Eu fiquei sem reação, meu coração começou a bater rápido e tudo que eu fiz foi fugir dele. Fui em direção ao meu carro, que estava no outro lado da rua, mas a rua estava deserta. Percebi que ele me seguia, então corri, mas foi um erro, já que ele correu mais rápido que eu.
Leo me pegou pelo braço e me jogou na parede de uma loja que fez minhas costas doerem. Como ele era mais alto que eu, ele estava com o rosto inclinado pra baixo, pra poder olhar nos meus olhos. Eu estava ofegante e o olhava nos olhos também. Sentir seu cheiro estava acabando comigo e me embriagava toda vez que eu ousava a respirar.
- O que você quer? - perguntei, de olhos fechados.
- Me... me desculpa - ele soltou meus ombros.
Ficamos um bom tempo parados e eu sentei na calçada com as mãos sobre o rosto. Ele sentou do meu lado.
- Porra, porra - ele xingava e passava a mão na cabeça. - Eu não queria. Desde que te vi eu sabia que tu era um cara bacana, só tinha companhias erradas. Eu queria te ajudar, te fazer uma pessoa melhor, te fazer olhar o mundo com outros olhos, mas eu comecei a me apaixonar por ti... - ele passou a mão no rosto.
- E por que tu fugiu?
- Não sei, não sei. Isso pra mim é novo, entende? Eu não te amo, Douglas. Curto estar perto de ti, tua presença, tu é um cara gente boa e eu não queria que tudo acabasse assim.
- Leonan, tu me fez muito mal. Tu me tratou como se eu fosse um lixo, sabe? Parece que tudo que tu sempre fez foi querer me deixar pra baixo, deprimido... tentei mudar, ser um cara legal, mas pra ti eu sempre era o vilão. Mas eu arrumei outra pessoa e eu tô namorando - eu disse.
- Eu entendo, era aquele playboy do dia da boate, ne? - ele perguntou.
- É. Enfim, já vou indo.
- Me da um beijo? - ele disse.
Eu fiquei estático, porra, o cara não me deixava nem tocar nele na hora do sexo e agora queria um beijo? Aquilo só podia ser um sonho.
- Não vai rolar, eu posso ter muitos defeitos, mas eu não sou infiel - disse eu atravessando a rua e entrando no meu carro.
Fui pra casa pensativo, tudo que o Leonan tinha me dito havia mexido comigo de certa forma. Cheguei em casa e logo recebi uma ligação do Thiago, dizendo que estava na frente da minha casa. Entrei dentro do seu carro e ele ficou me encarando.
- O que foi? - perguntei.
- Você ainda tá bravo?
- Nao. O que você queria falar comigo?
- Acho melhor nós darmos um tempo, sabe? Preciso colocar minha mente no lugar, e com meu tempo, realmente não tenho como manter um relacionamento sério agora. Eu gosto muito de você e você é uma pessoa que precisa de muita atenção, e no momento eu não posso te dar isso agora - ele não me olhava.
- Tranquilo, Thiago, entendo perfeitamente. - abri a porta do carro e sai. Ele deu partida e nem se despediu de mim. Ok.
Aquela notícia não me surpreendeu de nenhuma forma. Eu sabia que aquilo iria acontecer de uma hora pra outra, graças ao meu complexo de inferioridade. O Thiago era um cara tão gente boa, tão inteligente, romântico e caseiro e eu já era totalmente o oposto dele. Eu pensei que ficaria mal, mas não consegui. Eu fiquei feliz.
O mês passou e eu estava me preparando pra uma prova final muito da sua fudida que não lembro a matéria agora. Nesse dia eu tava só de short de jogar bola e sem camisa, com um cordão de prata que havia comprado. A campainha tocou e, como eu estava sozinho em casa, tive que atender. Era o Leo.
- Tem alguém em casa? - ele perguntou
- Não, tu quer falar com meu pai? Ele deve ta no escritório - ele me deu um beijo. Porra, que beijo.
