Pessoal, foi mal não postar meu conto ontem a noite, mas teve festa da minha sala aqui e eu acabei bebendo um pouco demais da conta =/ mas enfim, agora eu to postando :) espero que gostem!
thiagor_ps: realmente é uma situação muito incomoda e sofrida, que eu não desejo nem para o meu pior inimigo. Mas infelizmente, acontece muito (inclusive eu) por ai. Fazer o que? É a vida!
Natsu421: hahahahaha também e.e
Perley: Sim, é uma das piores sensações amar e não ser correspondido.
Geomateus: Valew bro! Espero que continue gostando =D
prireis822: Um homem muito inteligente chamado Frank Sherman Land disse uma vez "o importante é o ínicio". Eu acho que ele é verdade. Deve ser por isso que eu prezo tanto o antes. Mas obrigado por acompanhar meu conto :3
Ru/Ruanito: Cara, ninguem te criticou cara. E eu sei que você tem todo esse tempo de CDC, é um cara respeitado aki. Eu respeito a sua opinião a cerca do conto. Espero que continue acompanhando =)
Kevina: Confesso: não sei o que estava na cabeça pra escrever Until the very end. Mas escrevi e postei aqui. Nem eu gosto muito dele, mas eu já tinha começado, então eu terminei. Mas realmente ele não é um bom conto.
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NARRADO POR VICTOR VILLEFORT
“Transar e ter que fugir da casa da menina sem os pais dela verem cansa”, pensei no outro dia quando acordei de manhã, quase na hora do almoço. Olhei meu celular e vi a mensagem do Lucão: “Ontem a noite foi louca!”.
Deixei de lado e desci para a cozinha. Meu pai estava na sala vendo tv, minha irmã estava no quarto ainda e minha mãe estava lustrando seu piano. Tomei uma xícara de café e voltei para o meu quarto.
Troquei de roupa e fiquei conversando com a galera no whatsapp até minha mãe gritar para o almoço.
Todos nós almoçamos em perfeita harmonia. Meu pai comunicou que voltaria na quarta para o Rio de Janeiro e de lá iria para a plataforma. Isso nos deixou um pouco triste, mas era normal, então isso nem nos abateu.
Depois do almoço minha mãe ficou na sala tocando piano. Meu pai ficou sentado no sofá, escutando minha mãe tocar enquanto lia o jornal. Fiquei sentado no sofá ao lado do meu pai só escutando e prestando atenção na música.
Enquanto nós três estávamos na sala, Júlia estava no quarto dela. Do nada nós na sala escutamos um grito:
- NUNCA MAIS ME LIGA SEU BABACA ARROGANTE! VAI PRO INFERNO! – Minha mãe parou de tocar piano, meu pai parou de ler jornal e eu fiquei atento. Meu pai deu um suspiro e minha mãe subiu correndo.
Eu fiquei comentando com meu pai sobre o que poderia ter acontecido, o motivo da briga e tudo mais...
Depois de meia hora, minha mãe desce e conta para gente o que aconteceu: Ele queria sair, ela não. Ela começou a encher o saco, ela foi estressando com ele. Caio falou merda, ela terminou o namoro.
Subi para o meu quarto depois disso. Deitei na minha cama e Lucão me ligou:
- Julia terminou com o Caio? É isso mesmo? – Ele disse antes de falar qualquer coisa.
- Mano, como você sabe? Tem 10 segundos que eu mesmo descobri isso...
- Caio me ligou desesperado. Não sabe o que fazer.
- Puts. Você acha que a gente deve ir lá? – Perguntei. Ele morava do lado da minha casa.
- Eu vou. Você não. Ela é sua irmã. Ele não deve querer te ver nesse momento. – Fazia sentido o que Lucão falava.
- Faz sentido. Me mantem informado. Vou falar com Júlia, depois que ela parar de destruir o quarto dela.
- Victor... – Lucão começou a falar mas sua voz morreu antes.
- Diga, caro amigo Lucas.
- Posso passar ai depois? – Ele perguntou com meio envergonhado. Não entendi a pergunta. Ele era meu melhor amigo, não precisava pedir esse tipo de coisa.
- Claro mano! Passa aqui. A gente vai no centro tomar um açaí. Pode ser?
- Fecho. Saindo aki! Inté! – Típico de Lucas, ele desligou o telefone.
