- Oi, a porta estava aberta. Posso falar com você Enzo? – isso mesmo. Eu decidi ir até a comunidade, encará-lo e tirar toda a história a limpo.
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- Oi Guilherme! Cara, por onde você andou? Tentei te ligar a semana inteira. Senta aí? A gente acabou de chegar do hospital.
- Oi meu filho. Você aceita um café?
- Não dona Maria. Obrigado. Eu só vim mesmo, conversar rapidinho com o Enzo. – eu olhei sério para cara dele.
- Ok. Eu vou levar o João para o quarto e preparar a comida dele.
Ela nos deixou sozinho, mas eu não queria conversar ali, então sugeri que ele me levasse para a laje da casa.
- Aconteceu alguma coisa? Porque está com essa cara? Eu te fiz alguma coisa?
- Isso quem vai me dizer é você. – eu não conseguia olhar na cara dele, sem ter vontade de lhe dar um soco.
- Eu procurei te ligar a semana inteira. Achei que houvesse esquecido de mim. Eu preciso desabafar uma coisa com você. Na verdade, foi algo que eu fiz e que está me corroendo por dentro.
Ao menos ele teria a decência de me contar a verdade. – eu pensei.
- Vai, fala logo o que você tem a me contar.
- Eu não vou conversar com você desse jeito. Me tratando com estupidez! – ele se virou para voltar a casa, mas eu o segurei pelo braço.
- Tudo bem. – eu respirei fundo. – Desculpa. Pode falar.
- Eu não sei o porquê está me tratando assim, mas eu quero desabafar com você, porque confio em você e te considero um amigo.
Ele fazia uma cara de arrependimento e eu não estava nem um pouco convencido.
- Há três semanas, eu tive de fazer uma loucura. É... Bom, eu... Eu sequestrei um cara, Guilherme!
Sabia! Eu sabia! A minha vontade era de dar tanto nele e denunciá-lo à polícia. Porque ele tinha feito aquilo? Eu estava inconformado.
- Pelo visto, você não conseguiu resistir a sua antiga vida, não é?
- Não! Não é isso! Eu fui forçado a fazer o que fiz. – ele começou a chorar na minha frente, sem a menor vergonha.
- Não adianta você chorar, porque nada justifica a sua atitude. Sequestrar uma pessoa, meu Deus! Isso é uma loucura! Covardia!
- Foi pra salvar a vida do meu filho. – ele abaixou a cabeça.
- Hã? Como assim?
- o João tem sérios problemas no coração, e ele passou mal e eu o levei as pressas num hospital público aqui perto. O médico disse que se ele não operasse urgente... Eu iria perder o meu único filho. A razão da minha vida... Ele tava na fila de espera, mas existiam milhares de crianças em sua frente. Ou ele fazia a cirurgia logo, ou um outro ataque e ele morreria. – ele desabou no choro e eu fiquei perplexo com aquela revelação.
- Eu não sabia o que fazer. Se eu pedisse ajuda ao governo, iria demorar muito, e o meu filho não podia esperar mais. Foi daí que eu tive a ideia de armar o sequestro. Mas eu não ia machucar ninguém, e se nada desse certo, eu soltaria a pessoa. Por favor, não me julga. Eu fiz isso pela vida do meu filho.
Eu definitivamente não sabia o que fazer e nem o que pensar. Eu jamais podia imaginar que o filho dele tivesse algum problema de saúde. O João é um garoto tão esperto e alegre... Meu Deus, eu não podia condená-lo! Eu sei como o nosso país é tão burocrático e que muitas pessoas carentes, morrem nas filas de hospitais, ou até mesmo aguardando cirurgias na fila de espera. Eu sei que o que ele fez foi errado, mas a justificativa foi nobre. Um grande gesto de amor paterno que supera qualquer coisa... A minha raiva deu lugar a compaixão. Eu não podia condenar o Enzo e quer saber? 30 mil reais não irão fazer falta ao meu pai.
- Eu sinto muito. Porque não me contou do seu filho?
- No dia do churrasco, em que você esteve aqui, eu só queria que você se divertisse com os seus amigos. Eu não queria falar de coisas tristes...
- Me dá um abraço. – ele veio me abraçar, e no contato caloroso dos nossos corpos, eu senti o seu coração acelerado. Eu não consegui disfarçar a minha adrenalina, e ainda abraçado com ele, eu o encarei profundamente, e nossas bocas se encontraram, num beijo calmo e delicioso. Por um momento eu fugi do mundo real, e só pensava na língua quente dele, brincando no céu da minha boca. O roçar de sua barba em meu rosto, me arrepiou todinho e automaticamente, o meu pau ficou duro. Eu não podia acreditar que aquele beijo estava mesmo acontecendo, não por minha parte, mas sim por ele, que demonstrou não curti outro homem.
- Desculpa. Eu não sei o que deu em mim. Me perdoa. Eu já vou embora. – me afastei, pois eu não queria sofrer depois.
- Calma! Eu não quero que vá embora e não precisa pedir desculpas... Eu gostei do beijo e quero mais. – ele me agarrou novamente e desta vez, me tirou o fôlego, devorando a minha boca. As minhas mãos envolveram o pescoço dele, e a gente se beijava loucamente. Ali, eu tive a certeza de que eu estava apaixonado por ele.
- Eu amo você Enzo. Eu sei que vou me arrepender depois, mais eu estou louco por você, completamente alucinado!
- Xiiiii... Não fala nada. Vem cá! – ele me imprensou na parede, e eu sonhava com aquela pegada forte, de safado, de macho, de homem com H, de bandido, de cachorro... Ele arrancou a minha roupa e devorou meu corpo, mordendo, chupando, lambendo... Meu Deus! Eu estava nas nuvens... O Enzo sabia dominar a situação, sabia prender os meus braços, mostrar quem mandava, e eu amava tudo isso! Se tudo era um sonho, eu não queria acordar nunca mais!
Foi a minha vez de retribuir o carinho e eu percebi que ele não estava agüentando mais de tesão, então abri o zíper da sua calça jeans, tirei a sua cueca lentamente e me ajoelhei diante do seu pau. Como era lindo, grosso, delicioso. Fechei os olhos e chupei aquele pau gostoso. Enfiei tudo na minha boca e forçava ainda mais, causando delírios nele. Fiz movimentos circulares da cabeça, e engoli o seu saco. Enzo puxava os meus cabelos e gemia alto. Ele me puxou e beijou a minha boca, sentindo o seu próprio gosto, depois me forçou a chupá-lo novamente. Que homem!
- Isso. Chupa essa pica! Ela é toda sua. Mama meu gostoso. Chupa seu macho.
Ele queria me enlouquecer dizendo aquelas palavras... Porque eu fiquei louuuco! Passei o pau dele no meu rosto, sentindo o cheiro maravilhoso, e depois beijei suas pernas, sua barriga, e fui subindo, até olhar dentro dos olhos dele.
- Hoje eu quero ser seu. Somente seu! – eu disse, com o corpo cheio de tesão e o coração batendo forte de tanto amor.
- Eu te acho tão lindo, sabia? – ele deu o sorriso mais meigo e gostoso do mundo. – É claro que eu te quero hoje. E serei todinho seu. Se incomoda de transar aqui em cima da laje?
- Qualquer lugar com você é fantástico pra mim.
CONTINUA...