Capitulo 10- Liberdade
SCHREI
TOKIO HOTEL
Você se desperta e te dizem pra onde você tem que ir
Quando você volta te dizem o que você tem que pensar
Obrigado por fazer que esse dia fosse perfeito
Você não diz nada e ninguém te pergunta o que você quer
Não, não, não nanananão
Não, não, não nanananão
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder!
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder! Grita...
Grite o mais forte que puder
Fique atento, pois os cretinos estão por todas as partes
Te perseguem e te atacam de surpresa
Te prometem coisas que você nunca se atreveu a sonhar
E então chega um momento em que você precisa disso
Não, não, não nanananão
Não, não, não nanananão
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder!
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder! Grita...
Comece desde zero, agora é a sua vez
Deixe eles saberem quem você realmente é
Grite... Grite... Grite... Grite (Agora é o nosso momento)
(Grite o mais alto que você puder)
(Grite o mais alto que você puder)
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder! Grita...
Grite! Até que você seja você
Grite! Se é a última coisa que você faz
Grite! Ainda que machuque
Grite o mais alto que você puder! Grita!
E agora cala!
Não! porque você é você mesmo
Não! porque é o último que você faz
Não! - Porque te dói tanto
Grite o mais alto que puder
Não! - Não! - Não! - Não! - Não! - Não!
Grite o mais alto que você puder - Grite!
}§{ Eduardo
- BEA EU VOU FICAR. NÃO PODE ME OBRIGAR A IR PARA CASA.- saio gritando do quarto de minhas irmãs.
- EDUARDO VOLTA AQUI. VOCÊ VAI CONOSCO PARA CASA. POR BEM OU POR MAU.- Ela me seguia pelos corredores no meio da noite. Como ninguém ouvia? Simples telepatia. Não somos simples adolescentes esquisitos somos feiticeiros. Dentre outras habilidades esta é uma delas. A qual já estou farto.
- JÁ CHEGA.- me voltei para ela. Já estávamos de frente a fonte na entrada do dormitório feminino.- Ensam själ, sinne bort, separat sinne...- ditas as palavras nossas mentes foram desconectadas. Sua raiva era visível. Viro de costas e ela torna a falar, agora normalmente.
- Se essa é sua escolha não me venha com lamentações novamente. Não me peça ajuda.
- Nunca pedi sua ajuda Beatriz. Você sempre se intrometeu na minha vida. Esqueceu que somos irmão apenas por sermos adotados pela mesma família? Sabe ao menos minha origem? Sabe ao menos quem foram meus pais e por que eles morreram?- ela me olha assustada e friamente. Meus olhos já lacrimejavam.- Sabe por que seus pais morreram? Não se lembra não é? Pois eu jamais vou esquecer aquela noite. Cansei de só escutar. Receber ordens. Também tenho uma vida e vou aproveita-la. Não me amole com esse papo de ajuda. Se sente culpada pelo que aconteceu? Não me importa...
- Já chega Ed.- Falou Estela me abraçando, então deixo toda minha magoa sair e aos poucos vou me acalmando.- Você pegou pesado maninho. Depois vocês se falam.
- Kleber leva ele pro quarto ou qualquer lugar para se acalmar...
- Não. Só você me entende.- A interrompi levantando a cabeça em direção a Bea que chorava nos braços de Kleber. Cesar estava sem reação. Ele sabe quando deve falar e essa não é a hora certa.- Vamos para o lago. Por favor.
- Tudo bem. Kleber fica com ela tá!- ele assentiu com a cabeça e saímos. Pelo caminho entre os jardins da escola caminhávamos numa trilha de pedras que pareciam brilhar refletindo o brilho da lua cheia.
- Por que ela não me entende? Só quero viver normalmente com amigos. Não tenho culpa se ela é fria e não tem amigos.- falei olhando para a tranquilidade da agua.
- Ela apenas se preocupa...- Interrompi Estela antes que terminasse
- Não é preocupação. Ela se sente culpada pelo que aconteceu. Ela esta sendo idiota em pensar que é minha irmã desse jeito. Até mesmo Angelo que não nos víamos desde o acontecido não me olha com pena. Não sou uma criança para ser vigiado todo o tempo.- Me levantei e sai andando sem me importar com Estela.
}§{Estela
Conversávamos de frente para o lago e Ed sai andando sem olhar para trás. Cesar que nos acompanhava fez que ia atrás dele mais o segurei.
-Deixa. Ele precisa de um tempo sozinho. – Nos sentamos no mesmo banco- Bea tem pegado pesado também. Ela ta querendo limita-lo de mais.
- O que aconteceu entre eles?- perguntou Cesar me olhando.