Ele começou a passar a mão pelas minhas costas e eu correspondia fazendo o mesmo por cima da sua camisa social. Ele suava e estava ofegante, sentia ele tentar respirar, mas nossas bocas não permitiam que nós nos soltássemos. É como se fossemos duas cargas de sinais divergentes - ele positiva e eu negativa -, que se atraiam fortemente pela física entre nós dois.
- Leo, é melhor não...
- Tu não quer?
Fiquei calado.
- Eu vou embora se tu me olhar e disser que não me quer.
- Eu te quero - dessa vez eu o beijei e nossos corpos entraram em sintonia.
Fomos até meu quarto e o prendi com meus braços o fazendo espernear tentando se soltar. Com muita dificuldade, tirei sua camiseta e o joguei na cama, que me olhou com uma cara assustada.
- Dessa vez eu comando - eu disse, piscando o olho.
Ele me olhou com uma cara de safado e começou a desabotoar a calça jeans que vestia. Fui até a cama e me sentei em seu colo, bem em cima do seu membro dando uma reboladinha que o fez gemer. Peguei o seu rosto e o beijei. Para provocar eu rebolava cada vez mas em cima do seu membro o que fazia o mesmo gemer entre o beijo. Comecei a beijar o seu pescoço ao mesmo que tirei seu pescoço e sua boxer (eu ja estava de boxer) começando a rebolar fortemente em seu membro.
- Agora você vai me pagar por todo esses tempos que eu tô sem comer esse teu cuzinho - ele me deu um tapa de leve na cara
Eu terminei de tirar sua calça jeans e fiquei cheirando seu membro por cima da cueca que já soltava o pré-gozo. Ele gemia e eu via seus músculos se enrijecendo.
- Chupa logo isso ai, Douglas
Não me fiz de rogado e logo abocanhei seu pau na minha boca. Eu estava faminto por aquela tora de carne, chupava sua cabeça, seus ovos, a entrada de seu cu e ele gemia desesperadamente. Eu sempre achei esse negócio de gemer falso, mas depois daquele dia eu tive a certeza que não era. Em seguida, fui até seus mamílos que ja estavam duros e comecei a chupar. Ele pegou meu cabelo e levou minha boca até a sua. Nos beijamos e eu continuei masturbando-o.
- Deixa eu meter nesse teu cuzinho, deixa.
- Tem camisinha ai? - perguntei
- Nao, mas não tenho nada não, tu me conhece - ele disse
- Não, sem camisinha não rola.
- Então deixa só eu enfiar a cabecinha - ele fez cara de pidão e eu concordei.
Ele começou pincelando a cabeça da sua rola no meu cu e eu rebolava de quatro na cama.
- Não sabia que tu era tão safado, Douglas - ele riu
Ele continuou pincelando e de repente começou a forçar a cabeça no meu cu. Eu já gemia pra caralho e eu não ia aguentar ficar daquele jeito, então empurrei sua bunda pra dentro de mim forçando a entrada da sua rola dentro do meu cu. Ele deu um gemido alto e deu um tapa na minha bunda, que fiquei louco.
- Posso meter? - ele perguntou
- Deve
Ele riu e começou a bombar com força no meu cu, enquanto eu estava de quatro. Eu ouvia falar que meter sem camisinha era ruim, mas eu achei bem melhor sem do que com. Tu sente mais o movimento do pau dentro de ti, sei lá, enfim. Ele continou bombando e começou a me comer de papai e mamãe. No fim, ele colocou de frango assado e me comeu olhando nos meus olhos.
- Vou gozar... ahhhh - ele tirou o pau de dentro do meu cu e automaticamente esporrou tudo na minha cara, queixo, pescoço, barriga e até no meu cabelo. Quando ele terminou de gozar, bateu uma punheta pra mim e começou a meter o dedo no meu cuzinho enquanto eu rebolava. Gozei em cima da sua porra.
Dessa vez ele riu e me levou até o banheiro, com cuidado pra que eu não derramasse gala no chão. Ele pegou o chuveirinho e lavou toda a porra do meu corpo e em seguida me deixou tomar banho sozinho. Tomei meu banho pensando em tudo que tinha acontecido ali e percebi o quanto eu amava aquele cara. Mesmo ele sendo do jeito dele, porque ele gostava de mim do jeito que eu era.
