangos que meu pai ganhou de presente de um cliente.
- Isso não é uma refeição. – eu falei do outro lado do balcão.
- Tanto faz... - Ele pegou a tigela e veio em minha direção na sala.
Na sala nos acomodamos no sofá e ele ligou a TV num canal à cabo que passava um documentário sobre cultura japonesa. Ele se sentou e eu do lado encostado nele, meio caído quase. A tigela ficou em seu colo. A gente ia comendo e assistindo. Alguns selinhos com gosto de morango sendo trocados vez ou outra.
- Você sabe falar inglês?
- Mais ou menos, fiz um curso durante o ensino médio. Daí a empresa do meu pai tem clientes estrangeiros então quase todo mundo que é contratado sabe falar o mínimo de inglês.
- Vocês tem uma empresa de quê mesmo?
- Exportação de grãos. Soja, arroz, feijão, milho... Essas coisas.
Fui surpreendido ao pegar um morango. Kaio jogou a tigela na mesa de centro, pegou nos meus ombros e caiu sobre mim no sofá. Nossos beijos agora já eram mais quentes.
Sofás não foram feitos para duas pessoas deitarem juntas. Então o mais óbvio aconteceu. Caímos juntos do sofá. Ele bateu forte as costas no chão de porcelanato. Foi um estalo e tanto! Eu olhei preocupado, ele fazia cara feia. Logo sorriu.
- Relaxa. Você já viu o tamanho do Marcos? Eu já sofri bem mais brigando com ele.
A gente ficou alí no chão mesmo.
- Ei são quase 22h e nem fui pra faculdade hoje. Não que não tenha sido por um bom motivo, mas agora eu preciso ir pra casa.
- Não dorme aqui porque? Meus pais conseguiram se livrar do trabalho hoje então devem aproveitar bem a viagem deles. Devem demorar voltar.
- O Marcos...
- O Marcos não chega amanhã de manhã. Ele pedi pra que ele almoçasse na casa da namorada. Eu disse que ia almoçar contigo.
Que safado! Ele planejou cada detalhe!
Ficamos assistindo TV mais um tempo. Ele conferiu se tudo estava fechado e voltou pro sofá. Tirou a camisa ao se sentar.
- Se importa? – Ele falou sorrindo. Com certeza sabia o quanto era lindo.
Tivemos a ideia de jogar vídeo game. A maioria dos jogos era futebol ou outro esporte. Adoro vídeo games mas não sou bom em esportes então o desempenho foi um fracasso... Nos outros jogos eu me sai bem. Ficamos até muito tarde jogando vídeo game. Limpamos a louça da cozinha do jantar de mais cedo. Fomos pro quarto.
Pros mais tarados que estão se perguntando a resposta é: Não! Não transamos de novo naquela noite. Parabéns pra quem consegue transar várias vezes seguidas.
No quarto, Kaio era grande então quando vinha pra cima de mim parecia um cobertor! Costas largas, uma beleza pra se abraçar. Depois de trocarmos umas mil vezes de posição pra dormirmos por fim ele ficou deitado e eu junto do seu corpo.
- Você conhece uma banda chamada Ciber Sky?
- Conheço uma música porque fez parte da trilha sonora do Crepúsculo?
- Credo. Só?
- Só.
- Hum... Sem graça.
Ficamos em silencia por um tempo.
Do nada ele começa a cantar baixinho:
“Everytime... I close my eyes
I can touch the colors around me
Suddenly I realize everything I thought was impossible is here
And my heart sings in a world so incredible
And everything burn much brighter…”
Eu continuei o refrão. Ele ria me apertando. Era “Nothern Lights” do Ciber Sky. Fazia tanto tempo que tinha escutado aquela música... Procurem!
A gente adormeceu. Mesmo com ele me corrigindo nos versos que eu errava ficamos sussurrando um pro outro o resto da música.
Fiquei pensando... Então era isso que era um relacionamento?
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Boa noite pessoal!
Nunca vi o Kaio ser chamado tanto de fofo nesse mundo! kkk
Fim de período tá me consumindo mas com fé em Deus eu ele termina de fato. Não aguento mais. Mas tá pertinho.
Resultado disso é que são pouco mais de 10 da noite e eu já tô desmaiando de sono. Desculpem se não vou responder todos como devido. :/
Vamo lá:
Drica (Drikita): kkkkk Eu aceitei!!! Claro que aceitei! *-*
prireis822: Sim. Você não faz ideia de quanto. Eles são muito ligados.
Alê8: Ah... Vamo curtir mais um pouquinho! Deixa os problemas desse conto pra depois... rs
Takahashi: Somos bem resolvidos quanto a isso. Eu tento fazer todas as vontades dele e vice e versa, mas há um limite pra tudo. Somos bem tranquilos nisso. SObre estar aqui todo dia eu tô tentando, só que tá difícil. Eu tô chegando da faculdade e capotando na cama. Mas vou tentar.
Felipe RN: Ah Felipe o conto quase todo já está revisado. Tem alguns adereços sim mas não é muita coisa, sinto muito.
Abraço a vocês que respondi e pros demais que comentaram: esperança, Agatha28, Irish, Ru/Ruanito, Junynho Play, Tay Chris, Leo.Ribas, Drica Telles(VCMEDS), guisandes.
Aproveitar e dar um aviso.
O conto só está sendo publicado porque tem muitas modificações da versão antiga. Só que as vezes mesmo com a modificação o site da CdC não me deixa publicar por ser a mesma história. Daí lá vou eu reler tudo de novo, escrever tudo de novo e tentar fazer parecer mais diferente pra ver se o site me deixa publicar como conto inédito, entenderam? Isso é um saco. Contribuiu ainda mais pro meu atraso com vocês aqui.
Até o próximo.
Agora eu vou dormir antes que eu vire um zumbi.