Entre Sorrisos e Lágrimas- 23

Um conto erótico de Belove
Categoria: Homossexual
Contém 2002 palavras
Data: 08/11/2014 14:08:42

Capitulo23

[ Erick

Depois de me acalmar e tomar um bom banho me deitei novamente. Era meu dia de folga e resolvi estudar para as provas. Fred não insistiu muito para que eu contasse meu ‘pesadelo` e ficamos deitados a manha toda. Descemos apenas para o almoço e logo ele foi trabalhar já que o outro atendente havia faltado. Fiquei triste por que queria ficar o dia todo com ele, mais não se pode ter tudo que se quer. Depois que ele saiu fui para o pc entrei no face e abri meu e-mail. Alguns membros da faculdade comentavam sobre a festa de fim de ano que estava um pouco longe. Não dei atenção e comecei a olhar alguns arquivos que me enviaram por anexo relacionado a faculdade. Depois de estudar resolvi dar uma volta no parque. Estava tudo calmo, até de mais. Fiquei olhando um grupo de crianças que brincavam alegres e me recordei de minha infância. Saudades dessa época sem preocupação, sem responsabilidade, sem amores. Voltei para casa e deitei novamente, acabei dormindo. Acordei já eram seis horas, logo teria que ir para a faculdade. Tomei um banho e me arrumei, peguei o material e um trabalho para entregar. Como é perto do shopping passei para ver como estava Fred.

- Oi Dave- Ele é o gerente de onde Fred trabalha.- Onde está Fred?

- Ele não veio hoje. É folga dele. Por que?

- Ele me disse que viria cobrir uma falta.

- Não. Ninguém faltou hoje.

- Tudo bem. até mais então.- me despedi e fiquei pensando onde ele estaria. Tentei ligar mais só dava fora de ares ou desligado. Mandei mensagens e fui para minha faculdade. Não consegui prestar atenção. Tanto meu pesadelo quanto a mentira de Fred me tiravam a concentração.

- Por que ele mentiria?- me perguntei

- Terremoto no paraíso Erick?- perguntou Carlos. Um colega de sala que senta a minha frente. Ele é bem legal, mais não é do tipo que gosta de amizades fora dos estudos.

- Só estou pensando alto.- Sorri para disfarçar a preocupação, nem eu mesmo acreditei. Ao final das aulas voltei peguei um taxi e dei meu endereço. Estava olhando pela janela quando passo por uma praça não muito movimentada e ao longe vejo uma cena que me deixou irado.

- Pode parar aqui por favor!- Paguei o táxi e fui andando lentamente ao encontro dele.- Cobrindo falta no trabalho? Espero que receba a hora extra.- ele me olhou assustado, claro que não esperava que eu aparecesse por ali.

- Erick! Eu…

- Quem é esse?- Perguntou o cara que a pouco estava o beijando.

- Ele…

- Sou o EX namorado dele. – dei as costas e sai apressado sem deixar que ambos falassem. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Como pude ser tão ingênuo e estúpido?

Erick!- ouvia seus gritos ao longe, mais nem ao menos olhei para trás. Fiz o que sempre faço para fugir da realidade. Encontrei na outra parte da praça um conhecido que poderia me fornecer o que queria, paguei e logo continuei andando fumando tranquilamente. Já estava tarde poucas pessoas nas ruas, não teria problema. Depois de andar e consumir aquela droga meu corpo já estava meio que relaxado. Um táxi ia passando a frente e consegui fazer o motorista parar. Dei o endereço e ele seguiu em frente.

[ Jesper

Eu não consegui olhar em sua face. Estava com a cabeça apoiada na cama, segurando sua mão e chorando. Sinto sua pele macia, sua respiração, mas ele está sedado. Não sei por quanto tempo irá ficar assim. Levanto para olha-lo e vejo lágrimas em seu rosto, passo minha mão com calma para seca-las.

- Não chore! Estou aqui com você. Nada mais vai lhe acontecer.- Digo ainda com os olhos lacrimejando, minha voz já um pouco rouca e falha.- Não sei se você pode me escutar, mais… sei que tudo vai ficar bom. Logo você estará comigo e com a turma. Por favor acorda logo.