Liguei me teclado e fiquei tocando ele até ter resposta de alguns dos lados. Minha irmã já se acalmara e Lucão mandava mensagens a cada 5 min contando tudo. A briga, mesmo que por um motivo banal, parecia ter sido feia.
Fui no quarto da Júlia para conversar com ela. Ela desabafou os problemas do namoro dela. Contou de como o Caio achava que era melhor em tudo, como que ele ficava tirando sarro com ela, como que ele maltratava pessoas que eram “inferior” a ele e tudo mais.
Particularmente eu não tinha essa visão do Caio. Mas, eu só via ele na escola, handebol e festas na casa das pessoas. Nunca tinha saído, propriamente dito com ele. Não passava horas e horas conversando com ele, como era com Lucão.
Chamei ela pra sair, ir tomar um sorvete algo do gênero, mas ela só queria ficar em casa. Eu sabia que assim que eu saísse do quarto ela ia se trancar e escutar músicas tristes pra chorar até o outro dia.
De qualquer modo, eu sai, ela se trancou, colocou Luan Santana pra tocar. Lucão chegou em casa 5 minutos depois. Coloquei uma roupa qualquer e fomos tomar açaí.
No caminho, Lucão fez um resumo da conversa, eu fiz um resumo da conversa. Lucão era mais amigo de Caio do que eu. Analisando friamente, chegamos a conclusão que minha irmã tinha mais razão do que Caio nessa briga.
Deixando isso de lado, chamamos Luana e Bruninha para ir com a gente. Chegamos no açaí e logo depois as meninas também chegaram. Elas ainda não sabiam de nada, mas preferimos não contar nada ainda.
Depois do açaí, sentamos na praça do coreto. Tinha uma bandinha tocando. Ficamos nos pegando e conversando fiado por um tempo. Encontramos o treinador Hoock na praça. Ele parou, olhou para a gente, e disse para mim:
- Lucas, Victor! Que bom que vocês seguiram o que eu disse! Continuem assim. Lembrem-se: treino amanhã a tarde, fechado?
- Claro treinador! Até amanhã – respondemos.
Nessa hora eu lembrei do conselho do trinador: “Saiam hoje, bebam cerveja juntos, paquerem as meninas juntos, compartilhem segredos...” A gente já tinha feito tudo, menos a última parte.
Decidi que contaria para Victor que eu tocava piano também. Ele sabia que eu tinha um piano elétrico no meu quarto, mas eu sempre disse que era por que minha mãe tinha me dado e eu nem sabia tocar direito. Pura mentira.
Na hora de ir embora, despedimos das meninas e fomos andando sem rumo. Chamei ele para dormir lá em casa, que aceitou de prontidão. Passamos na casa dele, pegamos as coisas dele e fomos para a minha casa.
Chegamos lá, arrumei uma cama pra ele no meu quarto, como era de costume e ficamos na sala tocando vídeo game. Jantamos e subimos para meu quarto.
Já era noite. Meus pais já tinha ido dormir. Minha irmã continuava escutando Luan Santana e chorando. Liguei meu piano elétrico e disse para o Lucão:
- Mano, lembra do conselho do treinador? Dos segredos? Então, eu sempre guardei isso pra mim, mas é que na verdade eu toco piano bem, igual minha mãe. Quer dizer, não tão bem, mas toco... – Lucão olhou para mim curioso e disse:
- Sério? Por que nunca disse isso antes? Toca ai!
Acenei com a cabeça e comecei a tocar Nocturno, do Chopin [https://www.youtube.com/watch?v=wvJHTQNB3vw]. Sei lá por que toquei essa música. Mas estava de noite e eu sempre gostei dela.
Victor escutou em silencio total eu tocando. Depois que eu acabei ele ficou me olhando meio assustado. Mas por fim, deu uma risada e disse:
- Que isso! Você toca bem demais! Por que nunca disse nada pra ninguém? – ele me perguntou.
- Sei lá. Mas eu gosto de ter isso só pra mim. Quer dizer, talvez um dia eu ainda toque pra mais gente, mas por enquanto deixa baixo.
- Claro que sim mano! Minha boca é um tumulo! – Lucão me disse.
- Vamos dormir. Amanhã a gente tem aula cedo. E aula do Sr. Carlos. Ele não gosta de atrasos e nem da gente... Juntando os dois... Não quero nem saber o que pode acontecer. – Eu disse isso já deitando na minha cama.
- Boa noite, durma bem – Lucão me disse. Respondi com um “boa noite” e dormimos.