- É difícil de explicar. Quando eles se acertarem ficará melhor de você entender. Tudo bem?- Um beijo confortante foi mais que suficiente para que não perguntasse mais nada. Semana que vem começaram as feria o que acha de ficarmos com Ed por aqui?
- Serio isso? Se ele não me tratar como tratou a Bea por mim tudo bem.- Seu sorriso é lindo quando tenta fazer piada das coisas.
- Bobo. Ele não vai se importar. Até por que teremos mais companhias e não vou dar baba de um garoto daquele tamanho. Tenho coisa melhor em mente- Falei rindo e nos beijamos. Cesar tem um beijo doce, sensível, tranquilo e ao mesmo tempo quente, feroz, ágil e dominador. Adoro isso nele.
}§{Brandon
Ultima semana de aulas antes das ferias de inverno. O tempo já está bem frio, mais como tenho alguns parafusos a menos decidi ir caminhar pelos jardins apenas com uma calça de tecido fino, uma sandália e uma regata da banda slipknot. Tomei um bom banho e fui me arrumar. Tudo estava tranquilo. A turma tinha aumentado e essa semana iremos saber quem vai ficar dentro dos portões de Steven Grow.
- Só pode estar doente.- Disse Pedro chegando perto de mim com a mão na minha testa e rindo.- Não vai aguentar meia hora assim lá fora.
- Ele tem razão. Seria melhor nem sair do dormitório a noite.- falou Angelo.
- É mais fácil eu suar que congelar. Nem está tão frio assim.- Me despedi dos garotos que ficaram rindo no quarto e sai. Pude ver Eduardo passando com Estela. Pareciam conversar tristes. Não dei muita importância e fui dar uma volta pelos corredores. Passei em frente a torre norte e senti um arrepio na espinha. Parei e fiquei olhando para a entrada, parecia um idiota em duvida se entrava ou não.
- Espero que não esteja pensando em entrar ai.
- Ouwt!- Olhei para trás e vi Ed me olhando com um sorriso.- Ed me assustou cara.- Disse retribuindo seu sorriso.-o que faz por aqui?
- Resolvi caminhar para pensar um pouco. Já você parece que quer ficar congelado.- percebi que estava um pouco tremulo..- Pega minha jaqueta.- Ele tira a jaqueta de couro e pude ver seu tórax definido coberto por um moletom em cor cinza bem justo ao seu corpo deixando bem marcados seu físico da cintura para cima.- Vai acabar congelando. É melhor colocar a jaqueta.- ele fala me tirando de um transe, sei lá de quanto tempo.
- Sim claro. Obrigado. E também vim caminhar, só não achei que fosse esfriar mais. Você estava chorando?- perguntei olhando em seus olhos um pouco vermelhos.
- É uma longa história. Acredite não vai querer se envolver. Vamos tomar um café ou chocolate quente?
- Claro. Bem já que não quer falar não vou insistir, mais lembre-se sempre que quiser conversar pode contar comigo.- Falei rindo. Fomos caminhando pelos corredores conversando de todo assunto possivel. Chegando a lanchonete pedimos chocolate quente com chantilly e marshmallow.- Já sabe de quase toda minha vida. Agora é sua vez. Me conta como você era na infância?- seu olhar ficou triste.
- Na verdade eu não sei. Desde a morte de meus pais biológicos não lembro dada anterior a isso.- uma lágrima caiu de seus olho dentro da caneca.
- Desculpa! Eu não…
- Não se preocupa. Você não tem culpa. Alias ninguém tem é a vida. Nascemos, crescemos e morremos.- Pagamos nosso chocolate quente e caminhamos mais um pouco em silencio. Chegando no lago pude ver Estela e Cesar do outro lado, acho que não nos viram. Sentamos e por um tempo não falamos mais nada. Até que ele decide quebrar o silencio.
- Não se sinta mau pelo que falei. Você não sabia.
- Não se preocupe. Como já disse antes sempre que quiser conversar pode contar comigo.
- E se eu quiser…- ele para olhando em meus olhos.
- Se você quiser o que? Fala…- ele me interrompe com um beijo, suas mãos estavam gélidas segurando meu rosto.
- Fica comigo? Não posso mais fingir quem sou. Não posso mais ficar apenas te olhando. Não posso mais ficar ao seu lado sem beija-lo.- seus olhos lacrimejavam, minhas mãos tremiam. O que estava acontecendo comigo?