- Boa tarde. Pode nos dar licença para trocar-nos os medicamentos. Por favor.- duas enfermeiras entram na sala e a mais baixa quem fala. Confirmo e saio do quarto. Não vejo meus amigos e vou caminhando até a sala onde encontramos Eduardo. Já próximo ao local escuto eles conversarem. O sofá onde estavam os deixava de costas para o corredor me permitindo escutar sem que eles me visem. Quando vejo a mãe de Tony chegar e começar a confusão. Apenas escutei o que eles diziam. Após pararem a discussão olho rapidamente e vejo a Denise se afastando, dou a volta pelo outro corredor. Estava agindo por impulso, não sabia que direção tomar, dobrei em mais dois corredores e consegui acha-la. Lá estava ela do lado de fora, atrás do hospital fumando. Com um sorriso sarcástico fui me aproximando devagar, ele estava de cabeça baixa e não me viu indo em sua direção.

- Como pode falar que é mãe?- Ela levantou a cabeça ao escutar minhas palavras. Pude ver seus olhos vermelhos e lágrimas por seu rosto, mais não me comoveram.- Como tem a coragem de falar que ele é seu filho?

- Cale a boca. Você não sabe de nada!- seu olhar agora era de raiva, ela apontava o dedo para mim.- Isso é culpa sua. Se você não tivesse aparecido meu filho seria normal. Ele…

- Seu filho? Seria normal? Então é isso você acha que por ele ser gay ele está doente ou coisa do tipo?- ela ia abrir a boca mais eu a impedi.- me poupe de suas palavras hipócritas. Você não passa de uma desinformada que se acha no direito de interferir na felicidade de alguém apenas por tê-lo adotado. Você nem ao menos teve coragem de lhe contar a verdade. Não passa de uma covarde. Uma qualquer que não merece nem ao menos que tenham pena ou compaixão…

- Escuta aqui moleque. Não tenho medo de advogado e não me importo em responder por bater num insolente metido a sabido. Cala a boca ou…

- Ou o que?- uma voz atrás de mim soou como confusão formada, cama de hospital ocupada.- Toca um dedo no meu irmão e frequentará este hospital como paciente.- ela se aproxima e me puxa para trás de si.

- Por isso o moleque é atrevido além de aberração…- Sem pensar Amanda lhe desfere não um mais dois socos em sua face com uma das mãos a segurando pela blusa.

- Repete isso vagabunda. Repete que vai conhecer o demônio mais cedo. Isso foi só um aviso. Se eu souber que insultou meu irmão de qualquer forma que seja…- ela da uma pausa fazendo Denise me olhar.- Inferno, céu, centro da terra. Pode tentar fugir mais eu te acho e vai saber por que dizem que este mundo é um purgatório.- Amanda a solta. Denise sangrava pelo nariz e seu lábio inferior estava cortado.

- Não acha que exagerou?- perguntei olhando para minha ‘sogra’ entrando no hospital.- Sabe que acabou de surrar minha sogra né?

- Xii…- ela faz uma carinha de “ sem importância” e da um risadinha.- por que está aqui? Deveria estar em casa com meu cunhadinho.

- Na verdade eu vim ficar com seu cunhadinho.- sentamos num banco ali próximo e contei o que sabia e o que escutei da conversa na sala de espera.

- Não me importa que ela é sua sogra, se ela olhar feio para você tenha certeza que será um a menos para dividir o oxigênio deste planeta.- Dei um sorriso de leve.

- Só você para me fazer sorrir numa hora dessas.- nos levantamos e sem saber o motivo de ela estar ali fomos para o encontro de meus amigos e meu sogro. Todos estavam de frente para o quarto menos Eduardo que havia entrado para falar com o medico. As meninas e Joe cumprimentaram minha irmã. Perceberam um pouco de sangue na mão dela e tanto riram quanto ficaram surpresos ao contarmos o que aconteceu. Conversamos um pouco e Amanda diz que estava lá por que Jhon passou mau. Não sei se foi sorte ou azar deles.

- Maninho depois vejo vocês vou ver como está Jhon. E se aquela coisa da sua sogra tentar algo me avise.- ela deu uma piscada e por algum motivo senti um arrepio nas costas.