Ao sair do banho, pensei que ele já teria ido embora, mas não. Ele estava na minha cama, mexendo numas fotos antigas.
- Tu era um moleque muito feio, puta que pariu - ele ria descontroladamente. Aquele Leonan que eu conhecia havia mudado, de um cara reservado pra um cara gentil e preocupado.
Depois desse dia, nós passamos a namorar. Claro, tudo num sigilo de nem nos falarmos pessoalmente, mas sempre namorávamos em casa. Nunca nos assumimos pra ninguém, nem o Raul sabia de nós dois. Meus pais provavelmente desconfiavam, mas nunca tocaram no assunto. Ele passava dias dormido na minha casa, nós saíamos quase todos os dias, íamos ao cinema, fazíamos tudo juntos. Porém, como nem tudo são flores, após pouco mais de um ano de começarmos a namorar, nós terminamos. Na verdade, eu terminei. Eu não conseguia mais viver uma farsa, e ele não estava disposto a perder muita coisa da sua vida de "hétero" por mim. Foi uma separação amigável, sempre nos vemos por aí e nos cumprimentamos, ele ainda trabalha com meu pai e frequenta minha casa com frequência, nada de briga e alfinetadas rolam entre a gente, coisa incomum entre dois casais.
Uma vez li que se um casal continua amigo depois do término é porque nunca se amaram ou nunca deixaram de se amar. Eu acredito que eu e o Leonan ainda nos amamos, mas muitos obstáculos ainda existem pra nós. O mundo em que vivemos é muito preconceituoso pra aceitar o amor entre duas pessoas do mesmo sexo, ainda mais no Brasil, um país onde a religião aliena a cabeça das pessoas. Além disso, o Leonan hoje em dia é pai de uma menina de 7 meses de idade, a Sophia. Sua namorada é uma mulher muito cabeça, de boa família e de boa índole. Ela faz Direito, junto com ele. Realmente acho que os dois tem um futuro promissor juntos.
A minha vida segue, ainda faço faculdade, continuo a me relacionar com mulheres, mas fico com homens também. Hoje em dia não tenho mais nenhum medo de ser descoberto pela minha família, pelo contrário: meu maior medo é viver na sombra de quem eu era antes de conhecer o Leonan. Quanto a minha sexualidade, no momento certo, contarei a meus pais e só. Ao resto, minha vida privada não lhes dizem respeito. O que eu faço ou deixo de fazer entre quatro paredes não lhes convém, aliás, que mal faz se eu durmo com homem ou com mulher? O que isso muda na vida de alguém?
:D
E ai galera, o conto chegou no fim... vocês sabiam que estavam próximo. Eu sei que eu pulei da parte da reconciliação pro namoro muito rápido, eu tentei detalhar tudo que aconteceu, mas meu namoro com o Leonan não teve nada de interessante, era um namoro escondido, privado, ou seja, não tinha isso de brigas por ciúmes, não teve traição (não que eu saiba), festa que saímos pra nos pegarmos e etc.
Eu quero agradecer ao apoio de cada um de vocês, por cada comentário, cada voto, cada opinião, etc. Não estaria aqui hoje se não fosse por vocês. Um muito obrigado a quem leu, se emocionou, ficou com raiva, torceu pra que um casal ficasse junto, etc. Estar aqui com vocês foi muito bacana.
E foi pensando nisso que eu venho avisar que já comecei a escrever uma outra série de contos, o próximo que vou postar talvez eu já comece a postar amanhã (talvez) e acho que vocês vão curtir. É uma história de drama, criada totalmente por mim. Espero que vocês gostam, até porque escrever esse conto foi fácil, já que ele ocorreu de verdad. Já o outro vai sair todo da minha criatividade, ou seja, espero que vocês tenham paciência comigo.
No mais, é isso. Um grande beijo e abraço pra cada um de vocês. Até breve e espero vocês no meu próximo conto.