- Eu não sei o que dizer.- Falei com a voz tremula.- Estou confuso. Antes de você chegar eu pensava que estava apaixonado por um garoto mais depois que nossos olhos se cruzaram meu coração não é mais o mesmo. a pouco tempo eu não passava de uma garoto qualquer. Agora tenho visto demônios, espíritos, sei lá. E dois garotos me beijam se declarando. Não sei o que pensar. Por favor me dá um tempo! Eu…- já não falando coisa com coisa e me atrapalhando nas palavras sai correndo sem olhar para trás. Escuto ele me chamando, mais não parei. Continuei correndo de cabeça baixa até que me esbarro em alguém me fazendo cair. Levantei a cabeça e aquele garoto que me beijou no quarto estava lá parado na minha frente.
- Se você não ficar comigo não fica com mais ninguém!- sua voz sou triste e ameaçadora.
- O que? Quem é você? E o que quer de mim?- Falei me levantando e limpando minhas lágrimas.
- Será que você não vê que eu te amo? Desde que te vi pela primeira vez. Me dá uma chance por favor.- seus olhos estavam marejados, mais sua presença me incomodava, não estava como naquele dia. Ele estava mais sombrio.
- Eu nem sei quem é você. Me deixa em paz.- O empurrei e sai correndo novamente. Pensei em desistir de passar as ferias ali, mais quem sabe ele não vai embora e posso me divertir com meus amigos. Estava ficando tarde e já voltava para o dormitório e vejo o que não queria. Vejo o garoto que pensei estar apaixonado nos braços de Angelo. Não o culpei até por que nunca tive coragem para me declarar. Fiquei triste por ser um covarde e nunca arriscar para ser feliz. Nunca dei a iniciativa em nada. Sempre meus amigos quem tem as melhores ideias, começam alguma coisa, se é que pelo menos eu termino de fazer alguma coisa. Entro no dormitório e vejo Eduardo na sala olhando pela janela. Ao ouvir o barulho da porta ele me olha mais não sai do lugar. Pensei um pouco e fiz o que achei mais certo. Arriscar e ver onde vai dar. Cheguei perto dele olhando em seus olhos e antes que ele perguntasse o beijei. Seu beijo não era mais gelado e sim quente como a manha de primavera, seus lábios tem um gosto diferente, gosto de liberdade. Aos poucos ele foi colocando as mãos na minha cintura me puxando mais para si e eu lacei meus braços em seu pescoço. Senti uma lágrima cair de seus olhos.
- O que foi?- perguntei separando nossos lábios.
- Nunca me senti tão feliz e livre como agora.- dito isso ambos sorrimos e selamos nosso momento com mais longo, doce, calmo, quente e libertino beijo.- paramos ao escutarmos a porta se abrindo.
- Parece que já temos mais um casal na área!- disse Rick rindo com Angelo o segurando pela cintura.- Todos rimos.
- Parece que essa ferias vão ser entre casais mesmo.- Disse Angelo dando um selinho em Rick. pensei que iria me incomodar mais não não. fiquei feliz por meus amigos.
- Quem mais serão os casai das ferias?- perguntei.
- Não te contaram?- Perguntaram juntos Rick e Angelo, fiz não com a cabeça e me apoiei de costas em Eduardo que colocou suas mãos por minha cintura entrelaçando nossos dedos.
- Não sou eu quem vai estragar a surpresa.- disse Rick achando graça.
- Começou termina Rick.- falei rindo também junto com os meninos.
- Tudo bem. Pedro e Jessica estão ficando já a um tempo escondidos.- Falou Angelo. como não percebi?
- André e Anna também. Serão ferias de quatro casais.- disse Rick com um sorriso no rosto.
- Na verdade seis. Estela e Cesar também querem participar. Claro se não tiver ninguém contra.- ele olha para os meninos e me dá um selinho.
- Nada contra.- Diz Angelo.- Quanto mais gente melhor.
- Parece que esses anos fizeram bem para você Angelo. está mais comunicativo.- disse Eduardo. já estávamos todos no sofá da sala claro eu e Rick deitados com a cabeça nos colos de nossos... namorados? que coisa não. a pouco tempo nunca pensei em namorar. se bem que ele não me pediu em namoro ainda.
- De onde se conhecem?- Perguntou Rick.
- Estudamos juntos em Amsterdã no fundamental, mais antes do sétimo ano minha família se mudou e tive que me despedir de meu único amigo na escola durante dois anos.- Falou Angelo
Conversamos mais um pouco e depois de muitos risos as luzes começam a piscar, a janela se abre permitindo um vento gélido entrar, mais parecendo um furação. escuto aquela voz de novo e tudo fica escuro...
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Galera este é meu ultimo capitulo que tenho ja escrito. o proximo estou prevendo para terça a tarde, mais não vou prometer. até mais galera.