Galera, tudo bem? Acabei de escrever mais um capítulo! Espero que gostem =)
prireis822: Em breve você descobrirá! Hahahaha
Geomateus: Pai do céu amado!
Ru/Ruanito: Se te conforta, no próximo capítulo teremos um beijo (gay) hahahah Obrigado por continuar lendo!
Agatha1986: Hahaha meu bom Senhor!
Natsu421: No próximo capítulo eu prometo que tera um beijo gay (não próximo prometer de quem!)
Kevina: Muito obrigado pela correção! :) beijo no fundo do coração!
Perley: Até o fim do conto tem muita coisa pra acontecer! Mas uma hora, talvez, eles se acertem!
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Narrado por Lucão!
O treinador acordou a gente assim que chegamos no alojamento. Arrumamos nossas coisas e fomos para o nosso quarto. O alojamento era na mesma escola onde aconteceriam os jogos.
Eu e Victor íamos dividir um colchão de casal inflável. Olha que coisa triste hahahahaha. Arrumamos tudo e fomos conhecer a escola.
Era uma escola bem grande. Tinha o prédio de aulas, onde nós ficamos em uma sala de aula. Tinha o ginásio poliesportivo, onde aconteceriam os jogos. Tinha uma pequena área arborizada, com alguns banquinhos, como se fosse um parque e também tinha uma piscina.
As outras três escolas que disputariam o campeonato já estavam lá. Conhecemos alguns dos jogadores que eram bem gente boa.
A tarde foi chegando e voltamos para o quarto. As duas semifinais eram sexta a noite. O terceiro lugar era sábado de manhã e a final era sábado a tarde.
O primeiro jogo foi o anfitrião contra uma cidade do norte de minas. Alguns alunos da escola estavam lá, alguns pais e os jogadores dos outros times também estavam lá, fazendo torcida. BH ganhou o jogo facilmente, como se fosse um treino. O treinador anotou tudo em um caderninho, para depois passar para a gente.
Meia hora depois do jogo deles, começou o nosso. Jogamos tranquilo, firme, sem erros. Eu particularmente mitei na quadra. Fiz os quatro gols da nossa vitória por quatro a zero.
Depois do jogo, Victor me deu um forte abraço. Mesmo com cheiro de suor, seu perfume era perfeito. Segurei ele o máximo que eu pude, para depois com muito pesar, soltar ele.
Tomamos um banho no vestiário. Vários jogadores do time, alguns apenas de cueca, também me abraçaram no vestiário. Confesso que toquei uma banho, pois tinha uns caras muito gostosos e com um volume legal na cueca que me abraçaram.
Voltamos para o quarto com a sensação de dever cumprido. Logo, logo caímos no sono. Devido ao calor, eu e Lucão dormimos somente de cueca. Algumas pessoas zuaram, obviamente, mas depois também deitaram só de cueca.
No outro dia acordamos tenso. Assistimos o terceiro lugar. O time que nós derrotamos ganharam o jogo. Após o almoço o treinador deu algumas dicas sobre como agir contra o time de BH. Ele foi sucinto e preciso. “Vocês estão mais do que preparados, não há mais o que fazer” ele disse.
Fomos para o quarto, pegamos nossos uniformes e fomos para o vestiário em completo silêncio. No vestiário, o treinador pediu para todos nós sentarmos em volta dele. Ele olhou para gente e disse:
- Quem de vocês tem o sonho de ganhar esse campeonato? – Todos levantaram as mãos, inclusive eu.
- Vou ler um texto para vocês:
“E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de "amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar.” – Quem disse isso, foi um cara extraordinário chamado Walt Disney, e acho que ele fala tudo o que nós precisamos. Vamos entrar naquela quadra e arregaçar. Saibam: vocês já são campeões! Independente do resultado! Vocês são o melhor time que eu já treinei! Eu amo vocês, garotos. Vamos lá, vocês merecem essa vitória.
Todos nós, sem exceção, estávamos chorando. E entramos na quadra desse jeito. Com o rosto inchado.
O jogo finalmente teve início. Resultado do primeiro tempo: desastre total. Parecia o Brasil contra a Alemanha. Estávamos perdendo de 7x1 de BH. No fim do primeiro tempo, fomos para o vestiário querendo matar um. Todos colocavam a culpa em alguém.
No vestiário o treinador mandou todo mundo calar a boca. Daniel, um jogador respondeu:
- Pra quê concentração! A gente já perdeu essa merda de jogo! – O treinador pensou um instante e disse:
- Você não é derrotado quando perde, é derrotado quando desiste! Daniel, você está fora. Hugo, entra no lugar dele. A esperança é a última que morre! – Voltamos para a quadra em silencio.
O time funcionou muito melhor sem Daniel. Fomos alcançando pouco a pouco o placar: 7x2, 7x3, 8x3, 8x4, 8x5, 8x6, 9x6, 9x7, 9x8, 10x8, 10x9, 10x10.
No último lance do jogo, Victor recebeu a bola. Fez uma finta perfeita e pulou para um arremesso certeiro.
Mas antes dele completar o arremesso, um jogador de BH pulou nele, fazendo ele perder o gol.
Ambos caíram no chão, mas o jogador de BH caiu sobre a perna do Victor, impossibilitando ele de completar a partida. Esse jogador tomou uma punição de 2 minutos e nós ganhamos um “7 mestros (meio que um pênalti no handebol)”.
Enquanto o jogo estava paralisado nós reunimos em volta do banco de reserva, para conversar. O treinador disse para a gente:
- Faltam 13 segundo para o fim. Lucão, você bate esse falta. Não erre.
- Não errarei – Só tinha um jeito para eu não fazer isso. Cumprir minha promessa antes. Esperei todos voltarem para a quadra. Ajoelhei perto de Victor, ele me olhou e disse:
- Vai lá! Ganha esse campeonato para a gente! – Olhei no fundo do olho dele e disse:
- Victor, eu te ... – Antes de eu terminar, o treinador me puxou e me jogou na quadra. Sem olhar pra trás, peguei a bola, parei na linha de 7 metros. Esperei o apito do juiz. Após o apito, arremessei a bola diretamente para o fundo do gol.
Nunca vi o treinador tão feliz. Ele comemorava muito. Na volta do jogo, não deu tempo de fazer nada. O juiz apitou a volta e o fim logo em seguida.
Caí de joelhos onde eu estava. Meu time veio correndo me abraçar. Menos Victor, que ficou apenas olhando de longe, com um sorriso amarelo. “Fiz merda” pensei.
O povo, inclusive o treinador, me jogavam para cima. Após isso, cumprimentamos os jogadores do time deles.
Fomos para vestiário tomar um banho e depois fomos para o quarto. Victor parecia outra pessoa. O Victor de antes iria rir, pular, me jogar pra cima, me carregar fazer a maior farra. Mas esse Victor só me disse parabéns e um rápido abraço. “É a dor na perna” Ele dava como desculpa.
Depois do jogo, haveria uma festa de integração. E essa festa com certeza mudou totalmente o rumo da minha vida.