- Tudo bem mana.- dei uma abraço nela.- Melhoras pro cunhado. Há deveriam aproveitar a piscina hoje…- pisquei para ela que ficou vermelha e a turma entendeu. Rimos da situação e a cortina se abre nos permitindo ver Tony. Meu sorriso some automaticamente. Me aproximo do vidro apoio minha mão e fecho os olhos.

Não sei se estava sonhando, mais me vi num local bem iluminado, parecia um campo cheio de rosas, tulipas, orquídeas e outras infinitas espécies de flores em volta de um lago. Alguém estava sentado na margem e fui me aproximando. Seus cabelos, suas costas.não acreditei no que vi. Era Tony. Corri em sua direção gritando por ele que se levanta com os braços abertos. Me jogo em seus braços fazendo com que caíssemos.

- por que está chorando?- ele me perguntava.

- Eu… eu…- não me contive e lhe beijei. Estava desesperado por seu beijo, escutar sua voz, sentir seu corpo. Minhas lágrimas se misturavam ao beijo enquanto minhas mãos seguravam seu rosto.

- Calma ae..- ele ri como se nada estivesse acontecido.- Vai acabar me matando sufocado.- ele dizia entre beijos e risos.

- É um sonho não é?- olhei em seu rosto. Ele demonstrava felicidade. Serenidade em seu olhar. Um sorriso e ele coloca a mão em meu rosto passando os dedos em meus olhos.

- Importa que seja sonho? O que é mais importante? A realidade que nos trás desafios, sofrimentos, decepções…

- O sonho acaba e nem sempre é o mesmo. na realidade tenho você ao meu lado todos os dias. Os desafios nos deixaram fortes, os sofrimentos mostram que somos iguais. As decepções nos ensinam a ter conhecimento de nós mesmos e das outras pessoas. Nada disso para mim importa se eu poder ficar com você. Só quero acordar e ver seu rosto, beija-lo antes que o sol toque sua pele.

- Então acorde!- dito isso um ultimo beijo e sua ele some como pétalas de rosas sendo carregadas pelo vento. Fecho meus olhos e começo a sentir as lágrimas novamente, um toque em meu ombro. Abro novamente e vejo o reflexo de Aleksia, Joe Julia e Eduardo atrás de mim. Todos olhando para Tony que ainda não havia acordado.

- Eu vou para o hotel trocar de roupa e depois volto para ficar com ele esta noite.- Disse Eduardo.

- Pode deixar que esta noite eu fico.- Disse olhando para ele.- Ju amanha não vou para a aula, pode explicar o motivo para os professores?

- Tudo bem. eu passo aqui depois da aula.- Respondeu ela. Nos despedimos e entrei no quarto. Olhei meu celular e percebi que já eram nove da noite. Mandei uma mensagem para Amanda e para meus pais avisando que ficaria no hospital a noite. Sentei perto da cama segurei sua mão, coloquei nossas musicas e adormeci.

THE KIRA JUSTICE- EU NÃO QUERO ACORDAR

E não há mais ninguém como você

Que me faça falta desse jeito

Que aqueça o frio que há em meu peito

E por isso eu sempre vou te proteger!

E tem certas coisas que eu preciso te dizer

E eu vou falar, pra você entender!

Só te peço, me leve pra sempre

Dentro do seu olhar

Se estar com você for um sonho,

Eu não quero acordar

Para estar ao seu lado de novo

Vou a qualquer lugar

Se estar com você for um sonho,

Eu não quero acordar...

Não quero acordar.

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O que acharam desta pequena maratona? mais tarde ou amanha posto os últimos dois capítulos desta temporada que por sinal está bem longa. Tentarei postar o 2º Cap de Amor Amaldiçoado domingo a noite. não é promessa.

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Comentários

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Oownt...

Tadinho de Erick, ele não merecia passar por isso! Nossa.. Que triste..

quanto a mãe de Tony, affz.. Essa aprendiz de satanista... É o cão em pessoa.. Affz.. Odiando ela..

amei a atitude de Amanda..

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Amei o cap e a maratona. Mas não aguentei esperar e li lá no site romance gay. Achei a atitude da mãe do Tony monstruosa e o Fred não podia ter feito isso. Tó com pena do Erick. :)

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