Galera, desculpa não postar ontem mas eu to atolado de provas e trabalhos na facul. Espero que gostem!
Perley: Também espero que não! (y)
Drica: Obrigado por ler meu conto! Um beijo pra você também PS.: Pão de queijo é o melhor salgado do Brasil!
Geomateus: Victor valoriza Lucão, mas como amigo. A gente não pode culpar Victor por algo que ele nem sabe...
Ru/Ruanito: Obg por continuar lendo meu conto :3
Natsu421: BEEEEEEIJOOOO!
prireis822: Hahahaah só lendo pra descobrir...
Kevina: compartilhe suas teorias conosco! Quem sabe alguma tá certa? kkkkkkk Beijão!
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NARRADO POR LUCÃO!
Essa festa seria em comemoração ao fim do campeonato. Aconteceria na escola mesmo, numa espécie de salão mesmo. Segundo os caras de BH, iria lotar de mulheres. O pessoal do time ficou muito animado com isso. Eu não.
Fui tomar um banho sozinho. Victor estava deitado conversando com outros do time, como se eu nem existisse. Tomei um banho rápido e fui dar uma volta na escola.
Algumas pessoas dos outros times estavam na piscina, outros estava na quadra conversando. Algumas pessoas descarregavam caixa de cerveja perto do salão, outras traziam bandejas de salgados e tudo mais para a festa.
Dei uma volta no pequeno “bosque” que tinha na escola. “Aqui deve rolar muita maconha e putaria” pensei. Sentei em um banquinho e fiquei pensando no Victor. Depois fui para o quarto me trocar. A premiação ocorreria na festa e todos do time deveriam estar lá.
Entrei no quarto mudo. Victor agiu como se eu fosse um fantasma. Troquei de roupa e esperei qualquer um que estivesse indo para o salão para eu ir junto. Um grupo de 3 pessoas saiu do quarto e eu fui junto. Percebi que Victor me olhava quando eu saí, mas ele continuou em silencio.
Bom, a festa começou e logo veio a premiação. Logo após nós jogamos o treinador para o alto, o que foi uma bagunça muito gostosa. Começamos a conversar com os caras de outros times e até convidados.
Realmente tinha muitas mulheres muito gatas e gostosas no local. Fiquei conversando com uma galera de Belo Horizonte junto com mais dois do time. Eles eram muito gente boa. Confesso até que fiquei afim de um carinha do time deles.
Fique bebendo muito. Muito mesmo. Bebi tanto que resolvi finalmente falar com Victor. Comecei a rodar o salão procurando ele. Percebi que algumas meninas dando mole para mim, e infelizmente, Victor também.
Antes de eu achar ele, ele me achou e disse:
- Lucão, olha aquela mina ali no canto! Ela não tirou os olhos de você um segundo. Vai lá falar com ela! – Suspirei e falei com ele:
- Na verdade Victor, é com você que eu queria falar... – Ele me olhou com uma expressão curiosa e disse:
- Pode falar... Aconteceu algo?
- Na verdade não... Mas o que eu quero te falar é que... – Nesse momento uma garota muito, mas muito gostosa veio, falou meia dúzia de palavras no ouvido do Victor e saiu. Ele me deu um sorriso e perguntou:
- Mano, é muito sério? Precisa ser agora? Aquela mina ta querendo dar pra mim! Vou lá! Depois a gente conversa, pode ser? – Eu só acenei com a cabeça e ele saiu correndo atrás da vadia.
Eu só consegui segurar meu choro até sair do salão. Desci até o bosque, sentei no banco mais escondido e fiquei lá chorando horrores. Abri no meu celular uma foto que tava eu e Victor, e chorei o dobro.
No meio das minhas lágrimas, escutei uma voz me perguntando:
- Você foi o responsável por seu time ser campeão estadual, você não deveria estar rindo ao invés de chorar? – Olhei assustado. Era o mesmo garoto que eu tinha ficado afim mais cedo.
Ele era mais baixo do que eu. Seu nome era Raul. Ele tinha o cabelo curto, bem escuro. Tinha a pele morena-claro e olhos claros. Não era o cara que você fala NOOOOSSA QUE DEUS GREGO! mas era bonito.
- Deixa eu sozinho, por favor? – Pedi, de certa forma, educado. Ele ignorou e sentou do meu lado.
- Lucas, certo? – Ele perguntou esperando resposta. Não respondi e ele continuou:
- Eu sei que é Lucas. Mas então, vai me falar por que você está chorando aqui em baixo sozinho? – Ignorei ele por completo. Mas ele continuou sentado lá. Ele deu um suspiro e disse:
- Lucão, posso te chamar assim? – Novamente não respondi. “Que que essa cara tá querendo aqui? Quero ficar sozinho kct” pensei.
- Quem se importa de eu ficar aqui chorando sozinho? Volta pra festa lá! Tá cheio de gostosas pra você pagar! – Ele fez uma cara de pensativo e responde:
- Bom. São realmente muito gostosas, mas elas não me interessam. E eu me importo de você aqui sozinho chorando. Você é bonito demais pra ficar com essa cara de choro.
“Será que... ele quer ficar comigo? Será? Seria possível? Não... não mesmo...”
Olhei para ele. Ele deu um sorriso para mim e eu engoli o choro. Não falei nada, apenas esperei ele falar.
- Vamos começar do zero – Ele se levantou – Olá, meu nome é Raul. Posso me sentar aqui com você? – Dei uma risadinha e resolvi entrar na dança.
- Claro! Me chamo Lucas, sente-se. – Ele se sentou me olhou e perguntou:
- E então Sr. Lucas, vai me contar o motivo de tal choro? – Pensei um instante e respondi:
- Não. Isso é passado. Vamos focar no agora e nas coisas boas da vida – Raul deu um sorriso de orelha a orelha. Começamos a conversar animados. Raul era muito engraçado. Contava umas histórias loucas.
Ficamos quase duas horas sentados no banco conversando e nem vimos a hora passar. Subimos para o salão. Bebemos um pouco. Dançamos algumas músicas e depois descemos para o mesmo banquinho.
Nessa ida ao salão de festas, nem cheguei a ver Victor em lugar nenhum. Mas para falar a verdade, nem procurei. Me forcei a esquecer ele por pelo menos uma noite.
No banquinho, um pouco mais bêbados, contei uma história muito engraçada que tinha acontecido comigo quando era criança. Nós rimos muito. Durante a risada, ele colocou uma mão na minha perna e uma no meu ombro.
Nós trocamos olhares. Ficamos em completo silencio por uma fração de segundos. O ar ficou denso e então, Raul me beijou. Foi a primeira vez que eu beijei um homem.
Seu beijo era forte e suave ao mesmo tempo. Um arrepio subiu pela minha nuca. Ele parou o beijo e me disse, meio que com vergonha:
- Desculpa. Eu não devia ter feito isso. – Dessa vez foi minha vez. Nem respondi e beijei ele também. Ficamos um bom tempo sem falar nada, só nos beijando. Depois do beijo, Raul deitou no meu colo.
O céu estava estrelado. Ele ficou me apontando algumas estrelas, enquanto eu fazia carinha na cabeça dele. Ele se levantou depois de um tempo.
- Você é perfeito – Ele me disse. Não respondi. Nos beijamos mais uma vez. Os beijos foram ficando mais fortes. Mais intensos. Mais quentes. Na hora que eu beijei a nuca dele, ele pulou no meu colo e tirou a camisa.
“Não. Isso não ta nem um pouco certo. Eu tenho que parar com isso já!”. Raul me beijava nessa hora. Tirei ele do meu colo e disse:
- Não cara. Isso não tá certo. Desculpa, mas eu não posso continuar com isso – Ele me olhou incompreendido. Sem falar nada ele levantou e saiu. Ele deu meia dúzia de passos quando eu percebi que tinha feito merda:
- Espera, Raul. Não vai... – Ele parou me olhou e disse:
- Sabe Lucas, eu já vivi o suficiente para não me guardar de pequenos prazeres da vida. Isso que você sente pelo Victor, eu já senti também. Sei como é. Mas é inútil você ficar se torturando quando não existe a menor chance de algo rolar. Vai por mim. Acho que eu sei o que estou falando.
“Como ele sabe o que eu sinto pelo Victor? Será que ele tá certo?” Eu levantei e fui até ele. Dei mais um beijo nele, mas dessa vez foi ele quem esquivou. Ele pegou na minha mão e voltamos para o banquinho.
No banquinho ele me contou toda a história de amor da vida dele: Ele era igual eu. Apaixonado perdidamente pelo melhor amigo. Um dia, após beber muito ele chegou no melhor amigo dele. O melhor amigo dele bateu nele e disse que nunca mais falaria com ele. Foi quando ele conheceu o Marco. Ele e Marco logo criaram uma amizade que logo evoluiu para um grande amor que durou um ano mais ou menos.
- É.. durou um ano mais ou menos nosso namoro – Ele concluiu.
- Nossa, mas se Marco era tão perfeito, por que vocês terminaram? – Ele ficou um segundo em silencio. Mordeu o lábio inferior e uma lágrima escorreu do seu olho.
- Há 7 meses ele passou mal e foi internado no hospital. Ele tinha um câncer da base do cérebro. Faleceu 2 semanas depois – Raul começou a chorar muito no meu ombro. Abracei ele e comecei a fazer carinho no cabelo dele.
- Calma. Tudo vai ficar bem. – Eu disse.
- Por que? Por que que a vida sempre tira da gente as pessoas perfeitas... Primeiro Marco, agora você... Por favor, não some. Continua conversando comigo.
- Eu vou. Com certeza eu vou – Ele limpou o rosto e me falou:
- Vamos voltar, o dia está clareando. Vocês saem as 9 não é? Você precisa de um banho. Vamos lá.
- Não, vamos ficar aqui, até a hora de ir – Dito e feito. Fiquei lá até 8:30. Despedi de Raul, peguei seu whatsapp e fui para o alojamento arrumar minhas coisas. Em silencio levei as coisas para o ônibus.
Pouco a pouco o ônibus lotou. Victor sentou no banco da frente. Nem liguei para falar a verdade. Todos fomos dormindo no ônibus. Na hora que chegamos em Poços, Victor gritou no busão:
- Galera festa lá em casa hoje! Chamem a todos! – Todos comemoraram. Na hora que descemos em frente a escola, Victor me puxou e perguntou:
- Você vai?
- Vou sim. – Respondi meio seco.
- Você disse que queria falar comigo na festa? O que era? – Ele perguntou.
- Nada de importante – respondi.
Depois dessa, sem nem falar tchau, segui para minha casa, deixando ele pra trás.
